Todos os que entram neste blog estão redondamente enganados quanto ao título estadual conquistado pelo Curica em São Paulo e, por extensão, pelo Flamengo, no Rio ao considera-los de somenos importância.
De uma hora para outra, tão logo esses dois times passaram às semifinais das competições em seus respectivos estados, a mídia começou a mudar o enfoque referente à valorização dos dois certames regionais importantes do país.
Assim, da noite para o dia ambos os campeonatos, até então tratados pela mídia como estorvo e obrigação e ironicamente alcunhados de carioquinha e paulistinha (parece até nome de feijão) transformaram-se em dois campeonatos empolgantes e da maior importância estratégica.
Ah, mas fosse o Palmeiras que levantasse o título que só não levantou pela insensibilidade e incompetência de Alexandre Mattos ao contratar o ineficiente Eduardo Baptista para o lugar de Cuca...
Se assim fosse, o Paulistão deste ano, tecnicamente em meu entendimento o pior de todos os tempos, teria sido reduzido pela maioria absoluta dos cronistas a apenas um desimportante, inútil e mequetrefe paulistinha, desprovido de qualquer significado!
Mas não exatamente isto o que ocorreu e não foi exatamente assim quando o Palmeiras, com Luxa no comando e o Mago Valdívia esmerilhando em campo, goleou a Ponte na final de 2008?
A partir daquele título do Verdão intensificou-se o esforço da mídia no sentido de acabar com o Paulistão, mas, diante da impossibilidade de fazê-lo, passaram a menosprezar o certame, ironizá-lo e intensificar o volume das críticas com o fito de diminuí-lo e reduzi-lo a ainda menos do que já está, isto é, a nada.
Tudo se agravou a partir do título palmeirense, conquistado após largo e longo jejum do Verdão, que tanto irritou os cronistas antipalmeirenses (a esmagadora maioria) que estavam torcendo para que o Palmeiras alcançasse os mesmos 23 anos de recorde absoluto de jejum do Curica.
Deu pra notar que, a partir de agora, com o Curica campeão, tudo passou a ser bonito, glamouroso, randiloquente e importante em relação ao Paulistão?
Mas fiquem todos sabendo que fossem os Bambis os campeões e tudo ocorreria, rigorosamente, igual!
O mais interessante é que as mesmas bocas que depreciavam tanto o campeonato e propugnavam por sua extinção são as mesmas que, cinicamente agora o elogiam e o proclamam como o melhor torneio de preparação para o Brasileiro entre todos os estaduais do país?
Deu para perceber que só a partir de agora "a rivalidade regional é imensa e o Campeonato Paulista (agora no aumentativo, o Paulistão) é importante?
Notou que só a partir de uma semana o Paulistão tem de continuar vivo porque mantém os grandes clubes em contato com os fãs da hinterlândia e dá vida aos times e ao mercado interiorano com os campos lotados e "botando gente pelo ladrão"?"
A partir de agora, a rivalidade local, antes opaca, inexpressiva e inexistente passou, como mágica, a ser mais expressiva e maior, muito maior até do que qualquer rivalidade em nível nacional?
É demasiadamente cômico e risível verificar que, na mesma proporção com que tantos corneteiros midiáticos diminuíram o valor da brilhante e incontestável conquista palmeirense de 2009, está o esforço invertido deles próprios no sentido de superdimensionar a conquista curicana naquele que foi -aqui não há nenhum clubismo mas simples constatação- o Campeonato Paulista mais desmotivado e de nível técnico mais baixo entre todos a que assisti, vi e acompanhei, da década de 50 a estes dias.
Os cães avançam, roncam, latem e ameaçam, mas a caravana palmeirense certamente irá passar!
COMENTE COMENTE COMENTE
E a caravana vai passar sob o comando do Mestre Cuca!!!
ResponderExcluirQue comece 2017!!
Venha Cuca!!!
Bom dia amigos. Não gosto muito dos comentários desse cara mas dessa vez ele foi na contra-mão foi que diz o Alcides.
ResponderExcluirhttp://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/05/08/estadios-lotados-nao-podem-continuar-alimentando-a-ilusao-dos-estaduais/
Com todo respeito a quem pensa o contrário, más, os campeonatos estaduais perderam seu glamour, há tempos.
ResponderExcluirNão faz mais sentido expor a possíveis lesões, num torneio de terceira linha, atletas caríssimos e comprometer todo um projeto milionário.
Vide o caso do Moises.
Infelizmente para alguns, mera constatacao para outros, mas o fato e que apenas no Norte e Centro Oeste ainda se valoriza os estaduais.
No Nordeste também já temos esta constatação do fim dos estaduais.
A chamada Copa do Nordeste, já vale muito mais.
Muitos palmeirenses não o toleram, mas o jornalista Cosme Rimoli, do portal R7, sabe das coisas.
ResponderExcluirAs coisas que ele escreveu sobre a equivocada contratação de Eduardo Batista nos seus 3 últimos posts, parecem que foram compiladas ou mesmo copiadas dos debatedores daqui do OAV.
Nós somos palmeirenses. Ele, é jornalista.
No blog, ele não prima muito pela grafia, mas, tem muito conhecimento e bom senso.
Acho muito bom o trabalho deste jornalista do blog R7.
O futebol não sobrevive só com os grandes clubes... Precisamos dos clubes menores. E, os clubes menores não sobrevivem sem os campeonatos regionais/estaduais.
ResponderExcluirÉ triste e vergonhosa esta postura da imprensa. Mas, os títulos deste ano pelo menos serviram para dar ibope para estes campeonatos.
Árbitro do Fla x Flu comemora o gol do rubro negro.
ResponderExcluirMás tudo bem.
Está tudo bem.
Tudo bem!!!
Não consigo pensar em nada além da estreia no Campeonato Brasileiro com Cuca e Cuquinha.
ResponderExcluirAbraço a todos.
Uma honra ver meu nome em seus comentários Ester.
Eu sou um dos que defendo fortemente os estaduais.
ResponderExcluirCritério geográfico:
Uma coisa é fazer um campeonato nacional na Europa, onde os países são pequenos e existe uma malha rodoviária, ferroviária e aérea muito desenvolvida.
Outra é fazer num país-continente cheio de carências.
Não tem como fazer somente campeonatos nacionais brasileiros de várias divisões, os custos seriam proibitivos.
Critério de desenvolvimento:
Para que haja quantidade para se peneirar a qualidade, deveria haver times em todo lugar, inclusive nas cidades pequenas.
Mas os times precisam jogar, então é preciso haver campeonatos locais, regionais e estaduais.
Os profissionais do esporte das cidades pequenas também teriam mais empregos.
Critério de rivalidade:
O maior rival do Palmeiras sempre será o curica.
O maior rival da Ponte Preta sempre será o Guarani.
O maior rival do Botafogo de Ribeirão Preto sempre será o Comercial.
O maior rival do Brasiliense sempre será o Gama.
Os maiores rivais tradicionais sempre estarão na mesma cidade ou em cidades próximas, porque são os times que mais se enfrentam, e para se enfrentarem mais têm que participar de mais campeonatos juntos.
Poderia continuar.
A imprensa fede, com seus dois pesos e duas medidas.
amigos
ResponderExcluirCampeonato Paulista:
se o Palmeiras vai bem: para a imprensa é Paulistinha
se o SCCP vai bem: virou Paulistão
se o SPFW vai bem: Paulistaço
E aguentemos a suja imprensa cor-de-cocô...que nojo!!!!
Mudando de assunto:
Elcio, é sempre uma honra ver comentários inteligentes de sua lavra. Não tem o que agradecer!