ABEL TRANSFORMA O JOGO CONTRA O EMELEC EM BATALHA DIFÍCIL DE SER VENCIDA!

Ontem publicamos neste espaço a relação dos jogos do Palmeiras nos últimos dias e não apenas constatamos, como provamos que o time não precisava poupar jogadores contra o Emelec.

A experiência ensina que essa questão de estafa de elenco por excesso de jogos pode existir, mas, se ocorrer, será na soma de uma temporada, pois raramente se manifesta com três ou quatro meses de atividades como é o caso do Verdão!

Excluindo-se janeiro, mês atípico, parte dele destinada às férias e a outra à readaptação e treinamentos, entra fevereiro. 

Fevereiro, além do mês do carnaval é a época dos campeonatos regionais que perdura até o início de abril, sem viagens longas ou sacrifícios, até que o calendário comece a exigir a presença dos clubes em competições mais importantes como Copa do Brasil, Sul-Americano e Libertadores.

O Palmeiras, reconheço, entre os clubes brasileiros, foi o único que não proporcionou férias regulares aos seus jogadores em razão do Mundial de Clubes dos Emirados Árabes, no qual estreou no dia 08 de fevereiro, vencendo o Al Ahly na semifinal, perdendo a final para o Chelsea no dia l2 de fevereiro.

Esse, objetivamente, foi o único sacrifício do Palmeiras neste ano da graça de 2022 porque, no mais, tudo correu dentro da rotina e do que se esperava.

Porém, nem na soma com os demais compromissos ditados pelo calendário, se pode dizer que os jogadores palmeirenses, em pleno mês de maio, estejam cansados ou estafados. 

Se estiverem, que se dispensem os profissionais da medicina e da fisiologia  que preparam e cuidam fisicamente a equipe, mas o problema não é esse...

O fato é que "falar de estafa e poupar jogadores virou hábito, virou moda". O Palmeiras de Abel, via o próprio Abel que defende a tese e a atitude, e, às vezes até as usa como desculpa, não é a exceção.  

Ontem, outra vez, Abel colocou em cheque uma situação que, tratada pelo time principal, teria sido mais fácil e mais simples de resolver sem tanto stress para ele, para o time e para a torcida.

Só que Abel (parece que o sucesso está subindo-lhe à cabeça), passa a imagem e continua querendo provar que "a menor distância entre dois pontos não é uma reta"!

Abel,ontem, optou por deixar no banco os jogadores decisivos, colocando em risco a perspectiva de ir para as próximas fases da Libertadores com a vantagem de decidir em casa. Foi uma aposta equivocada do comandante do futebol palmeirense!

Argumentem os analistas de resultados e os que gostam de chover no molhado que o trabalho de Abel é ótimo, que ele ganhou quase tudo o que disputou e eu concordo plenamente. 

Só não concordo quando dizem que Abel acerta em tudo o tempo todo e está sempre acima das críticas construtivas. 

Essa bobagem de poupar jogadores que não estão precisando parar mas de atuar, visando a aprimorar o entrosamento, parte muito do empenho do treinador em ficar bem com todos do grupo a fim de impor uma liderança através das expectativas de escalações concebidas às vésperas de cada jogo.

Não vou dizer, nunca, que um jogo contra o Emelec, time de ponta do bom futebol equatoriano, pudesse ser um jogo vencido com facilidade, mas sou convicto de que se o Palmeiras entrasse em campo com seu time principal, teria tido dificuldades muito menores para vencer.

Raciocinem comigo: "o fato de Dudu, Veiga e Zé Rafael jogarem apenas 25 minutos (após um mês de tão poucas atividades em que eles não estão estafados) e não os 90 minutos pode resolver algum problema de estafa ou de desgaste?"

É claro que não, mas, em compensação, tira o ritmo desses atletas e os submetem a uma enorme pressão psicológica de ter de ganhar jogos que, de fáceis, acabam se tornando extremamente difíceis. 

Tudo isso, fora um outro aspecto, aquele de diminuir o entrosamento do time, pois é elementar que quanto mais um time joga junto, mais ele se entrosa e mais se harmoniza.

Esta é a minha tese sem que haja de minha parte nenhuma rejeição ao treinador ou ao seu trabalho e sem que eu queira ser -jamais- o "dono da verdade". 

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