EM CASA QUE FALTA PÃO, TODO MUNDO GRITA E NINGUÉM TEM RAZÃO!
A questão dos coletes que o Palmeiras começa a exigir sejam usados pelos repórteres quando dos jogos no Allianz, é um assunto daqueles a que se chama "dinamite" e já está explodindo forte.
Eu, que nada tenho a ver com isto, só estou colocando a mão nessa cumbuca, em face da solicitação do bloguista Keiko que enviou-me esta mensagem:
"Caro Alcides, gostaria, se possível que o senhor comentasse sobre a história dos coletes para a imprensa no Alianz Parque. Uma bobeira, mas está dando o que falar. A imprensa está desesperada!"
Antes de mais nada, eu, que já tive a minha cota de revolta em situações semelhantes e sofri muito por tentar defender colegas nos complicadíssimos credenciamentos de outrora antes dos jogos, sei muito bem o que é isso...
Eu, particularmente, jamais vesti camisa, colete ou braçadeira de identificação. No curto tempo em que fui repórter não havia necessidade.
Quando essas medidas começaram a ser adotadas eu já trabalhava como narrador ou comentarista, em cabines e não sofri na pele nenhum tipo de tolhimento de minhas funções.
Entretanto, fui testemunha presencial, ocular e auditiva das violências perpetradas contra a classe e em razão disto, não desejo que essas mazelas se repitam ainda que eu saiba que a maior parte da imprensa detesta o Palmeiras, e, sobretudo, trabalha contra o Palmeiras.
Lembro-me, perfeitamente, quando a FPF designava um tal Dárcio e outros seus iguais, homens (?) completamente desprovidos de bom-senso, vulgares, indecentes, oportunistas, autoritários e, enfim, pilantras da pior espécie... Numa frase, "a mais murcha flor da escória humana"!
Dárcio et caterva foram, seguramente, os piores 'seres humanos' (?) que encontrei na vida.
Sadomasoquistas cruéis e convictos, tolheram e atrapalharam o trabalho de muitos e ajudaram a matar do coração muitos jornalistas.
Da mesma forma, ajudaram a acabar com pujante rádio-esportivo brasileiro, comprazendo-se em tolher o trabalho da mídia do interior e o de outras capitais.
Em razão de tudo isso quero dizer que não vou permanecer impávido sobre os mudos muros da indefinição e emitirei meu ponto de vista de forma clara, sem eufemismos ou tergiversações, ainda que contrariando muitos palmeirenses.
"Sou contra a imposição do uso de qualquer colete em que esteja estampada uma propaganda, ou vá lá, uma peça de marketing do Palmeiras porque parto do princípio que ninguém deve ser obrigado a fazer propaganda de graça para ninguém."
Da mesma forma, entendo que o Palmeiras também não precisa que ninguém propague os seus produtos gratuitamente...
Muito menos a mídia inimiga com a qual o clube, com raras exceções, nunca teve empatia e sequer bom trânsito.
Faltou sensibilidade e profissionalismo a quem bolou o 'layout' dos coletes no que respeita à inserção da palavra Avanti.
Quem sabe, quis vingar o Palmeiras ou mesmo tirar proveito da parte mais fraca, isto é não quem credencia mas quem é credenciado!
Então, fique claro que se houver qualquer propaganda inserida na peça, sou contra o uso do colete.
Entretanto, se houver estampado -exclusivamente- o distintivo palmeirense eu defendo o uso obrigatório dos coletes como um direito líquido e certo do Verdão.
A colocação da palavra Avanti, em última analise, é provocativa e essa atitude é daquelas a que, no interior, se chama "procurar pelo em ovo".
O que a diretoria alviverde e muitos palmeirense desconhecem é que um grande número de repórteres, em face dos reduzidos salários que percebe, usa uma camisa especial nos estádios, na qual, além do registro da identificação da empresa em que trabalha, insere-lhe marketing e propaganda visando a faturar algo por fora...
A adoção do colete pode fazer secar essa receita complementar dos salários, via de regra baixos, que os radialistas e jornalistas recebem mensalmente. Ao menos era assim antes de o futebol virar um monopólio da Globo!
Nesse caso, para que não houvesse prejuízo para ninguém, muito melhor do que um colete seria, sem qualquer dúvida, uma braçadeira.
Se nada se alterou, está aí o verdadeiro motivo da grita pois o uso compulsório do colete impede a rapaziada da mídia, de faturar um troco extra.
Estão lembrados daquele velho ditado que diz que "em casa que falta pão, todo mundo grita mas ninguém tem razão"!
É, JUSTAMENTE, O CASO!
COMENTE COMENTE COMENTE
PS - atenção amigos do blog:
Se o assunto não empolga, escolha outro, proponha o assunto aos demais e vida que segue! (AD)
Alcides, eu tive o "desprazer" de conhecer esse Darcio, quando acessava os gramados para fotografar os jogos no começo dos anos 2000. Sempre criando dificuldades e muito truculento.
Cheguei ao ponto de ir a um DP na final da libertadores Palmeiras x Boca, dar queixa contra ele é a FPF por me impedirem de exercer minha profissão.
Estava na época credenciado por um grande portal de internet e o cabecinha dizia que a FPF tinha o próprio site...
Após esse episódio, uma conversa com o Farah (ex presidente da federação) fez com que esse cidadão não mais criasse problemas.
Desde que me desliguei do hard New, nunca mais tive notícias desse infeliz.
Quanto a propaganda nos coletes, acho péssimo e algo que só trará mais asco contra o Palmeiras, mas o que dizer sobre as regras ao acessarmos a casa de outros? É necessário acatar ou ir embora. Sinceramente, eu acho anti marketing, mas tb acho muito mi mi mi. Jornalista, exceto os de tv, não aparecem e não irão fazer propaganda do Avanti.
Pior que isso, era ter que conviver com esse Darcio nos jogos e um tal de Acaz na assessoria de imprensa do Palmeiras.
Haja estômago...rs
Abraço Sr. Alcides!