QUE VENHA AGORA O GALO, COM HULK E TUDO, EXCETO O ÁRBITRO DO JOGO!

O Palmeiras atropelou o Cerro Paraguaio no Allianz, ganhando do time mais popular do Paraguai por 5 x 0. Foi uma vitória maiúscula e merecida do melhor time em campo que acaba de estabelecer outro recorde na competição: o da invencibilidade.

Como diziam os locutores esportivos de meu tempo, foi uma vitória lídima, insofismável, inquestionável e irretorquível, que ficará marcada nos anais da crônica esportiva paulistana. 

Deixem-me, porém, dizer que o primeiro tempo desse jogo Misto do Palmeiras 5 x 0 Cerro foi fraquíssimo. 

O Palmeiras venceu a etapa inicial por 1 x 0 num lance egresso de jogada ensaiada em cruzamento para a área.

Registre-se que o gol só surgiu após a saída de Navarro, com dores nas coxas e a entrada de Rôny. O time, sem Navarro foi outro, muito outro mesmo! Sem Rôni, dificilmente teria vencido!

Muito melhor devido à alteração, principalmente no ataque, já que Navarro nada fazia e nada fez, o Palmeiras abriu a contagem.

Aconteceu em cobrança de córner através de jogada ensaiada de Rafael Veiga e Mayke, que culminou num cruzamento que buscava Gòmez mas foi Samudio quem desviou contra o seu próprio gol. Palmeiras 1 x 0.

Na volta para o 2ºtempo, contrariando o costume, Abel não deixou para alterar o time depois dos 20 minutos e fez entrar Raphael Veiga no lugar de Gabriel Menino, melhorando substancialmente a capacidade técnica do time do Palmeiras.

Reforçado por seu craque da criatividade, o Palmeiras cresceu, envolveu o adversário, obrigou o goleiro do Cerro trabalhar, chutou com perigo (até na trave) e foi o dono do jogo. 

Entretanto, como se fosse uma reprise do recente jogo contra o Athlético Pr de Felipão, a bola não entrava.

Só por volta de 27 minutos é que a torcida palmeirense pôde ficar tranquila, quando Rôni recebeu de Mayke e, ufa, fez 2 x 0.

Dai em diante tudo se tornou mais fácil e aos 29', Rôni, de calcanhar, serviu Breno Lopes, que entrara, fazia pouco tempo, no lugar de Dudu e ele estabeleceu 3 x 0 Verdão.

O quarto gol fez jús ao volume de jogo palmeirense e veio aos 31 após Wesley bater o córner na medida para a cabeçada certeira de Gòmes. Palmeiras 4 x 0.

Quando se esperava que as cifras do placar fossem definitivas, eis que o melhor da festa aconteceu.

Todos sabiam que Rôny (há muito tempo) vinha tentando marcar um gol-de-bicicleta, e não conseguia. 

Ontem, finalmente, ele foi feliz e assinalou o gol que eu prefiro chamar gol-de-motocicleta, por razões óbvias.

Foi assim: Breno Lopes lançou em direção à área, Rôny saltou para cima e, completamente fora do chão, em pleno ar,  movimentou as pernas no alto e bateu na bola com um dos pés para o fundo das redes. 

Mais que um gol de bicicleta, clássico, que, repito, chamarei de "gol-de-motocicleta" dada a legitimidade e beleza da jogada. Verdão 5 x 0!

En passant: Imaginaram a festa nas TVs, hoje, houvesse sido o gol de Rôny marcado por um corintiano, um sãopaulino, um santista ou um flamenguista? 

Enfim, palmeirenses, o Verdão chegou às quartas-de-final da Liberta e estabeleceu mais um recorde...

Superou a marca de invencibilidade de 9 vitórias que dividia com o Peñarol do Uruguai de 1961 e com o Vasco de 2001. O Verdão de 2022, agora, tem dez (10) jogos sem perder!

Que venha agora, o Atlético Mineiro, com Hulk e tudo, desde que não venha com o juiz! 

Se vier, não tem problema, porque o Palmeiras já se acostumou a ganhar campeonatos de adversários que costumam jogar reforçados por "juiz de embaixada"!

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AOS NOBRES AMIGOS DESTE OAV

Agradeço, de coração, a todos os que colaboraram conosco anteontem, 3ª feira, quando retornávamos de nossa viagem ao interior de Sampa. Já estamos na área. Obrigado a todos vocês!