SERÁ PRECISO PAZ E TRANQUILIDADE PARA QUE RÓGER E O ELENCO PALMEIRENSE VENÇAM O "CHOQUE-REI"

                                                                                                                         

Fique consignado, de forma clara e cristalina, que este blogueiro não está trabalhando pela destituição de Róger Machado do comando técnico do Palmeiras, malgrado alguns equívocos do novo treinador. 

Entendo que, neste momento, não seria justo, ético, útil ou de bom senso, qualquer empreitada nesse sentido. 

Entretanto, se necessário for, fique claro e cristalino que poderei fazê-lo a qualquer momento e sem prévio aviso, caso RM revele, por "a + b", incapacidade de gerir e comandar o Verdão com competência e bons resultados.

A minha tolerância em relação a Róger, que tem mostrado uma certa imaturidade no exercício do cargo, decorre, em primeiro lugar, dele ainda não conhecer o futebol paulista e, menos ainda, a grandeza do Palmeiras.

Ele parece não ter se dado conta do tamanho do Verdão, da importância do Verdão , da exigência de sua gigantesca torcida, tanto e quanto está vivenciando um pesadíssimo início de temporada repleto de incertezas, expectativas e até de cobranças, certas ou erradas, justas ou injustas. 

Róger, então, em razão de tudo isso, precisa cair na real e passar a se impor mais no comando palmeirense!

Se alguém mais próximo dele tiver condições ou puder fazê-lo, relate-lhe o que é o Palmeiras, qual a saga do Palmeiras, qual é sua história e o tamanho de sua glória. 

Quem sabe, a partir daí, Róger passe a ter uma noção mais exata, real e concreta que o Palmeiras não é o Grêmio de seu tempo de jogador, mas extremamente maior e infinitamente mais importante...

Por isto Róger não pode querer fazer taticamente do alviverde aquele Grêmio que assinalava um gol, recuava suas linhas e, imediatamente, mudava o esquema para os contra-ataques, esperando pelos erros dos adversários. 

Róger tem feito isso no Palmeiras e os resultados, na prática, têm sido piores do que os esperados, haja vista que apequena um time tido e havido como o mais forte, individualmente, e o melhor do país!

O Palmeiras, definitivamente,  não pode, não deve e nem tem de esperar por ninguém, a não ser em situações estratégicas especialíssimas. Todo mundo sabe disto, exceto o Róger!

Outro aspecto que me faz, ao menos por enquanto, ter condescendência em relação a Róger (não confundam com comiseração) é que, apesar da derrota no "derby" e dos outros três resultados menos positivos no Paulistão, o time classificou-se antecipadamente e lidera o Paulistão.

Como se não bastasse o Palmeiras ainda conta com a perspectiva de chegar à fase final da competição como artífice da melhor campanha, obtendo todas as vantagens para a fase final do campeonato.

Na minha avaliação exageram "demaaais" todos aqueles que querem comparar Róger Machado a Eduardo Batista, posto que, ao menos até agora, não há, sequer, termos, situações ou motivos que possam ensejar a tal comparação. 

Uma de minhas restrições ao time, entretanto, tem a ver com o técnico, pois decorre da falta de interesse, de motivação, de vontade e de aplicação dos jogadores, conforme ficou claro e evidente quando do derby contra o Curica. 

A conclusão a que se chega é a de que Róger precisa, urgentemente,  melhorar a motivação do elenco e passar a exigir mais do grupo de jogadores,  sem o que não conseguirá chegar a lugar algum de destaque em qualquer campeonato que esteja disputando ou que venha a disputar. 

Será que o gaúcho conseguirá motivar os seus comandados e transmitir mais interesse ao grupo? O clássico de amanhã será um signo extremamente revelador.

O pouco empenho (hoje) de muitas peças do time principal, que estão rendendo muito  menos do que sabem e podem, tem sido um fator  comprometedor em relação ao trabalho de Róger.

Ele precisa cuidar muito disto, sob risco de vir a sofrer uma inesperada, antecipada e dolorida demissão.

Outro detalhe muito importante a ser observado é a autossuficiência exagerada do grupo e seu completo e perigoso menosprezo aos adversários, aspectos estes que nem sei se foram percebidos por Róger, mas que eles existem, existem, sim.

Pelos poucos jogos realizados este ano e apesar do bom início numérico, está bem claro que o Palmeiras ainda não tem e nem é um time entrosado, mas disto Róger Machado deve saber!

Em razão disto ele não poderia nunca ter se dado ao lixo, isto é, ao luxo, de colocar um segundo time em campo contra o São Bernardo, em autêntica ação amadora que ele julgou profissional, tão estúpida quanto absolutamente inócua!

Foi um erro palmar de Róger, cujas consequências funestas estão aí para mostrar que nós deste OAV é que estávamos certos em nossas previsões e preocupações, as quais publicamos antes do jogo de 2ª feira. 

Róger, velho no futebol porém novo na função de treinador, precisa entender o verdadeiro sentido da preservação de um time, tanto e quanto da motivação de um grupo, poupando, sempre, apenas e tão somente, as peças mais desgastadas ou aquelas que requeiram preservação.

Mas é muito contraproducente (para que não se diga estranho) poupar noventa por cento ou mais de um time inteiro que ainda não se entrosou e, sequer, cumpriu dez jogos este ano. 

Poupar por que, para que e a título de que, atletas no auge da juventude que gozam de boa saúde e de uma perfeita condição física?

Para que colocar em risco a primeira colocação, definidora do local e vantagens dos jogos que, efetivamente, decidirão o campeonato?

A conclusão a que se chega é que não, o Palmeiras não descansou ninguém para o "choque-rei" e, muito menos, se viu alguém em campo contra o São Bernardo no qual valesse a pena investir no jogo de amanha. Nem Scarpa nem ninguém. 

Da mesma forma, além da perda dos três pontos, Róger desperdiçou preciosíssimo tempo para ajuste tático de suas linhas, tanto e quanto perdeu um bom tempo de preparação do time principal para o clássico contra os Bambis, e, por que não dizer, para a própria sequência da Libertadores.

Em razão de tudo isso eu peço e conclamo a todos os companheiros de blog o seguinte: 

"concedam a Róger e, por extensão, a todo o time do Palmeiras, a tranquilidade suficiente para que ele e os jogadores se recuperem plenamente e voltem a atuar como no início da temporada já corrigindo os erros e defeituações táticas constatados...

Que o time titular do Verdão, que volta a jogar amanhã no Allianz contra os Bambis, para a nossa grande alegria, consiga outra grande vitória em cima do time cervídeo!"

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