Observatório Alviverde

26/08/2013



PARABÉNS, PALMEIRAS, 99 ANOS! 

SAUDEMOS O NOSSO ALVIVERDE IMPONENTE PELOS SEUS 99 ANOS DE  VIDA.



ASSIM FALOU CONFÚCIO:

" A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda ".
 




OBRIGADO, PALMEIRAS, POR VOCÊ EXISTIR E ME TRANSMITIR TANTAS EMOÇÕES, NAS VITÓRIAS E NAS DERROTAS, NAS DISPUTAS E NAS CONQUISTAS E, ATÉ, NOS INEVITÁVEIS FRACASSOS, PARA O BEM E PARA O MAL!

PARA O SUPREMO BEM, NAS VITÓRIAS - ALIMENTOS DA ALMA -, QUE MARAVILHAM OS MEUS OLHOS, MASSAGEIAM O MEU EGO, ENLEVAM A MINHA ALMA, EXALTAM A MINHA EXISTÊNCIA E ME FAZEM SENTIR, MAIS DO QUE, APENAS, UM HOMEM FELIZ E REALIZADO, UM SEMIDEUS!

PARA O MAL, NAS DERROTAS QUE TANTO ME ABATEM,  ENTRISTECEM E HUMILHAM, MAS QUE ME ENSINAM A COMPREENDER QUE O EXERCÍCIO DA HUMILDADE É SUBLIME, PORQUE ME FAZ CAIR NA REALIDADE DE QUE, AFINAL DE CONTAS, SOU, APENAS E TÃO SOMENTE, SIMPLESMENTE, UM HOMEM, COM VIRTUDES E DEFEITOS.
 

PARABÉNS PALMEIRAS, "AD AETERNUM", PERPETUAMENTE, HONRA E GLÓRIA IMENSURÁVEL DO FUTEBOL BRASILEIRO. HOSANAS!

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Na esteira da homenagem ao Palmeiras, um culto a dois heróis do futebol brasleiro, que migraram, neste fim de semana, para a pátria espiritual, De Sordi e Gilmar.



Newton De Sordi,

Piracicabano, por mais de uma década lateral direito titular do SPFC, foi duas vezes campeão paulista, respectivamente nos anos de 53 e 57 e .campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1958.

Lembro-me muito bem dele no SPFC porque, naquela época, os times quase não mudavam as suas escalações, que eram divulgadas pela mídia numa sequência fácil de memorizar, em 3/3/5, nesta ordem:

Goleiro, lateral direito e zagueiro central..
Médio de apoio, centromédio e lateral esquerdo.
Ponta-direita, meia direita, centroavante, meia esquerda e ponta esquerda

Exemplifico usando o time do Palmeiras da década de 50, que, historicamente, não marcou, embora tenha decidido em 1954 o Campeonato Paulista do Centenário e  a final do Rio/São Paulo contra o Cu-rintia perdendo ambos os títulos.

Laércio(goleiro), Manoelito (lateral ou alfo (corruptela do termo inglês Half) direito e Cação (zagueiro central). Nilo (Médio de Apoio), Valdemar Fiúme  (centromédio) e Dema (Lateral ou alfo esquerdo).
Liminha (ponta-direita) Humberto (meia direita ou ponta de lança), Ney (centro-avante, Jair da Rosa Pinto (meia-esquerda) e Rodrigues (ponta-esquerda).

Assim se podia decorar, com enorme facilidade, todas as escalações dos times da época.

De Sordi foi campeão pelo SPFC em 1953 com este time: que eu, mesmo palmeirense, memorizei e sei escalar, até hoje::

Poy, De Sordi e Mauro, Pé-de-Valsa, Bauer e Alfredo. Maurinho, Albella, Gino, Negri e Teixeirinha.

Em 1957 o SP voltou a ganhar o Paulistão, exatamente em cima do Cu-rintia, em jogo a que assisti pelo rádio, com a seguinte escalação, também decorada:

Poy, De Sordi e Mauro. Sarará, Vitor e Riberto. Maurinho, Amauri, Gino, Zizinho e Canhoteiro.

Mas foi na Seleção Brasileira que De Sordi  obteve o seu maior laurel, ajudando a desbravar os caminhos que levaram o Brasil ao seu primeiro título mundial.

Tecnicamente, sempre esteve longe da qualidade do ídolo palmeirense Djalma Santos, o maior de todos os tempos na posição, ao menos em minha forma de enxergar futebol e de milhões de brasileiros.

Djalma, falecido há poucos tempo, foi reserva de De Sordi até o jogo final da Copa de 58 quando, disseram, o zagueiro sãopaulino teria tremido ante a perspectiva negativa de o Brasil sofrer um novo "mararacanazzo" na Suécia, mas a história não foi, exatamente, assim.

Na verdade, De Sordi teve, de fato, um incômodo muscular e foi afastado por precaução, já que a comissão técnica do Brasil, temia perder um jogador no transcorrer da partida final , já que, na época a "regra três" ainda não previa a substituição de atletas no decorrer de jogos oficiais.

A opção por Djalma, então jogador da Portuguesa de Desportos, deu-se, segundo me disse o saudoso Dr. Paulo Machado de Carvalho em conversa informal, exclusivamente por precaução.

De Sordi ficou fora do jogo decisivo contra a Suécia, mas, como homem de confiança do técnico  Vicente Italo Feola, foi importantíssimo nas partidas anteriores, para que o Brasil trouxesse o título, pela primeira vez, para o cone sul.do planeta.

De Sordi, foi sempre um jogador comunitário, eficiente, sério, sóbrio, competente, compenetrado, aplicado e só por isso submeteu ao banco o melhor lateral direito de todos os tempos, Djalma Santos.

De Sordi marcou com propriedade e suficiência alguns dos ponteiros esquerdos mais famosos da Copa de 58 como o inglês Finey, o frances Vincent, mas não marcou aquele que foi considerado o , melhor da competição, o sueco Skoglund, justamente por ter se ausentado do compromisso final, em face de uma contusão.

Descanse  em paz, Newtão!

 

GYLMAR DOS SANTOS NEVES, ou, simplesmente, Gilmar, é considerado por quem o viu jogar o maior goleiro brasileiro de todos os tempos, foi um predestinado.

Reza a lenda que ele começou  a carreira como um modesto ponta esquerda em sua cidade natal, Santos, no time bancado pela colônia espanhola, o Jabaquara ou Jabuca, como era conhecido o mais temido adversário do Santos - depois do Palmeiras, depois do Palmeiras - na era Pelé.

Gilmar foi para o CU-rintia na qualidade de contrapeso, por exigência da diretoria do Jabaquara na negociação de Ciciá. Os espanhóis forçaram a ida de Gilmar para os gambás, convictos de que, em um clube da expressão e prestígio do Cu-rintia, ele poderia tonar-se o maior goleiro do país. Acertaram na mosca!

Ví, assisti, reportei e até irradiei muitos jogos de Gilmar, porém apenas a partir de meados da década de 60 quando ele já atuava pelo Santos.

Com a camisa do Cu-rintia assisti a um único jogo dele, no tempo em que eu ainda era menino e pude vê-lo bem de perto quando eu nem sonhava em tornar-me um profissional do jornalismo esportivo.

Conhecido como girafa, Gilmar, do alto de seus 1m e 81, era um homem gigantesco para os padrões de altura daquela época em que havia goleiros com 1m e 71 como Valdir Joaquim de Morais, sendo raros os que chegavam perto de 1m e 80.

Dois lances ficaram marcados em minha memória infantil naquele meu primeiro contato visual com Gilmar, sendo um antes do jogo e outro durante o jogo.

O primeiro foi o fato de Gilmar, na hora do aquecimento - era uma festa e um espetáculo à parte o aquecimento dos times - segurar a pesadíssima bola daqueles tempos com apenas uma das mãos. Fiquei assombrado com aquilo, haja vista que jamais houvera visto algo igual!

O segundo foi uma falta ocorrida na entrada da área em que Gilmar fez questão de tirar a barreira e o cobrador (nem me lembro mais o nome dele) emérito chutador desferiu um petardo no canto esquerdo, à meia altura que Gilmar, até então sem ter sido chamado a intervir, realizou uma elástica ponte para deter a trajetória da bola, arrancando unânimes aplausos da multidão que acompanhava o jogo.

Depois disso, como repórter, entrevistei Gilmar várias vezes, principalmente quando trabalhei em Ribeirão Preto.

Apesar de um certo mistério e valorização, Gilmar sempre me atendia, sendo de realce o fato de ele ser o jogador do futebol paulista que melhor se expressava e dono, aliás, de uma belíssima voz, aproveitada em múltiplos comerciais de âmbito nacional, com destaque para a Gilette..

Certa feita, no hotel Umuarama, top de linha de Ribeirão Preto naquele tempo, bem no centro da cidade, onde rotineiramente se hospedava o Santos, recebi de meu chefe, o legendário Nag, uma difícil missão: conseguir algumas declarações de jogadores do Santos para promover a nossa guerreira Rádio Brasiliense.

Os jogadores deveriam dizer o seguinte: "Aqui quem fala é (...), do Santos.Quero convidá-los para ouvir as transmissões da equipe boa de bola da Rádio Brasiliense!

Consegui declarações de Zito, Coutinho, Dorval, Pepe, todos muito solícitos, até que cheguei em Gilmar.

Com seu português de ótima qualidade, o legendário goleiro me fez voltar aos tempos de curso clássico ao responder "Olha, garoto, isso não faz parte de meu "métier", mas desta vez vou atendê-lo! Só desta vez!

Fiquei admirado ao ver um atleta, categoria, até então, de pouco saber e de poucas letras naqueles anos, usar um termo frances, embora quem o fizesse fosse criticado por galicismo

Gilmar, para a alegria de todos nós, fez a gravação, a melhor entre todas realizadas por cinco ou seis de seus companheiros!

Se Pelé gravou?

É óbvio que não!

Já naquele tempo, que repórter de rádio tinha acesso direto a Pelé antes do jogo?

Talvez, com dificuldades, um Juarez, um Pimentel, um Maltone, um "Olho Vivo", ou alguém que trabalhasse na capital! Quanto mais, eu, um garoto humilde que trabalhava em uma pequena emissora do interior!

Gilmar foi campeoníssimo em sua carreira e, ate hoje, poucos conseguiram ganhar os títulos que ganhou. Numa contagem rápida, verifiquei que ele conquistou cerca de 30 títulos expressivos muitos deles no Cu-rintia, desde o importantíssimo Campeonato Paulista, a Rio São Paulo e até a chamada "Pequena Copa do Mundo" realizada na Venezuela., em 1954, ano considerado como o auge de suas conquistas, defendendo o gol da gambazada.

Mas foi no Santos que Gilmar enfileirou dezenas de conquistas, tendo sido vencedor em  5 campeonatos paulistas, 3 Torneios Rio/São Paulo, 5 brasileiros, 2 libertadores, 2 torneios intercontinentais correspondentes a atual Copa Toyota (chamados, impropriamente no Brasil de Mundiais) e a Recopa Mundial de 1968!

É óbvio que recorri aos arquivos para levantar tantas conquistas, das quais, como bom palmeirense, não me recordo de todas, apenas de algumas.

Embora sempre atuando contra o Palmeiras, na qualidade de adversário, torci por Gilmar quando foi o goleiro titular da seleção nas Copas de 58 e 62, e conquistou os respectivos títulos, mas o meu palmeirismo incorrigível me fazia preferir Castilho, o Leiteria .

Em 66, revezou  a titularidade com o pernambucano Manga, do Botafogo, naquele que foi, talvez, o maior fiasco  da Seleção Brasileira em todas as Copas.

Gilmar vestiu 102 vezes a camisa da Seleção Brasileira em uma época em que a Seleção  não entrava em campo tanto quanto entra hoje e é o décimo colocado na relação de quem mais jogou!.

Em suma, esta é a nossa pequena homenagem aos dois monstros sagrados que ora nos deixam em retorno à dimensáo espiritual.

A eles, a nossa saudação e o nosso reconhecimento!

Se eu tivesse de resumir em uma frase a minha definição sobre Gilmar que no registro de nascimento era, mesmo Gylmar, eu diria:

" - Até que encerrou a carreira, não houve no Brasil nenhum goleiro da qualidade de Gilmar!"

Parafraseando Machado de Assis em Dom Casmurro, " que a terra lhe seja leve", tão leve como um goleiro que desafiava a lei da gravidade!

COMENTE, SE QUISER!

6 Comentários:

  • Às 26 de agosto de 2013 às 17:15 , Anonymous VICTOR TREDENSKI disse...

    PALMEIRAS MEU AMOR!!!!!!!

    11 CAMISAS VERDES COM UMA LETRA ''P'' NO PEITO

    NADA MAIS BASTA

    PARABÉNS PALMEIRAS

    QUE VENHAM OUTROS 99 ANOS DE VIDA

    E QUE VOCE RETORNE A SER O QUE SEMPRE FOI: O ESPINHO ENTALADO NA GARGANTA DOS ADVERSÁRIOS E DOS FDP QUE TE DETRATAM

    VIDA LONGA AO PALMEIRAS

     
  • Às 26 de agosto de 2013 às 17:39 , Anonymous Alcides Drummond, o Editor disse...


    AO TREDENSKI E AMIGOS DO OAV!

    VITÓRIA COMEÇA COM VI DE VICTOR!

    TRATOR COMEÇA COM T DE TREDENSKI

    Obrigado Victor, por participar de nossa homenagem ao grande Verdão da Turiaçu

    Com seu jeito franco, objetivo e sincero de ser, você é a expressão viva do sentimento do palmeirense do interior, manifestada neste espaço.

    Fique tranquilo que eu não me incomodo com os palavrões ou expressões chulas que, as vezes, você "manda" neste espaço.

    É pra desabafar, mesmo, e tratorar aqueles que só sabem e querem trabalhar contra o Verdão!

    Você é sempre bem-vindo a este espaço, como todos os amigos que já há cinco longos anos frequentam este cantinho pequeno da Internet dedicado a nossa paixão comum, o Palmeiras.

    ATENÇÃO, TODOS!

    Apesar da postagem publicada, vocês podem usar este espaço dos comentários para falar o que quiserem e desejarem sobre o time! Saudações esmeraldinas (AD)

     
  • Às 26 de agosto de 2013 às 18:21 , Anonymous Edson disse...

    Parabéns verdão, vitorioso time do meu coração!

     
  • Às 26 de agosto de 2013 às 18:34 , Anonymous VICTOR TREDENSKI disse...

    ALCIDES

    SOU MEIO RANZINZA SIM, COISA DE FAMILIA....ALEMÃOZADA É DURO

    ADMITO QUE FALO PALAVRÕES E USO TERMOS CHULOS NO SEU BLOG, BAIXANDO O NIVEL NOS COMENTARIOS

    MAS VEM DO FUNDO DA ALMA.....PODE CRER QUE NÃO SÃO XINGAMENTOS OU ''CHULICES'' DE GRAÇA, PELO SIMPLES PRAZER DE XINGAR

    ME DESCULPA

    MAS FIQUE TRANQUILO, POIS SOU MUITO EDUCADO NO TRATO PESSOAL

    MAMÃE TREDENSKI ME EDUCOU MUITO BEM

    ATE POR QUE A PROFISSÃO QUE EXERÇO EXIGE ISSO, SENÃO EU NÃO PARO EM NENHUM LUGAR E VOU ''MORRER DE FOME''

    MAS É O MEU JEITÃO

    ME DESCULPA POR TUDO

    E VIDA LONGA AO NOSSO AMADO PALESTRA

     
  • Às 27 de agosto de 2013 às 11:56 , Anonymous Mestre dos Magos disse...

    ALCIDES

    PQP, como é que não conseguem recuperar o Valdívia em praticamente 10 dias pô.

    Mas por outros lado, voltam todos titulares que fizeram falta no último jogo.

    Prass, Vilson, Juninho, Leandro e Wesley, que está mais adaptado que Felipe Menezes ainda.

    É a volta de 5 que vinham sendo titulares.

    Vamos lá Palmeiras.

     
  • Às 27 de agosto de 2013 às 12:31 , Anonymous Fabio disse...

    Trajano ontem, no Linha de Passe da ESPN, disse que a série B é uma baba, e que se o Palmeiras estivesse na Serie A estaria disputando vaga na sulamericana e a torcida estaria contente.
    Alguma dúvida de que ele odeia o Palmeiras?? America do Rio?? sei sei...

     

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