Observatório Alviverde

28/02/2014

CUIDADO, KLEINA! O SEU PALMEIRAS NÃO TEM PADRÃO DE JOGO!


 

Esmiuçando vários aspectos do Palmeiras 2 X 0 São Bernardo de ontem, confesso-lhes que, agora, eu posso compreender porque há tantos palmeirenses zangados, cuspindo marimbondos, radicalizando contra Kleina e alguns, mais exaltados, pedindo-lhe a saída imediata.

Vou ser objetivo na observação e entro, direto, no assunto!

O time do Palmeiras, no início do Paulistão se impunha em campo, abafava os adversários, partia pra cima deles, apresentava mais volume de jogo, detinha, sempre, o maior tempo de posse de bola, arrematava muito e chegava com frequência ao gol.

Porém, hoje, conquanto esteja obtendo bons resultados, tem jogado feito time pequeno, isto é, muito mais, pressionado do que pressionando os rivais.

Ontem, voltou a ocorrer! Em determinados momentos do jogo, dava a impressão de que o São Bernardo era o Palmeiras e o Palmeiras -assustado, acuado na defesa e sem saída de bola- era o São Bernardo!

Não tenho em mãos -ninguém, nem a TV divulgou- a estatística do tempo de posse de bola das equipes, mas, tenho a impressão de que o time do ABC deteve a bola nos pés por um tempo muito maior que o Palmeiras, sobretudo pelo desenho do jogo no segundo tempo. 

Em melhor hipótese, empatou com o Verdão nesse quesito, o que, convenhamos, não é um bom sinal para um time que pretende ser campeão!

Culpa, entendo eu, em parte, das contusões e de outra parte das escolhas equivocadas de Kleina que continuam ocorrendo jogo a jogo. Ontem, apesar da vitória, aparentemente fácil, -na prática., difícil-, não foi diferente!

Pelo que observei, o time palmeirense não apresentou -nem tem como apresentar- um padrão tático ou um plano de jogo definido, o que, como se sabe, e é elementar no futebol,  só se consegue, exclusivamente, através da definição individual do time titular. 

Kleina tem de parar -já devia ter parado- de fazer média com todo grupo e escolher, urgentemente,  os onze titulares!

 Mas o Palmeiras está longe de ter isso, pois -talvez para agradar a todos e ficar bem com todo mundo-, Kleina muda tudo o que estipulou e escala uma onzena diferente a cada jogo! Aí é que mora o perigo!

Em meus quarenta anos de observação profissional do futebol, desconheço qualquer equipe de primeira grandeza que não houvesse definido os onze titulares.

Os técnicos começavam trabalhando nos elencos até depurar os onze melhores para as onze posições e as cinco melhores alternativas para o banco.

A partir daí,  mantinham, sempre,  a base escolhida, sem alterações, invencionices ou média com ninguém, mexendo nas equipes exclusivamente no caso de contusões, suspensões ou de extrema necessidade!

O Palmeiras, sob Kleina, entra em campo,  a cada jogo, com uma escalação diferente e isso me preocupa, muito, porque corremos o risco de chegar à fase mais importante e decisiva da competição completamente desentrosados.

Quem não sabe que, partindo-se do princípio de que, se a torcida é o décimo segundo jogador de qualquer time, o décimo terceiro chama-se entrosamento! Entrosamento é o que mais está fazendo falta ao esforçado time do Palmeiras!

Registre-se que o fenômeno da mudança sistemática das peças e da escalação com a escalação de um time diferente a cada jogo, são fatores determinantes do desentrosamento, da indecisão, da hesitação e da falta -às vezes- de confiança daqueles que entram em campo.

Por esses aspectos, que têm complicado a equipe em alguns jogos, e, pela influência de outros detalhes que também minam a confiança de qualquer time na hora das decisões eu temo pelo Palmeiras nas finais. Esse é o meu grande receio!

Para minorar a situação, Kleina deveria, na medida do possível, definir já um time titular e tentar entrosa-lo nos quatro jogos que restam, para os jogos finais do Paulistão, embora, tenha de atuar, forçosamente, duas vezes, sem o concurso do craque Valdívia! 

Entre uma série de problemas -a covardia da utilização frequente da retranca quando se faz um gol é um deles- há outros, muitos dos quais crônicos, que precisam ser resolvidos.Prementemente, urgentemente!

O problema da retranca é o que pode ser resolvido de maneira mais fácil, desde que Kleina tenha vontade de fazê-lo!

Basta que passe a exigir que,
a partir do primeiro gol assinalado pelo Verdão, o time não mude o comportamento tático recuando e esperando poder contratacar. O Palmeiras, além de não tem atacantes com a característica de velocidade, chama pra cima de si os adversários.

Que, ao estabelecer a vantagem, o time  continue jogando normalmente sem recuar nunca e que parta para cima dos adversários em busca de outros gols! 

Fácil demais, mera questão de atitude! Kleina precisa se convencer e se conscientizar de que não está mais dirigindo a Ponte Preta!

Outros problemas:

Na defesa temos problemas de facilitação ao adversário pelo lado direito, no costado de Wendel, principalmente quando ele sobe para prestar o necessário apoio ao ataque. Urge que com as peças individuais definidas, Kleina encontre uma fórmula que não deixe o time tão perigosamente exposto nesse setor!

O problema da ala direita, crônico, existiu, ontem, apenas, em pequena escala em decorrência da atuação individual soberba e destacada de Lúcio, técnica e -principalmente- fisicamente.

Lúcio foi um dos melhores em campo atuando contra o São Bernardo como se fosse um garoto, com a corda toda, muito despreendimento e esbanjando técnica e, sobretudo, força física.
Foi a melhor atuação dele, até agora, vestindo a camisa alviverde!

Com Marcelo Oliveira -muito melhor como volante do que como zagueiro- vive-se o problema de vestir um santo com a roupa do outro.

É preciso acabar com isso, mas só vai acontecer a partir do instante em que for definido o zagueiro que vai compor a dupla de área defensiva com Lúcio! Marcelo de zagueiro, só emergencialmente!

Como volante Marcelo apresenta a vantagem de proporcionar um Palmeiras defensivamente forte, pelo lado esquerdo, explorando Juninho que, se, de lateral tem apenas cacoete, é um líbero apoiador de qualidade. Além disso, armador que é, categorizado com a bola no pé, facilita demais a saída e o toque de bola!

Juninho só pode se aventurar ao ataque contando com uma cobertura eficiente em seu setor, justamente o que nos faltou - diga-se, en-passant- domingo passado em Ribeirão, embora Juninho não houvesse atuado! 

No meio de campo, Egurem, ainda longe de ser a solução, ontem demonstrou que pode chegar lá! Para isso é necessário, primeiro, que Kleina decida se Eguren é o que de melhor ele tem no elenco para a função de volante de contenção, e o defina como titular.


O que não pode é ficar trocando o uruguaio a cada jogo, minando-lhe a confiança, a autoestima e subtraindo-lhe a motivação.

A excelente saída de bola que Eguren apresentou em muitos lances, -não em todos- algumas viradas de jogo e sucessivos lançamentos longos sob medida, ontem, foram animadores!

Levam-me a acreditar que, -ao contrário do que eu supunha-,  com o passar do tempo ele possa se firmar e fazer jus ao grande cartaz de que veio precedido e que motivou o interesse do Verdão por sua contratação.

É óbvio que acostumados ao estilo de jogo corrido de Márcio Araújo, um médio destruidor de grande fôlego e quase onipresente. A atuação menos física de Eguren e a sua ausência -em muitos lances- à frente da zaga para defender é preocupante!

Vejam que não foi por acaso que o São Bernardo complicou a defesa do Palmeiras em arremates de média ou quilométrica distâncias, já que Eguren ainda não percebeu que a sua principal atribução tática é a de jogar na função a que se chamava, antigamente, de "limpador de parabrisa"!

Entretanto, o "calcanhar de aquiles", isto é, o ponto mais fraco e vulnerável do time do Palmeiras tem se revelado a meia cancha, nem atrás, nem na frente, mas como um todo!  


Não apenas pela citada indefinição de Eguren ou pela ausência de Marcelo Oliveira, táticamente -hoje- o melhor e mais importante jogador do Palmeiras!

Como é muito mais difícil encontrar-se um volante de qualidade do que um bom quarto-zagueiro e considerando-se as mencionadas multi-utilidades táticas de Oliveira, Kleina deveria dar uma solução ao problema da zaga e liberá-lo para atuar à frente da zaga, fazendo dupla com Eguren, dando cobertura para as avançadas de Juninho e, finalmente, ligando defesa e ataque!

Ontem, Wesley, várias vezes, sacrificou-se e voltou para marcar no setor, o que, convenhamos, é um desperdício pela força e agressividade que ele, atuando mais à frente,  passa ao ataque e proporciona ao time.

Barbeiragem de Kleina:

Valdívia tem jogado enfiado, fora de suas características de armador e isso tem prejudicado demais o chileno e a equipe. Valdívia precisa jogar de frente, vindo de trás, para poder ler o jogo e enfiar a bola a quem estiver mais bem colocado ou em condições de tentar o gol

O que ocorreu domingo em Ribeirão poderia ter ocorrido, novamente, ontem, no Pacaembu, não tivesse o chileno em noite de razoável inspiração, mesmo que ainda longe do que ele sabe e pode realizar dentro de campo.

Aliás é utópico e irrealizável o desejo de Kleina de colocar Valdívia para encostar no limitado Kardec. Fosse com um Méssi, com um Neymar ou com um jogador cerebral ou da característica de ambos, aí sim, mas Kleina parece não ter ido à aula de Ciência quando o professor explicou a diferença entre mistura e combinação.

A escalação de Vinicius para começar o jogo só pode ser explicada pelo fato de o garoto ter boa disposição física para acompanhar o lateral adversário e, de quebra, ajudar a marcar a saída de bola e o setor de Juninho.

Não há outra explicação convincente ou plausível para a escalação -de cara, de início- de um jogador apenas mediano e inexperiente mas que, no frigir dos ovos, por seu empenho e espírito de luta não decepcionou. 

Com a volta de Patrick Vieira, não creio, entretanto, que Kleina ouse inventar novamente quando se tratar desse setor, ao menos até o retorno do contundido Leandro!

Marquinhos Gabriel, canhoto, parece-me cerceado em sua criatividade pelo sacrifício tático que lhe impõe Kleina.

Jogador de vocação nitida e, definitivamente, ofensiva, não tem rendido satisfatoriamente porque está investido em funções mais de mobilidade e marcação, o que explica, em parte, a debilidade de nosso ataque! Chegamos com os laterais, mas não conseguimos sincronizar essas jogadas, com a chegada dos meias!

Repete-se, com Marquinhos o fenômeno Mazinho que foi queimado por Kleina em razão de atuar fora de suas reais características!

Para encerrar eu quero dizer que Gilson Kleina passou recibo em todas as falhas apontadas por este OAV, na medida em que mexeu justamente nas peças e posições alvo de todas as nossas principais  observações críticas.

Ao fazer entrar Mendieta aos 19 do segundo tempo, ele procurou melhorar a marcação do lado direito do Palmeiras, o ponto mais forte do São Bernardo.

Ao mesmo tempo, ele pretendia dar mais opções ao ataque palmeirense quando o Verdão tivesse a posse de bola, a fim de prosseguir atacando pelo setor direito, no qual nasceram as principais jogadas da equipe.

Notem que ele corrigiu a escalação equivocada de Marquinhos Gabriel, cuja atuação foi, apenas, razoável, em função do empenho do atleta em cumprir o papel tático que lhe foi confiado.

Perdão, se mal pergunto, mas como pode um canhoto jogar o tempo todo, torto, pelo lado direito do campo? Isto é, via de regra, improdutivo e muito sacrificante!

Aos 31 minutos do segundo tempo, quando colocou Patrick Vieira no lugar de Vinícius, corrigiu o seu erro mais gritante, aquele da escalação de Vinicius.

Vinícius -parece que só Kleina desconhece isso- não consegue ser nem um atacante decisivo e nem um jogador de preparação, embora tenha nascido de seus pés, em solitária jogada de perfeição, o passe que partiu da esquina esquerda do gramado e encontrou Valdívia, livre, e em condições de marcar.

Entendo, porém, -acho difícil que eu esteja enganado- que Vinicius não agiu conscientemente, mas, instintivamente, ao lançar a bola para a área. 

Não creio tampouco que ele tenha tido a visão ou a intenção de lançar Valdívia, mas, simplesmente, o instinto de alcançar qualquer outro companheiro que, porventura, estivesse dentro da área! Por acaso, o Mago estava lá!

O outro erro de Kleina, ele demorou a corrigir, mas só agiu assim para não correr riscos de sofrer o empate.

Refiro-me à entrada tardia de Tiago Alves aos 43 do segundo tempo, com a saída de Wesley e a passagem de Marcelo Oliveira para a frente da zaga, a fim de cobrir o lado esquerdo da defesa e melhorar a saída de bola.

Sou convicto de que Kleina, em função das três alterações, sabe -perfeitamente- que errou, como, também, sabe que assim que tiver um quarto zagueiro que dê conta do recado, passará MO para a sua original função de volante e dará ao meio de campo uma nova postura e uma melhor perspectiva.

Prass, pela enésima vez, foi o melhor em campo, defendendo cinco ou seis bolas extremamente dificeis, principalmente nos chutes desferido pelo centro-avante  Rodrigo Careca, um jogador a ser observado, pois não temos em nosso elenco ninguém melhor do que ele. Nem o selecionável Kardec! (AD)

NA TELEVISÃO

A Rede Globo, mais uma vez e como é de costume, escondeu o jogo do Palmeiras. Até quando vai perdurar esse abuso?

Às vésperas de lançar o seu patrocínio master, o Verdão, mais uma vez, foi colocado no "freezer" do pay-per-view , ainda que seja um dos líderes do Paulistão e o clube que mais levou público aos estádios até o fim deste fevereiro!

As "sumidades", isto é, "os deuses" que comandam a -literalmente- grande cadeia, preferem colocar no ar qualquer jogo do CU-ríntia lanterna, com torcida predominante apenas na capital e na grande São Paulo, do que um jogo do Palmeiras, líder e dono, inequivocamente, da maior torcida do interior do estado de São Paulo, d-i-s-p-a-r-a-d-a-m-e-n-t-e! É muita falta de profissionalismo e de visão!

Quando será que o Palmeiras vai conseguir se libertar do jugo global? Talvez no dia em que um abominável cu-rintiano de nove dedos for apeado do poder! Infelizmente, vai demorar!

Para aqueles que acham que o meu comentário é político e injusto eu pergunto: "-Quem, majoritariamente, sustenta a Globo senão os governos, mormente o federal?

Quem doou, com o dinheiro do povo, sem a menor crítica ou reparo da própria Globo e sim com a sua aprovação plena, um estádio novo aos gambás, construído com o nosso dinheiro?

Quem foi o mentor intelectual que mandou explodir o Clube dos 13 para justificar que a Globo desse mais grana ao CU-ríntia e ao Flabosta do que aos demais clubes?

Quem realizou o (mal) feito senão o abominável senhor Andrés, cupincha do "grande" líder da voz rouca que agora quer Andrés deputado federal? Assim está o Brasil...

Quando foi que a Fifa desconsiderou o reconhecimento ao Palmeiras como primeiro campeão mundial? 

Logo depois do cacique sem-dedo  reunir-se com o presidente da Fifa para o arreglo, isto é, para a ação entre amigos que culminou com a confirmação da intempestiva Copa do Mundo de 2014 no Brasil!

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NA TELEVISÃO

Linhares Júnior transmitiu bem o Palmeiras x São Bernardo, pelo Premiere, procurando, como recomendam os manuais e, principalmente o bom-senso, mais, narrar do que comentar.

Entretanto, muitas vezes "palpitou" e mostrou -subliminarmente- que não tem grande apreço pelo Palmeiras! Seus gritos de gol sem alma e sem vibração, demonstraram isso, mas tem mais!

Depreciou o gol de craque de Valdivia -só craques arrematam da forma estilosa e consciente como ele arrematou- após o comentarista Maurício Noriega ter atribuído o valor que o gol merecia, ao afirmar que "-...caiu nos pés de Valdívia fica tudo mais fácil-". Linhares, sem a menor sensibilidade, afirmou desprezivelmente -"...também, sem marcação..."

Linhares, apesar da firmeza e da segurança ao microfone, decorrente, decerto, de sua passagem pela escola do rádio esportivo, é um locutor muito reto que não consegue levar o torcedor à emoção.

Não sei se ele é assim apenas nos jogos do Palmeiras. Vou observar! O que não pode é ele narrar da mesma forma um lance de classe de Valdívia como se fosse uma bola espanada de um beque rebatedor!

Noriega, longe do curintianismo irritante de Milton Leite que adora pautar, encapsular e dirigir o conteúdo de suas opiniões, muito mais à vontade do que em outras jornadas, desenvolveu um trabalho de qualidade.

Nori foi perfeito ao arrematar os comentários tendenciosos de Linhares e Hernan durante o jogo quando estes anunciavam que Valdívia houvera forçado o cartão. Noriega encerrou o assunto com propriedade,  afirmando que "todo mundo faz isso no futebol", acabando com as ondas e com o blablabla!

André Hernan, o repórter -não o censuro pois cumpria um papel-, quando entrevistou Valdívia ao final do jogo tentou complicar o chileno ao perguntar-lhe, primeiro, "...se o mago havia forçado o recebimento do cartão" ao que, inteligentemente Valdívia respondeu, reticentemente, com um sonoro "ene, a, ó, til", NÃO!

André não se deu por vencido e perguntou, então, se "o recebimento do cartão houverá sido acertado no vestiário ao que Valdívia, -mostrando que é craque até nas entrevistas- respondeu da mesma forma, NÃO, acrescentando, em seguida, " - ... fiz a falta, o que é que tem...você quer dizer que eu não posso nem fazer uma falta?"

De qualquer forma, noves fora a má vontade de Linhares para com o Palmeiras e a esdrúxula limitação de um jogo importante transmitido, apenas, no pay-per-view, o trabalho do PFC , de um modo geral, foi bom! (AD)

27/02/2014

PALMEIRAS A DUAS VITÓRIAS DA CLASSIFICAÇÃO MATEMÁTICA!


 

O São Bernardo é uma pedra de bom tamanho a ser removida do caminho do Palmeiras, em sua caminhada rumo à classificação às finais deste Paulistão/2.014, ano do centenário alviverde!

 Acho ótimo que o perigoso jogo de hoje seja em nossa atual casa, o velho Pacaembu, embora esse aspecto possa suscitar ressalvas, em decorrência do comportamento bipolar de nossa torcida paulistana, mormente as organizadas.  

Se o time estiver bem na fita e lograr êxito em assinalar um gol inicial, estará removida a incômoda pedra e pavimentada a estrada que nos colocará às portas da fronteira classificatória. 

Mas -aí é que está o meu receio- se o time demorar a chegar ao gol, ou, se por infelicidade, vier a sofrer um gol, irá recrudescer, a partir daí, a sórdida campanha em curso pelo esvaziamento de Kleina e pela saída de alguns jogadores que já começam  a assumir o sobrenome Araújo, como Juninho e Mazinho!

Sei que é utópico o que vou pedir, sobretudo quando o assunto envolve ações decorrentes do fanatismo das massas, cujas ações começam, se sabe porquê, mas as consequências dessas ações, não, porque são imprevisíveis, insondáveis e "imoldáveis", se me permitem usar este neologismo!  

Na verdade, ninguém molda ou dimensiona a ação de uma turba fanática, para o bem e para o mal! Pode ser assim, hoje, em face da bipolaridade das organizadas -paulistanas- do Palmeiras, muito mais políticas do que afetivas.

Embora sabedor de tudo isso e convicto de que estou clamando no deserto, insisto em pedir um pouco mais de compreensão à massa, caso o Palmeiras venha a sofrer o gol de abertura, solicitando-lhe que -apesar disso- apoie o time até o final. 

Sobretudo se estiver rendendo razoavelmente mesmo atrás do marcador e ainda que não esteja cem por cento. Afinal, o jogo tem 90 minutos e passa muita água sob essa ponte antes do resultado final!
 

A derrota em Ribeirão retardou, um pouco, o nosso tempo de classificação, embora a chegada para as finais se resuma, em meu entendimento, apenas no cumprimento de mais duas rodadas. 

Se somar três pontos hoje, totalizando 26, o Palmeiras, contando com a derrota paralela do Braga para o Santos. esta noite, na Vila, -muito provável-  e com um tropeço Rio Claro, sábado contra o desesperado Paulista -difícil mas não impossível-  ficará a um ponto da vaga do Rio Claro e a três da vaga do Braga.

Para aqueles que insistem no quanto pior, melhor, o Palmeiras deve ser o primeiro time entre os grandes -entre todos, também- a assegurar a vaga para as finais. 

É por isso que eu pergunto: 

tem cabimento, -considerando-se o momento-, fazer ondas, depreciar e deixar de apoiar a equipe, pedindo a saída do treinador, ostentando, o verdão, semelhante e invejável condição?


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26/02/2014

RESPEITEM O TRABALHO DE KLEINA E ABRACEM O TIME! ESTA É A MELHOR RECEITA PARA O TÍTULO!













Se, no Brasil, a crise é de caráter, a crise, no Palmeiras, é de falta de respeito!

Este é o assunto que irei abordar hoje, ainda que sabendo de sua repercussão, -mínima-, sem qualquer efeito didático em relação à maior parte da torcida, o que, confesso, seria o meu objetivo!

Mas, como ensina o velho monge e escritor tibetano Lobsang Rampa, de tantos ensinamentos profundos e de tantos livros, "é melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão!"

Na relação Palmeiras/Alcides, eu não seria capaz de contar quantas vezes amaldiçoei a escuridão palmeirense, sem, no entanto acender qualquer ponto de luz.

Amaldiçoei a escuridão da incompetência, do descaso, da burrice, da arrogância e da prepotência de tantos diretores e de tantas diretorias, sem que obtivesse, com isso, resultados outros que não fossem a dor, a derrota, o desencanto, o desalento e a frustração!

Creio que você mesmo, leitor deste OAV, que tem a paciência de ler estas garatujas virtuais, também passou pelas mesmas situações e vivenciou os mesmos problemas que vivi, daquelas derrotas doídas e inexplicáveis que poderiam ser evitadas, cuidassem os nossos dirigentes com mais acuro e competência de nossa Sociedade Esportiva...  

Enganam-se, porém, aqueles que imaginam que esta postagem irá censurar Nobre, a atual diretoria, ou que vá pichar o técnico Kleina e os jogadores, cujas orelhas, certamente, ainda estão vermelhas e afogueadas diante de tanta crítica, de tanta censura e de tanto estardalhaço em face de uma normalíssima e benfazeja derrota, -afundou o CU-ríntia e devolveu a humildade ao nosso time- domingo passado em Ribeirão.

Meu foco -com todo o respeito que merecem todos os nossos irmãos palmeirenses-  será a torcida do Palmeiras, em decorrência das circunstâncias esdrúxulas que envolvem-lhe o comportamento e as atitudes.

Trata-se. sim, de uma torcida diferenciada, ímpar, exceção das exceções! Para o bem e para o mal, porém!

Quero começar expressando a minha desagradável constatação e completa perplexidade, em face da capacidade indizível da torcida alviverde em maximizar eventos mínimos e desimportantes, de agigantá-los e promover a chamada tempestade em copo d'água...

Pois é isto mesmo o que muitos dos nossos estão fazendo agora, - ilógica e inexplicavelmente-, tirando o sossego e o foco da comissão técnica e dos atletas, justamente em um momento de decisão de campeonato, quando o time teria de partir, resoluto e com ampla vantagem para brigar pelo título! Isso tem nome e denomina-se oportunismo.

Explico: o torcedor palmeirense, em média, muito escolarizado, - teimoso e obstinado em suas opiniões- tem as suas teses e delas não abre, -como se dizia, antigamente, no interior-, nem para o trem carregado de chumbo. Nesse aspecto, falta-lhe humildade!

Quando o time está bem -caso deste ano- os caras seguram um pouco as suas teses e ficam à espreita de um mínimo tropeço do time para ir à Internet e bradar: "-Não disse que o Kleina era fraco?" Não disse que ele não servia"? 

Eu mesmo disse isso, porém antes dele ser contratado, mas, tive paciência para esperar o trabalho para uma análise posterior. Hoje, tenho as minhas dúvidas em relação ao assunto e já não afirmo peremptoriamente, como antes, que ele não serve!

A cada má atuação da equipe -jamais existiu na história do futebol um time que um dia não jogasse mal- aqueles que não nutrem simpatias por Gilson Kleina, conveniente e oportunisticamente se esquecem de tudo de bom que ele fez e passam aconsiderar irrelevantes todos os números -espetaculares- obtidos até agora pelo treinador! Isso, também tem um nome, maldade!

Como se não bastasse tudo isso, por incrível que pareça,  não é que os caras querem desempregar o técnico que realiza a melhor campanha no Paulistão e que já está virtualmente classificado? A isto não se pode deixar de usar a expressão burrice!

Acrescente-se a tudo o que foi dito, o inoportunismo, o descabimento, o despropósito e, principalmente, a impertinência de tratar desse assunto no momento crucial do Paulistão. Isso é muita ignorância!

Fique muito claro que bato fote nesse segmento da torcida porque este não é o momento mais adequado às críticas e, muito menos, às mudanças, ainda que o time venha a perder outras vezes, daqui até os jogos finais! O que importa, primeiro, é a classificação e, depois dela, o título!

Aos apressados e afobados eu lembro que a organização do futebol de um clube da magnitude do Palmeiras, pressupõe uma certa precaução, disciplina e coordenação de ações fora de campo a fim de que se possa aspirar e chegar aos títulos. 

Entre elas está, -com certeza- a manutenção de um técnico que lidera com folga a competição que ora se disputa, o Paulistão, desde a primeira rodada!

Por mais que alguns torcedores esbravejem, gritem e protestem, não existe nenhuma motivação séria ou cabimento para que Nobre dispense Kleina neste momento. Seria, completamente, ilógico e irracional!

Só se o presidente fosse muito doido ou muito burro, o que, pelo contrário, conforme já provou, não é. 

Portanto, que tirem o cavalo da chuva os detratores de Kleina porque Nobre jamais vai agir assim nesta final de Paulistão!

Ele não se atreverá a atentar contra a razão ou contra a lógica dos fatos! Nobre é milionário, excêntrico ou não, não sei, mas não é louco!

Ademais, se Kleina está entre os primeiros e pode chegar em primeiro, por que motivo defenestrá-lo agora? Em razão de erros pontuais cometidos domingo passado em Ribeirão, amplamente apontados e acerbamente criticados?  

Se Kleina houvesse cometido tantos erros quanto aqueles todos que parte da galera lhe imputa, o Palmeiras seria não o líder, mas o lanterna do Paulistão! 

Como se nota, a muitos, não lhes interessa ver ou admitir isso, pois torcem mais para que as suas opiniões se concretizem do que pelo próprio Palmeiras! Como são medíocres os que agem assim...

Apesar de tudo, se for para conversar sobre a mudança de treinador, topo a discussão com a ressalva de que este não é o momento mais adequado para o debate, justamente quando o Palmeiras está a poucas semanas e a pouquíssimos jogos da final de um Campeonato que disputa -os números e o retrospecto não mentem- na qualidade de favorito. 

Terminada a competição,-aí sim-, vamos debater a conveniência da continuidade ou da dispensa de Kleina. 

As finais do Paulistão, que se aproximam muito rapidamente, representarão a consagração ou a ruína do jovem treinador. Quem viver, verá!

Ou vocês ainda não perceberam que Luxa, amigo pessoalíssimo de Brunoro, está de prontidão, montando -simbolicamente- guarda em frente à sede do Palmeiras? 

Dispensar Kleina agora, da mesma forma que critica-lo e aos jogadores sob a forma de campanha contínua, incessante, dirigida e recalcitrante,  é improducente e só vai prejudicar a equipe nesta arrancada rumo ao título.

Esta é a hora de -todos nós- estendermos os braços para abraçar Kleina e o time, deixando as diferenças e as críticas de estrutura clubística e da conveniência ou não da troca de comando e de atletas para uma data mais conveniente, depois do campeonato.

Lembrem-se, todos, que o Palmeiras, neste momento, está impedido de contratar e inscrever qualquer jogador, em face do regulamento do Paulistão.

Do ponto de vista legal, pode, até, mudar o treinador, mas, pensem, meditem, ponderem, raciocinem e concluam perguntando a sí próprios e respondendo com toda a sinceridade: 

"-Dá para dispensar, agora, o técnico de melhor campanha do campeonato?"

Da mesma forma, por que esculhambar alguns jogadores como Mazinho e Juninho, quando se sabe que não poderão ser contratados substitutos para eles, e, no atual elenco, o que temos é pior ou, no máximo, igual a ambos?

POR AMOR AO PALMEIRAS, PEÇO A TODOS QUE APOIEM O TIME E DEIXEM PARA "DERRUBAR! KLEINA -SE FOR NECESSÁRIO-  E DISPENSAR OS JOGADORES QUE NÃO CORRESPONDEREM AO FINAL DO CAMPEONATO! 

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25/02/2014

O PERIGO DA RADICALIZAÇÃO!


 

Críticas pontuais, sempre, ainda que sejam fortes! Ajudam!

Campanhas sistemáticas, nunca, nem as subliminares! Destroem!

Esse é o pressuposto da minha relação de articulista-torcedor com o Palmeiras.
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Domingo fizemos um jogo ruim contra o Bota em Ribeirão e perdemos a nossa invencibilidade. 

Culpa do time, culpa maior de Kleina por tudo o que já expusemos neste espaço.

Fique claro, porém, que entre a crítica forte de ontem e o início de uma campanha pela saída do treinador, está longe de acontecer e nos separa disto quilométrica distância!

Kleina, aliás, de há muito está marcado e execrado por boa parte da torcida, sendo candidato sério a "próxima vítima"! 
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 Entra ano sai ano e a nossa torcida não aprende, -pelo amor, pela dor, nem mesmo através do amargo caminho das derrotas e da humilhação-, que não se deve depreciar o que é nosso, seja o nosso patrimônio, o elenco, o técnico e os jogadores.

Entretanto, o que se observa é que a grande parte dos palmeirenses vive em campanha contra tudo isso e fornece o combustível para que a banda podre ou fanática da mídia repercuta insatisfações e crises e ateie fogo em nossas aspirações, ano a ano.
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O radicalismo tem sido e continua sendo a marca registrada de nossa torcida, flagrantemente maniqueísta,  para a qual não existe meio-termo, mas, simplesmente, dois extremos bem claros: a consagração ou a mediocridade.

Já diziam os anitigos -tenho um tio em Pederneiras, de 93 anos, forte e lúcido, palmeirense, que me ensinou e repete, sempre esta frase- "no meio é que está a virtude"!
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Em minha longa vivência e acompanhamento do futebol desde os anos 50s, só conheci, até hoje, um único time formado, exclusivamente por craques: a primeira Academia do Palmeiras! 

Foi o maior conglomerado de craques que vi em um time de futebol em todos os tempos. 

Nem a Seleção Brasileira de 70 -a melhor entre todas já formadas- teve tanta fartura de craques quanto a primeira academia do Palmeiras, o único clube que teve a honra de representar o Brasil e vestir a camisa amarelinha do Brasil. Senão, vejamos:

Valdir, pouco mais de 1,70m, mas um craque do gol...
Djalma Santos, o maior lateral do mundo em 58 e o melhor de todos os tempos no Brasil...
Djalma Dias, o zagueiro mais técnico que vi atuar...
Aldemar o único que marcava Pelé sem violência e conseguia, na maioria das vezes, contê-lo... 
Geraldo Scoto, o melhor marcador de Garrincha, que também não fazia uso de violência para marcá-lo...
Zequinha, craque pernambucano que envelheceu no Palmeiras, a melhor saída de bola de seu tempo... 
Chinesinho, para mim, melhor do que Ademir da Guia...
Ademir, considerado o maior de todos, que aprendeu tanto com o gaúcho Chinesinho, a quem sucedeu...
Julinho, o único ponta que colocou Garrincha no banco,  muito melhor que Garrincha...
Vavá, e Ademar Pantera eram craques dentro da área, fenomenais artilheiros...
Germano, emérito driblador, que só não disputou uma copa porque foi vendido para a Itália...

Claro está que esqueci -é natural- de outros nomes, que você, que viveu ou ouviu falar daqueles tempos, por certo, lembrará e constatará.
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Transposto, agora, esse pensamento para o paupérrimo futebol de hoje, observa-se o seguinte:
Já não se forma mais tantos atletas e, por conseguinte, não existe mais o suficiente abastecimento de craques ou de jogadores promissores, -só de medianos-, 

Claro está que não há mais como formar equipes da estatura de nossas primeira, (década de 60), segunda (década de 70) ou da terceira (década de 90, com Luxa). Nem com muito dinheiro!

Com a rotatividade provocada pela Lei Pelé -os jogadores brasileiros já não têm indentificação nenhuma com os times que defendem-.

Com o marketing exagerado que a mídia promove em prol de alguns times europeus, nossos jogadores que, outrora, viam em Palmeiras, CU-ríntia, Bambis, Santos, Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense o ápice da carreira, agora usam essas equipes apenas como trampolim para saltar sobre o oceano e defender camisas que podem ser iguais, mas não são ou serão, nunca, mais fortes do que as nossas.
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Projetando as consequências dessa globalização desenfreada -que tanto empobrece o futebol brasileiro-, em relação ao Palmeiras, fica claro porque não se consegue ter mais times como antigamente, na medida com que exige a nossa torcida. É preciso paciência!

O destino dos poucos medianos que forma o futebol brasileiro e de um ou outro Neymar que, como um cometa, surge de tempos em tempos é sempre o exterior e não há, mais,  como formar times fortes como se formava antigamente.

Em razão disso, somos obrigados a conviver em uma era na qual o clube que puder conseguir jogadores medianos, porém disciplinados, vontadosos e aplicados, pode formar um time de razoável qualidade capaz de buscar os títulos, como o CU-ríntia de Tite!.

Para isso são necessárias duas coisas muito importantes, sendo uma da responsabilidade da diretoria e outra da torcida.

À diretoria cabe contratar jogadores, jovens, preferentemente de excepcionalidades físicas, pois o futebol essencialmente de atrito e objetivamente feio que se pratica no Brasil, exige times de privilegiada força física. O "Bafogo" mostrou isso, domingo passado em Ribeirão!

Já a torcida tem de aprender a ler e compreender o momento atual do futebol, e parar de implicar com Kleina, com Mazinho, com William Matheus, com Juninho ou quem quer que seja.
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A massa não pode e nem deve agir da forma como agiu com Márcio Araújo, que, domingo em Ribeirão -você que lê seja humilde e admita-  fez  falta. 

O radicalismo da torcida em relação a Araújo era tão grande que, mesmo sem terem, jamais, visto Eguren em ação, os nossos torcedores pediam-lhe a entrada no time e diziam que ele era muito melhor que Araújo! Ficou provado que não é! 

E agora, vão crucificar, também, Eguren e fazer dele um novo "cristo"?
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É preciso comedimento e ponderação na análise do time. Muito! 

Continuar, por exemplo, criticando Gilson Kleina - que perdeu a primeira este ano só domingo passado- além de ser uma tremenda injustiça, não é procedimento de alguém inteligente

Tirar Kleina -honesto, correto, trabalhador, conhecedor, dedicado, honrado, dono da melhor campanha do Paulistão- a esta altura da competição?

Tirá-lo para colocar quem: Felipão? 

Para colocar um conhecido e jogador de baralho que só quer saber, hoje em dia, de comprar e vender jogador? 

Colocar novamente Celso Roth, que está desempregado?

Buscar Cuca a preço de ouro no exterior?

Tentar, também com outro inexperiente, Vagner Mancini, cuja saída do Atlético Paranaense até hoje não foi bem explicada?
 
Mais do que isso, contratar técnico quando o seu time lidera uma competição tendo perdido um único jogo?
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Procurar sarna para se coçar quando se avizinha a fase final de um certame para o qual o Palmeiras já está, virtualmente, classificado em primeiro lugar é mais -muito, muito, muito mais-. do que uma burrice, uma i-r-r-e-s-p-o-n-s-a-b-i-l-i-d-a-d-e!

Quem deseja o Palmeiras campeão, tem de parar, agora mesmo, com a radicalização!

O time, neste instante, precisa de apôio para recobrar o ânimo, restaurar a moral e partir, inteiro, para a disputa do título.

Kleina, que recebeu tantas críticas de domingo a hoje, necessita de um pouco de paz para refletir sobre elas, absorvendo as positivas e refutando as negativas.

Pensem que a radicalização é perigosa e que as críticas desse teor deverão ser feitas assim que o Palmeiras houver cessado a sua participação neste Paulistão!

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24/02/2014

KLEINA, FINALMENTE, CAIU DAS NÚVENS!



A derrota de ontem para o Botafogo, em Ribeirão, -merecidíssima-, não é e nem pode ser motivo para desespero!

Não, não e não!

Definitivamente, não!

Entretanto, o revés serve como alerta ao grupo palmeirense -principalmente ao técnico Gilson Kleina- que deixou-se picar pela mosca azul da autossuficiência e da vaidade!

Não apenas por isto, mas, também, por isto, o Palmeiras perdeu a invencibilidade e conheceu a sua primeira derrota no Paulistão.

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O argumento vaziíssimo de que a ausência de alguns titulares tenha sido determinante no resultado negativo de ontem, é puerill!

Um clube da magnitude da SE Palmeiras, se quiser disputar os títulos, tem a obrigação de ter e manter um banco de reservas condizente com as necessidades da equipe, de acordo com a realidade dos campeonatos que disputa!

Ontem, ficou provado -ainda bem- que não é somente o time titular que tem deficiências. O banco também as tem e muito mais!

É preciso que se corrija o setor tão logo termine o Paulistão, dispensando os deficientes e contratando mais alguns -poucos- outros jogadores de melhor técnica, mormente homens de área!

Sem um banco categorizado e à altura, clube algum chega a lugar nenhum!

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Ontem, resultado à parte, faltaram ao time, além de técnica suficiente, principalmente a definição tática!

Peças fundamentais como Marcelo Oliveira e, principalmente, Valdívia, não poderiam ser escaladas para exercerem as funções táticas que Kleina lhes confiou.

Um jogador jovem e sem técnica, Miguel, não deveria ter entrado de cara. Foi suicídio!

Também faltaram, categoria, postura, raça, determinação, opinião e, principalmente, atitude!

O Palmeiras, ontem, passou longe desses atributos e realizou a sua pior exibição neste Paulistão.

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A derrota, ontem, para o Bafo,  não foi mera obra do acaso, da sorte do adversário e nem decorrente - conforme previ- de uma arbitragem deletéria.

O Botafogo venceu com amplos méritos porque realizou um primeiro tempo primoroso e jogou o tempo todo bem melhor que o Verdão, com muito mais aplicação, atuando como se estivesse jogando uma final de campeonato!

Verdade seja dita, os jogadores palmeirenses imaginaram que iriam dar um passeio em Ribeirão, mas acabaram inteiramente envolvidos por uma equipe que -neste jogo, neste jogo, neste jogo e tão somente neste jogo-, esteve, sob qualquer aspecto que se queira analisar, muitos furos acima do Verdão.

Time por time, o Palmeiras, completo ou não, sem invencionices táticas, jogando taticamente certo e provido de atitude em campo, sem qualquer dúvida,  é melhor do que o Botinha. Muito melhor!

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Ontem, aqui no post, eu dizia que Kleina, do jeitinho dele -manso, cordato e educado- era teimoso! Ficou provado, comprovado e ratificado no jogo de ontem! 

Li, creio que no Verdazzo, que Kleina sempre fez e faz questão de contrariar o pensamento e a voz da galera quando se trata de mudar o time. Sempre!

É verdade! Concordo, plenamente! A torcida espera que o jogador tal ou qual estreie e nada... Kleina sempre acha que pode acertar sozinho, mas, ontem, errou sozinho. E como errou!

Eu só não podia, nunca, imaginar que, além de teimoso, quanto GK é personalista, revelando, até, um viés que eu, honestamente,  desconhecia de aventureiro e apostador, que jazia escondido, até agora!

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Quando se esperava pela estreia de Rodolfo, -muito bem cotado e recomendado- GK teve a equivocada audácia de escalar o fraquíssimo Miguel, centroavante que sequer conseguiu destacar-se entre os juniores ...
PS: Não é porque Miguel ainda é jovem e veio da base que vou poupá-lo das críticas, pois já o conheço de priscas eras!

Há três anos, em São Carlos, os nossos juniores perderam, nas quartas de final da Copa São Paulo, para o Santos.

O time era excelente, mas Miguel o centroavante,  era o ponto mais fraco do time, que perdeu  por não ter um homem de área a altura de nossas necessidades. De que cartola Kleina sacou Miguel, o improdutivo?

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A teimosia e o personalismo exacerbado de Kleina -ele deve estar se julgando o dono do chiqueiro e da porcada- foi, em meu entendimento o fator determinante da debacle de ontem.

Se ele ia colocar em campo, pela primeira vez, um lateral, -William Matheus- porque não armou um esquema preventivo a fim de ajudar o estreante, ou, vá lá de prevenir possíveis erros decorrentes do chamado "nervosismo de estréia"?

Ou Kleina, simplesmente, queria queimar o jovem lateral e justificar as constantes escalações de Juninho esteja este atleta bem ou mal?

O time joga com Marcelo Oliveira como volante de contenção cobrindo o lateral esquerdo o tempo todo e, de repente, sem motivos para tal, Kleina recua Marcelo para a quarta zaga, sabendo que Eguren ainda não é um jogador perfeitamente adaptado!

Foi por alí que o Botafogo deitou e rolou, avançando, simultaneamente os dois laterais, confundindo, completamente, a defesa palmeirense.

Como um treinador que se jacta em um grande entendedor de futebol, pode enxergar futebol em Miguel que não conseguia ser destaque nem quando atuava na base?  

Se Marcelo Oliveira tem sido, em média, o melhor jogador do Palmeiras -depois de Prass, depois de Prass, depois de Prass- atuando como volante mais de contenção e cobertura, por que foi abruptamente recuado para a quarta zaga, se o momento não era emergencial?

E Eguren que a torcida, mesmo sem vê-lo em ação, o colocava em um patamar técnico superior a Márcio Araújo? O que jogou, ontem, o gringo? Pelo que mostrou, dá para que se confie nele?

Pois o oriental não jogou nada, absolutamente nada, mas como todo o uruguaio que se preza, manteve a tradição de seus compatriotas, dando ordens e distribuindo broncas o tempo todo, sem olhar para o próprio rabo!

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O Palmeiras perdeu para a Pantera, principalmente em razão de falhas individuais, sobretudo de Willian Matheus que, apesar de tudo, mostrou, potencialmente, algumas qualidades e tem de ter novas oportunidades.

Não fossem essas falhas, o jogo teria sido mais equilibrado e o Palmeiras, se não saísse com um empate,  teria perdido por uma diferença menor.

Embora todos digam que o Palmeiras perdeu o jogo pelo meio, eu ouso dizer, ao contrário, que o Botinha ganhou o jogo pelos flancos, através de uma organização tática muito producente, com o avanço e abertura dos laterais e a chegada dos meias ou dos volantes para a troca de passes, para a triangulação ou para os cruzamentos..

A falta de sincronismo de cobertura e, principalmente, de qualidade de marcação de Eguren e França que se confundiram o tempo todo - Valdívia e Mendieta não marcam e nem sabem marcar-  facilitou ,muito, o trabalho do ataque botafoguense.

A partir daí, na base da habilidade e contando com a falta de marcação pelo miolo de defesa,  cronificada pela ausência de Eguren -ele jogou?- que não marcava, não apoiava e não conseguia promover a saída de bola, o Palmeiras não chegou a lugar algum e sucumbiu diante de um adversário cuja organização tática, mesmo quando recuou para se retrancar, foi, o tempo todo, exemplar!

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De qualquer forma, a derrota de ontem na ex Capital do Café, teve o seu lado positivo.

Além de evidenciar as falhas da equipe, mostra que ainda estamos longe de ter um time competitivo porque-conforme temos apontado neste blog à exaustão-  o Palmeiras não investe em homens de área.

Faltam-nos homens de área criativos, improvisadores, ousados, rápidos, velocistas, dribladores, chutadores, cabeceadores, que infernizem as defesas adversárias.

Creiam, nem Kardec nem Leandro preenchem esses requisitos, -ambos são muito limitados- outrora encontrados muitas vezes em um único jogador .

Como os tempos mudaram e as coisas, hoje, não são mais assim, -são poucos os jogadores de hoje com tal versatilidade- o Palmeiras deveria radicalizar e investir em jogadores superiores a Miguel, a Vinicius e a tantos outros que só ocupam espaço em nosso elenco sem, no entanto,  render satisfatoriamente.

Esses jogadores precisam ser emprestados assim que possível, para ganharem mais experiência ou serem negociados em definitivo, porque um clube que deseja, de fato, ostentar grandeza no futebol brasileiro tem de acabar com os meias-bocas.

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A derrota de ontem tirou um pouco do peso da luta pela invencibilidade e, ao mesmo tempo, faz com que os jogadores reflitam, coloquem os pés no chão e retomem a humildade.

Mais do que isso, derruba Kleina de seu  berço esplêndido de nuvens e o recoloca na dura e implacável realidade do mundo do futebol, na qual não se pode dormir ou descuidar ao menos por um instante!

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Mas se houve um aspecto muito positivo nesse resultado, foi aquele de melhorar o posicionamento do Botafogo no grupo do Cu-rintia.

O Botinha, agora, tem 19 pontos contra 14 dos "fedôs", e do jeito que caminha este grupo, com o Ituano em segundo, com 18 e o Audax em terceiro com 16, vai ser difícil que eles se classifiquem com apenas cinco rodadas a serem disputadas.

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Embora toda a derrota seja negativa, você considera útil o Palmeiras ter perdido a invencibilidade e ter caído na realidade de que não existem times imbatíveis?

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NA TV

Irretocável a transmissão do Sportv com Milton Leite e Maurício Noriega.

Narrando o jogo com isenção, -o que nem sempre faz- sem desprezar a bola rolando, e mantendo o seu privilegiado timbre vocal do início ao final do jogo sem mezza-voice, Milton é o melhor  do que os Galvões, os Luis Robertos, os Klebers ou quaisquer outros da matriz!

Porém, quando foge do relato e fica opinando ou fazendo piada o tempo todo, desinteressado na narração, pautando o comentarista ou discorrendo sobre coisas aleatórias sem parar, Milton torna-se  intragável!

Ontem -verdade seja posta- esteve muito bem!

Por outro lado. conquanto discordasse, pontualmente,  de muitas opiniões do Noriega -é normal- ele também esteve muito bem, ressalvada, como sempre, a sua mania de pisar em ovos quando vai emitir qualquer opinião favorável ao Palmeiras. (AD)