CLUBES DEVERIAM USAR OS ESTADUAIS PARA INICIAR O PROCESSO DE AFASTAMENTO DA GLOBO DO FUTEBOL!
A TV Globo, que monopoliza o futebol brasileiro e dele não abre mão, não para, inexplicavelmente, de reclamar do próprio futebol.
Seus diretores, executivos e porta-vozes afirmam, sem parar, que o futebol é deficitário que não dá audiência, que o retorno proporcionado é mínimo, e coisa e "loisa e soisa"...
Palavras vãs, inúteis, vazias, sobretudo, dissimuladas, lançadas, interesseiramente e propositadamente, ao ar como uma forma de desvalorizar o que a gangue global chama, desprezivelmente, de produto, para gastar o mínimo com ele e continuar mandando e desmandando no futebol brasileiro.
Carregam ao máximo o teor das críticas e querem nos convencer que o futebol não é a "mercadoria de lei" que sempre foi, que é, e, será, entre todas, a mais rentável e de maior poder de retorno, de faturamento e audiência a qualquer veículo de comunicação televisiva.
Chega às raias do absurdo a bravata global, quando ameaça eliminar o futebol de sua grade de programação aberta. Pura fanfarronice, cujo objetivo é ameaçar os clubes para poder reinar livre, à vontade e fazer o que quiser!
Mas duvido que o façam! Jamais o farão! Assim como os clubes e o futebol dependem da Globo, na justa contrapartida, a Globo também, depende do futebol! Só a CBF e os clubes parecem não enxergar essa realidade!
Os clubes deveriam sair da letargia que os imobiliza, dar o troco e enfrentar à altura essa "guerra de nervos" promovida pela emissora do "plim-plim".
Para início de conversa, reestruturando, imediatamente, o Clube dos 13 e aglutinando-se, sabedores que os interesses de (quase) todos são comuns. Ainda bem que Eurico Miranda -com todos os defeitos- está voltando...
Da mesma forma, começar, imediatamente, a falar em mudanças, em acabar com esse estúpido monopólio e começar a ameaçar impedir ou criar obstáculos para que a Globo transmita os seus jogos, até o dia em que haverá a quebra dos grilhões que os faz reféns dessa lamentável "globodependência".
Os clubes também não perceberam que se mudarem os horários absurdos e estapafúrdios dos jogos, impostos pela Vênus, que a bilheteria vai aumentar consideravelmente.
Infelizmente os clubes acabaram se tornando mamulengos da Globo, em face da quirera financeira que lhes passa a rede televisiva.
Lamentavelmente, os clubes chegaram ao cúmulo de, sem o menor escrúpulo ou pundonor, explodir a sua própria casa, o Clube dos 13, no qual permaneceram, até o barco afundar, apenas os verdadeiramente heróicos e coerentes Grêmio (Fábio Koff) e o Galo Mineiro (Elias Kalil).
O Palmeiras (Tirone) foi um dos últimos a sair, mas, por falta de estrutura, humilhado, sucumbiu antes da hora, quando deveria ter ficado com Koff e Kalil até o fim. Quem poderia esperar algo diferente?
A maioria seguiu o Curintia (Andres Sanchez) imaginando que o prócer alvinegro, amigo íntimo daquele demagogo, também curintiano, futuro candidato a presidente, que está dono do Brasil, pudesse proporcionar-lhes mais faturamento e prestígio.
Em vez de deixarem que o Cu-rintia saísse sozinho do clube dos 13, ainda que levando a reboque o Flamengo, a maioria dos clubes, ovinamente, o seguiu imaginando poder tirar vantagem da situação.
Os clubes sabiam, perfeitamente, quem estava por trás daquela atitude, aparentemente impetuosa, supostamente corajosa, mas, na realidade, uma das mais covardes já perpetrada por um clube contra os seus co-irmãos na história do futebol brasileiro.
Para adoçar o bico dos clubes e dirigentes que seguiram Sanchez, um intragável molusco, protetor, escudo e mentor de Sanchez, os brindou com vários patrocínios da Caixa, instituição pública que não tem necessidade de estar entre as maiores investidoras em propaganda no Brasil, e, no entanto, o é.
Mas, patrocínio da Caixa à parte, o que, realmente, interessava, isto é, a majoração da quota de TV em proporções geométricas, satisfatórias, só mesmo para Cu-rintia e Flamengo e, depois, para os bambis. Desconfia-se a mando de quem!
O que não dá para entender nessa mixórdia, é o medo, o verdadeiro pavor que os clubes têm da Globo, certamente o elemento gerador de tanta subserviência.
Apesar do contrato leonino que a Globo impôs aos clubes, já começo a perceber que os globais vão ter de rebolar para manter a hegemonia arrogante e ditatorial que impõem ao futebol brasileiro.
As grandes redes estrangeiras que estão chegando no Brasil, Fox, Turner (Esporte Interativo) estão dispostas a arrebatar o monopólio global sobre o futebol e Seleção Brasileira. Tomara que ocorra!
E vêm, mais do que dispostas, resolutas, com muitos dólares nas maletas que serão despejadas sobre as mesas da CBF e dos clubes.
A iminente fundação de uma espécie de "Clube dos l3 da América" -o Palmeiras foi convidado e topou a parada-, é, em meu entendimento, um primeiro passo para que a Globo perca o monopólio do futebol.
Ainda que respaldada por mais um ou dois anos que restam do atual vínculo, a patota global sabe que o tempo galopa e que vai ser extremamente difícil segurar essa onda que vem chegando feito um tsunami.
Aproveitando o ensejo, os clubes atingidos pela estúpida tentativa global de espanholização do futebol brasileiro, deveriam se antecipar à entrada dessas empresas estrangeiras ao mercado e começar a impor uma espécie de lei seca aos veículos globais.
E deveriam fazê-lo, já, a partir dos campeonatos estaduais!
Ou alguém tem alguma vã esperança de que a Globo vai mudar o tratamento em relação ao futebol, e , principalmente, ao Palmeiras neste Paulistão?
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3 Comentários:
Às 4 de janeiro de 2015 às 15:07 , Marcelo I disse...
Seria excelente essa abolição da escravatura que a Globo nos impõe.
Além do horário esdrúxulo o Verdão nunca aparece na tela.
Chega de espanholização, o nosso país é continental, não dá...
Esperamos pelas emissoras Fox e Turner, que façam uma proposta e que os clubes e a CBF aceitem.
Esperamos que façam alguma coisa e não seja apenas quimera de verão.
Às 4 de janeiro de 2015 às 16:28 , Marco disse...
Destruição gradativa dos estaduais está chegar ao ponto atual, extinguindo enorme fatia do mercado de trabalho para todos os profissionais e revelação de jogadores. Isso causou também o aumento dos custos do futebol brasileiro devido a falência de centenas de clubes, que abasteciam o mercado nacional com jogadores preparados com menor custo.
Hoje, os grandes clubes brasileiros se tornaram para o mercado internacional o que os pequenos e médio representavam para esses grandes, o celeiro de formação do futebol.
Tudo isso para atender a grade de programação dessa TV que passou a determinar os destinos do futebol brasileiro.
O futebol brasileiro foi sendo aniquilado aos poucos para que um número menor de cotas de TV fosse pago e querem diminuir ainda mais com o processo de “espanholização”.
Impõem diferenças absurdas de cotas de TV para os clubes, não justificadas pelos números de audiência.
Ficou muito mais barato e dá menos trabalho comprar os campeonatos enlatados e diminuir cada vez mais o número de grandes times no Brasil.
Tudo isso acompanhado da linha de interferência nos resultados de campo, devido ao amplo poder de formadora de opinião, com manipulação de imagens e fatos.
E depois ainda fazem debates, questionamentos, programas esportivos, matérias, querendo entender os motivos do 7x1.
Os clubes brasileiros precisam se unir contra o domínio da Globo, caso contrário, os acéfalos da emissora conseguirão acabar com o futebol brasileiro.
Deixem a Globo realizar seus campeonatos com quatro times, os dois do Rio que ela escolheu e os dois de SP. Talvez só três, porque um deles perdeu quem bancava e agora deve retornar ao seu destino de clube sem expressão.
Às 4 de janeiro de 2015 às 19:27 , Anônimo disse...
O Palmeiras, quem diria, foi o clube com maior audiência. A Globo usa o expediente comum em sua programação de explorar um queridinho até a exaustão. Os itakeras ficaram em último na audiência entre os clubes de SP. Independente disso, 17 pontos de média é broxante para o futebol de SP.
A impressão que tenho é que os clubes perceberam que estão num buraco. O Flamerda, assim como o Palmeiras, estão com o freio de mão puxados. Se um número significativo de clubes quiser se rebelar, não o Flamerda, mas clubes como Grêmio e Atlético, eles devem estancar suas dívidas com a Globo.
Me desculpe quem não concordar, mas o Palmeiras não deve ser louco de querer sair sozinho. Isso será o nosso fim. Deve ser algo planejado, milimetricamente pensado e articulado com outros clubes.
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