NÃO ESTAMOS TÃO MAL NA FITA. A FIAT QUER, DE QUALQUER JEITO, VOLTAR A PATROCINAR O PALMEIRAS. A SAMSUNG, SATISFEITA COM O RETORNO, NÃO QUER SAIR DE JEITO NENHUM. ENTROU ATÉ NA JUSTIÇA PARA CONTINUAR PATROCINANDO O VERDÃO. A IMPRENSA PAULISTANA, QUE SÓ FALA MAL DO CLUBE, POR QUE AINDA NÃO VEICULOU ESSA NOTÍCIA? POR QUE NÃO DIZ QUE O PALMEIRAS TEM O TERCEIRO MAIOR PATROCÍNIO DO FUTEBOL BRASILEIRO?

De repente, a perspectiva de um patrocínio mais forte e pronto! Foi o suficiente para o Palmeiras ameaçar romper o contrato com a Sansung para adotar a Fiat como patrocinara de sua camisa. 26 milhões é a generosa verba que a marca italo-brasileira oferece ao Palmeiras até o final de 2011. E com uma grande vantagem em relação ao patrocínio atual: o valor oferecido se destina,exclusivamente,a estampar a marca da Fiat no peito e nas costas da camisa palmeirense. O clube, paralelamente, teria a condição de fechar outros anúncios destinados ao calção e à manga do uniforme, e, com isso, aumentar, substancialmente, o faturamento. O problema é que a multinacional coreana tem um contrato em plena vigência com o Palmeiras até o final 2011. Paga ao Verdão a importância de 15,5 milhões/ano e detém exclusividade, para exibir seus anúncios na camisa, meia e calção. Os coreanos já anunciaram que não deverão igualar a oferta da empresa italiana e não querem nem pensar em abandonar o negócio. Falando ao site Máquina do Esporte, Belluzzo afirmou que " - As condições de patrocínio mudaram nos últimos anos. Nós queremos conversar com a Samsung para falar disso". E Belluzo bem que tentou alterar a relação, só que não conseguiu. As desinteligências do Palmeiras com o seu patrocinador começaram no ano passado quando o Palmeiras tentou incorporar o patrocínio da Unimed Seguros ao uniforme, mas foi impedido pelo cliente, tendo de repassar o patrocinio, apenas, para o uniforme de Muricy Ramalho por um preço muito mais modesto. Na verdade, a diretoria do Palmeiras está desesperada por dinheiro e vai fazer o possível e o impossível para essa mudança de patrocínio. Belluzzo viu no aporte desse novo patrocínio, muito menos leonino, a possibilidade de faturar, além dos 26 milhões restritos à exibição da marca no peito e nas costas da camisa, a perspectiva de levantar de 8 a 10 milhões para que outras marcas possam vir a ser estampadas nas meias e no calção. Diga-se, en passant, que a Lupo espera apenas que o Palmeiras encerre o patrocínio com a Samsung para, também, iniciar a parceria das meias e calções. Se tudo correr como se espera, o Palmeiras poderá aumentar o seu faturamento em quase 7 milhões/ano, indo dos atuais 15,5 milhões para 21,5 milhões. Claro que ainda está longe do segundo faturamento do futebol nacional, que é do Flamengo e representa, exatamente, a metade do faturamento do Corinthians, que ultrapassa os 40 milhões anuais. Na hipótese, remota, de tudo vir a correr bem e o Palmeiras conseguir rescindir com a Samsung, os palmeirense não poderão mais gozar o uniforme dos gambás, ao qual chamam de "macacão de fórmula-um", tantos são os anúncios nele inseridos. O uniforme do Verdão também será assim. Dizemos hipótese remota, porque a Samsung já se resguardou e conseguiu, na justiça, uma liminar que, segundo o site Palmeiras On-Line, prevê multa diária de 20 mil reais se o Palmeiras descumprir o que foi acertado. A diretoria vai recorrer da decisão, embora o diretor de marketing Rogério Dezembro garanta que há uma cláusula contratual que rescinde o contrato caso a Samsung não cubra a oferta da empresa italiana. O que se lamenta e deplora numa situação como essa é que o Palmeiras se queime com uma empresa do porte e da importância da Samsung para futuros negócios. Da mesma forma, vai servir de alerta para outros clientes que, certamente, vão pensar muito mais vezes antes de fechar qualquer negócio com o Palmeiras. Como diziam os antigos, é melhor um mau acordo do que uma boa demanda. DEIXE A SUA OPINIÃO