Observatório Alviverde

30/04/2016

TEMA LIVRE PARA VOCÊ FALAR SOBRE O PALMEIRAS!


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Cuca deixou claro esta semana em entrevista coletiva que, além de todos os jogadores dispensados até agora, ele vai promover a saída de mais quatro ou cinco.

Foi além e disse que pretende enxugar o grupo, ainda inchado, numericamente desproposital que só foi concebido em virtude da inexperiência de Mattos e de sua falta de visão da realidade do futebol. 

Cuca antecipou (mostrando que conhece muito a matéria) que almeja montar um time mais alto, mais forte, mais jovem e mais rápido, dentro de uma outra filosofia, exatamente como este bloguista e este blog preconizam há mais de dez anos.

Infelizmente a maior parte da torcida resiste à modernização do elenco, eternamente preocupada com a contratação de  jogadores de "nome", "experiência" e, principalmente, "fama", refutando sempre os investimentos em jogadores jovens egressos de times mais modestos ou do interior. 

Entretanto, goste ou não, queira ou não a banda discriminatória da torcida essa é sempre a melhor alternativa para o Palmeiras ou para qualquer clube, nas atuais condição e circunstância do futebol brasileiro.

Com o garimpo das joias reveladas pelos times de menor influência e expressão, com a promoção das revelações da base alviverde e a contratação pontual de um ou dois craques referenciais, chega-se às  melhores alternativas possíveis visando a construir times competitivos, capazes de brigar pelos títulos.

Cuca, sintetizo o meu ponto de vista, sabe disso e já encontrou o "caminho das pedras"!

Conhecedor da filosofia de trabalho de Cuca, você teria sugestões de contratações ou indicaria nomes para a renovação e nova composição do time do Palmeiras que vai disputar o Brasileiro e, novamente, a Copa do Brasil?

Enquanto espero as sugestões dos amigos, concentro-me para o jogo de amanhã, sentindo-me como se fosse um grande torcedor do Audax desde "pequenininho"!

 Ainda mais agora que o Palmeiras contratou Tchê-Tche, um jogador que se adapta, perfeitamente, ao perfil de exigência do novo time que Cuca quer montar para o restante da temporada de 2.016.

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29/04/2016

TCHÊ TCHÊ É DO PALMEIRAS!


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 Tchê Tchê um jogador para o presente e para o futuro!

O Palmeiras contratou Tchê Tchê, revelação do futebol paulista em 2016. 

Mesmo assim Juca, Trajano, Flávio Prado e outros arautos do caos continuam afirmando que o "Paulistinha não vale nada, que não revela ninguém e que os campeonatos regionais têm de ser, definitivamente, extintos".

Para que eu não os homenageie com grosseiros palavrões, tanto e quanto os seus desavisados seguidores, prefiro dizer, apenas, "por que não vão plantar batatas"?

Essa gente tanto e quanto os simpatizantes e assemelhados da imprensa que os seguiram, são os responsáveis diretos pela ruptura estrutural que destruiu o futebol brasileiro, "europeizando-o", elitizando-o. 

E, se por medo, conveniência ou solidariedade de classe ninguém os denunciou ou denuncia, faço-o agora, nominalmente, sem ódio e sem medo.

Juca é o maior entre todos os culpados. Causam-me espanto as suas frieza e desfaçatez em continuar abordando habitualmente em rádio, jornal e tv  temas como lei do passe, lei Pelé, campeonatos estaduais, futebol do interior e outros, malditos frutos de seu ventre e de sua curta visão do esporte e da vida.

Tivéssemos estaduais mais bem organizados, estratificados em divisões bem definidas com acesso e descenso regulares (para as séries A,B,C e D dos campeonatos brasileiros, inclusive) ocupando um terço do calendário, com um pequeno ajuste nas datas de um brasileiro programado para terminar em mata-mata e os clubes do interior sobreviveriam, tanto e quanto muitos, entre os que morreram pela falta absoluta de perspectivas, certamente, renasceriam.

Essa, (a falência do futebol do interior) meus amigos, a causa das causas do estado pré-falimentar que vive o futebol brasileiro, incapaz, hoje, de sobreviver com dignidade em face de sua dependência de uma organização televisiva mafiosa que -dizem e a cada dia me convenço mais disto- interfere direta ou indiretamente, de forma criminosa, nas arbitragens e no próprio destino dos campeonatos. 

Quem se esquece que, ano passado, o Curica recebeu no Campeonato Brasileiro como se fossem bônus e de forma direta quase 20 pontos, decorrentes dos erros de arbitragem que o favoreceram, sobretudo no que respeitou à concessão contínua de penalidades máximas em quase todos os jogos?

Isso, sem contar os pontos concomitantemente surrupiados a Grêmio, Galo Mineiro e outros clubes ainda na primeira fase do Brasileiro quando era mais acentuado o programa "bolsa-pontuação" que dava tranquilidade a um time que sabia que se na bola não ia dar, bastava que qualquer jogador se atirasse dentro da área e seria marcado um pênalti.

Ou todos já se esqueceram do que disse -à época- Levir Culpi, então técnico do Galo, "que o Brasileirão, ainda no primeiro turno, já estava manchado?"
 
Para dissimular e mascarar todas essas vergonhosas irregularidades, entronizaram Tite como um semideus e só não o chamaram Deus por causa do Pelé a quem o saudoso narrador global Waldir Amaral apelidou um dia de "O Deus de todos os estádios"

Sobre a grana propineira que rolou solta nos bastidores quando da conquista da Libertadores e do Mundial, tanto e quanto a origem dos recursos da construção do estádio, nem uma só palavra ou menção. Que mídia!

Dito tudo isso gostaria que todos fizessem uma reflexão sobre a transcendental importância dos campeonatos regionais, que representam as nascentes do futebol brasileiro. 

Assim como os rios sem as suas nascentes se transformariam primeiro em pântanos e depois em degradados caminhos secos, o futebol brasileiro precisa renascer e voltar a correr com a liquidez e abundância de outras eras.
 
Mas isso só será possível se os times do interior voltarem fortes porque eles são as maiores e melhores escolas de formação de jogadores e as grandes fábricas de craques. 

Já passou da hora do futebol brasileiro parar de se encher de argentinos, uruguaios, paraguaios, bolivianos equatorianos e colombianos. 

Só está faltando agora é chegar jogador da Venezuela ou das Guianas.  

VOCÊ GOSTOU DA CONTRATAÇÃO DE TCHÊ-TCHÊ?

OU GOSTOU MAIS DO DRIBLE QUE O PALMEIRAS DEU NO CURICA QUE TAMBÉM QUERIA ESSE JOGADOR?

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28/04/2016

CUCA ESTÁ PROPONDO SIMPLESMENTE TUDO O QUE O OAV E ESTE BLOGUISTA PROPUSERAM VISANDO À MELHORA DO PALMEIRAS!


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Cuca está com a bola toda!

As ações de Cuca revelam que ele (ao menos ele) pretende fincar o pé e permanecer no Palmeiras por muito tempo, mas a inevitável pergunta é se a torcida vai deixar. Que os deuses do futebol o iluminem em seu trabalho!

Aprecio a iniciativa, a disposição e as ações de Cuca tentando modificar tanta coisa errada que existe no futebol do Verdão, lastimavelmente entregue a um jactancioso corretor de jogadores, ainda aprendendo as nuances e os segredos da profissão.

Notaram que tudo que este blog tem afirmado através dos tempos faz parte dos planos de Cuca?

A começar pelo inchaço de um elenco heterogêneo de caracteres tão diversos, constantemente perturbado e convulsionado pelas inevitáveis disputas por um lugar até nos treinos, quanto mais no time principal. O Palmeiras já pagou e vem pagando um alto preço por isso! 

Quem, afinal, em sã consciência, desconhece que elencos numerosos são verdadeiros criadouros de traíras?

Mattos, com certeza, sabe, mas pelo que se depreende de suas atitudes, não liga a mínima importância ao fato, pois ele vive de contratações. 

Das boas ou das ruins, pouco lhe importa, ainda que custe (como diz a minha mãe saudável, lúcida e esclarecida no alto de seus quase 92 anos de puro palmeirismo) o "tufo" do dinheiro. 

O que se sabe é que o nosso guapo diretor de futebol quer mesmo é contratar por contratar, nem que seja de forma açodada, indiscriminada e inconsequente conforme ocorreu até aqui. 

Eu nunca parei para calcular, mas tenho a impressão de que o Palmeiras teve muito mais prejuízos do que lucros financeiros decorrentes das ações de Mattos, embora tenhamos -todos- de nos render aos resultados em campo que, se não são plenamente satisfatórios, são melhores do que aqueles de administrações anteriores. 

A chegada de Cuca, portador de uma filosofia avessa de contratações mais realistas pode representar um "waterloo", isto é, um final na vida do mineiro. 

Nobre, que pode ser tudo, menos bobo, já deve ter notado o enorme rombo nas finanças palmeirense decorrente do exagero de contratações incoerentes e absurdas, tanto e quanto de suas funestas consequências.

Já pararam para pensar os "habitués" deste OAV, empresários, advogados, contabilistas e pessoas que conhecem de perto as inconveniências da CLT na vida do patrão que quanto mais empregados qualquer instituição contratar, mais ações ela terá a pagar na Justiça Trabalhista, via de regra facciosa e paternalista?

Nos dias de ambições desmedidas e de leis tão injustas como os que estamos vivendo, não existe mais (quase) a  rescisão ou o final de vínculo fora do âmbito dos fóruns e o Palmeiras não se constitui em exceção!

Deu para entender o tamanho do rombo que o diretor-corretor pode deixar para o Palmeiras pagar após as correspondentes rescisões ou término de contratos atualmente em vigência? 

Ainda bem que Cuca, portador de outra filosofia, está chegando para acabar com a festa. Abra ainda mais os olhos, Paulo Nobre!

Falemos agora de outro tema priorizado por Cuca, da necessidade premente do aumento de estatura média do time, também abordado por este bloguista.

Baixote titular? Só se jogar mais (muito mais) do que o colega de maior porte físico. Rubens Minelli, com justa razão, já dizia isso na década de 60!

Falemos, agora da necessidade premente da contratação de um armador que comande a equipe em campo, que pense o jogo, que se constitua no cérebro do time, que jogue e faça o time jogar, que corra e faça o time correr. 

De passagem: "em meu entendimento esse cara não é o Diego, aquele do Santos que andou no futebol Alemão e, dizem, Mattos está tentando trazer". 

Ou você que me lê acha que é? Se acha que não, tem alguma sugestão?

Para encerrar, lembram-se de tudo aquilo que eu disse da necessidade da interiorização do futebol do Palmeiras? Cuca (ele sabe das coisas) está pedindo que a diretoria do Palmeiras tome essa atitude, em meu entendimento, corretíssima. 

Vou mais além e digo que nos impedimentos do Allianz o alviverde deveria jogar, não no Pacaembu, mas em Rio Preto, Ribeirão Preto, Araraquara ou outra praça similar. 

O Palmeiras ainda é a maior força do futebol do interior paulista, apesar do abandono que os italianos soberbos das sucessivas diretorias da Sociedade Esportiva dedicaram à massa torcedora palmeirense do interior do estado, muito maior que a da Capital. 

Quem reside no interior sabe que não estou exagerando no relato e nas afirmações. 

VOCÊ CONCORDA COM AS MEDIDAS PROPOSTAS POR CUCA?

CONTRATARIA DIEGO RIBAS DA CUNHA, 31 ANOS?

ACRESCENTARIA ALGUMA SUGESTÃO?

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27/04/2016

A TROCA DE JOGADORES ENTRE O CRUZEIRO E O PALMEIRAS

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 Lucas e Robinho trocam o Palmeiras pelo Cruzeiro!

A anunciada troca de Lucas e Robinho por Fabiano e Fabrício só tem validade e razão de ser se Cuca assim o exigiu e, ainda assim, com ressalvas.

A mim me parece -muito mais- uma média do diretor de futebol do Palmeiras com o Cruzeiro, visando a encontrar uma porta aberta no time mineiro ao final de seu contrato com o Palmeiras.

Fabiano está sendo trocado por Robinho até dezembro de 2.017 e Fabrício por Lucas até dezembro de 2.016. Ambos, eram contestados pela torcida do Cruzeiro. 

A conclusão do negócio depende, somente, da aprovação dos jogadores nos exames médicos a que serão submetidos.

Causa-me espécie e estranheza nessa negociação, digna do português da anedota, o fato de Robinho, ter sido envolvido na troca de duração mais longa com Fabiano, o jogador que mais frequenta o DM cruzeirense.

Fabiano, ex-Chapecoense, deixa a Toca II com 11 jogos disputados em 2016 e com o estigma de  freguês assíduo das salas de recuperação física cruzeirense. Será ele outro Vitorino na vida do Palmeiras?

Fabrício, que o Cruzeiro contratou junto ao Inter Poa em abril de 2015, despede-se da equipe com 12 partidas na atual temporada, sendo um atleta ao nível técnico de Lucas, mas muito mais forte fisicamente. Esta, considerada isoladamente, não é uma permuta ruim para o Palmeiras!

O que não dá para entender no bojo dessa negociação é que Robinho, jogador que o Palmeiras tinha (tem) condições de comercializar e faturar um troco vale, sozinho, pelos dois jogadores oferecidos pelo Cruzeiro. 

Robinho já foi pretendido pelo Cruzeiro quando estava no Coritiba, entre 2012 e 2014 ao tempo em que jogava com Alex. Marcelo Oliveira, então técnico da equipe mineira o indicou sob o argumento de que se tratava de um versátil meio-campista. 

Ele provou essa condição com a camisa palmeirense, principalmente quando jogou ao lado de Valdívia, e, reconheça-se, fez algumas partidas espetaculares com a camisa alviverde.

Em 73 jogos pelo Verdão, mesmo atuando fora de sua real posição, na função de armador (Mattos e Nobre por birra da bobagem decorrente da indesculpável dispensa de Valdívia não contrataram um armador para substituí-lo) marcou 11 gols, alguns importantíssimos, sobretudo aqueles por cobertura em Rogério Ceni, inesquecíveis, que levaram o goleiro bambi à aposentadoria. Infelizmente, a torcida palmeirense esquece muito fácil!

Lucas, que chegou a jogar pela Seleção Brasileira no Superclássico das Américas de 2012 ( atuava pelo Botafogo), anotou quatro gols em 75 presenças pelo alviverde. 

No Palmeiras, Robinho e Lucas foram campeões da Copa do Brasil no ano passado e disputaram a Libertadores em 2016.

Por outro lado o zagueiro Leandro Almeida, cuja família é de Belo Horizonte, foi oferecido ao América, mas o time mineiro não demonstrou nenhum interesse em ficar com o jogador.

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26/04/2016

RECADO AOS PALMEIRENSE DE BOA VONTADE!


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Meus amigos

Livres do envolvimento emocional decorrente do dolorido fracasso na semifinal do Paulistão contra o Santos, coloquemos com base, lógica, discernimento, tirocínio e, acima de tudo, otimismo a situação atual do Palmeiras. 

Apesar de tudo e apesar dos pesares, pensem que estamos tendo o que comemorar em 2.016! Antes, pelo contrário, só tínhamos a lamentar!

A chegada à semifinal do Paulistão, o regional mais difícil do país, tem de ser considerada e comemorada, posto que no período pré Nobre o Palmeiras, na maior parte das vezes, lutava para não cair.

Reflitam, pensem e concluam: se não fosse o presidente, com seus erros e acertos, (ainda bem que com muito mais acertos) aonde nós, palmeirenses, estaríamos onde à esta altura do campeonato?

Certamente em vexatória posição, de mediana para a baixa e lutando para não cair, como ocorria, sistematicamente, em outras administrações, com um ou outro hiato favorável.

O feito principal da redentora administração de Nobre é o saneamento das dívidas, tanto e quanto a recuperação contábil do clubeComo se sabe, a Sociedade Esportiva caminhava a passos largos para a insustentabilidade financeira, com reflexos negativos irreversíveis sobre o time de futebol. Esse é um fato auspicioso que tem de ser comemorado! Muito, muitíssimo!

O Curica, orgulhosamente (eles têm motivo para tal) estampa na camisa "todos os times têm uma torcida mas, lá, é a torcida que tem o time".

Se o Palmeiras teria de dizer que "os clubes, todos, patrocinam e sustentam seus times e suas torcidas mas o Palmeiras e sua torcida patrocinam e sustentam um clube".

Longe de qualquer conotação positiva, essa, sem qualquer dúvida, é a razão de todos os males que assolam o Verdão. 

A instituição sócio-futebolística deveria ter um corpo associativo forte, capaz de tocar e sustentar de forma independente e autônoma a Sociedade Esportiva.

Ao mesmo tempo, estatutariamente, deveria ter um departamento de futebol autônomo e autossuficiente ao qual a razão social emprestaria o nome, a marca e as vinculações decorrentes da íntima parceria.

Além do sucesso administrativo de Nobre, temos também a comemorar neste início de ano, a conquista da Copa do Brasil e, apesar da desclassificação prematura, a inclusão da equipe na Libertadores. 

Antes disso desde 2009 que o Palmeiras não passava nem perto da Copa Sul-Americana e no ano em que chegou, 2.012, a promoção veio acompanhada de um vergonhoso rebaixamento para a segunda divisão.

Apesar de tudo -reconheçamos todos- as coisas em 2.016 não estão ruins como estavam antes. 

Excetuado o primeiro ano da administração de Nobre, pode-se dizer que o Palmeiras ganhou corpo, organizou-se, voltou forte ao mercado, renovou seus elencos anualmente contratando uma infinidade de jogadores e passou a infundir muito mais confiança e esperança à sua torcida! 

A minha mensagem final é no sentido de que os palmeirenses absorvam mais essa derrota (somos especialistas na matéria) mas que continuem a propugnar por melhores contratações e por times capazes de defender com dignidade e competência a nossa bandeira e a nossa camisa.

Concordando ou não com este articulista -discordar também faz parte do jogo-,  deixe a sua opinião.

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25/04/2016

COLOQUEM A DESCLASSIFICAÇÃO DO VERDÃO NAS CONTAS DE MATTOS E DE CUCA !


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Creiam, não estou tirando proveito da situação negativa que abraça o Palmeiras nesta hora, mas, coincidentemente, só falando após ela.

No futebol as crises (a perda de um semestre é uma imensa crise) revelam radiologicamente, isto é, interiormente o que fotograficamente isto é, exteriormente, não se consegue enxergar ou constatar das mazelas e deficiências de um elenco numeroso e heterogêneo. 

A desclassificação honrosa expõe as vísceras do Palmeiras e de um certo modo pode, até, ajudar o clube a solucionar o rosário de problemas que de há muito o acompanha!

Que se diga, antes de tudo, que Mattos, perdido no tempo e no espaço, sem lenço e sem documento, é o maior culpado da situação. 

Antecipei há tempos que ele não entende bulhufas, ou, se quiserem, patavina de futebol e está provado que tenho plena e completa razão. 

No entanto, por ter a coragem de afirmar isso, fui censurado por muitos blogueiros, justamente aqueles que não passam de críticos de resultado, para os quais "ganhou é o maior e o melhor, mas, perdeu, é sempre o menor e o pior, ainda que não seja". 

Embora eu não esteja (repito pela "enésima" vez) pedindo a cabeça de Mattos, obrigo-me a reconhecer que o Palmeiras merece um diretor de futebol mais rodado, mais vivido, mais enfronhado no meio, mais bem preparado e qualificado.

Se Nobre queria adquirir o "know-how" do Cruzeiro bi-campeão brasileiro, por que não contratou o diretor de futebol de fato, Benecy Queiroz que é do ramo? 

Ou, sem ser radical, mas racional, talvez os dois, (ele e Mattos) cada qual em sua área, haja vista que de um ponto de vista prático, Mattos é corretor, Benecy, diretor e ambos se completam?

Em relação a Mattos é preciso que se diga que ele sempre exorbitou de suas funções no Palmeiras.

Desde que assumiu a função (inexplicavelmente) teve sempre "carta-branca" a prova cabal, a um só tempo, da confiança e da ingenuidade do presidente Paulo Nobre.

Foram várias dezenas de contratações da iniciativa e da lavra exclusiva de Mattos, sem a devida indicação ou o respaldo dos treinadores. Via de consequência, foi  muito dinheiro jogado fora. 

De Oswaldo, passando por Marcelo até chegar a Cuca ocorreu, sempre, assim! Pode? Mas é claro que "ene a o til", não, não e não!

Por falar em não, não tenho lembranças (exceção feita ao Cruzeiro sob o próprio Mattos) de outro clube brasileiro que tenha exorbitado tanto nos gastos e contratado tantos jogadores (a maioria sem nenhuma lógica, planejamento ou cabimento) quanto o Palmeiras.

Sem medo de errar, Cruzeiro e Palmeiras (leia-se Mattos) foram os clubes que nos últimos cinco anos mais investiram ou, rasgando o véu diáfano da fantasia tanto e quanto da alegoria das figuras de palavras, os mais gastadores e perdulários. Na parte que toca ao Palmeiras, isso é um despropósito!

Em sua vã filosofia Mattos delira e imagina que campeonatos se ganham com quantidade de elenco, não com qualidade. É um monumental e indesculpável equívoco!

Oitenta por cento (80%) dos jogadores da imensa leva que ele contratou nos últimos dois anos, resultaram em investimentos inócuos. 

Só serviram mesmo para inchar desnecessariamente o grupo e aumentar drasticamente aquela que deve ser a maior folha de pagamento entre todos os clubes do país. Ou não falamos a esse respeito tantas vezes?

Em sua desmesurada ânsia por contratar, o corretor, digo, o diretor remunerado do Palmeiras parece desconhecer os parametros e os aspectos primários a serem observados na armação de um time.

A começar pela segurança que tem de ser proporcionada a muitos jogadores tímidos mas talentosos de um grupo díspar marcado pelo tamanho exagerado e, consequentemente, pela  heterogeneidade. 

Querem exemplo recente e perfeito? Kelvin, hoje batendo um bolão com a camisa dos bambis! Como poderia render o mesmo no Palmeiras se não o colocavam para jogar? Se não o colocavam para jogar, por que o contrataram?

Como proporcionar segurança aos mais fracos, tanto e quanto aos imaturos jovens jogadores da base em um elenco numeroso no qual prevalecem sempre as personalidades pessoais, não as técnicas?  

Outras perguntas que têm de ser feitas a Mattos:

Por que entre todos os grandes o Palmeiras é o time de estatura média mais baixa? Até quando vamos continuar dando preferência a baixotes? Baixote, no futebol de hoje de muito contato físico e jogo aéreo, só mesmo aquele que desequilibra. Se não desequilibrar que migre para outro time.

Por que o Palmeiras não contrata canhotos habilidosos, reconhecidamente os jogadores do drible, da finta e, enfim, do improviso que desequilibram, têm poder de improviso, faro de gol e fazem os resultados ? 

Por que um clube da grandeza e da responsabilidade do Palmeiras tem no elenco um jogador de 42 anos, lento e sem capacidade para aguentar fisicamente o repuxo de um jogo de exigência (quanto mais um campeonato), cujo salário alcança a exagerada cifra de 400 mil reais por mês, isto é, a renda de um jogo?

Por que o Palmeiras ainda não contratou um armador desde a dispensa sumária de Valdívia, estupidamente liberado a mais de sessenta dias do final de seu contrato? 

Desconhecia Mattos que esse é o período em que qualquer jogador mais joga, mais rende e produz, de olho na renovação? 

Se mal pergunto, por que colocaram Valdívia (declaradamente palmeirense e que recusou propostas de todos os clubes, até dos bambis) contra o presidente Nobre? Quem teria feito isso? Não fui eu!

A equação para a solução dos problemas do Palmeiras é de fácil armação e de elementar solução. A primeira medida a ser tomada tem de ser aquela de enxugar o elenco e reduzir drasticamente o número de jogadores. Tudo começa por aí!

Em seguida será preciso estratificar o grupo e hierarquizá-lo a partir da definição dos titulares, a fim de que no intra muros cada qual saiba quem é quem e que fique demarcada a posição de cada um. 

Como disse João Saldanha ao convocar a melhor Seleção já montada no Brasil para a Copa do México em 1970,  "só a definição é capaz de proporcionar a normalidade e a estabilidade do grupo".

Os melhores componentes para a formação de um time de futebol são o estabelecimento de uma hierarquia técnica, a definição de quem joga  e, principalmente, o bom ambiente a partir do entrosamento fora do campo, aspectos impossíveis de ser estabelecidos em elencos tão numerosos quanto o atual do Palmeiras.

Não sei qual o compromisso de Nobre em relação a esse "diretor" cujas asas são por demais longas em flagrante contraste com suas ideias, por demais curtas, para estar à frente do futebol de um clube do nível, do jaez, da importância e da tradição da SE Palmeiras.

Em relação a Cuca, o novo técnico cometeu um erro monumental, descomunal em relação à escalação da equipe ao fazer entrar, de cara, um jogador que sequer deve saber ainda o nome de todos os companheiros de elenco, Róger Guedes!

Assim como ocorreu com Eric (não tapemos o sol com a peneira) ele foi visivelmente boicotado em campo por alguns de seus companheiros. O Santos e Palmeiras de ontem não era um jogo propício a experiências!

A escalação desse jogador (individualmente ele não esteve mal), de vocação essencialmente ofensiva mas obrigado sempre a recuar para marcar transformando-se às vezes em volante e outras em zagueiro, comprometeu taticamente o time do Palmeiras tirando-lhe a força ofensiva e facilitou o trabalho do time santista. 

Lembram-se do que eu disse sábado em relação ao jogo? a escalação que este bloguista sugeriu ontem?  

(sic)

... Cuca definirá a tática e o modo de atuar de sua equipe a partir da escolha do armador que começa o jogo, única indefinição, aliás, da escalação do Verdão. 

... Se Cuca optar por jogar a semifinal do Paulistão com um armador que não arma, lento, previsível, centralizador de jogo, que só toca para os lados e, além de tudo, incapaz de acompanhar o ritmo de atletas mais jovens, entrará com Zé Roberto.

... Se Cuca optar por um armador improvisado, esforçado, lutador, bom técnica e individualmente, embora irregular, que alterna atuações geniais (poucas) com atuações discretas (a maioria), com o dom e o poder de arrebentar o jogo nos dias em que está inspirado, manterá Robinho.

Nessa alternativa (a mais provável para começar o jogo) o Palmeiras ficará na dependência de que desabroche o talento do atleta, tanto e quanto perderá a vantagem de qualquer surpresa de ordem tática pelo tempo de clube que Robinho já ostenta.


...  Entretanto, na eventualidade de começar o clássico com Cleiton Xavier, ainda em processo de recuperação dos sete longos meses de molho e inatividade, Cuca terá um meio de campo muito mais ativo, versátil e com elevado poder criativo.


Lembram-se do time que eu afirmei que escalaria?

Prass, Jean, Thiago Martins, Victor Hugo e Egídio. Gabriel, Thiago Santos, Matheus Sales e Cleiton Xavier. Alecsandro e Gabriel Jesus.


Em meu critério de análise, se era para marcar forte que o time o fizesse com especialistas e não com jogadores de linha improvisados na função que voltavam tanto para marcar ao ponto de perder a noção de seus reais objetivos ofensivos. 

Detalhe comprobatório: foi um jogo linha (Santos) contra defesa (Palmeiras) até 25 minutos do primeiro tempo quando Róger Guedes (um grande jogador) deu o primeiro chute a gol, às nuvens de Vanderley, após a submissão total da equipe em campo e sem a mínima capacidade de reação.

Thiago Santos (poderia até ser Arouca) tinha de ter entrado de cara, o mesmo acontecendo com Cleiton Xavier, embora não se tivesse uma dimensão da real condição física deste jogador.

O Palmeiras sem um armador de ofício e cadenciador de jogo tinha de ter tido a humildade de se encolher na defesa espontaneamente, porém com opções de contra-atacar forçando o time peixeiro que jogava em casa, à frente de sua torcida e tinha a obrigação de vencer, a ir pra cima e atacar a fim de, o Palmeiras, isto sim, fazer uso da tática do contra-ataque.

Menos mal que o jogo tenha terminado empatado e que o Santos tenha sentido na pele o peso da força e da tradição de um Palmeiras que não se entregou nunca e que se tornou um time diferente a partir da entrada tardia de CX10, um armador de razoável qualidade, mas muito longe da exigência de um clube da dimensão e grandeza do Verdão. 

Definição do elenco já, com racionalização e método que prevejam a dispensa do excedente e a contratação de jogadores da confiança de Cuca e por ele indicados para o preenchimento das lacunas existentes, hoje, agora, já...

Sem esses retoques a caminhada do Palmeiras no Brasileiro será, uma vez mais, sofrida, penosa e irritante.

Em todo caso, se vale como consolo, registre-se que antes de Paulo Nobre a gente não chegava nem perto das decisões e de uns tempos a esta parte, apesar de Mattos, estamos chegando.

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 NA TV


Acompanhei pelo pay-per-view com Jota Júnior, Noriega, Thiago Maranhão e Joana de Assis.

Relato de boa qualidade, boas reportagens, mas os comentários...

Eu que, habitualmente, concordo com as análises técnicas de Noriega, divergi do comentarista praticamente durante todo o jogo, na maioria de suas intervenções.

Concordei (inteiramente) com ele quando disse afirmativamente e fora de seu estilo habitual que o Santos tem um time melhor do que o Palmeiras.

Tem mesmo! E sem gastar tanto dinheiro porque lá tem gente que entende e que é do ramo, tocando o departamento de futebol.

Sua análise do suposto pênalti contra o Palmeiras foi equivocada. Nem Chico Lang, Flávio Prado, Godoy, Simon, Gaciba ou qualquer outro consegue ver e descobrir tanto pênalti contra o Palmeiras quanto ele vê e descobre.

Ele acertou ao mencionar que houve pênalti de Vitor Hugo em Gustavo Henrique que, de fato, aconteceu, embora se possa interpretar também a jogada como se o atacante do Santos saltasse propositadamente em direção ao pé no alto do jogador palmeirense a fim de provocar o penalti.

Mas errou grotescamente ao afirmar que Roger Guedes cometeu pênalti aos 3 minutos, após receber uma violentíssima bolada no ombro. Percebam que o jogador palmeirense com o braço colado ao corpo virou para diminuir a extensão corporal sem a menor intenção de tocar na bola, mas, pelo contrário, de desviar de sua trajetória.

 

Noriega, como sempre, diz ambiguamente que não concorda com esse tipo de marcação, mas que tem de ser marcado por uma questão de isonomia e coerência dos árbitros.

Em vez de combater a prática com veemência e usar a sua força de cronista esportivo para dizer que está errado e que um pênalti nessas situações não deve nunca, jamais e em tempo algum ser marcado, ele sucumbe ao sistema e afirma exatamente o que rejeita a sua consciência.

É impressionante como ele só enxerga os erros de arbitragem em detrimento do Palmeiras.

Fiz questão de acompanhar e anotar erros de arbitragem (a maioria dos quais registrados por Jota Jr) e Noriega só disse algo favorável ao Palmeiras após 90 minutos.

Ele disse que o preparador físico do Palmeiras, expulso do jogo tanto e quanto o do Santos, por questão de isonomia teria de ter acesso ao campo de jogo, ele que estava confinado, ao lado de Cuca, no vestiário. O preparador do Santos, teve. Erro duplo de Noriega: nenhum dos dois deveria ter se adentrado ao campo de jogo.

Aos 37 do primeiro tempo Gabriel Jesus foi agarrado. O jogo seguiu e ele não disse nada.

No início do segundo tempo Zeca chutou Guedes. A falta não foi marcada e ele não disse nada.

Para que não se alongue mais, nenhuma menção da parte dele à exagerada expulsão de Cuca, criticada, segundo meu irmão, pelo santista Kléber Machado e até por Gaciba na Globo matriz.

Noriega, excelente profissional, correto, honesto, com quem comungo em tantas filosofias e idéias sobre futebol, sempre muito preciso quando trabalha nos jogos de todos os outros clubes, definitivamente, tem de pedir para ficar fora dos jogos do Palmeiras pois ainda não encontrou o limite exato, a fronteira entre a razão e o coração. Será que vai, algum dia, encontrar?(AD)