VERDÃO VIROU O JOGO EM CIMA DO ATLÉTICO GOIANIENSE E BATEU NOVOS RECORDES NO FUTEBOL BRASLEIRO!

Quando o Atlético Goianiense abriu a contagem em pleno Allianz, não me senti derrotado, mas, confesso, muito preocupado com os possíveis rumos de um jogo que eu imaginava ser bem mais fácil. 

De início, nada dava certo para o Verdão, o que me vez imaginar na frustrante perspectiva de um empate incômodo, tanto e quanto um tropeço doído e inesperado do Palmeiras.

Na verdade essas duas perspectivas de resultado começaram a se desenhar de forma ameaçadora para o líder do campeonato, conquanto a torcida soubesse que resultado algum tiraria o Palmeiras da liderança do Brasileiro. 

Meu temor teve como causa maior o fato de o Dragão goiano, apesar de limitado, é um time forte, muito bem treinado e, principalmente, entrosado, que sempre dá trabalho aos grandes clubes do futebol brasileiro.

Raciocinando nesses termos imaginei a propósito de sofrermos o gol de abertura: "vivenciaremos outro jogo, daqueles muito sofridos, em que o Palmeiras, se quiser vencer, terá de furar a um bloco defensivo extremamente sólido, coeso, firme e decidido.

Em suma, eu acreditava muito na vitória final do Verdão mas jamais poderia imaginar que o resultado reabilitado viesse da forma avassaladora com que veio e em circunstâncias completamente atípicas.

Se o Atlético já jogava fechado àquela altura e o Palmeiras não conseguia fazer gols, fiquei calculando o quanto seria difícil para o Verdão ao menos empatar o jogo.

Esse seria o ponto de vista de qualquer analista de bom-senso que ousasse analisar as novas perspectivas do confronto, a partir da vantagem do time goiano, mas não foi isso o que se viu.

Buscando e levando para o campo de jogo energias que nem sei onde foi buscar e impondo sua melhor categoria, o Verdão extrapolou, exagerou, se impôs e colocou ordem na casa.

No mínimo prazo de 7 minutos, eu disse 7 minutos, antes mesmo do término do 1º tempo, o Verdão empatou 1 x 1, virou para 2 x 1, aumentou para 3 x 1 e, depois, estabeleceu 4 x1 sobre o Atlético (Go).

Foi uma virada maiúscula, sensacional que entra para a história dos campeonatos brasileiros, não apenas pela velocidade com que foi alcançada, mas pelo número de gols em tempo diminuto, certamente recorde também.

Não pesquisei nada (nem vou pesquisar) a respeito disso, deixando o afã para os cronistas-estatísticos, mas, eu, que acompanho o futebol desde os tempos da bola de tento, jamais vi uma virada como essa no futebol brasileiro. Foi inacreditável!

Sem medo de errar, cravo e reitero, convicto, de que se trata de um novo recorde do futebol brasileiro.  

Entre os muitos milhares de jogos a que assisti, o jogo de ontem só não supera em emoção o "clássico do infarto" entre Palmeiras e Santos de março de 58 que acompanhei pelo rádio.

Esse Palmeiras x Santos, sem qualquer dúvida, foi o maior entre todos os jogos oficiais já realizados no Brasil (talvez no mundo) em todos os tempos, cujas imagens vocês poderão obter e acompanhar neste endereço; 

https://www.youtube.com/watch?v=AGnOnsAGvSo 

Para finalizar, sintetizando o meu ponto de vista em relação ao Palmeiras x Atlético(Go) de ontem, eu quero, a um só tempo, enaltecer o time e o clube e advertir o torcedor palmeirense.

O enaltecimento fica por conta  dos 7 minutos de futebol envolvente e além imaginação da galera, desempenhados pela "máquina" de jogar bola de Abel Ferreira... 

Ainda que com desfalques e sob nova formatação tática, decorrente das ausências de Raphael Veiga e Marcos Rocha, o Palmeiras deixou claro que não tem apenas um time, mas um elenco muito sofisticado.

Vejam que o time jogou, ontem, sem Marcos Rocha, jogador chave na saída de bola e no primeiro passe, especialista em lançamentos à distância, cruzamentos para a área e até dos "laterais-escanteados". 

Ultimamente, Rocha vinha se constituindo em um dos principais jogadores palmeirenses e Veiga, cogitado até para a Seleção Brasileira, é artilheiro, grande assistente e o cérebro da equipe.

Sem falsa modéstia e observando tudo o que o Palmeiras tem apresentado sou convicto de que o Verdão, neste momento, é o melhor time do país.

O que se tem notado é que apesar de tantos jogadores  terem entrado e saído da equipe, o time tem conseguido manter seu padrão qualitativo de jogo sem solução de continuidade.

Aí, entretanto, vêm as advertências. 

O Palmeiras é tudo o que dissemos e muito mais, porém nada ganhou neste Brasileirão, senão a liderança da competição e, ainda assim, provisoriamente. 

O resultado de ontem foi fora dos padrões normais e a torcida precisa entender que outra arrancada heroica como, dificilmente irá se repetir. 

Para o elenco é uma advertência de que todos os jogos são difíceis e que cuidados e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Se quiser levar o título, o Verdão não pode perder a concentração!

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