DISSE KLEINA: SE VENCER HOJE, O PALMEIRAS, SÓ VAI PRECISAR DE 12 PONTOS PARA VOLTAR À ELITE!

 

Não contem como certa a vitória, esta noite, em Floripa, na Ressacada, mas, creio, em circunstâncias normais, o jogo não será tão difícil quanto aquele contra o América em Belo Horizonte, sábado passado.

Antes que eu esqueça, permitam-me fornecer o horário, 21,50 H, com transmissão do Sportv, exceto para o estado de Santa Catarina.

Kleina promete para esta noite entrar com um time ofensivo, fazendo retornar Vinicius à titularidade.

Assim, a dupla ofensiva que vinha dando certo - Vinicius e Leandro - se refaz integralmente e volta a jogar, embora se antecipe, na sequência, a volta de Alan, artilheiro, titularíssimo.

A ascensão técnica impressionante de Kardec,  que tornou-se o artilheiro palmeirense nesta campanha de retorno à série A, impediu que a dupla promissora se firmasse como titular.

Kardec, infelizmente, está fora do jogo em Floripa e o Palmeiras perde muito com isso.

Como se sabe, ele foi vítima de um árbitro incapacitado e  vulgar, que o transformou em palmatória do jogo, expulsando-o, injustamente contra o América Mineiro, em outro estupro de arbitragem imposto ao Palmeiras.

De um ponto de vista teórico, vamos perder, muito, com a ausência, - permitam-me chamá-lo, para que não se perca chance da associação de identidade proporcionada pelo nome, de nosso "codificador" ofensivo, que dá muito mais agudez, objetividade e profundidade ao ataque e é uma presença ameaçadora constante na área dos adversários.

Com Vinícius, é certo, ganharemos corpo e robustez de marcação no chamado primeiro combate.

Da mesma forma, a presença do garoto, é a garantia de que teremos jogadas pelos flancos do campo, e muita correria, que, muitas vezes ajuda a decidir o jogo em puxadas de contra-ataque. Quem sabe hoje possa ocorrer e o Palmeiras ganhar o jogo assim?

Resta saber quem exercerá o papel do centroavante, pois se sabe que Vinicius e Leandro - menos Leandro, muito mais Vinícius - não têm cacoete de homem de área.

O esquema determinará quem ocupará os lugares disponíveis no meio de campo.

Se optar por um time agressivo, Kleina escalará Mendieta, mas, arrisco-me a dizer que se Léo Gago estiver nos "trinques" começa o jogo, não só por sua grande experiência, mas pela necessidade de o Palmeiras ter um outro canhoto no time noves fora Juninho.

Outra ausência sentida: Luis Felipe.

Não temos no elenco ninguém melhor do que ele para a ala direita!

O terceiro cartão com que foi premiado em BH, o retira do jogo contra o Avaí, e na mesma proporção de Kardec,  representa uma incomensurável perda sob os seguintes aspectos:

Tecnicamente, porque, repito, ninguém é melhor do que ele em sua função.

Fisicamente, porque é um atleta que tem uma saúde de porco de exposição.

Na marcação, em que ele é, antes de tudo, um grande antecipador.

Muito mais que isso, é um carrapato na marcação e na cobertura além de mostrar uma grande obediência tática.

No apoio, porque tem vigor e fôlego de maratonista, embora os últimos esquemas ofensivos de Kleina o obriguem mais a guarnecer posição e cumprir funções defensivas, tolhendo, em parte, a sua enorme força motriz de chegada e de apoio ao ataque..

Mas, será, principalmente, nas cobranças de falta de média e longa distâncias, assim como em batidas de escanteio, que Felipe vai fazer a maior falta, ele que, a cada dia está conseguindo se aprimorar em todos esses quesitos.

Pelo que mostrou, até agora, pode-se antecipar que não existem quaisquer dúvidas sobre quem ocupara a ala direita do Palmeiras no ano do centenário, senão ele, o próprio Felipe.

Não sei quais serão as opções de Kleina para remendar o time para hoje em Florianópolis e conseguir a melhor formação possível visando a ganhar os primeiros 3 pontos, dos 15 necessários para o retorno à elite.

A relação dos convocados é esta:

Goleiros: Fernando Prass e Bruno
Laterais: Wendel e Juninho
Zagueiros: Henrique, Vilson e André Luiz
Volantes: Márcio Araújo, Wesley, Charles, Eguren e Léo Gago
Meias: Valdivia, Mendieta, Serginho e Felipe Menezes
Atacantes: Leandro, Vinicius, Ananias e Caio

Para o lugar de Felipe, imagino, será deslocado Wendel que sai da ala esquerda e vem para a direita.

Na ala esquerda Juninho tem presença garantida.

Como Kleina é menos ousado e mais conservador, creio que ele deve jogar com este time:

Prass, Wendel, Vilson, Henrique e Juninho. Araújo, Valdívia, Mendieta (Léo Gago). Vinicius e Leandro.

Creio serem remotas as perspectivas de Caio, Ananias, Serginho e Felipe Menezes começarem o jogo.

Eguren, entretanto, pode ser uma alternativa se Kleina resolver optar por um time trancado na defesa e explorando mais o contra-ataque, tendo em vista as ausências dos titularíssimos Kardec e Luis Felipe, que,  juntamente com Vilson e Prass, compõem a chamada espinha dorsal do time.

É evidente que Valdívia, o grande maestro, tem tudo para mostrar toda a qualidade de seu futebol esta noite em Floripa e, creio, firmemente, deva acontecer.

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Considero esse jogo contra o Avaí menos pesado, menos carregado do que aquele de sábado passado contra o América.

Sem exceção, os times mineiros de Belo Horizonte e região, neste que é o estado mais provinciano e bairrista do Brasil, cultivam rivalizar ao extremo contra cariocas, paulistas, ou com qualquer equipe que atue por aqui principalmente as paulistas.

Para que todos tenham uma idéia do que é o bairrismo do mineiro (desta região) do estado, eu lhes garanto que, por aqui, ainda existe e é motivo de crítica e repulsa, a figura do forasteiro. 

Muitos vão pensar que eu esteja brincando, mas essa é a mais pura expressão da verdade.

Embora alguns considerem essa exacerbação de sentimento nativista um fator desgastado, superado pelo tempo e  irrelevante, isso, por aqui, infelizmente, ainda existe em um gráu muito elevado.

Transportado para dentro dos campos de futebol,  transforma simples partidas em estúpidas e desnecessárias guerras, em função do fanatismo vigente, acima de qualquer limite.

Reconheço que, aos poucos, o chauvinismo mineiro vem se desfazendo pela ação contínua da educação, do progresso, da integração nacional e da velocidade da comunicação, mas está longe de ter um fim.

O Palmeiras, não tenham dúvida, foi vítima dessa situação, para o que muito contribuiu a completa omissão do ordinário trio de arbitragem pernambucano.

Em Floripa, cidade situada em orla marítima, muito mais alegre, aberta, cosmopolita, desprovida de tantos preconceitos, predominantemente de ascendência e descendência européia, o clima será diferente.

Lá, os jogos são duríssimos, mas disputados em clima muito mais ameno, cordial e festivo, indo ao encontro do fair-play preconizado pela Fifa.

Isso, porém, não significa, que os eventos em Floripa sejam água de flor, sem competitividade ou mera troca de gentilezas. 

Sou ciente e consciente de que podem ocorrer situações como aquela de sábado aqui em BH, mas é pouco provável que ocorram! A cabeça lá, é outra, muito outra!

Sou convicto de que um jogo de força excessiva, pesado e desleal vai passar longe desse Avaí  X  Palmeiras, hoje, na Ressacada e isso será muito bom para o Palmeiras.

Aposto que, esta noite, Valdívia, como dizia o meu fraternal amigo Loureiro Júnior, se o juiz usar o rigor da lei punir os faltosos, vai "esmerilhar"!  

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