NOS DEIXOU O FLÁVIO ARAÚJO, UM NARRADOR ESPORTIVO DE CATEGORIA, PRESENÇA, PESO, MEDIDA E IMPORTÂNCIA!

Tomei conhecimento, ontem, do passamento do excepcional locutor esportivo Flávio Araújo, uma das legendas do Rádio Esportivo Brasileiro, aos 90 anos. Flávio foi, inicialmente,  um dos precursores do rádio esportivo de Presidente Prudente.

Na década de 50 do século passado, após mudar-se para São Paulo, foi trabalhar na Rádio Bandeirantes onde construiu formidável carreira transformando-se em um dos ícones locução esportiva brasileira.

Para que todos possam ter ideia do significado e importância de Flávio, é recorrer à mídia escrita ou perguntar àqueles que, como eu, o viram em ação, na época em que a TV ainda engatinhava como veiculo de comunicação de massa.

De minha parte, obrigo-me a dizer que, entre milhares que ouvi, Flávio Araújo está entre os melhores narradores esportivos que o rádio já produziu em todos os tempos.

Estilo próprio (bem longe de imitar o fantástico Pedro Luiz Paoliello como era costume em sua época) ele tinha narração personalíssima, bordões e citações próprios, clareza de dicção, estilo vibrante de relato, e, principalmente, uma voz privilegiada, belíssima, num tempo em que o locutor representava a própria imagem do espetáculo transmitido.

Claro que o conheci pessoalmente e estive com ele várias vezes, quando o rádio era o grande veículo de comunicação, e eu, muito jovem, cultuava uma certa idolatria por aqueles locutores que trabalhavam em grandes emissoras como o Flávio que, pelo que eu sei, trabalhou apenas nas Rádios Bandeirantes e Gazeta antes de se aposentar.

Sempre que estive com ele foi rapidamente e nos cumprimentamos e trocamos algumas palavras  nos estádios, haja vista que, além da diferença de idade, Flávio (fleugmático, educadíssimo, (um gentleman) embora simpático no trato, não era daquelas pessoas que exageravam nos gestos, nas atitudes e era econômico em suas relações com estranhos.

Ainda assim tive o privilégio de participar de um jantar oferecido a Flávio e esposa pelo editor de redação do Diário do Nordeste jornalista Francisco Bilas na residência deste, ao final da década de 80 . 

Foi lá que eu e Flávio Araújo, que até então só nos comunicávamos em nossos fortuitos encontros de troca de cumprimentos nos estádios, pudemos trocar um pouco mais as ideias, que, simplesmente, ratificaram tudo o que se dizia em relação a essa personalidade que Presidente Prudente nos legou .

Encerrando, quero levar à toda família de Flávio e em particular ao seu irmão, também meu camarada, o repórter Chico de Assis, hoje proprietário da Rádio Cultura de Poços de Caldas, os meus mais sinceros sentimentos e os melhores votos de uma boa retomada de vida, agora sem seu mano mais velho, seguramente seu paradigma pelos caminhos do rádio e da vida.

DESTAQUE: Flávio e Chico, para quem não sabe, sempre foram palmeirenses!

PALMEIRAS 1 X 0 VASCO

Foi uma vitória difícil como se imaginava, tanto e quanto serão os jogos do VERDÃO, daqui em diante, mas, apesar das dificuldades, creio que ele briga pelo título deste brasileiro.

Como não pretendo (tanto) abordar o futebol por seu lado mais polêmico e só quero fazer este  comentário:

1) O Palmeiras não sofreu gols mas correu riscos de ter um mau resultado. Porém, jogou melhor.

2) É visível a melhora, o crescimento e o amadurecimento de Flaco Lopez.

3) Gomez anulou o artilheiro Vegetti, mas, como marcou individualmente e com exclusiva atenção, atacou pouco.

4) O melhor em campo entre todos os do Palmeiras, Richard Rios. Ponto final. Como dizia o meu saudoso amigo, o comentarista Loureiro Júnior, ele "esmerilhou"!!!

5) O pênalti reclamado pelo Vasco, não existiu. Vanderlan estava com o braço colado ao corpo. Simples assim. Não compreendo porque tanta celeuma.

6) Foram batidos nesse Vasco X Palmeiras ontem em Brasília os recordes de público e de renda deste ano: 62.186, o público e 7 milhões a arrecadação. 

7) O melhor de tudo: nenhum incidente entre as torcidas do Vasco e do  Palmeiras, reconhecidamente amigáveis entre elas.

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