NOBRE E MATTOS DEMORARAM PARA SE MANIFESTAR!

Quem acompanha este blog sabe, perfeitamente, há quanto tempo cobrávamos reações verbais diretas, via mídia, da diretoria do Palmeiras contra todos os desmandos, falcatruas e manifestações explícitas de mau-caratismo que têm sido perpetradas contra o Verdão.

A situação é tão grave que se chega facilmente à constatação e conclusão que "houvesse um grama de seriedade no futebol e o Palmeiras de há muito já teria sido proclamado Campeão do Brasil em 2016".

Na verdade, o Palmeiras só não chegou lá em razão de contumazes erros de arbitragem, de incompreensíveis abusos de um tribunal desprovido de seriedade, caráter e isenção, de perseguições advindas das entidades que administram o futebol e, principalmente, do gigantesco, brutal e incessante "bullying" da esmagadora maioria da mídia paulistana, a mais tendenciosa e imatura do país, certamente a pior do mundo!

Dizia-se, no interior paulista e ainda se diz no interior do Brasil que "pela falta de um grito se perde uma boiada". De fato!

Nobre, finalmente, gritou, verberou e expôs a sua cabida indignação em face das "sacanagens incessantes" advindas do Rio, onde alguns "cariôcos" sem a menor decência e pundonor querem -na marra- fazer o Flamengo Campeão Brasileiro de 2016.

Nobre não gritou sozinho e foi acompanhado por Mattos, o taciturno, um diretor de futebol que não fala e nem se expõe a certas situações, o que em determinados momentos prejudica demais o clube.

Por dever de ofício ele deveria, de há muito, estar envolvido e cuidando desse assunto, e, no entanto, não cuida, embora não se saiba se por orientação política ou exigência administrativa do presidente Paulo Nobre.

Não vou dar-me ao inútil trabalho de republicar neste espaço tudo aquilo que todos já leram nas redes sociais em relação ao teor da bronca do presidente palmeirense. 

Na verdade entendo que as palavras presidenciais foram muito leves para os meus parâmetros de indignação e reação. 

Eu que não sou portador da virtude da moderação preferiria e proferiria palavras mais duras e muito mais agressivas em face da gravidade do momento vivido pelo Palmeiras, mas, creio, o presidente deve ter suas razões e saber porquê está trilhando por esse caminho.

De minha parte sou convicto de que Nobre demorou demais para se manifestar e quando o fez agiu intempestivamente como se estivesse se solidarizando com o Fluminense. 

Esperava-se que quando viesse a público ele carregasse sobretudo em cima da mídia exigindo melhor trato e isonomia em relação aos outros clubes, mas, infelizmente, não rolou. 

Nobre não disse absolutamente nada sobre os desrespeitos, abusos e bullying da mídia, nenhuma palavra mesmo!

Foi um aspecto frustrante para todos nós que propugnamos por um Palmeiras independente, livre das garras de uma classe que parece ter ojeriza pelo clube e se unido para trabalhar e-t-e-r-n-a-m-e-n-t-e contra o Verdão.

Também no que respeita às transmissões televisivas esperava-se ao menos que Nobre passasse uma descompostura na Globo ou ao menos desse a entender que estava aborrecido com as ações dessa rede de tv facciosa, prepotente e manipuladora contra o Verdão. 

Quem não sabe, por mera questão de lógica, que quem passou a informação de que ocorrera impedimento no gol do Fla-Flu foi gente da própria Globo?

Era uma transmissão em "pay-per-view", fechada, que dificilmente estaria sendo acompanhada em aparelhos de TV com tamanho suficiente para detectar minúcias de imagens por alguém dentro do estádio pois, para recebê-la em aparelhos maiores, além do sinal da operadora seria necessário assinar também o PPV.

A RGT, depois do estrago da ilegalidade que emprestou ao jogo e ao campeonato disse que "acredita ter havido influência externa sobre a arbitragem" o que parece uma espécie de confissão subliminar.

O irônico do fato é que a RGT agora quer posar de inocente e dar uma de que não sabia de nada e que não tem culpa de nada, não bastassem tantos outros eventos parecidos em outras trasnsmissões nas quais o Palmeiras foi vítima duas vezes, contra o Mogi Mirim e contra o Inter e nenhuma vez, coincidentemente, favorecido. 

A súcia global certamente crê que do lado de fora de seus reino e domínio só existem idiotas e gente inocente, atrasada e despreparada, mas não é bem assim.

De qualquer forma há que se registrar que o Palmeiras não ficou calado e tomou uma posição de antagonismo e resistência em relação aos desmandos que enxovalham o futebol brasileiro, dos quais está sendo, entre todas, a maior vítima.

Não sou partidário da exposição pública sequente do presidente Nobre para tratar desses assuntos porque retira a aura de importância que deve cercar o mandatário maior de um clube da grandeza do Palmeiras, mas admito que de vez em quando mostrar a cara e protestar, mais do que bom, é necessário.

Se o Palmeiras houvesse se manifestado tempestivamente contra as roubalheiras arbitrais de que foi vítima na primeira fase do Brasileiro, não estaria hoje vivendo as incertezas decorrentes de uma reta final de campeonato nervosa, catimbada e incerta como vem acontecendo!

Antes tarde do que nunca, mais uma vez eu lamento que os discursos de  Nobre e Matos tenham sido intempestivos e tenham soado -muito mais- como carona ou solidariedade ao Fluminense, um clube que não se solidariza -nunca- com o Palmeiras.

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EM TEMPO:
Os lamentáveis eventos de quinta-feira já fizeram do Palmeiras o Campeão Moral do Brasileirão/16!
Agora estamos partindo para a conquista material do Brasileiro!
Temos bola, time, comissão técnica e torcida.
Finalmente Nobre concedeu-nos, também, retaguarda!
Eu acredito! (AD)