EU NÃO ANTECIPEI QUE COM DORIVAL SERIA TUDO MAIS DIFÍCIL?

Tática defensiva é uma coisa! Jogar na defesa, só na defesa, é outra coisa, completamente diferente. 

O Palmeiras jogou contra o Cruzeiro, exclusivamente, na defesa! 

A verdade, nua e crua é, que, por pouco, por muito pouco mesmo, não voltou a Sampa com outra derrota na bagagem.

Os analistas de resultado da tv -William gambá é um deles- davam a entender que Dorival, "coerente, equilibrado, e, humilde", era o maior e melhor treinador do mundo,  simplesmente por ter tido juízo e colocado o time na retranca contra o (muito melhor) líder do campeonato.

Diziam mais, que, ciente e consciente das limitações de seu time, (como adoram reduzir o Palmeiras a um timeco qualquer, inexpresssivo!) Dorival fez o Palmeiras jogar com "sensatez, coerência, inteligência" (?), na fronteira de suas condições. 

Foram mais além, e, despejaram o tradicional "tome chuchu, maxixe, abobrinha, coisa e tal, pão duro, ferramenta, linha na agulha e caixa de fósforos", no microfone, que, a exemplo de papel, aceita tudo. Como gostam de argumentar barato, desnecessariamente e sem objetividade! 

O que eles nunca se esquecem, é de gozar, desvalorizar, desmerecer e ironizar o Palmeiras! 

Ontem insinuaram que o time jogava retrancado por completa impotência técnica. A respeito de quem impôs que o time jogasse assim, de forma tão covarde, nenhum reparo, nenhuma crítica, só elogios!

Dorival, especificamente, por ontem, não merece nenhum elogio. Do início ao fim do jogo ele foi, sempre, um anti-técnico que usou o anti-jogo!

Além de começar com uma formação completamente alterada em suas estruturas tática e, principalmente, individual, agiu de forma rudimentar, como um reles treineiro de pelada, ao recuar, estupidamente, o time inteiro para a defesa, para que fosse acuado e encantoado pelo adversário. 

Essa é a verdadeira história do jogo! Sem tirar, nem por! O resto são lances aleatórios, coincidências, gols inesperados e papo furado, típicos argumentos de comentarista!

Colocar em campo, como fez Dorival, ontem, em BH, um time do tamanho do Palmeiras, da pujança do Palmeiras, da importância do Palmeiras, da história do Palmeiras, do passado do Palmeiras, para fazer um linha contra a defesa, foi desolador, desanimador, em que pese o resultado conveniente, ainda que na circunstância em que ocorreu.

Sem qualquer expectativa ou perspectiva de atacar e de ganhar, em 95% do jogo, jogando, apenas, para defender um empate, ainda que contra o líder do campeonato, é muita falta de respeito à terceira maior torcida do Brasil. 

Dorival prova, novamente, por a+b que não tem estofo suficente para dirigir um clube da estirpe do Palmeiras!

Fosse Felipão ou Kleina e as redes sociais estariam bombando, transbordando de críticas, coalhadas de reparos e repletas de indignados pedidos de demissão de um treinador covarde, sem ousadia e que foi a campo, exclusivamente, para empatar ou, no máximo, perder de pouco.

Ontem, Dorival, o professor Pardal, mais uma vez colocou em campo um time mexido e remexido estruturalmente, considerando-se, e, ressalvando-se, é óbvio, aqueles que não puderam jogar.

O retorno de Nathan para a formação da dupla de zaga, só ocorreu porque Lúcio não pôde jogar. 

Terá Dorival, peito para manter a dupla de jovens para o derby? Duvido! 

E, no entanto, seria a medida mais acertada que poderia tomar, independentemente de quaisquer riscos, pois, risco muito maior é a lentidão de Lúcio!

Escalar Victor Luís como volante de contenção, jogando torto pelo lado direito do campo é um flagrante desperdício de talento e uma prova inequívoca, da teimosia de Dorival, já que o garoto teve dificuldades para exercer a função contra o Santos. 

Por que a volta imediata, direta e reta, de Renato ao time se Washington (que ele mesmo pediu para contratar) que foi tão bem em sua estreia e incorretamente sacado do jogo contra o Santos, estava disponível? Se ele queria uma defesa forte, por que, então, não escalou os dois? 

Ou, na hipótese, viável, do aproveitamento de Victor Luís, por que não em suas melhores características, pelo lado esquerdo, pelo lado esquerdo, repito, sempre pelo lado esquerdo, haja vista que ele é canhoto?

Por que não deixou Bernardo (ainda sem ritmo de jogo) no banco para ser aproveitado no momento em que o adversário estivesse cansado?

Defendi, defendo e defenderei, neste espaço, o aproveitamento de Bernardo, excelente jogador! 

Mas, definitivamente, não, jogando de zagueiro ou volante de contenção, como ontem, sem exercer o papel tático do meia moderno que ele é, que marca e ajuda a defender, sim, mas que toca, se desloca, evolui e se apresenta, sempre, para o chute, papel, este, que pôde exercer, exclusivamente, em um único lance no segundo tempo.

Quando defendi a entrada de Mazinho no meio de campo, imaginei que o Palmeiras entraria em campo com um desenho tático parecido com aquele que enfrentou o Grêmio. 

Aí sim, em função de seu ótimo controle de bola, boa visão periférica, rapidez, improvisação, drible e, principalmente, de sua velocidade, Mazinho teria condições de ser uma alternativa de qualidade à insubstituível presença de Valdívia.

Mazinho iniciou o jogo distante dessa função, aberto, pelo lado esquerdo, muito mais para tocar bola e ser uma opção de passe, do que, propriamene e como se esperava, para forçar o jogo, puxar contra-ataques e partir com contundência sobre o adversário. 

Amoldado ao quadradismo desenho tático de Dorival, virou, essencialmente, exclusivamente, mais um volante de contenção! É desperdício demais para o meu visual e para o meu modesto enteder!

Em resumo, nós, que estamos do lado de cá, que raciocinamos com a lógica dos jogos a que assistimos, esperamos, sempre, coerência da parte do treinador!

Sabemos, claro, das necessidades e imposições de escalação ditadas por cartões, contusões e insuficiência de atletas em certas posições, mas sentimo-nos frustrados em face de tantas incongruências e, principalmente, da falta de raciocínio lógico.

Quem acompanha este blog, sabe que cantei a pedra antes, ao cravar; 

"vamos, sim, escapar do rebaixamento, mas com Dorival será muito mais difícil".

Quando, obrigado, por força das contusões e circunstâncias, Dorival deixou de lado a sua vocação a professor Pardal e manteve a estrutura do time, levou o Palmeiras a ganhar três jogos seguidos. 

Entretanto, quando voltou a alterar, radicalmente, a formação titular contra o Santos, perdeu feio, 1 x 3.

Centralizador e autocrático ele continua inventando, mudando radicalmente o time a cada jogo, retirando da equipe quaisquer perspectivas de entrosamento.

Isso acaba gerando um ambiente venenoso, de extrema rivalidade, em um elenco que, em razão da própria omissão e covardia de Dorival em não gerar uma lista de dispensas, é numeroso, muito além da medida, cada dia mais problemático e mais difícil de administrar.

João Saldanha disse, um dia, que a indefinição de um  elenco é contraproducente na formação de um grande time, na medida em que gera uma guerra constante pelas posições, disseminando a rivalidade no grupo.

Ao mesmo tempo, retira a confiança de quem está jogando, não obstante, ainda, aumentar o descontentamento de quem não joga. 

Mas Dorival está disposto a manter a indefinição, que, parece, ele utiliza como arma de controle pessoal sobre um elenco numerosíssimo repleto de egos inflados e de elementos que quando vêm a escalação de um companheiro perguntam de si para si: 

"por que ele e não eu?" "Se sou melhor do que fulano, por que ele é o titular?" 

Ou afirmam diretamente. "Sou melhor do que Beltrano, logo eu é que deveria jogar"! 

A isso levam as indefinições de estatus, em qualquer conglomerado social, mormente em um time de futebol!

Voltando ao jogo, o Palmeiras não foi a Belo Horizonte para jogar, mas, apenas, para tentar não deixar o Cruzeiro jogar. 

Além de não conseguir o seu intento, o mais grave é que o Palmeiras não jogou, só fechou os espaços e defendeu-se covardemente, com postura irritante de time pequeno.

Muitos hão de dizer que, apesar de tudo o que está sendo dito, o Palmeiras quase ganhou. 

De fato, quase ganhou, mas, além da tradicional incompetência em manter o placar, muito mais vezes o Palmeiras quase perdeu! 

Prass, em que pese ter soltado a bola no lance do gol de empate, constituiu-se na pedra angular desse resultado interessante, para muitos com sabor de vitória! 

A mim teve o sabor amargo, daqueles empates que se sofre em cima da hora, quando se tem a vitória como certa. Mas não foi, exatamente, isso, o que ocorreu?

Ao final de uma competição em que conseguimos chutar duas bolas fáceis ao gol, outra, difícil, na trave, quase gol, e fazer um gol de contra-ataque graças a boa jogada do contestado Felipe Menezes (eu mesmo o contestei tantas vezes), à visão coletiva de jogo desapegada  de Henrique (mentor intelectual do gol) e ao arremate certeiro de Mouche (o principal acerto de Dorival, embora tardio), termino essas considerações a propósito de nossa fuga do rebaixamento, iminente, ainda bem, com a mesma frase com que iniciei estes comentários:

" MAS EU NÃO ANTECIPEI QUE COM DORIVAL SERIA TUDO MAIS DIFÍCIL?"

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NA TELEVISÃO!
 










Vai acontecer, em breve!

Boa transmissão de Milton Leite. Bom o repórter, Felipe Luiz, extremamente óbvia e fraca a repórter Luciana Machado!

Bob Faria, comentarista, mineiro fincado, isto é, aqueles que moram por aqui e imaginam ser este estado o centro do universo, torceu, o tempo todo, não, tanto, pelo Cruzeiro, mas, pelo time mineiro que enfrentava o paulista.

De qualquer forma esteve, anos-luz, à frente de William, o reles argumentador gambá, defensor dos gambás e a serviço dos gambás, pois, além de falar bem, ter boa voz e de vocalizar corretamente as suas frases analisou com perfeição o time do Palmeiras que ele, certamente, não está acostumado a ver em ação.

Quando ele disse que o ataque do Palmeiras, a partir do momento em que ultrapassa o meio de campo não sabe mais o que faz com a bola, acertou plenamente!

No lance do gol cruzeirense anulado, num primeiro momento, Bob deixou que seu mineirismo (não foi mineirice, o conheço bem) viesse a tona ao dizer que Paulo Egídio havia tocado sem querer, isto é, "involuntariamente" na bola e que a anulação do lance fora errada, equivocada.

Entretanto, no intervalo do jogo, rendeu-se à implacabilidade das imagens, ao afirmar que o gol houvera sido bem anulado, em razão do jogador cruzeirense ter aumentado, através da esticada dos braços, o volume do corpo, pois esta é a regulamentação recente da CBF e da Fifa. Perfeito!

Eu diria que, pelas duas hipóteses, o gol deveria ser anulado: pela intencionalidade do lance e pelo aumento de volume corporal de Paulo Egídio.

Em relação ao comentarista(?) William Gambá, quem esperaria que ele dissesse houve intenção do cruzeirense em desviar a bola de Prass? 

Se não houve a intenção, houve o reflexo, que é muito diferente de uma bola na mão! E o aumento do alcance corporal, como é que fica?

Aí ele entra no ar e diz que não anularia o gol, mas a questão não o envolve e sim a legalidade ou não da jogada. Como é bronco esse Willian, colocado na mídia por algum estúpido diretor curintiano da Globo! 

O cara mostra, toda a vez que bosteja em jogos do Palmeiras, que odeia o Verdão e sem o menor pundonor, quer impor a sua suspeitíssima opinião. Ontem aconteceu, de novo! 

Quem escala "inconhas" como William, Beletti, Arnaldo, Marsiglia, Caio, Casa Grande e companhia em jogos do Palmeiras, parece que o faz propositadamente, apenas para irritar a torcida palmeirense.

Escalar esses caras porquê, se antes mesmo de o jogo começar, já se sabe o que todos eles (sem exceção) vão dizer em qualquer lance duvidoso que ocorrer em relação ao Palmeiras?

Quando o lance for claramente favorável ao Verdão, eles, ao contrário do que fazem nos jogos dos outros times, sobretudo do Cu-rintia, dos bambis, do Flu e do Fla, dirão discretamente, rapidamente e entredentes que o lance aconteceu.

Entretanto, não repetirão o ocorrido na sequência da transmissão e nem dirão, nunca, que o Palmeiras foi esbulhado e derrotado em função daquele lance como afirmam de maneira repitiva em relação aos outros times. Uma vergonha!

Em momento algum afirmaram, com ênfase, que Paulo Egídio teria de ser expulso por um lance faltoso, passível de cartão amarelo, no segundo tempo, pois ele já tinha cartão. 

Paulo Egídio salvou um gol (salvou mesmo? mas as dúvidas persistem pois as imagens mostradas não têm suficiente clareza para definir.

O fato é que o homem que o salvou (Paulo Egídio) não deveria estar em campo, pois teria, muito antes, de ser expulso! Mas quem disse isto, senão os próprios jogadores e o técnico do Palmeiras?

Da mesma forma, nem de longe William e Bob se referiram ao exagero dos cartões aplicados aos jogadorews do Palmeiras em relação aos cruzeirenses que jogaram com muito mais força, dureza e imposição física, pois contavam com a cumplicidade do árbitro Péricles Basol.

Sobre o exagero, proposital e extravagante dos cinco minutos de prorrogação determinados pelo cínico Sr. Péricles, nenhuma palavra, dos comentaristas, nem do narrador.

Mas, quem não percebe, a equipe todinha do Sportv (parece que só contratam cu-rintianos) dava sinais claros que torcia, desbragadamente, descaradamente, pelo empate do Cruzeiro.

Milton Leite, ontem, gritou o gol cruzeirense com ênfase (é obrigação dele) e com muita satisfação!

A diferença foi que não houve a tradicional risadinha de gozação embutida, pois, desta vez, Noriega, a quem se dirige, ironicamente, nessas horas, estava fora da transmissão! (AD)