POUCO OU NADA VAI ADIANTAR OS RESULTADOS AJUDAREM O PALMEIRAS, SE O PALMEIRAS NÃO SE AJUDAR!

Previ que os resultados deste fim de semana, seriam grandes aliados do Palmeiras contra o rebaixamento. 

Quase fora do contexto, até a inesperada vitória do Flu, ontem, sobre o Goiás no Serra Dourada foi "da hora", na medida em que inseriu, também, o time goiano no rebolo. 

Com 41 pontos, o Goiás, se perder o próximo jogo, terá de começar a se cuidar e lutar para não cair.

Essa conversa da mídia, atribuída aos matemáticos, segundo a qual quem alcançar 45 pontos estará a salvo da Série B em 2015 é pura teoria, embora seja verdade em relação aos números deste momento.

Ocorre que a tabela de pontos, este ano, é muito dinâmica e, à medida em que os resultados se sucedem, a classificação se altera, e os times se alternam nas derradeiras posições em constantes flutuações e troca de posições. 

Consequentemente, esse número teórico que a mídia gosta de apor e de antecipar, todo ano, decorrente e dependente dessas circunstâncias aleatórias, na prática, inexiste. 

Torna-se maior ou menor, e, diferente, porque o cálculo dos números necessários para o escape, se altera ao final, não de cada rodada, mas de cada jogo.

A derrota do Vitória para o Grêmio, ontem, em Porto Alegre, consoante com os parâmetros antecipativos da lógica, foi alcançada! 

Mas quem não assistiu ao jogo não avalia com que dificuldade os gaúchos a conquistaram. 

O resultado foi importantíssimo para o Palmeiras, na medida em que manteve os baianos dois pontos atrás do Verdão, independentemente de qualquer resultado esta noite, na Fonte Nova.

Assisti, também, a boa parte de Cu-rintia x Coritiba, torcendo, sempre, pelo coxa, embora consciente e sabedor de que o resultado que interessava, era uma derrota dos araucarianos. 

Quem acha estranha a minha forma de torcer, explique-me, por favor: como um palmeirense que ama seu clube e que se respeita, poderá torcer pelo time do PCC e do chefe do PT? 

A minha perspectiva de querer ver esse bando vencer é zero, ainda que uma vitória deles pudesse significar a conquista de um título mundial pelo Palmeiras.

Paradoxalmente, torci, sim, pelo resultado negativo do Coxa, que, afinal, acabou vindo, apenas, em parte!

Em sã consciência ninguém podia imaginar que o time do craque Alex pudesse sair, ontem, do privadão, com o heróico empate que arrancou.

A propósito de Alex, Odinei Ribeiro e Vilaron disseram na TV que o veterano craque Alex ainda era um cracaço e que em razão disso, os telespectadores tinham condições de imaginar quanto ele jogou em 2003 com a camisa do Cruzeiro. 

A princípio, fiquei sem compreender a omissão proposital dos facciosos jornalistas, um santista, outro cu-rintiano, em relação à passagem -muito melhor e mais significativa- de Alex pelo Palmeiras.

Todo mundo sabe que o Palmeiras foi o clube que projetou Alex, consagrando-o no cenário brasileiro e sul-americano, mais, muito mais, muito além do que o Cruzeiro.

Mas, se Odiney e Vilaron podiam omitir a informação, a fim de não colocar o Palmeiras em evidência, por que haveriam de mencionar a realidade?  Como são dissimulados! De olho nos caras, torcedor palmeirense!

Entretanto, entendi e sei, perfeitamente, porquê não citaram a principal camisa de Alex. 

Eles haviam dito que Alex era craque e nenhum cronista paulistano (esta é a única regra no mundo que não tem exceção) jamais admitiu ou admite que o Palmeiras tenha craques. 

Mesmo que tiver, caso típico de Valdívia, eles ignoram escondem e não mencionam nem a bico de carabina! É muita sacanagem!

Voltando ao jogo, o time macumbeiro arrancou, como de hábito, mais um empate, via espiritual, em cima da hora, gol de Pai Nilson! A vítima, desta vez, foi o Coritiba!

O lado positivo da igualdade reside no fato de o Coxa não ter alcançado o Palmeiras, embora tenha reduzido a diferença preexistente de 3 pontos, para 2 pontos. 

Ao mesmo tempo, dificulta a vida dos bosteiros que tentam uma boquinha na Libertadores!

Para o Palmeiras, que pode pontuar esta noite contra o Bahia, mesmo com a ocorrência desse empate, a diferença para o Coritiba ainda é ponderável, 2 pontos, e um número de vitórias maior, 10 x 8.

Agora, verifiquem os jogos da rodada de hoje, com implicações diretas ou indiretas na vida do Palmeiras, 



Sport x Figueirense, às 17 H em Recife, na Ilha do Retiro.
Cruzeiro x Botafogo, às 17 H em BH, no Mineirão.
Criciúma x Bambis, às 17 H, em Criciúma, no Heriberto Hulse.
Flamengo x Chapecoense, às 19,30 H, no Rio, no Maracanã.
Atlético Pr x Galo, às 19,30 H, em Curitiba, Arena da Baixada.

O Palmeiras jogará, teoricamente, às 20 H em Salvador, na Fonte Nova contra o Bahia.

Na prática, como o Sportv transmite, antes, o Grande Prêmio dos EUA, que não tem hora certa para acabar, pode ser que o início do jogo venha a ser postergado.

No início da semana eu falava sobre as perspectivas de resultados desses oito jogos que mexem, diretamente, com a vida do Palmeiras. 

Além dos três jogos de ontem, cujas influências já analisamos, qualquer resultado de Sport x Figueira, poderá beneficiar o Palmeiras, mas o empate seria o resultado ideal! 

Seguraria no rebolo e ao alcance do Verdão dois times, que têm, respectivamente, 37 e 36 pontos, e, quanto mais times fizerem parte do rebolo, mais chances e alternativas terá o Palmeiras de escapar da série B em 2015! 

Em relação a Cruzeiro x Bota, a tendência lógica é a de uma vitória do Cruzeiro que, além de líder, ainda é o melhor time deste Brasileiro, em que pese a sua queda visível e sensível de produção no segundo turno.

O Botafogo (33 pontos), que ganhou ânimo e moral após derrotar,  surpreendentemente, o Flamengo em Manaus promete se desdobrar em campo, pois luta pela sobrevivência. 

Ainda assim, acredito que o Cruzeiro, que tem muito mais time, e joga em casa, venha ser o vencedor, porque, em instância bem superior está lutando pelo bicampeonato brasileiro!

Detalhe: a situação do Palmeiras poderá se complicar, muito, caso o Bota vire zebra e derrote o Cruzeiro no Mineirão.

Nessa hipótese remota, porém, possível, (o Bota tem camisa e tradição), os cariocas alcançariam o Verdão se ele, ao menos, não empatar com o Bahia.

Haveria igualdade em pontos e em número de vitórias, mas a ultrapassagem carioca sobre o Palmeiras seria através do saldo de gols.

Criciúma x Bambi, em Criciúma é um jogo tendente ao empate mas o time carvoeiro, em casa, é um adversário difícil de ser batido, um osso duríssimo de ser roído. 

Os bambis tiveram um jogo muito pesado esta semana pela sul-americana e podem sentir os efeitos decorrentes do enorme esforço empreendido. 

É óbvio que uma derrota do Criciúma, aliviaria bastante a pressão sobre o Palmeiras, mas esse é, entre todos, o jogo que se reveste de maior imprevisibilidade. 

Como os bambis, a cinco pontos do Cruzeiro, também lutam pelo título, essa é uma refrega em que tudo pode, perfeitamente, acontecer.

No Rio, a Chapecoense de Jorginho terá de superar os fatores ambiente, campo, torcida e, principalmente, a arbitragem para derrotar o Flamengo, o que, convenhamos, se não é impossível, está muito perto disto.

O Palmeiras precisa torcer para que o time do oeste de Santa Catarina perca o jogo, pois empata com ele em pontos (36) e só ostenta melhor posição na tabela pelo maior número de vitórias, 10 x 9! 

O saldo de gols dos catarinas é muito melhor que o do Palmeiras (-3 x -16), mas este é só o segundo critério de desempate!

Para o Verdão uma vitória dos cariocas seria ideal, haja vista que o Fla, protegido pela mídia, pela Globo, pelas arbitragens e pelo sistema, já com 40 pontos, em condições normais, não vai cair.

Atlético Pr (40 pontos e 11 vitórias) e Galo Mineiro se digladiam na Arena da Baixada e o Palmeiras terá de torcer para que os mineiros, em quarto lugar no pelotão de elite, possam vencer os paranaenses.
  
Finalmente, o Bahia (31 pontos) recepcionará o Palmeiras (36). 

O Verdão tem a obrigação de vencer, pois só os três pontos têm a condição de permitir-lhe tirar proveito de tudo de bom que a tabela pode lhe oferecer.

Embora até a derrota possa manter inalterada a posição palmeirense, "pouco ou nada vai adiantar os resultados ajudarem o Palmeiras, se o Palmeiras não se ajudar"!

Eu escalaria este time para enfrentar o Bahia, sem bizarrices ou invencionismos desnecessários, mantendo a base de sustentação:

Prass, João Pedro, Nathan, Tóbio e Victor Luís. Renato, Wesley, Marcelo Oliveira, Valdívia e Mazinho. Bernardo ou Mouche ou Diogo.

O centro-avante, hoje, poderia ser, até, um garoto da base que tivesse faro de gol. O momento é adequado e propício para uma tentativa desse teor.

Essa medida, se tomada (infelizmente, não será) teria a propriedade de corrigir o incrível e imperdoável erro de "Dorival retranquinha" que, em vez de solicitar à diretoria a contratação de atacantes, a grande carência do Palmeiras, indicou, simplesmente, um volante de contenção e, pasmem, mais um goleiro que, dificilmente, vai estrear. 

As tentativas com os juniores não podem fica restritas, como vem ocorrendo no Palmeiras, exclusivamente a jogadores de defesa! É preciso mudar essa mentalidade!

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