MENOS MAL, VENCEMOS E SOMOS LÍDERES! MAS TEREMOS UM BOM FUTURO COM ESSE TIME?

Em anos anteriores tínhamos times teoricamente melhores do que o deste ano, mas não conseguíamos, sequer, decolar no Paulistão, quanto mais deslanchar.

Este ano, com um grupo discreto e operário, bem abaixo das expectativas de nossa torcida, decolamos e começamos a deslanchar.

Estamos na ponta da tabela, ao menos por enquanto.

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É óbvio que o time de Felipão ainda não foi suficientemente testado.

Cumpriu três jogos até agora no campeonato e isso é muito pouco num contexto de 19 rodadas classificatórias, mais a fase decisiva.

Mas  o empate em casa com o Bota e as vitórias inquestionáveis sobre Ituano, Oeste e Paulista são resultados, deveras, animadores.

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Em razão disso, o coração do palmeirense volta a bater forte, com as mesmas inquebrantáveis fé e esperança verdes que renascem a cada temporada.

A "leal" torcida sabe que, apesar das tristezas, das decepções, dos maus dirigentes, dos maus jogadores, dos maus árbitros, dos maus jornalistas, apesar de tudo e de todos, o título deste ano não está tão longe e pode se transformar em realidade.

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Domingo pegaremos a Portuguesa e esse quase clássico será ótima referência na mensuração de nossas reais possibilidades neste Paulistão.

Os jogos seqüenciais, quarta-feira em Mirassol contra o Mirassol e o derby do domingo subseqüente contra o Corinthians serão definitivos no processo de aferição e avaliação das potencialidades do velho-novo time de Felipão.

Se o Palmeiras vencer esses três importantes compromissos e chegar aos nove pontos, terá encaminhada com ampla facilidade a sua classificação no octogonal que, efetivamente, vai decidir a competição.

Nessa hipótese, carregada de otimismo, já se poderia estabelecer um juízo de valor positivo e esperar muito do time ao final da competição.

Numa hipótese menos otimista,  porém mais real de o Palmeiras ganhar seis ou sete pontos nos nove a disputar, ainda assim pode-se esperar bastante da equipe.

Mas se em nove pontos o Palmeiras atingir apenas três ou quatro,  o nosso franco otimismo, certamente, transformar-se-a em dúvidas e incertezas.

Como consequência, tanto a torcida quanto o grupo de jogadores podem se deixar abater, reeditando frustrações e traumas, fantasmas, aliás, que nos perseguem há largos e longos anos.

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De minha parte, sou um confesso otimista.

Não que eu esteja dominado por um fanático entusiasmo.

Não que eu me iluda com os 10 pontos amealhados até agora por uma campanha invicta.

Explico porquê.

O time, após quatro jogos, segue sem perder  e ostenta a co-liderança.

Está embalado, entusiasmado e cheio de moral.

Desenvolve boa campanha mesmo usando apenas 60% de seu potencial individual.

Valdívia, o nosso melhor jogador e que faz a diferença mesmo, quer queiram ou não, ainda não voltou.

Gabriel Silva vai retornar em breve, mais maduro e experiente, pronto para a titularidade definitiva.

Lincoln, que sabe jogar e joga muito, deve ter aprimorado a condição física para voltar ao time principal e dar a volta por cima.

Chico está chegando para ser titular e dar juventude, força e consistência ao nosso meio de campo.

Adriano e Pardalzinho são duas ótimas alternativas ofensivas e devem estrear em breve.

É possível, também, que chegue um ou outro jogador de melhor qualidade para dar um up-grade ao elenco.

Se esse jogador fosse o Alex, volto a dizer,  eu não acharia ruim.

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Do ponto de vista coletivo, o Palmeiras evoluiu demais.

Do meio campo à defesa, leia-se volantes e zagueiros, o time já me parece acertado e ajustado.

Entretanto há a necessidade premente da definição das laterais.

Quem será o titular pela direita, Cicinho ou Vitor?

Felipão optará pela juventude de Cicinho ou pela experiência do craque que veio do Goiás?

E quem será o dono da ala esquerda, Gabriel ou Rivaldo?

Jogará o jovem da seleção ou o protegido do treinador que ontem, ufa, até que jogou muito bem, pela primeira vez.

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De olho nos números, estamos entre as melhores defensivas e sofremos, apenas, dois gols até agora.

Falta-nos, porém, acertar o time na relação meio campo e ataque, justamente o nosso calcanhar-de-Aquiles.

É verdade que assinalamos oito gols, até agora, e a nossa média, boa, é de dois gols por jogo.

Só que a forma como jogamos ofensivamente não me agrada, não me encanta e não me inspira a menor confiança.

Explico:

Não tempos jogadas de ultrapassagem através dos alas, nossos meias não se aproximam, não arrematam e Kléber joga muito longe da área.

Nossos atacantes realizam apenas jogadas triviais, óbvias e perfeitamente marcáveis e previsíveis.

Falta-nos o talento dos jogadores diferenciados e dos artistas da bola.

Se Valdívia não voltar, se Lincoln não jogar se Pardalzinho for só reclame, não teremos jogadores desse naipe.

Somos, neste momento, apenas e tão somente um time aplicado e trabalhador, de muita condição física, vontade, alma, coração, doação, e dedicação.

É assim que temos sobrepujado os nossos oponentes

Mas será possível que um time limitado a essas condições possa conseguir levantar a taça jogando um futebol tão indigente?

FALE SOBRE O PALMEIRAS X PAULISTA, SOBRE O TIME E SOBRE AS NOSSAS PERSPECTIVAS NESTE PAULISTÃO!

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SPORTV – Jota, Lino e equipe, nota 10 com louvor! Estupenda transmissão!

Recado ao Lino:

Nunca afirme, só por ouvir falar ou pelo fato de um time ter mais apelo popular ou marketing,  que esse time é, técnica ou individualmente melhor do que outro. Os comentaristas têm essa mania. No ano passado, jogando um futebol espetacular, o Santo André era o melhor time do Paulistão, mas quando ia enfrentar os grandes, a unanimidade dos comentaristas dizia que o Santo André era inferior técnica e individualmente. Na verdade,  o Santo André não apenas foi o melhor, coletivamente, entre todos os times paulistas do ano passado, como foi escandalosamente roubado pela arbitragem na final do Paulistão e só por isso não ganhou o campeonato. A mídia preferiu esconder os erros de arbitragem e glorificar o time do Santos e os "garotos da Vila".

Tudo isso foi dito porque o Lino disse peremptoriamente quarta-feira, logo no início da transmissão que o Corinthians tinha um time melhor do que o Tolima, mesmo sem conhecer e sem ter visto em ação o time do Tolima. Em campo, o Tolima mostrou que tem, efetivamente,  um time superior ao Corinthians. Se vai se classificar ou não é uma outra discussão, mas que tem um time muito mais técnico e mais bem treinado, isso tem. O Brasil inteiro viu, mas o Lino não se retratou!