JOGAR NA ALTITUDE NÃO É FÁCIL E A BOLEIRADA NÃO VAI PODER TOMAR CHÁ DE COCA.
Há muitos anos, em vôo do Lloyd Aéreo Boliviano, deixei Santa Cruz de La Tierra, fazendo escala em Cochabamba e desembarquei no aeroporto de La Paz, provavelmente o mais alto do mundo.
Era, à época, um aeroporto acanhado, desequipado e os passageiros que desembarcavam nas aeronaves e seguiam a pé para o saguão.
O trajeto em questão era curto, porém intermináaaaaaavel.
Por mais que me esforçasse para acelerar os passos, era tolhido por uma força invisível, que causava-me um enorme peso na cabeça, imantava-me ao chão e prendia-me os passos.
No peito, arfante, o meu jovem coração acelerava e batia muito forte como que imitando o som de uma bigorna surrada por robustíssimo ferreiro.
Como um velho (que não era) sofri, e como sofri para vencer os 50 metros de trajeto que me separavam do aconchego da sala-de-espera quente que me aguardava, em flagrante contraste com um vento forte e causticante que soprava na pista, sob temperatura frigidíssima.
Com muito custo cheguei ao meu destino, rezando por obter uma cadeira, embora o meu corpo estivesse, mesmo, pedindo cama.
Incontinenti as comissárias de solo daquela excelente companhia aérea adentraram-se pela sala e, de imediato, principiaram a servir uma bebida quente que aceitei sem, sequer, perguntar o que era.
Como que em um passe de mágica sorvi a bebida aos goles, constatando que, à medida em que a bebia, a cabeça deixava de pesar, o coração já não batia tão forte e que, novamente, uma agradável sensação de bem-estar tomava conta de meu corpo.
Perguntando que bebida era aquela, fui informado por uma das comissárias que se tratava de chá de folhas de coca, usado em grande escala por aqueles que residem em locais de grande altitude como uma forma de amenizar os efeitos e os malefícios da altitude, no que a medicina chama de "mal das montanhas".
Na verdade eu já houvera experimentado, anos antes, o chá de folhas de coca quando estive em outra cidade à grande altitude, Bogotá, capital da Colômbia, cujo clima lembra demais a São Paulo dos anos 50 e 60, com garoa e tudo.
Fui cobrir dois jogos da Seleção Brasileira, contra a Bolívia e contra a Colômbia e Osvaldo Brandão era o técnico da "canarinha".
Embora com menor intensidade, fui acometido dos mesmos sintomas, com a agravante de ter me sentido mal justamente momentos antes do jogo Brasil e Bolívia que eu iria narrar.
Ah se não fosse o chazinho que me trouxe um funcionário da Inravision que prestava serviços no Estádio El Campin, com quem fiz amizade naquela semana, em razão da necessidade de correr atrás da linha telefônica dias antes do jogo, para poder falar para o Brasil…
Quem trabalhava em emissoras menores de capitais menores, se não fizesse isso, não falava mesmo. A vantagem era que se fazia grandes amizades e, muitas das vezes, quem ficava sem falar era uma emissora de São Paulo ou do Rio.
Naquele dia o Brasil meteu uma goleada na Bolívia de 5 x 0. Sem o chá, como é que eu poderia gritar cinco gols com muita vibração em um jogo como aquele.
En passant, tenho algumas recordações vivas daquela memorável viagem. em que passei longos 20 dias na capital colombiana.
Fui e voltei (por minha conta) no mesmo vôo da Seleção e meu companheiro de banco na ida não foi outro senão o inesquecível Mário Vianna. Já em idade provecta, nome famoso da equipe campeoníssima de audiência de Valdir Amaral na Rádio Globo, era um homem simples, simpático, amigável e de muitas histórias.
Conversamos muito durante o vôo e ele me disse que nesta vida não tinha medo de nada, mas tinha um certo receio de viajar de avião.
A certa altura do assunto ele, que segurava muito e olhava frequentemente para um um anel de pedra vermelha que vestia na mão direita disse-me isto: " Todos os que estão, como nós, viajando neste avião estão rezando errado". Eu perguntei por quê? Mário Vianna respondeu:
"Todos rezam para o avião não cair, mas deviam estar rezando para que o piloto não erre e conduza bem o avião". E não é que ele tinha razão?
Mário contou-me uma passagem referente ao Palmeiras, curiosíssima, do tempo em que fora árbitro, que faço questão de repassar.
Disse-me que ao final de um jogo que ele não soube precisar contra que adversário, possivelmente o Corinthians, o Palmeiras perdeu e a torcida atribuiu a derrota a arbitragem dele.
Contestado, muito vaiado, retirou-se sob ameaças para o vestiário, em volta do qual foi juntando uma verdadeira multidão de palmeirenses dispostos a fazer justiça contra o que chamavam de péssima arbitragem.
A multidão gritava palavras de ordem, bramia gritos de guerra, xingava Mário de ladrão e o objetivo era aplicar-lhe um corretivo exemplar.
O delegado que comandava a segurança no Pacaembu, preocupado com o que acontecia e temendo por um massacre, foi ao vestiário dos árbitros acompanhado por vários policiais.
Perguntado por Mário Viana o que estava fazendo ali o delegado respondeu: "- Sr. Mário eu e os meus policiais viemos dar-lhe segurança para sair, ao que Mário respondeu:
"-Acho melhor o senhor ir lá fora para dar segurança à multidão porque, agora, Mário Vianna vai sair."
Passando a mão no "parabélum" de seu tempo de polícia especial de Getúlio Vargas, engatilhou a arma e saiu do vestiário pedindo passagem à torcida, caminhando entre a multidão perplexa e silenciosa que abriu o caminho a Mário e logo se dispersou falando baixo e entre os dentes.
Coincidentemente, curiosamente, tempos depois, Mário tornou-se técnico do Palmeiras clube pelo qual, deixou transparecer, tinha mais carinho em São Paulo.
Outra recordação daquela viagem, ainda indelével em minha memória é a de um comentário de João Saldanha quando o entrevistei ao meu microfone após a goleada do Brasil sobre a Bolívia por 5 x 0.
Muitos colegas de imprensa, extremamente exigentes, principalmente os paulistas e os cariocas criticavam a Seleção e diziam. "-O time jogou mal. Fazer 5 x 0 na Bolívia é fácil.Esse time do Brandão não é de nada!
Perguntei a Saldanha se ele concordava com isso.
Saldanha respondeu: " Se a Seleção tivesse ganho de 1 ou de 2 x 0, o que eles iam dizer então? Que somos medíocres? Quem ganha de 5 é porque jogou bem. Se não jogasse bem ganharia de só de 1 ou 2 ".
Saldanha era um grande contador de histórias.
Fazia questão de dizer que havia sido correspondente de uma de uma agência de notícias, acho que a Reuters, durante a revolução comunista chinesa de Mao Tse-Tung contra o seu cunhado pró-ocidental Chang Kai Shek na década de 40. As histórias de guerra e da guerra chinesa que ele contava, eram deliciosas, fantásticas…
Ele fazia a alegria dos cronistas brasileiros que se hospedavam no Hotel Presidente, no centro velho da capital colombiana e era um bom jogador de xadrez.
De minha parte, tomava banho frio ao meio-dia na temperatura baixa de Bogotá e andava em manga de camisa, desafiando as baixas temperaturas, em contraste com os companheiros brasileiros, devidamente encapotados.
Preocupado, toda hora em que se encontrava comigo Saldanha ia dizendo. " – Menino, vá vestir um pulôver. Você pode pegar uma pneumonia." Eu não peguei!
Dito tudo isso, o Palmeiras joga esta noite nos quase 3 mil metros de altitude de Sucre, Bolívia, contra um adversário que nunca enfrentou. Quem viveu as experiências que eu vivi pode mensurar o quanto vai ser difícil ao Verdão jogar nas alturas, embora enfrentando uma equipe de nível técnico, imagina-se, inferior..
Como eu disse na manchete, " JOGAR NA ALTITUDE NÃO É FÁCIL E A BOLEIRADA NÃO VAI PODER TOMAR CHÁ DE COCA". Zetti tomou e seu mal! Vocês se lembram?
Mas…
As experiências vividas por clubes que já atuaram nessas condições, aprimoraram o conhecimentos dos médicos brasileiros, que já contam com um arsenal de procedimentos, providências e de truques para ajudar as equipes brasileiras a se equilibrarem, dos ponto de vista físico e aeróbico.
Jogar nas alturas continua sendo difícil, mas não é mais aquele bicho papão de quinze ou vinte anos atrás.
Atuando compactado com muito toque de bola, com solércia e inteligência, sem correria desnecessária e valorizando a posse de bola, o Palmeiras tem tudo para voltar da Bolívia com um grande resultado.
Muitos clubes brasileiros têm conseguido. Por que não havemos de conseguir?
DEIXE O SEU COMENTÁRIO
Era, à época, um aeroporto acanhado, desequipado e os passageiros que desembarcavam nas aeronaves e seguiam a pé para o saguão.
O trajeto em questão era curto, porém intermináaaaaaavel.
Por mais que me esforçasse para acelerar os passos, era tolhido por uma força invisível, que causava-me um enorme peso na cabeça, imantava-me ao chão e prendia-me os passos.
No peito, arfante, o meu jovem coração acelerava e batia muito forte como que imitando o som de uma bigorna surrada por robustíssimo ferreiro.
Como um velho (que não era) sofri, e como sofri para vencer os 50 metros de trajeto que me separavam do aconchego da sala-de-espera quente que me aguardava, em flagrante contraste com um vento forte e causticante que soprava na pista, sob temperatura frigidíssima.
Com muito custo cheguei ao meu destino, rezando por obter uma cadeira, embora o meu corpo estivesse, mesmo, pedindo cama.
Incontinenti as comissárias de solo daquela excelente companhia aérea adentraram-se pela sala e, de imediato, principiaram a servir uma bebida quente que aceitei sem, sequer, perguntar o que era.
Como que em um passe de mágica sorvi a bebida aos goles, constatando que, à medida em que a bebia, a cabeça deixava de pesar, o coração já não batia tão forte e que, novamente, uma agradável sensação de bem-estar tomava conta de meu corpo.
Perguntando que bebida era aquela, fui informado por uma das comissárias que se tratava de chá de folhas de coca, usado em grande escala por aqueles que residem em locais de grande altitude como uma forma de amenizar os efeitos e os malefícios da altitude, no que a medicina chama de "mal das montanhas".
Na verdade eu já houvera experimentado, anos antes, o chá de folhas de coca quando estive em outra cidade à grande altitude, Bogotá, capital da Colômbia, cujo clima lembra demais a São Paulo dos anos 50 e 60, com garoa e tudo.
Fui cobrir dois jogos da Seleção Brasileira, contra a Bolívia e contra a Colômbia e Osvaldo Brandão era o técnico da "canarinha".
Embora com menor intensidade, fui acometido dos mesmos sintomas, com a agravante de ter me sentido mal justamente momentos antes do jogo Brasil e Bolívia que eu iria narrar.
Ah se não fosse o chazinho que me trouxe um funcionário da Inravision que prestava serviços no Estádio El Campin, com quem fiz amizade naquela semana, em razão da necessidade de correr atrás da linha telefônica dias antes do jogo, para poder falar para o Brasil…
Quem trabalhava em emissoras menores de capitais menores, se não fizesse isso, não falava mesmo. A vantagem era que se fazia grandes amizades e, muitas das vezes, quem ficava sem falar era uma emissora de São Paulo ou do Rio.
Naquele dia o Brasil meteu uma goleada na Bolívia de 5 x 0. Sem o chá, como é que eu poderia gritar cinco gols com muita vibração em um jogo como aquele.
En passant, tenho algumas recordações vivas daquela memorável viagem. em que passei longos 20 dias na capital colombiana.
Fui e voltei (por minha conta) no mesmo vôo da Seleção e meu companheiro de banco na ida não foi outro senão o inesquecível Mário Vianna. Já em idade provecta, nome famoso da equipe campeoníssima de audiência de Valdir Amaral na Rádio Globo, era um homem simples, simpático, amigável e de muitas histórias.
Conversamos muito durante o vôo e ele me disse que nesta vida não tinha medo de nada, mas tinha um certo receio de viajar de avião.
A certa altura do assunto ele, que segurava muito e olhava frequentemente para um um anel de pedra vermelha que vestia na mão direita disse-me isto: " Todos os que estão, como nós, viajando neste avião estão rezando errado". Eu perguntei por quê? Mário Vianna respondeu:
"Todos rezam para o avião não cair, mas deviam estar rezando para que o piloto não erre e conduza bem o avião". E não é que ele tinha razão?
Mário contou-me uma passagem referente ao Palmeiras, curiosíssima, do tempo em que fora árbitro, que faço questão de repassar.
Disse-me que ao final de um jogo que ele não soube precisar contra que adversário, possivelmente o Corinthians, o Palmeiras perdeu e a torcida atribuiu a derrota a arbitragem dele.
Contestado, muito vaiado, retirou-se sob ameaças para o vestiário, em volta do qual foi juntando uma verdadeira multidão de palmeirenses dispostos a fazer justiça contra o que chamavam de péssima arbitragem.
A multidão gritava palavras de ordem, bramia gritos de guerra, xingava Mário de ladrão e o objetivo era aplicar-lhe um corretivo exemplar.
O delegado que comandava a segurança no Pacaembu, preocupado com o que acontecia e temendo por um massacre, foi ao vestiário dos árbitros acompanhado por vários policiais.
Perguntado por Mário Viana o que estava fazendo ali o delegado respondeu: "- Sr. Mário eu e os meus policiais viemos dar-lhe segurança para sair, ao que Mário respondeu:
"-Acho melhor o senhor ir lá fora para dar segurança à multidão porque, agora, Mário Vianna vai sair."
Passando a mão no "parabélum" de seu tempo de polícia especial de Getúlio Vargas, engatilhou a arma e saiu do vestiário pedindo passagem à torcida, caminhando entre a multidão perplexa e silenciosa que abriu o caminho a Mário e logo se dispersou falando baixo e entre os dentes.
Coincidentemente, curiosamente, tempos depois, Mário tornou-se técnico do Palmeiras clube pelo qual, deixou transparecer, tinha mais carinho em São Paulo.
Outra recordação daquela viagem, ainda indelével em minha memória é a de um comentário de João Saldanha quando o entrevistei ao meu microfone após a goleada do Brasil sobre a Bolívia por 5 x 0.
Muitos colegas de imprensa, extremamente exigentes, principalmente os paulistas e os cariocas criticavam a Seleção e diziam. "-O time jogou mal. Fazer 5 x 0 na Bolívia é fácil.Esse time do Brandão não é de nada!
Perguntei a Saldanha se ele concordava com isso.
Saldanha respondeu: " Se a Seleção tivesse ganho de 1 ou de 2 x 0, o que eles iam dizer então? Que somos medíocres? Quem ganha de 5 é porque jogou bem. Se não jogasse bem ganharia de só de 1 ou 2 ".
Saldanha era um grande contador de histórias.
Fazia questão de dizer que havia sido correspondente de uma de uma agência de notícias, acho que a Reuters, durante a revolução comunista chinesa de Mao Tse-Tung contra o seu cunhado pró-ocidental Chang Kai Shek na década de 40. As histórias de guerra e da guerra chinesa que ele contava, eram deliciosas, fantásticas…
Ele fazia a alegria dos cronistas brasileiros que se hospedavam no Hotel Presidente, no centro velho da capital colombiana e era um bom jogador de xadrez.
De minha parte, tomava banho frio ao meio-dia na temperatura baixa de Bogotá e andava em manga de camisa, desafiando as baixas temperaturas, em contraste com os companheiros brasileiros, devidamente encapotados.
Preocupado, toda hora em que se encontrava comigo Saldanha ia dizendo. " – Menino, vá vestir um pulôver. Você pode pegar uma pneumonia." Eu não peguei!
Dito tudo isso, o Palmeiras joga esta noite nos quase 3 mil metros de altitude de Sucre, Bolívia, contra um adversário que nunca enfrentou. Quem viveu as experiências que eu vivi pode mensurar o quanto vai ser difícil ao Verdão jogar nas alturas, embora enfrentando uma equipe de nível técnico, imagina-se, inferior..
Como eu disse na manchete, " JOGAR NA ALTITUDE NÃO É FÁCIL E A BOLEIRADA NÃO VAI PODER TOMAR CHÁ DE COCA". Zetti tomou e seu mal! Vocês se lembram?
Mas…
As experiências vividas por clubes que já atuaram nessas condições, aprimoraram o conhecimentos dos médicos brasileiros, que já contam com um arsenal de procedimentos, providências e de truques para ajudar as equipes brasileiras a se equilibrarem, dos ponto de vista físico e aeróbico.
Jogar nas alturas continua sendo difícil, mas não é mais aquele bicho papão de quinze ou vinte anos atrás.
Atuando compactado com muito toque de bola, com solércia e inteligência, sem correria desnecessária e valorizando a posse de bola, o Palmeiras tem tudo para voltar da Bolívia com um grande resultado.
Muitos clubes brasileiros têm conseguido. Por que não havemos de conseguir?
DEIXE O SEU COMENTÁRIO
5 Comentários:
Às 14 de outubro de 2010 às 10:14 , Alvaro Martins - Salvador - Bahia disse...
Alcides
Uma delícia ler o que vc contou. Foi bom lembrar de Saldanha e de Mario Vianna com dois enes. De vez em quando conte essas estórias. Verdão ganha hoje 1 x 0. Na bacia das almas mas ganha.
Alvaro Martins - Salvador - Bahia
Às 14 de outubro de 2010 às 14:59 , PORCÃO disse...
Vamos ganhar hoje sim de 2 a 0. A classificaçºao vem depois na nossa casa.
Acho que dá tambem pra gente ganhar do Ceará nesse domingo e afundar de vez a gambazada no outro domingo.UM ABRAÇO PARA TODA A PORCADA.
Às 14 de outubro de 2010 às 17:53 , vladimir rizzetto disse...
Que história, Esmeraldino e, puxa, não sabia que você é narrador!
Você trabalha em Minas?
Quanto ao jogo, não sei exatamente o que pensar, pois, o Palmeiras é uma "no cravo e outra na ferradura", mas, acho que dá para conseguir um bom resultado.
Um pouquinho de ousadia por parte do Palmeiras também não fará mal a ninguém...
Saudações alviverdes
Às 14 de outubro de 2010 às 18:20 , Alcides Drummond, o editor disse...
Amigo Vlad
Fui narrador, sim, comentarista, apresentador de progrmas e fiz de tudo um pouco em rádio e TV, dentro e fora do esporte. Fui colunistas de jornais e militei no meio midiático por muitos anos e participei da cobertura de algumas Copas do Mundo. Não estou na ativa porque não quero, pois convites não me faltaram, dentro e fora de Minas Gerais, mesmo agora que a profissão está morrendo, assassinada pelos Do Valles, Osmares e outros traíras menos conhecidos. Nos tempos em que estive na mídia, ninguém nunca soube que eu era torcedor do Palmeiras. Esse é o meu maior orgulho.
Um abraço (AD)
Às 14 de outubro de 2010 às 20:35 , Anônimo disse...
Belas histórias Alcides!!
Elas me fazem lembrar de muitas outras e das conversas que já tivemos no bar do Cidó.
Lembro-me de quando um seu colega, ao narrar um jogo de futebol de salão do Atlas de Pederneiras, estufou o peito e narrou...
-Mata no peito... desce na GRAMA...
A gozação foi imediata, deixando o locutor constrangido.
Abraços
Tico - Pederneiras
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial