Observatório Alviverde

31/08/2013

O PALMEIRAS TEM UM JOGO EMBLEMÁTICO ESTA NOITE EM FORTALEZA!

 

Se existe uma palavra na moda é a tal emblemática, que tantos pronunciam e tão poucos sabem o que, realmente,  significa.

Hoje permito-me urilizá-la, não em seu quilometrico lato sensu, isto é, em sua abudante abrangência de significados, mas em stricto sensu, quero dizer, em sua aplicabilidade, oportuníssima, ao jogo Ceará e Palmeiras às 21H de hoje, no Castelão, em Fortaleza.

Por estranho ou  paradoxal que possa parecer, o duelo de logo mais é um evento que, embora nada decida, pode se transformar em um divisor de águas na vida do Palmeiras, em seu processo penoso e sofrido de retorno à elite.

As duas derrotas subsequentes em Varginha e Curitiba, foram muito sentidas pelo grupo, e, tenho certeza, irão influenciar demais no comportamento da equipe esta noite, para o bem ou para o mal.

Quem não sabe, por exemplo, que a ausência daquele que era um de nossos esteios defensivos, Vilson, vai ser muito sentida?

Quem não sabe, conhecendo a história de tantos fracassos do Palmeiras, do perigo que representa uma derrota para o alvinegro cearense que pode, perfeitamente, desencadear, uma série sucessiva de perigosas derrotas?

É óbvio que estou falando em possibilidades remotíssimas que, do ponto de vista prático, estão longe de acontecer, mas em se tratando de Palmeiras, o impossível acontece. Todo cuidado, é pouco!

Entretanto e apesar de tudo, o meu recado neste OAV, não envolve pessimismos, mas, exclusivamente, os meus medos em face de um improvável, mas duríssimo revés em que o time não fosse promovido , que representaria a nossa repetência na série B, justamente no ano de nosso centenário.

Porém, se há algumas razões para a aguçar a nossa preocupação, muito mais existem, outras, para elevar o nosso otimismo.

As duas últimas derrotas do Verdão tendem a provocar os jogadores, motivando-os a realizar, hoje, um grande jogo.

Pelo que pude denotar nas entrevistas, há um grande desejo em toda a equipe de lutar e conseguir dar a volta por cima! Isso se chama vergonha na cara e é um ótimo sinal!

A desclassificação – merecidíssima- da Copa do Brasil, faz com que a rapaziada caia na real e passe a se concentrar, agora, exclusivamente, no grande e solitário objetivo deste resto de ano, o retorno à primeira divisão.

Tenho esperança, mais do que na vitória, em uma grande apresentação da equipe, justamente porque está de volta o seu melhor técnico, digo, jogador, o chileno Valdívia que, se puder jogar e conseguir ficar em pé, vai fazer a diferença.

As alterações anunciadas por Kleina, que, depois que a porta arrombou coloca o time pra jogar ofensivamente e escala, com certeza, os melhores de cada posição, creio, também vai demarcar a diferença técnica entre as equipes. .

Com Valdívia, Mendieta,Wesley, Leandro e Alan Kardec, temos, no papel, um ataque de primeira divisão, que, na prática, tem capacidade para pontuar várias vezes.

Aliás, o duelo de ataques será s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l, haja vista que os dois grandes atacantes do Vovô, o veterano Magno Alves e o canhoto e experiente Mota, formarão a dupla ofensiva do Ceará.

Tiago Alves, que herdou a camisa de Vilson e assumiu o posto de zagueiro interior pela direita em dupla com Henrique, terá um duro teste, logo na primeira partida em que assume a condição de titular absoluto.

A expectativa do jogo é imensa e segundo a mídia cearense, cerca de 30 mil ingressos haviam sido vendidos até ontem à tarde.

Calculam os cronistas cearenses que o público ultrapassará a casa dos 35 mil expectadores e pode, segundo os mais otimistas, chegar perto dos 40 mil.

Isso não me assusta, porque o Palmeiras tem vivência e experiência para enfrentar esse tipo de situação.

Além disso, o jogo será travado em um estádio grande, amplo, de excelente gramado, em que a torcida cearense será grande, mas estará muito longe do palco dos acontecimentos..

Será exatamente o oposto do que ocorreu quarta-feira passada no Durival de Brito, em Curitiba em que a torcida do Atlético PR parecia estar dentro do gramado..

A enorme procura pelos ingressos e a grande presença de público, só demonstra, de forma definitiva, transparente,  inequívoca, cabal e indesmentível, o alto prestígio do Palmeiras no nordeste e, em especial no estado alencarino.

Os aventureiros doidivanas, parciais e ignorantes que dirigem a Globo sabem disso,  mas continuam irreconciliáveis, visando a desprezar, denegrir e desmoralizar  o Palmeiras.

Eles preferem exibir ao vivo uma pelada de quinta categoria do CU-rintiia, que precisou do apito amigo para derrotar o “extraordinário esquadrão da Luverdense”, do que mostrar um jogo da qualidade e expressão de um Palmeiras e Atlético Pr.

È muita falta de visão e de profissionalismo! Tudo isso é colocado na conta do povo que, em sua maioria absoluta, computada a soma da torcida dos demais times, têm muito mais público do que a gambazada, mesmo no estado de São Paulo.

É, parece que a Rede Globo de Televisão, aderiu, definitivamente aos medíocres que ora (des) governam este país e já assumiu, “in totum”, a tese do jornalista Odyr Cunha, da espanholização das transmissões esportvas da matriz, direcionadas, exclusivamente ao populacho baixo, escrachado e sem dinheiro que torce por Framengo e CU´rintia.

Quando os anunciantes e clientes mais qualificados se derem conta de que estão gastando tanto dinheiro para tentar sensibilizar e motivar quem não pode comprar seus produtos, talvez acabe esse tipo de proteção.

Quem não é o maior, tem de ser o melhor!  Palmeiras, Santos e Bambis são melhores do que o CU-rintia. Muito! Em grupo ou isoladamente!

Fernando Prass; Luis Felipe, Henrique, Tiago Alves e Juninho; Márcio Araújo, Wesley, Mendieta e Valdivia; Leandro e Alan Kardec. Este é  provável time do Palmeiras para esta noite:

Para mim, repito, Kleina escalou o que tem de melhor, isto é, a força máxima.

A única discussão talvez seja a presença de Araújo, mas os demais, creio, não estão envolvivos em discussão desse teor, nem Juninho!

VOCÊ CONSIDERA QUE ESSE É O NOSSO MELHOR TIME POSSÍVEL?

QUEM VOCÊ ESCALARIA OU RETIRARIA DESSA EQUIPE?

O PALMEIRAS É O FAVORITO?

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30/08/2013

O PROBLEMA DO PALMEIRAS É A SOCIEDADE ESPORTIVA QUE O CONTÉM!!

 
É HORA DE COMER SANDUÍCHE!   
 
 Paulo Nobre está certo!

Ao contrário de milhares de palmeirenses, que postam ou não neste OAV,  não sou infenso ao discurso  proferido pelo presidente Paulo Nobre na festa de aniversário do Palmeiras, anunciando cautela e recessão em sua administração, chegando a dizer "que não seria  refém do ano do centenário".

Sábias palavras, postura irretocável e a certeza de que não temos à frente dos destinos do clube um fantoche ou um presidente de faz de conta!

Respeito - e muito - as opiniões divergentes, mas, estou alinhado ao discurso presidencial (do Palmeiras, do Palmeiras) embora aberto à discussão, ao debate e ao diálogo.

Penso da mesma forma como escrevo esta postagem, de forma clara, translúcida e transparente que esse posicionamento do "Palmeirinha", era o mínimo que se poderia esperar de um presidente maduro, preparado para o cargo, egresso que é do mercado e do mundo financeiros.

Digo, com a franqueza rude e sincera que me define, chega às raias da falta de juízo perfeito ou de um fanatismo exacerbado discordar, administrativamente, de Nobre ou criticá-lo por estar, ele, com os pés no chão, em um instante pra lá de problemático da vida financeira do clube.

Nesta hora, a situação, de fato, requer e impõe a adoção de medidas antipáticas, porém fortes, sérias, éticas, decisivas e responsáveis, sem o que Nobre inviabilizará a sua administração e terá sido mais um presidente idiota a ter passado na vida do Palmeiras! 

Se faz mister que a torcida entenda que ele não foi eleito, exclusivamente, para presidir o time de futebol, mas a sociedade esportiva que o abriga. O cargo é espinhoso, difícil, um fardo difícil de carregar, por vezes, insuportável!.

Ser presidente de um clube social heterogêneo como o Palmeiras de 2013, que abriga pessoas de todas as  tendências e classes, muitas delas que torcem para outros clubes e, paralelamente, administrar um time de futebol gigantesco, da magnitude do Palmeiras é de uma responsabilidade tal que eu, que conheço bem as duas faces da moeda, chego a sentir comiseração do presidente!

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CAUTELA E RECESSÃO NÃO SIGNIFICAM TIMES MEDÍOCRES!

O torcedor palmeirense, sobretudo o da capital, não admite a idéia do bom e barato, um santo remédio para clubes na situação do Palmeiras, desde que aplicado com método e  inteligência.

A teoria de Mustafá, queiram ou não é correta!

O que está errado é a forma como é aplicada e, em uma segunda instância, a forma como é recebida pela torcida, desesperada e cega em função de tantos maus resultados que continuam se acumulando no decorrer dos anos.

Tivesse a torcida paulistana do Palmeiras a suficiente humildade para admitir jovens valores, ainda que sem nome e marketing  e proporcionasse um ambiente ameno e favorável àqueles que chegam, a situação do Palmeiras seria outra e muito outra!

É óbvio que o clube deveria ter alguém do ramo, que entendesse do assunto, - jamais Brunoro, que não é do ramo e, no meio, sempre foi uma espécie de empresário ganhador de dinheiro - e efetivasse uma espécie de garimpo, visando, exclusivamente a contratação de atacantes, dando preferência àquele cujas característica somassem velocidade, drible no pé, arremate forte, estatura de acordo com a posição e etc.

Encontrar zagueiros e defensores é fácil, o duro é arregimentar atacantes de qualidade. artilheiros  e decisivos, mas os italianos parece que não têm cultura esportiva suficiente para entender isso. Aliás, o que faltou anteontem em Curitiba senão isso? Não tem sido esse o nosso eterno calcanhar de Aquiles?

Alguém duvida que o nosso próximo contratado, não importa se esta semana ou daqui há três ou mais meses, será um volante de contenção ou um zagueiro?

É preciso implodir essa mentalidade arcaica da "defesa que ninguém passa", da mesma forma como está sendo implodia a falaciosa e decantada escola de goleiros que, no frigir dos ovos restringiu-se às formaturas de Veloso, Marcos e, talvez, Cavalieri, decorridos tantos anos e tantos investimentos.

O Palmeiras já teve, vou repetir pela enésima vez, um olheiro de nome Godê, que levava jogadores desconhecidos para o clube, em tenra idade e que se transformavam, com a camisa do Verdão, da noite para o dia em verdadeiras estrelas do futebol.

Lembro-me da tarde em que Eurico, lateral do juvenil do Botafogo,  no velho estádio da Vila Tibério em Ribeirão Preto, saiu correndo para esconder-se no vestiário ao sentir-se ameaçado, não por mim, mas pelo gravador que eu portava, tentando colher uma sonora para o programa das seis. Eurico era gago!

Eurico é um dos exemplos de uma era vitoriosa em que o Palmeiras se renovava com seguidas transfusões de sangue novo dos atletas, principalmente da hinterlândia paulista,  entre os desconhecidos e as grandes revelações.

A imagem que ficou é que o Palmeiras investia muito alto e só contratava estrelas. De fato, por um pequeno período isso existiu, entre o final da década de 50 até quase o final da década de 60, quando os caixa baixou, os investimentos declinaram e o Palmeiras passou a contratar o bom e barato.

O mais célebre time palmeirense da década de 70, a segunda academia, que Zagalo impediu de ser tri-campeão brasileiro em 74 ao convocar seis palmeirenses para a Copa da Alemanha, era um time "ótimo e barato".

Limitando-me aos convocados do Palmeiras para a Seleção de 74, anotem como o bom e barato funciona mesmo:

Ademir da Guia, o nosso maior craque veio do Bangu, ainda garoto, quase de graça.

Leão, da mesma forma, veio do Comercial de Ribeirão Preto...

César Lemos, "baraticíssimo", o Palmeiras foi buscar na base do Flamengo

 Luis Pereira era o Chevrolet, zagueiro do São Bento de Sorocaba, também pouco custou.

Alfredo Mostarda subiu da base para o lugar de Nelson que tinha vindo a baixo custo, do América de Rio Preto, sendo que Alfredo não custou um mísero vintém aos cofres do Verdão.

Só Leivinha, contratado juntamente com Edu Bala à Portuguesa foi que custou mais, em razão da valorização dos atletas da lusa, mas nada que fosse exagerado ou muito acima do mercado..

Hoje está muito mais fácil de realizar-se essas contratações, muito em decorrência do "fatiamento" dos direitos econômicos dos jogadores, bastando, na maioria absoluta das vezes "molhar" as mãos dos empresários, das famílias ou dos proprietários dos jogadores.

É óbvio que o futebol paulista, liquidado pela estúpida Lei Kfouri, digo, Lei Pelé, já sem os grande craques e as revelações de outrora, perdeu, muito, de sua pujança mas, ainda, consegue revelar grandes nomes, que, infelizmente passam sempre longe da SE Palmeiras.

É preciso que se diga, porém e também, que há um outro mercado, o brasileiro, formado pelos demais estados e insuficiente para a absorção dos clubes de suas respectivas capitais, mas a italianada palmeirense não toma conhecimento e finge que nem sabe que isso existe porque "morre de medo" da torcida..

Você que critica tanto o bom e barato, e segue a cartilha equivocada daqueles que fingem gostar do Palmeiras, sabe por que o Palmeiras não tem craques?

Não é só porque a mídia não reconhece a condição de craque de nossos jogadores,- nem a de Valdívia reconheceram - mas, principalmente, porque o Palmeiras só contrata atletas de meia idade, já experientes, de carreira consolidada, 99% deles medianíssimos, que já chegaram  até onde podiam,

Contratar craques consumados, hoje em dia, só os clubes europeus é que conseguem, como o Barça fez com Neymar.

Uma ressalva, eles e os clubes brasileiros que ousam investir em jovens talentos, exatamente como a gambazada faz, rotineiramente, e o fez, recentemente, indo buscar Paulinho no Bragantino, faturando títulos dentro de campo e milhões de dolares fora dele! Eu lhes pergunto quanto o Palmeiras vai faturar com Egurem e Mendieta? Torcida palmeirense, por favor, desça do salto alto e caia na real!

Nossos adversários fazem craques porque recorrem à base e aprenderam com o Palmeiras que a melhor solução possível é investir na própria base ou nas revelações do interior e de outros estados.

Mas a arrogância da torcida paulistana do Palmeiras, aquela que rodeia, abraça e está sempre perto do time,  impede que sejam aceitos jogadores sem nome e marketing, quando a mentalidade deveria ser outra, exatamente a de prestigiar sobretudo aqueles que têm potencial para virar craque, pois não existe outro caminho para se ter esse raríssimo espécime do futebol em nossas fileiras.

Se o Palmeiras prestigiar a base e se dispuser de alguém com visão suficiente para garimpar talentos - repito, não é o Brunoro - e se o técnico principal não estiver ligado ao mercado de compra e venda de jogadores, o Palmeiras pode, perfeitamente, montar times até melhores do que aqueles que tem formado até agora com médios investimentos e outros, mais altos!

Vejam que a torcida aceitou Egurem e Medieta, mas os aceitou pura, única e simplesmente por serem jogadores egressos de outros países, partindo do surrado e errado princípio de que se eles são de fora têm boa, mas não é bem assim!

 Pelo que mostraram até agora - sei que ainda é cedo para uma opinião definitiva - são inferiores a dezenas de jogadores brasileiros que temos visto em ação em times de séries C e D. É preciso acabar com essa imagem segundo a qual se o jogador é caro ou veio de fora, é bom!

Acredito, sinceramente, que com argúcia, inteligência e visão de mercado será possível ao Palmeiras acertar o caixa, e, ao mesmo tempo, armar grandes equipes, mesmo sem investimentos mirabolantes.
 

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28/08/2013

COPA DO BRASIL! O PALMEIRAS ESTÁ FORA! KLEINA, TAMBÉM?


 

É MUITO MELHOR TORCER DO QUE REZAR!
  
PORÉM, COM A AUSÊNCIA DE VALDÍVIA, EU ACREDITO QUE TENHAMOS DE REZAR!

DEIXE O SEU COMENTÁRIO ANTES, DURANTE E APÓS A PARTIDA, ATÉ QUE FIQUE PRONTA A POSTAGEM DO JOGO!

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 OBS: Creio que todos já concluiram qual era a minha expectativa de vitória ou de classificação ontem em Curitiba: n-u-l-a!

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1) Eu não rezei pela vitória do Palmeiras, apenas xinguei. Xinguei Kleina pela falta de maturidade e covardia, os jogadores pela passividade e pela frieza em campo e a diretoria pela ausência de trabalho nos bastidores. Se mal pergunto, como não xingar?

2) O esquema defensivista de Kleina, inerente a times pequenos, foi fundamental para a nossa derrocada, na medida em que, além de cercear a já pequena criatividade ofensiva da equipe, retirou, completamente a autoconfiança do grupo.

3) Kleina revelou-se, ontem, um treinador de pouca personalidade e sem a menor tarimba em seu maior teste dirigindo o Palmeiras. Nem tanto ao mar, nem tanto ao ar, ele deveria ter sido mais flexível, procurando dosar o defensivismo estratégico exagerado que adotou, com um pouco mais de atitude, agressividade e iniciativas de ataque, o que, raramente, ocorreu.

4) Como todo o treinador que quer ser simpático ao grupo, ele poupou, inutilmente, vários jogadores - os principais - contra o Flamengo de Varginha. Esta não é uma crítica oportunista, pois antecipei a minha posição antes dos jogos. Como Kleina, conheci muitos técnicos bonzinhos, sempre à espreita de um cartão motivador para uma justificar uma substituição que visasse a fazer média com algum atleta insatisfeito, ou, em um jogo menos importante, anunciar a poupança de jogadores, a fim de agradar os bancários que não vêm jogando. A errônea e impensada atitude de poupar jogadores em Varginha, que custou um preço impagável na vida e na história do Palmeiras, foi, antes de tudo, um ato político de quem desejava estar bem com todos. Assim, ficou, mais uma vez, provado que quem quer estar bem como todos, acaba não ficando bem com ninguém.

5) Parecia, até, que eu estava vendo quando afirmei que o Palmeiras corria o grande risco de não ganhar nem do Boa e nem do Atlético, perdendo as duas partidas. Não deu outra! Kleina desperdiçou uma grande chance de pontuar na segundona, e, ao mesmo tempo, aumentar o entrosamento e dar mais ritmo à equipe titular.  Quem desconhecia que era importantíssima a manutenção do ritmo e do biorritmo favoráveis da equipe, dentro e fora de campo? Estava em alta o moral do grupo, pela longa invencibilidade, tendo em vista o jogo de ontem em Curitiba, mas Kleina, egoísta, atirou tudo no lixo, pela necessidade incontrolável de se fortalecer perante o grupo. Foi um erro grave, uma infantilidade, um verdadeiro tiro no pé!

5) O primeiro tempo do Palmeiras, ontem, contra o Furacão foi, simplesmente, irritante. Taticamente covarde e completamente recuado, preso ao esquema 1-5-5-0, o Palmeiras atuou como se fosse um time pequeno - será que já não é ? - restrito a dois compartimentos estanques, assim: uma linha de cinco formada por atacantes e meiocampistas, sempre atrás da linha limitrofe do meio até à linha de nossa grande área, a fim de exercer o primeiro combate. Outra linha, também de cinco, imediatamente atrás da primeira, à frente de Praas povoando a área. visando a guarnecer o gol e, na medida do possível, manter a virgindade do placar. Atacantes?  Nenhum, nem Leandro, nem Kardec, nem ninguém. Todo mundo virou defesa! No segundo tempo, quando precisou atacar, expôs, defensivamente, o time e levou a goleada. Bem-feito! Não para o Palmeiras, para Kleina que agora está como se diz na gíria, de calça na mão e tendo em seu encalço o cachorrão da demissão!

6) Mas, não obstante, porém, todavia, entretanto, contudo, coloque-se, outra vez, - quando é que iremos nos livrar desse estigma - que o Palmeiras foi operado novamente pelo bandeirinha gaúcho que torce pelo Cu-rintia, Altemir Hausman, aquele que após meter a mão no Palmeiras em um jogo contra o Cruzeiro no Independência, disse bem alto para quem quisesse ou não ouvir, que o Palmeiras "era um time de merda", sem nunca haver sido punido pela heresia. Ele foi importante para que o Furacão soprasse o Palmeiras da Libertadores, ao assinalar, no primeiro tempo, um hipotético impedimento de Leandro que poderia ter penetrado livre e ficado cara a cara com o goleiro paranaense. Como se estivesse com o braço gessado e com a bandeira sempre acima da linha da cabeça quando o Palmeiras atacava, Hausman foi um ótimo zagueiro do Atlético PR, sem precisar se empenhar tanto em campo devido a fragilidade ofensiva do time de Kleina. Mas, se precisasse, estejam certos, ele faria muito mais do que fez. Disto eu não tenho nenhuma dúvida!

7) O caseiríssimo (pleonasmo em se tratando de arbitragem mineira) apitador Ricardo Marques Ribeiro, nos lances em que inverteu, conseguiu a proeza de favorecer em todos eles, unanimemente, sem nenhuma exceção, o Atlético PR, tendo aplicando cartões aos paranaenses só depois do jogo decidido. Quem achar que eu exagero procure assistir à reprise do jogo, que, certamente, vai passar direto, porque o Palmeiras perdeu.

8) O segundo bandeira Kléber Lúcio Gil, complementou a "operação mata-esfola" iniciada pelo incompetente e asqueroso bandeira gaúcho ainda no primeiro tempo. Com a maior desfaçatez, assinalou um impedimento inexistente de Leandro que penetrou driblou o goleiro e foi derrubado. Seria pênalti que, convertido, poderia ter mudado a sorte do jogo! Como costuma, sempre, acontecer, o pênalti não foi marcado porque Kléber Gil, que, como mineiro, detesta paulistas enxergou perigo de gol e tratou de ajudar o time paranaense. Um escândalo que nem o invasor Beletti, "comentarista" (?) do Sportv que parecia torcer de corpo e alma pelo time de seu estado natal, conseguiu se conter e disse, em outras palavras, e uma única vez, que tinha sido um lance importante que poderia ter mudado a cara do jogo. Aliás, a propósito, que alguém lhe ensine que o verbo recuar não é pronominal e que ele não precisa dizer, como disse duas vezes, que o Palmeiras "se recua" ou "se recuou". É isso o que acontece quando se tira os jornalistas e se escala os oportunistas! Diretoria da Globo, parabéns pela escolha de mais esse escolho em detrimento dos verdadeiros companheiros!

9) Mas nem ele, nem nenhum dos sabichões da mídia ou qualquer órgão de comunicação disse o que deveria ser dito além, é claro, da anulação irregularíssima da jogada. Aliás, nem Arnaldo, ou, principalmente Arnaldo o faria!  O que? Simplesmente perguntar ao árbitro em que local ele enfiou o cartão amarelo que deveria ser aplicado ao goleiro do Atlético Pr pela agressão posterior ao adversário, embora o lance estivesse suspenso? Nem isso, o conveniente mineirinho "come quieto" do apitou providenciou! 

10) Há quase 20 anos que uma instrução normativa da Fifa instruiu os árbitros e os bandeiras realçando que "a mesma linha não caracteriza ou define impedimento e que, na dúvida, a arbitragem deve mandar seguir o jogo". No Brasil, eu acredito que, paralelamente, deva existir algum adendo secreto, ainda não divulgado que estabelece que a exceção deve ser feita aos jogos do Palmeiras, sempre com o ataque do Palmeiras! Ontem, repito, noves fora a péssima atuação do time, foram dois lances capitais dessa natureza que ajudaram a demolir o apático time de Kleina.

 11) Antes de seguir com os outros assuntos, será, como insinuou um certo comentarista blogueiro da mídia, jactando-se de seus mais de 25 anos de profissão, e procurando desmerecer este velho cronista em retiro, que eu estou inventando regras?  A ele eu respondo o seguinte: Eu que as invento, ou eles, os globais, sob a docência do histriônico e folclórico Arnaldo David Tomás Alva Edson César Coelho é que as estão, frequentemente, mudando, por pura conveniência empresarial? Encontrei-me casualmente anteontem aqui em Belo Horizonte com Marcos Vinicius, árbitro de nomeada, tido como um dos melhores teóricos de seu tempo e falei sobre o lance irregularíssimo do gol dos bambis contra o Atlético Pr, alvo da crítica contra mim, ao que ele me respondeu: o bandeirinha acertou e o árbitro ou não conhecia a regra ou não teve coragem de anular o gol, porque Aloísio tentou participar, efetivamente, do lance e estava, completamente, impedido. É óbvio que eu não preciso me amparar na opinião de ninguém para ter a minha, mas mostro, por A mais B que nem todos os telespectadores são bobos, leigos ou acreditam em tudo o que rei Arnaldo e seus áulicos de globo dizem. Só, mesmo, seus parceiros!

12) Tomo a liberdade de escrever, a propósito do corretísimo narrador Jota Júnior, (bom relato ontem) que se equivocou, completamente, ao justificar um impedimento, em bola alçada em direção à área, desviada de cabeça, intencionalmente, por um zagueiro. Ele disse que "o fora de jogo houvera sido marcado antes que a bola batesse na cabeça do zagueiro, isto é, tão logo foi chutada, antes de chegar ao jogador que estava posição irregular.. Isso é impossível porque tanto o árbitro, como, principalmente, o bandeira, têm a obrigação legal de esperar a conclusão do lance, o desfecho da jogada e a definição da trajetória da bola,  justamente para que haja a definição do lance e a marcação seja correta e inequívoca. Se isso não ocorreu, o erro da arbitragem foi grosseiro. Aliás, tenho certeza de que o Jota, espírito evoluído, não ficará magoado e nem se exasperará em função da observação, como ocorre com alguns de seus companheiros, vaidosos e autosuficientes que, em vez de pesquisar e procurar a correção de seus erros, se revoltam e partem, imediatamente, para a ofensa e para a agressão. Todos nós podemos e devemos aprender com qualquer crítica. Se eu fosse contar as críticas que recebi em quase 50 anos de carreira - ainda exerço a profissão e sou filiado a minha associação de classe - preencheria o espaço usado por Euclides da Cunha em "Os Sertões" ou por Leon Tolstoi em suas obras. Agradeço, sempre mais, aqueles que me criticaram, do que os que me elogiaram, porque os só os primeiros me trouxeram ensinamentos, evolução e progresso profissional. Os outros, exclusivamente, aumentaram-me a inútil vaidade. Por isso, quando eu escrever algo errado, tropeçar nas palavras e errar no português - quem já não errou ou não erra? - por favor, corrijam-me que lhes serei grato! Aliás já recebi muitos comentários críticos neste espaço e os mantive, sem deletar nenhum!

13) Dei uma passada, ontem, de madrugada,  pela mídia comercial ou, vá lá, profissional, essa, sim, agressiva, bélica, mascarada, ninja, destruidora e iconoclasta, quando o assunto é o Palmeiras. Pois essa crônica coonesta quer fazer o que bem lhe aprouver e, definitivamente,  não quer aceitar a oposição da mídia samurai que ousamos fazer, impregnada, é verdade, de algum olor clubístico, de alguns pequenos erros, mas, creiam, feita com muito amor e repleta das melhores intenções. Como não se indignar ao entrar em todos os portais, sites e mídia possíveis e verificar que os assuntos da maior importância e relevo referentes à arbitragem no jogo de ontem (todos procedentes) publicados aqui, foram criminosamente omitidos e não sendo alvos, sequer, de abordagem, ou de qualquer opinião, Lí, exclusivamente,  uma única e pequena citação, de onde menos eu esperava, da Folha! Parabéns ao jornalismo da Folha, reconhecidamente, informativo e nada opinativo nas matérias gerais. Ao menos não foram omissos!

14) Um destaque, agora, para Paulo Nobre que se comportou como um presidente varzeano, nos pronunciamentos após o jogo. Concordo com suas críticas à apatia da equipe, mas, discordo quando ele deixa nas entrelinhas a perspectiva da saída Kleina. Ainda que Nobre tivesse ou tenha essa intenção, ele deveria deixar para resolver tudo em São Paulo, de cabeça fria, fora do ambiente efervescente da jornada de desolação que viveu ontem, sem fornecer o combustível da dúvida e da fofoca à tendenciosa mídia paulistana. Concordo, sim, que Kleina perdeu, completamente, o fio da meada e que algo tem de ser feito, antes que sobrevenha um cataclisma de inimagináveis proporções, também no que respeita ao rendimento do time na Série B. Essas coisas são altamente contagiosas e é aí que mora o perigo. Eu, particularmente, demitiria Kleina, neste momento, agora, já,  e iniciaria, incontinenti, através da série B, a preparação de um time mais poderoso e competitivo visando ao importantíssimo ano de nosso centenário!

VOCÊ ACREDITA QUE COM O FIM DO SONHO DA LIBERTADORES, KLEINA AINDA TEM AMBIENTE NO PALMEIRAS?

OU JÁ PASSOU DA HORA DE O PALMEIRAS CONTRATAR UM TÉCNICO DE NOMEADA, EXPERIENTE, COM METODOLOGIAS DE COMANDO E LIDERANÇA DIFERENTES DE KLEINA?

NÃO SEI POR QUE, PASSOU-ME PELA CABEÇA O NOME DE ABEL BRAGA!

VOCÊ TAMBÉM TEM OUTROS NOMES, OU SE CONTENTA COM KLEINA?
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27/08/2013

VALDÍVIA ESTÁ FORA DO JOGO CONTRA O ATLÉTICO PR!


A notícia é ruim, muito ruim, mesmo, para a torcida palmeirense..




Valdívia é só tristeza!


Ele não vai enfrentar o Atlético, amanhã, em Curitiba.

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 O que eu acho disso?

Acho péssimo e vou mais além... 

Sem ser ave de mau agouro, começo a enxergar a classificação palmeirense cada vez mais longe e munido de binóculos.

Pelo que vi, senti e depreendi do Atlético Pr no jogo do brasileiro contra o Botafogo, na última rodada, o time paranaense é favorito, em casa, contra o Palmeiras, principalmente se o time de Kleina jogar o futebol indigente que jogou em Varginha.

Espero que o meu discurso pessimista não se materialize em campo e que o Palmeiras se acerte, se agigante, se imponha, vença e se classifique.

A ausência do Mago me dá a sensação de estar tomando uma ducha, fria, frigidíssima, em relação ànossa perspectiva de vitória. Com ele em campo, eu pensaria diferente! Sem ele, nem ouso, apenas rezo para que aconteça o melhor!

Vou antecipar o meu pensamento, francamente, sinceramente, como é de meu feitio, para dizer o seguinte:

"a ausência do mago não está me cheirando bem".

Poderemos pagar um altíssimo preço pela ausência do Mago, exatamente como eu disse quando Kleina, e-s-t-u-p-i-d-a-m-e-n-t-e, poupou jogadores  no jogo em Varginha e eu frisei que poderíamos acabar ficando com duas derrotas e sem a habilitação para a próxima fase da Copa do Brasil!.

A ausência de Valdívia é algo assim, como se Neymar não entrasse em campo com a camisa do Santos, na época em que era o principal jogador santista.

Valdívia, a mídia querendo ou não, admitindo ou não, propagando ou não, é um craque desequilibrante e está entre os melhores jogadores da atualidade.

Sem medo de incorrer em erro, ouso dizer que Valdívia e Ronaldinho Gaúcho, são, hoje, os expoentes máximos do futebol brasileiro.

Há muita similaridade entre eles em termos de inteligência, visão de jogo, toque de bola, batida na bola, drible no pé, e, principalmente, na percepção de espaços para os lançamentos, absolutamente impressentidos pelos jogadores comuns.

A principal linha de interseção entre o futebol de ambos, é o fato de serem destros, embora, via de regra, sejam os canhotos que aparecem como os jogadores mais habilidosos. Valdívia e Ronaldinho são exceções que contrariam essa máxima!

Se os puristas do futebol procurarem defeitos nesses dois jogadores, certamente só encontrarão um, a deficiência nas cabeçadas no chamado jogo aéreo.

A similitude entre ambos é tão grande que até o bom gosto fora dos gramados os une, pois adoram festas e noitadas cercados de mulheres bonitas. Cá entre nós, sem hipocrisia, quem não gosta? Só bambi, mesmo!

Se há uma diferença entre eles, além da visível e notória cor da pele, existe outra que coloca o gaúcho bem a frente do palmeirense.

Ronaldinho aguenta o tranco apresentando um físico muito mais resistente, apto a suportar o jogo pesado, recurso habitualmente utilizado pelos adversários na confrontação contra esses dois jogadores.

Outra diferença é que Ronaldinho é respeitado e considerado, mas, Valdívia, não, pois sequer é reconhecido pelos homens de mídia - só por isso eles já se desmoralizam - como craque.

Na verdade, Valdívia é odiado, pelo simples fato de atuar em um time que não tem a simpatia geral da maioria dos atletas, dos árbitros e da mídia.

Nem é preciso dizer que os adversários do Palmeiras, contam-se, eles, aos milhares, trabalham sistematicamente contra Valdívia,  pois  não suportam a idéia de o Palmeiras ter craques.

Qualquer jogador, haja vista Valdívia, que se destacar no Palmeiras, recebe, imediatamente, um rótulo negativo em relação a problemas pessoais ou profissionais existentes ou nã, da maior parte da mídia paulistana e é, imediatamente, submetido a execração.

A foto flagrante de Valdívia, divulgada por todos os jornais e revistas paulistanos, beijando uma mulher em um canto escuro de uma boate paulistana, é reveladora. Mostra o grau atual de sofisticação da mídia no patrulhamento a jogadores do Palmeiras.

Jorge Henrique foi dispensado por Tite  em razão de suas incursões sistemáticas pela noite paulistana, muito mais frequentes que as de Valdívia, mas. nunca, nenhum jornal, revista ou site, publicou uma foto desse atleta em qualquer estabelecimento noturno, fosse boate, casa de massagem, inferninho ou cabaré. Que mídia!

As frequentes contusões de Valdívia, difíceis de serem curadas,  são decorrentes da caçada desumana de que sempre é vítima o armador palmeirense.

Arnaldo César Coelho é o principal culpado pela ausência de Valdívia, pois cunhou a frase facilitadora para os detratores de Valdívia justificarem as faltas não marcada, mas que ocorrem, enfileiradamente e impunemente sobre o palmeirense. " Valdívia é um caicái ".

Não, não é Valdívia que é um caicai, é Arnaldo que detesta o Palmeiras, há largos e longos anos. Será que ele acha que esquecemos o que ele fez com o Palmeiras na decisão do Brasileiro de 78 contra o Guarani?

Tenho sentido um certo desespero dos palmeirenses em função das seguidas e reiteradas contusões do mago, com suspeições e descrédito dirigidos ao nosso departamento médico, que recebe o rótulo de incompetente, embora, na realidade, seja igual a todos os outros dos demais concorrentes.

O problema de Valdívia é cronificado, e, penso, enquanto ele estiver jogando no Palmeiras, estará longe de uma solução.

Os adversários sabem que tem em mãos o habeas-corpus para bater, i-m-p-u-n-e-m-e-n-t-e no chileno sem receber o correspondente cartão justiceiro. Isso ocorre até na segunda divisão!

Fazer o que se os nossos dirigentes - é tradicional e recorrente - sabem que o problema existe e nada fazem no sentido de  acabar com isso?

Como os bambis faziam no tempo do "anão de jardim" (Leonor) se faz mister que tenhamos alguém preparado para prestar declarações fortes contra o abuso, inibindo, em parte que seja, a carga de ódio e violência dirigidas a Valdívia, simplesmente porque ele é o melhor jogador do futebol brasileiro, quando se recupera das lesões e consegue voltar ao campo.

SEM VALDÍVIA VAI FICAR MAIS DIFÍCIL?

MENDIETA TEM CONDIÇÕES DE SUBSTITUÍ-LO À ALTURA?

QUAL SERIA A MELHOR FORMA DE ENFRENTAR O ATLÉTICO EM CURITIBA, CONSIDERANDO-SE QUE TEMOS A VANTAGEM?

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26/08/2013



PARABÉNS, PALMEIRAS, 99 ANOS! 

SAUDEMOS O NOSSO ALVIVERDE IMPONENTE PELOS SEUS 99 ANOS DE  VIDA.



ASSIM FALOU CONFÚCIO:

" A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda ".
 




OBRIGADO, PALMEIRAS, POR VOCÊ EXISTIR E ME TRANSMITIR TANTAS EMOÇÕES, NAS VITÓRIAS E NAS DERROTAS, NAS DISPUTAS E NAS CONQUISTAS E, ATÉ, NOS INEVITÁVEIS FRACASSOS, PARA O BEM E PARA O MAL!

PARA O SUPREMO BEM, NAS VITÓRIAS - ALIMENTOS DA ALMA -, QUE MARAVILHAM OS MEUS OLHOS, MASSAGEIAM O MEU EGO, ENLEVAM A MINHA ALMA, EXALTAM A MINHA EXISTÊNCIA E ME FAZEM SENTIR, MAIS DO QUE, APENAS, UM HOMEM FELIZ E REALIZADO, UM SEMIDEUS!

PARA O MAL, NAS DERROTAS QUE TANTO ME ABATEM,  ENTRISTECEM E HUMILHAM, MAS QUE ME ENSINAM A COMPREENDER QUE O EXERCÍCIO DA HUMILDADE É SUBLIME, PORQUE ME FAZ CAIR NA REALIDADE DE QUE, AFINAL DE CONTAS, SOU, APENAS E TÃO SOMENTE, SIMPLESMENTE, UM HOMEM, COM VIRTUDES E DEFEITOS.
 

PARABÉNS PALMEIRAS, "AD AETERNUM", PERPETUAMENTE, HONRA E GLÓRIA IMENSURÁVEL DO FUTEBOL BRASILEIRO. HOSANAS!

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Na esteira da homenagem ao Palmeiras, um culto a dois heróis do futebol brasleiro, que migraram, neste fim de semana, para a pátria espiritual, De Sordi e Gilmar.



Newton De Sordi,

Piracicabano, por mais de uma década lateral direito titular do SPFC, foi duas vezes campeão paulista, respectivamente nos anos de 53 e 57 e .campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1958.

Lembro-me muito bem dele no SPFC porque, naquela época, os times quase não mudavam as suas escalações, que eram divulgadas pela mídia numa sequência fácil de memorizar, em 3/3/5, nesta ordem:

Goleiro, lateral direito e zagueiro central..
Médio de apoio, centromédio e lateral esquerdo.
Ponta-direita, meia direita, centroavante, meia esquerda e ponta esquerda

Exemplifico usando o time do Palmeiras da década de 50, que, historicamente, não marcou, embora tenha decidido em 1954 o Campeonato Paulista do Centenário e  a final do Rio/São Paulo contra o Cu-rintia perdendo ambos os títulos.

Laércio(goleiro), Manoelito (lateral ou alfo (corruptela do termo inglês Half) direito e Cação (zagueiro central). Nilo (Médio de Apoio), Valdemar Fiúme  (centromédio) e Dema (Lateral ou alfo esquerdo).
Liminha (ponta-direita) Humberto (meia direita ou ponta de lança), Ney (centro-avante, Jair da Rosa Pinto (meia-esquerda) e Rodrigues (ponta-esquerda).

Assim se podia decorar, com enorme facilidade, todas as escalações dos times da época.

De Sordi foi campeão pelo SPFC em 1953 com este time: que eu, mesmo palmeirense, memorizei e sei escalar, até hoje::

Poy, De Sordi e Mauro, Pé-de-Valsa, Bauer e Alfredo. Maurinho, Albella, Gino, Negri e Teixeirinha.

Em 1957 o SP voltou a ganhar o Paulistão, exatamente em cima do Cu-rintia, em jogo a que assisti pelo rádio, com a seguinte escalação, também decorada:

Poy, De Sordi e Mauro. Sarará, Vitor e Riberto. Maurinho, Amauri, Gino, Zizinho e Canhoteiro.

Mas foi na Seleção Brasileira que De Sordi  obteve o seu maior laurel, ajudando a desbravar os caminhos que levaram o Brasil ao seu primeiro título mundial.

Tecnicamente, sempre esteve longe da qualidade do ídolo palmeirense Djalma Santos, o maior de todos os tempos na posição, ao menos em minha forma de enxergar futebol e de milhões de brasileiros.

Djalma, falecido há poucos tempo, foi reserva de De Sordi até o jogo final da Copa de 58 quando, disseram, o zagueiro sãopaulino teria tremido ante a perspectiva negativa de o Brasil sofrer um novo "mararacanazzo" na Suécia, mas a história não foi, exatamente, assim.

Na verdade, De Sordi teve, de fato, um incômodo muscular e foi afastado por precaução, já que a comissão técnica do Brasil, temia perder um jogador no transcorrer da partida final , já que, na época a "regra três" ainda não previa a substituição de atletas no decorrer de jogos oficiais.

A opção por Djalma, então jogador da Portuguesa de Desportos, deu-se, segundo me disse o saudoso Dr. Paulo Machado de Carvalho em conversa informal, exclusivamente por precaução.

De Sordi ficou fora do jogo decisivo contra a Suécia, mas, como homem de confiança do técnico  Vicente Italo Feola, foi importantíssimo nas partidas anteriores, para que o Brasil trouxesse o título, pela primeira vez, para o cone sul.do planeta.

De Sordi, foi sempre um jogador comunitário, eficiente, sério, sóbrio, competente, compenetrado, aplicado e só por isso submeteu ao banco o melhor lateral direito de todos os tempos, Djalma Santos.

De Sordi marcou com propriedade e suficiência alguns dos ponteiros esquerdos mais famosos da Copa de 58 como o inglês Finey, o frances Vincent, mas não marcou aquele que foi considerado o , melhor da competição, o sueco Skoglund, justamente por ter se ausentado do compromisso final, em face de uma contusão.

Descanse  em paz, Newtão!

 

GYLMAR DOS SANTOS NEVES, ou, simplesmente, Gilmar, é considerado por quem o viu jogar o maior goleiro brasileiro de todos os tempos, foi um predestinado.

Reza a lenda que ele começou  a carreira como um modesto ponta esquerda em sua cidade natal, Santos, no time bancado pela colônia espanhola, o Jabaquara ou Jabuca, como era conhecido o mais temido adversário do Santos - depois do Palmeiras, depois do Palmeiras - na era Pelé.

Gilmar foi para o CU-rintia na qualidade de contrapeso, por exigência da diretoria do Jabaquara na negociação de Ciciá. Os espanhóis forçaram a ida de Gilmar para os gambás, convictos de que, em um clube da expressão e prestígio do Cu-rintia, ele poderia tonar-se o maior goleiro do país. Acertaram na mosca!

Ví, assisti, reportei e até irradiei muitos jogos de Gilmar, porém apenas a partir de meados da década de 60 quando ele já atuava pelo Santos.

Com a camisa do Cu-rintia assisti a um único jogo dele, no tempo em que eu ainda era menino e pude vê-lo bem de perto quando eu nem sonhava em tornar-me um profissional do jornalismo esportivo.

Conhecido como girafa, Gilmar, do alto de seus 1m e 81, era um homem gigantesco para os padrões de altura daquela época em que havia goleiros com 1m e 71 como Valdir Joaquim de Morais, sendo raros os que chegavam perto de 1m e 80.

Dois lances ficaram marcados em minha memória infantil naquele meu primeiro contato visual com Gilmar, sendo um antes do jogo e outro durante o jogo.

O primeiro foi o fato de Gilmar, na hora do aquecimento - era uma festa e um espetáculo à parte o aquecimento dos times - segurar a pesadíssima bola daqueles tempos com apenas uma das mãos. Fiquei assombrado com aquilo, haja vista que jamais houvera visto algo igual!

O segundo foi uma falta ocorrida na entrada da área em que Gilmar fez questão de tirar a barreira e o cobrador (nem me lembro mais o nome dele) emérito chutador desferiu um petardo no canto esquerdo, à meia altura que Gilmar, até então sem ter sido chamado a intervir, realizou uma elástica ponte para deter a trajetória da bola, arrancando unânimes aplausos da multidão que acompanhava o jogo.

Depois disso, como repórter, entrevistei Gilmar várias vezes, principalmente quando trabalhei em Ribeirão Preto.

Apesar de um certo mistério e valorização, Gilmar sempre me atendia, sendo de realce o fato de ele ser o jogador do futebol paulista que melhor se expressava e dono, aliás, de uma belíssima voz, aproveitada em múltiplos comerciais de âmbito nacional, com destaque para a Gilette..

Certa feita, no hotel Umuarama, top de linha de Ribeirão Preto naquele tempo, bem no centro da cidade, onde rotineiramente se hospedava o Santos, recebi de meu chefe, o legendário Nag, uma difícil missão: conseguir algumas declarações de jogadores do Santos para promover a nossa guerreira Rádio Brasiliense.

Os jogadores deveriam dizer o seguinte: "Aqui quem fala é (...), do Santos.Quero convidá-los para ouvir as transmissões da equipe boa de bola da Rádio Brasiliense!

Consegui declarações de Zito, Coutinho, Dorval, Pepe, todos muito solícitos, até que cheguei em Gilmar.

Com seu português de ótima qualidade, o legendário goleiro me fez voltar aos tempos de curso clássico ao responder "Olha, garoto, isso não faz parte de meu "métier", mas desta vez vou atendê-lo! Só desta vez!

Fiquei admirado ao ver um atleta, categoria, até então, de pouco saber e de poucas letras naqueles anos, usar um termo frances, embora quem o fizesse fosse criticado por galicismo

Gilmar, para a alegria de todos nós, fez a gravação, a melhor entre todas realizadas por cinco ou seis de seus companheiros!

Se Pelé gravou?

É óbvio que não!

Já naquele tempo, que repórter de rádio tinha acesso direto a Pelé antes do jogo?

Talvez, com dificuldades, um Juarez, um Pimentel, um Maltone, um "Olho Vivo", ou alguém que trabalhasse na capital! Quanto mais, eu, um garoto humilde que trabalhava em uma pequena emissora do interior!

Gilmar foi campeoníssimo em sua carreira e, ate hoje, poucos conseguiram ganhar os títulos que ganhou. Numa contagem rápida, verifiquei que ele conquistou cerca de 30 títulos expressivos muitos deles no Cu-rintia, desde o importantíssimo Campeonato Paulista, a Rio São Paulo e até a chamada "Pequena Copa do Mundo" realizada na Venezuela., em 1954, ano considerado como o auge de suas conquistas, defendendo o gol da gambazada.

Mas foi no Santos que Gilmar enfileirou dezenas de conquistas, tendo sido vencedor em  5 campeonatos paulistas, 3 Torneios Rio/São Paulo, 5 brasileiros, 2 libertadores, 2 torneios intercontinentais correspondentes a atual Copa Toyota (chamados, impropriamente no Brasil de Mundiais) e a Recopa Mundial de 1968!

É óbvio que recorri aos arquivos para levantar tantas conquistas, das quais, como bom palmeirense, não me recordo de todas, apenas de algumas.

Embora sempre atuando contra o Palmeiras, na qualidade de adversário, torci por Gilmar quando foi o goleiro titular da seleção nas Copas de 58 e 62, e conquistou os respectivos títulos, mas o meu palmeirismo incorrigível me fazia preferir Castilho, o Leiteria .

Em 66, revezou  a titularidade com o pernambucano Manga, do Botafogo, naquele que foi, talvez, o maior fiasco  da Seleção Brasileira em todas as Copas.

Gilmar vestiu 102 vezes a camisa da Seleção Brasileira em uma época em que a Seleção  não entrava em campo tanto quanto entra hoje e é o décimo colocado na relação de quem mais jogou!.

Em suma, esta é a nossa pequena homenagem aos dois monstros sagrados que ora nos deixam em retorno à dimensáo espiritual.

A eles, a nossa saudação e o nosso reconhecimento!

Se eu tivesse de resumir em uma frase a minha definição sobre Gilmar que no registro de nascimento era, mesmo Gylmar, eu diria:

" - Até que encerrou a carreira, não houve no Brasil nenhum goleiro da qualidade de Gilmar!"

Parafraseando Machado de Assis em Dom Casmurro, " que a terra lhe seja leve", tão leve como um goleiro que desafiava a lei da gravidade!

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