ATENÇÃO BRASIL MORRE EM BELO HORIZONTE WILSON JOSÉ, O REPÓRTER QUE SABE MUITO MAIS!
Foi sepultado, ontem, o corpo de Wilson José, repórter de Belo Horizonte, cognominado e não sem justa razão, como "o repórter que sabe muito mais".
Wilson José não é e nunca foi palmeirense, mas sempre soube em relação ao Palmeiras mais do que qualquer dos atuais repórteres de rádio, jornal ou TV, palmeirenses ou não.
Mormente aqueles da TV, nestes tempos de treva, em que os profissionais da mídia vivem de estatísticas descabidas, coincidências de resultado, criação de bordões e nada mais.
Isso tudo sem contarmos que optaram por comentários em vez de notícias bem como supostas notícias, modernamente conhecidas como "fake news", simplesmente um eufemismo para as palavras onda, mentira e as correlatas, muito em moda também na política, diga-se de passagem.
Wilson foi a antítese de tudo isso e sempre procurou abordar o futebol como ele é, objetivamente, sem floreios ou subterfúgios para (como ele mesmo dizia) "não encher o saco do ovinte".
A maior parte daqueles que acompanham o mundo do "soccer", imagina que esse esporte se resume ao que se vê nas rádios, nos jornais e nas telas da TV, desconhecendo aquele jogo de retaguarda que multiplica contratações e dispensas, tanto e quanto os desencontros e entreveros que ocorrem nos bastidores.
Tive a honra de trabalhar ao lado de Wilson, na qualidade de simples companheiro, como na de seu chefe e, enfim, até de patrão.
Conheci de perto, convivi quase 30 anos com Wilson José e posso garantir que ele sempre foi um Profissional (com P maiúsculo, sim) correto, cumpridor de seus deveres, avesso ao "mau-caratismo" e que embora transitando incessantemente pelos mesmos caminhos dos dirigentes (via de regra ricos e bem de vida) jamais suplicou-lhes dinheiro ou favor.
Contundemente franco (identifico-me com ele muitíssimo neste quesito, construiu uma reputação que era aceita por muitos, mas muito mais rejeitada, pois no mundo que vivenciamos hoje (nota-se) a sinceridade é pouquíssimo considerada e muitíssimo detestada.
O resumo da ópera é este: "quem gostava de Wilson gostava dele além da conta, tanto e quanto em medida antagônica, aqueles que o detestavam.
Para finalizar quero dizer que, com a morte de Wilson, o Brasil perde o seu melhor repórter de bastidores. Nem Milton Neves ou qualquer outro é melhor que ele foi, na função de apuração dessas notícias.
Wilson nasceu geograficamente errado em Minas Gerais, onde há grandes cabeças e gente iluminada procurando fazer jornalismo, mas não existem mais veículos de comunicação de projeção e respeito. Ele foi um deles!
Além dos péssimos salários, os grandes jornalistas mineiros (sobretudo os que não se vendem) passam pelo problema de não existir mais por aqui, TV, jornais e emissoras de rádio suficientes para remunerar razoavelmente os esplêndidos profissionais que existem ou que aparecem nas demandas anuais de novos jornalistas, para, ao menos, abrir mais postos de emprego.
Wilson é outro atestado do que digo, antes, vivo e agora, morto, do que estou falando acerca dessa duríssima realidade do mercado mineiro de jornalismo.
Descanse em paz Wilson José da Silva, o repórter que sabe muito mais, outra vítima da fraqueza e da falta de grandeza da maior parte dos órgãos de imprensa de Minas Gerais.
PS - Há vários anos almoçava com Wilson (aposentado pelo salário mínimo, algo corriqueiro em MG) todas as Sextas-Feiras e, garanto-lhes, aprendi muitíssimo com ele.
Que Deus o receba e o encaminhe ao seu reino e sua glória!
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Vc que quer falar sobre o Palmeiras, escolha o tema e publique!
2 Comentários:
Às 29 de março de 2023 às 09:50 , VERDE INSUPERÁVEL disse...
Ao contrário da maioria da imprensa imunda, que considerou a chave do Palmeiras na Libertadores fácil, justamente para depois dizer que o Palmeiras tinha a obrigação de passar, eu discordo TOTALMENTE.
Enfrentar, de cara, e entre duas finais, um time Boliviano a 3650 metros de altitude, é tarefa muito complicada.
O mesmo digo do tradicional Barcelona, de Guaiaquil, que já nos eliminou em pleno Allianz.
Situação semelhante vislumbro do jogo contra o Cerro, tradicionalíssimo time paraguaio, que se encontra em boa fase, o que prova ter vencido o difícil Fortaleza, no Ceará e em Assunção.
Em sendo assim, fica aqui o meu alerta contra esses safados jornaleiros, que "ab initio", já colocam o Palmeiras, falsamente, como beneficiado.
Imprensa demoníaca, na política, e também no esporte.
Às 30 de março de 2023 às 10:21 , ester abea disse...
Verde Insuperável, querido
A idosa Tia Ester, agora com 105 anos confirma, carimba e faz flufenâmicas suas palavras.
Nossa imprensa marrom dirá EXACTAMENTE isso. E concordo ipsis leteris com suas avaliaçoes dos times(esquadras) paraguayas, bolivianas e equatorianas.
Nao é a toa que o nosso Camisa 10 está tao triste com a perda do amigo...nossa imprensa vai de mal a pior. E está certíssimo o Alcides ao afirmar que a imprensa mineira nada vale, ou seja, é neres de Pirituba (neste país de imprensa imunda)
Minas é um dos estados de maior importância em nosso pavoroso pahis. Contudo, NADA fez de razoável. Nem futebol (campeonato de 2) nem economia (sao maos fechadas, manos de vaca, só isso) nem inteligência (tem um ou outro, mas é de rara raridade). Embora seja um lindo estado, e lokal de grande interesse, nada realizou. É a kara do pahis. O menos pior alhi é o médico Guimaraes Rosa, que com contos como a Terceira margem do rio, A hora e a vez de Augusto Matraga, foi bem. Embora sejamos corretos: o tal Augusto Matraga foi precursor de Rambo. Quando foi defenestrado pelo seu inimigo (que arrankou suas tripas) o elogiou muito, dizendo que este foi o maior machao que já conheceu. Um gosto eskisito, talqual Rambo, que achou Drago "o gostosao da minha vida, que defenestrou bonito". Pois é, se o sujeito é nao há STF ou CIA que dê jeito.
Augusto Matraga ( e Rambo) sao a kara do SPFW.
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