Observatório Alviverde

20/11/2018

REFLEXÕES, AINDA, SOBRE O EMPATE DE DOMINGO EM LONDRINA!


Só os anti, os teimosos, os amantes das discussões estéreis ou os estúpidos sustentam a tese que "o time do Palmeiras esteve nulo e mereceu perder para o Paraná", domingo passado em Londrina.

Para que eu mesmo não me inclua nessa amarga lista de frustrados, vou admitir, sim, que o Palmeiras jogou mal e esteve muito abaixo do que pode render, mas com uma ressalva:

"só no 2º tempo".

Em relação ao primeiro, como afirmar que o time tenha jogado bem ou mal? Por acaso haveria ou há como aferir?

Houve opções para o Palmeiras, após a escolha de campo equivocada  do capitão Dracena (ele e Weverton foram os culpados) obrigado a enfrentar, a um só tempo, o Paraná e um temporal de enormes proporções contra o rosto?

Havia praticabilidade no piso e perspectiva de equilíbrio de corpos para a imposição de jogo de um time clássico que atuava de encontro ao vento poderoso que detinha e desviava a bola?

Um time que enfrentava outro que, beneficiado pela própria intempérie climática,  nem precisava se empenhar para mandar a bola ao ataque e contra a área palmeirense por jogar a favor do vendaval que soprava? 

Se mal pergunto me perdoem, mas como emitir um juízo de valor (positivo ou negativo) sobre o rendimento do time, se não houve futebol na etapa inicial?

E não digam que a intempérie existiu para os dois times, porque no intervalo a tempestade amainou e sua influência em prol do Palmeiras foi, apenas, relativa!

O que se viu no 1º tempo foi, simplesmente, a tentativa do time alviverde se agrupar e tentar trabalhar a bola através de toques curtos, inúteis e improdutivotendo pela frente um festival de chutões, isto é, um autêntico "bumba meu boi" por parte do Paraná?

A diferença é que o vento impedia que o Palmeiras chegasse e, na mesma medida em que prejudicava o Palmeiras, ajudava o time paranista. Qualquer chutinho e a bola chegava, imediatamente, na área palmeirense.

Ainda bem que o técnico deles, tão elogiado pela mídia, não atentou para a hipótese dos arremates de média e larga distâncias que teriam o poder de demolir completamente o Palmeiras.

Quem analisa o jogo com isenção sabe que o Palmeiras não logrou êxito em suas ações ofensivas na primeira fase, porquanto não havia como fazer uso dos toques longos, de efetuar as viradas de jogo para as inversões de lado, de direcionar os passes com precisão e, sequer, calcular a força dos mesmos e até dos próprios arremates ao gol adversário.

Foi por essa razão que o time se agrupava e usava a bola curta, exigindo, sempre, a apresentação, de muitos jogadores, objetivando envolver o adversário e, sobretudo,  evitar a chegada do perigo contra o gol de Weverton que, outra vez, demonstrou ser muito menos goleiro do que Prass  e Jailson. 

De um ponto de vista prático há que se admitir que, ainda  assim, o Palmeiras foi muito mais time em campo e envolveu completamente o Paraná.

Para os que viram e veem o time exclusivamente por um viés de negativismo, decepção e inconformismo, os números do Première acerca da posse de bola os contrariam frontalmente. 

O Verdão deteve 70% da posse de bola na primeira etapa do confronto e, apesar do cansaço decorrente do esforço físico despendido no primeiro tempo e da bobagem da poupança de jogadores como Bruno Henrique e outros, manteve a média também, na etapa complementar.

Reconheço, fique claro, que o domínio exercido no primeiro tempo foi absolutamente estéril, circunscrito de intermediária a intermediária e sem a necessária profundidade.

Houve raríssimos chutes a gol, todos eles sem o menor perigo e sempre minimizados pelo formidável vento contrário, um dos maiores que testemunhei em campos de futebol em meus 50 anos de acompanhamento "in loco". 

Isto, "per si", evidencia que a decantada superioridade dos times ditos ousados, que tomam as iniciativas para furar retrancas, acabam, muitas vezes, em derrotas vítimas desta armadilha tática, especialidade, aliás, de Felipão. 

Coincidentemente, por circunstâncias estranhas ao jogo, desta vez ocorreu com o Palmeiras, em seu momento de maior necessidade. 

Quem não sabe ou não sabia que a programação tática do Palmeiras, ainda que fosse em um jogo contra o rebaixado Paraná, previa uma retranca para o jogo de espera e a consequente administração do resultado, no mais autêntico estilo dos técnicos gaúchos?

O que ninguém poderia -jamais- imaginar é que a "Escolha de Sofia", isto é, a escolha de Dracena e Weverton. pusesse tudo a perder.  Sou capaz de apostar que acabou ocorrendo pela prevalência da superstição sobre a razão.

De um ponto de vista lógico, fosse o Paraná que houvesse jogado o 1º tempo contra o vento e tudo teria corrido diferente, de maneira diversa e de outra forma. 

O gol paranista aos 34 minutos, inverteu a pule e mudou -completamente- as duas apostas dos técnicos, exatamente como ocorreu na Bombonera, quando o Boca abriu a contagem e desestabilizou completamente o Palmeiras, um time que não estava acostumado a tomar gols.

Em Londrina houve um lance profundamente infeliz do time palmeirense que não pode ser debitado exclusivamente na conta de Antonio Carlos, entre todos, porém, o maior culpado.

Registre-se, antes, a falta de atenção e de marcação dos meio-campistas alviverdes no nascedouro da jogada, o que me faz refletir -faço questão de repetir-  na bobagem de Felipão ao deixar no banco o  voluntarioso Bruno Henrique, coincidentemente, o segundo artilheiro do time com 8 gols para escalar o "baleado" Moisés. 

É claro que houve méritos do adversário na conversão do gol, entres os quais a "keniana" velocidade do jovem Kessley, ampliada pelo vento pró.

Mas não há como deixar de registrar a elementar ausência de noção de cobertura e antecipação de Antonio Carlos, tanto e quanto a contribuição efetiva de Weverton que, somente depois, assistindo às várias reprises da jogada, pude constatar que ocorreu.

Foi a partir daí, desse gol decorrente de falta de atenção e cuidados, que o feitiço palmeirense virou contra o feiticeiro, Felipão. 

Nem tanto por causa da chuva (o Palmeiras está cansado de jogar sob chuva e até rega o gramado do Allianz antes dos jogos), mas da ventania incontrolável que a imprensa (pelo menos todos aqueles que vi, li e ouvi) faz questão de omitir e sequer mencionar, preferindo, criticar o time a fim de provocar os jogadores e depreciar o esplêndido trabalho de Felipão.

Na projeção para o 2º tempo, o maior problema do Palmeiras foi a falta de gás dos jogadores, decorrente do jogo de esforço, do jogo de atrito com o vento e de desgaste físico decorrente  que  o time obrigou-se a fazer no primeiro tempo, com a agravante de jogar com dez porque Lucas Lima só fez entrar em campo, nada mais que isto.. 

Encastelado na defesa o Paraná jogou pela mala e pela honra, com todos os jogadores objetivando manter o resultado a fim de garantir as respectivas ceias de natal. 

Como destruir é sempre bem mais fácil que construir, sobretudo se o campo estiver pesado, o time paranaense, com a vantagem no placar, fechou-se todo e ganhava quase todas as divididas, porquanto seus jogadores mostravam mais fôlego e preparo físico e antecipavam-se (quase sempre) aos palmeirenses.

A marcação setorizada, só se transformava em marcação homem a homem quando recuavam para defender em bloco na área ou nas imediações e nas raras vezes em que partiam para o bote objetivando a retomada de bola e armar os contra-ataques.

Em duas ou três vezes, chegaram. Numa delas, quase fizeram 2 x 0, mas Antonio Carlos, sejamos justos, nessa vez salvou. O Paraná, tão festejado e glorificado pela mídia, como se estivesse a pique de ganhar o Brasileiro, resumiu-se a apenas isto. 

No mais, só deu Palmeiras, que sofreu muitíssimo até assinalar o gol de pênalti que manteve-lhe a palmeirense e coloca na condição de clube da maior série invicta da história dos brasileiros. 

Embora quase todos os atletas tenham jogado com excessiva ansiedade e sem a serenidade que o jogo exigia, há que se ressaltar que foi muito mal escalado.

Para que não se vá tão longe, como explicar a escalação do frio, omisso e fisicamente despreparado Lucas Lima em um jogo de tanta exigência e com o gramado pesado e encharcado? 

Esta mancada foi cometida pelo próprio Felipão influenciado por aquela bobagem de rodízio de jogadores, ao mexer num time que três dias antes ganhara com autoridade do perigoso Fluminense, muito melhor que o Paraná?

Então, meus amigos, o jogo de domingo passado em Londrina deixa múltiplos ensinamentos entre os quais, parafraseando o velho Jair Pereira, "o jogo é jogado e o lambari é pescado".

Com as minhas desculpas pelo fato de ter escrito muito, quero dizer que refiz a infeliz saga palmeirense do jogo passado, a fim de alertar os irmãos palmeirenses para a necessidade de apoiar o time nestas três rodadas que nos separam do título, a partir do jogo de amanhã contra o América.

Não, não se iludam e nem avaliem o confronto pela pouca importância do adversário e, muito menos, pela perspectiva de rebaixamento do time mineiro, posto que o Palmeiras normalmente vence os jogos contra o Coelho,  porém sempre com muita dificuldade.

Nas oitavas de final da Copa do Brasil, por exemplo, o Palmeiras enfrentou o América duas vezes.

Em Belo Horizonte,venceu apertado por 2 x 1, gols de Borja e Keno, após uma partida espetacular de Dudu que desequilibrou. Mas foi um jogo muito difícil e de placar apertado.

Uma semana depois os times se encontraram no Allianz e ficaram no empate, 1x1.

Foi outro jogo extremamente difícil que começou com um gol do América aos 37 do primeiro tempo. O Palmeiras só conseguiu empatar com William por volta dos 20 minutos da etapa complementar.

No Brasileirão o Palmeiras ficou no 0x0 em jogo travado no Independência e que serve bem para ilustrar as dificuldades que o alviverde sempre enfrenta quando joga contra o Coelho.

Neste momento extremamente difícil do Brasileiro, em que o Palmeiras, nesta rodada, nesta rodada, repito, nesta rodada, necessita de duas vitórias em três jogos para atingir 77 pontos e não ser alcançado por ninguém, temos, todos nós palmeirenses, a obrigação sentimental e moral de apoiar Felipão e o grupo de jogadores na busca pelo caneco.

Um amigo até aventou a possibilidade de o Palmeiras chegar mediante uma vitória e um empate, que o conduziriam aos 75 pontos justamente o máximo de pontos que o Flamengo pode atingir, mas eu o informei, de pronto, que essa hipótese, hoje, agora, não existe.

O Palmeiras teria esta campanha (71+0+3+1=75) e o Fla (66+9=75), teoricamente empatados.

A decisão do campeonato, então, teria de ocorrer pelos critérios adicionais do maior número de vitórias, maior saldo de gols, ataque mais realizador e defesa menos vazada.

O Palmeiras, hoje com 20 vitórias passaria a somar 21, mas perderia o título. O Fla, que venceu 19 jogos até agora, alcançaria 22 vitórias e seria aclamado campeão.

Voltando à dura realidade do campeonato, o jogo o Verdão x América Mineiro desta 4ª feira é um jogo-chave, importantíssimo e vital, para o Verdão.

Enfrentará um adversário do Z4, seriamente ameaçado pelo rebaixamento e que vai tentar fazer o "jogo do ano" a fim de salvar-se da degola, tentando reagir justamente nas rodadas finais do Brasileirão.

Acrescente-se a isso o fato de o América estar sob o comando de um novo técnico, o pernambucano Givanildo Oliveira, que sempre realiza excelentes trabalhos quando o dirige esse tradicional clube mineiro.

Da mesma forma eu não ficarei surpreso se o Mequinha entrar em campo com a motivação extra de u'a mala branca enviada pelo Fla, ou, também, pelo Inter.

Que o Palmeiras jogue com responsabilidade, consciência, confiança, espírito de luta, raça, coragem e profissionalismo ciente e consciente de que decide em casa, certamente sem a ventania, com o apoio da galera, na qualidade e posição de favorito.

Gostei da indicação do paranaense Paulo Roberto Alves Júnior e de um sexteto também paranaense para a mediação do confronto.

Fosse o árbitro escalado de outras partes do país, mormente do norte-nordeste onde o clubismo, impera e o flamenguismo é uma doença contagiosa e eu estaria e ficaria muito preocupado.

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11 Comentários:

  • Às 20 de novembro de 2018 às 08:41 , Anonymous Marcelo Jose disse...

    Alguém já ouviu falar em CNTP (condições normais de temperatura e pressão), aquilo que se viu em Londrina nem de longe estava nessas condições.
    Acredito em vitória se Dudu, Thiago Santos e Gustavo Gomez jogarem, além de Felipe Mello é claro. Jogadores que se doam e empurram os demais. Thiago pode não ser um primor mas dá proteção à zaga e libera mais o time.
    E aos profetas do apocalipse a vitória do Palmeiras amanhã será para vocês juntamente com a imprensinha cor de cocô.

     
  • Às 20 de novembro de 2018 às 10:04 , Anonymous pássaro verde disse...

    Nei Verde, insuperável e justo e franco: essa postagem foi direta pra vocês, PRINCIPALMENTE pro justo e franco.

     
  • Às 20 de novembro de 2018 às 10:15 , Anonymous Constatação disse...

    Agora a culpa foi da escolha do campo?
    A propósito, a chuva e o vento começaram depois da escolha do campo. Que eu saiba Dracena e Weverton não são nenhuma Maju do Jornal Nacional, muito menos Mãe Dinah.
    E pra por fim nessa conversa enjoada e dar adeus nesse espaço, o responsável do blog juntamente com alguns participantes são de um morde e assopra do caramba.
    Essa postagem e os comentários que certamente virão, são um grande exemplo disso.

     
  • Às 20 de novembro de 2018 às 10:55 , Blogger VERDE INSUPERÁVEL disse...

    Grande parte da culpa, SIM, foi pela escolha ERRADA do lado do campo.
    Pois, se o que nos prejudicou foi o VENTO, fato esse asseverado por muitos da Imprensa, que eu ouvi e vi, até alguns de nossos figadais inimigos jornaleiros, a escolha do lado certo seria fundamental.
    Se escolher o campo não fosse algum diferencial, claro que não haveria sorteio, antes da porfia.
    Faltou ao Dracena e os "aspones" da comissão técnica, um pouquinho de esperteza.
    Agora, mesmo se a escolha tivesse sido a certa, o Palmeiras entrou sem as sandálias da humildade.
    E isso É PERIGOSO.
    Concordo com Marcelo José, quarta é dia de Dudu, Thiago Santos e Gustavo Gomez jogarem, além de Felipe Mello.
    Mais do que nunca, precisamos de RAÇA.
    E LL jamais teve qualquer raça, exceto quando ofende terceiros sob o manto das redes sociais.
    Aliás, que mattos converse com neymar pai, e encaminhe a saída desse jogador.
    Não tem fibra para vestir a camisa sagrada do Verdão.
    De outra parte, deivdison, tem fibra demais, mas é um desmiolado maloqueiro psicopata.
    Em sendo assim, nem 8 e nem 80.

     
  • Às 20 de novembro de 2018 às 10:57 , Blogger VERDE INSUPERÁVEL disse...

    Onde anda Ester ?
    Preocupado.

     
  • Às 20 de novembro de 2018 às 12:26 , Blogger Boca dura disse...

    Não concordo que o time jogou mal alguns jogadores foram mal como diria o sardinha Paulo R. Martins (o morsa) péssimos dos péssimos ex. Tonhão Dracena Moisés l.lima d. Barbosa deiverson Borja

     
  • Às 20 de novembro de 2018 às 12:39 , Anonymous Alcides Drummond, o editor disse...


    Anônimo Alcides Drummond, o editor disse...

    Indivíduos existem neste mundo que nasceram apenas para perturbar o próximo.

    São extamente aqueles que a doutrina kardecista chama de espíritos zombeteiros.

    Essa gente entra no blog não para discutir os temas mas para criticar a opinião dos outros.

    Em suma, exclusivamente para irritar e perturbar.

    Meu amigo João Saldanha as chamava de "críticos de moral" porquanto não têm opiniões próprias e se comprazem apenas ao criticar as opiniões alheias.

    Apesar da perfeição da definição de Saldanha creio que Nelson Rodrigues as definiu melhor:

    "são os idiotas da objetividade", aqueles que acreditam que o mundo seja pau-pau, terra-terra, céu-céu, sol-sol, isto é, que o mundo e a vida sejam uma ciência exata, tanto e quanto o trabalho dos profissionais que militam no futebol.

    Tenho dito, por exemplo, que Felipão acerta no atacado e erra no varejo. Sua maior mancada foi a rotatividade dos times fator que levou o time principal ao desentrosamento e à falta de identidade.

    Aí vêm outras ofensas como Dracena não é Maju que retratam bem a disposição dos caras para o estabelecimento de uma discussão inócua.

    Não vou chamar de asno, burro ou ignorante quem profere semelhante impropriedade com o objetivo exclusivo de provocar quem lhe proporciona um espaço na Internet, mas se Dracena e Weverton não sabiam que estava para "desabar o céu" em Londrina ou eles estão mortos ou não são deste planeta.

    De mais a mais não foi este velho escriba que inventou a notícia, mas o próprio Scolari que denunciou.

    Por fim quero dizer que respeito todos os que escrevem neste espaço e não faço postagem visando a atingir direta ou indiretamente as pessoas com as quais divirjo no campo das ideias. Um abraço a todos (AD)

     
  • Às 20 de novembro de 2018 às 13:48 , Blogger ester abea disse...

    amigos queridos


    a. diferentemente do que o Camisa 10 Alcides colocou no último post, Tia Ester nao estava na bonita Londrina. Estava para variar em trânsito, ouvindo a JP e tomando Calmapax

    b. contudo: apesar do empate chatinho, acho que dos 3 jogos faltantes ganharemos...os 3. Basta dar um pouco de Calmapax para o time e a torcida. Temos muito mais time que America MG, Vaxxxco e Vitória . Aliás, temos muito mais time que todos os outros

    c. a única coisa que preocupa um pouquinho é a sem-vergonhice habitual do futebol tupiniquim. Se a RGT cismar, faz um esquema pérfido com a CBF para dar força ao cheirinho...e a imprensa marrom vai aplaudir...já conheço esses caras

     
  • Às 20 de novembro de 2018 às 14:20 , Blogger Libertad disse...

    Só os anti, os teimosos, os amantes das discussões estéreis ou os estúpidos sustentam a tese que "o time do Palmeiras esteve nulo e mereceu perder para o Paraná", domingo passado em Londrina.

    Bom, pelo jeito acho que sou um dos, ou fui ao jogo errado...!

    -Primeiro, Ninguém percebeu essa tempestade, não foi de repente como sempre vem, estava chovendo em Londrina desde as primeiras horas da manha.
    -Quando da entrada dos times em campo já estava caindo água, sem vento é claro, bastou iniciar o jogo tipo uns dez minutos iniciou se o vendaval, escurecendo, dia virando noite, portanto pode-se livrar o Dracena dessa, pois ninguém esperava por isso, nem mesmo os 30 mil que estavam no café, a coisa foi rápida...
    Agora dos dez minutos para frente, chegada do vendaval, o Palmeiras um time que tem todos, ou quase todos os recursos e profissionais para todas as areas, alguém deveria instruir o time, o capitão para pedir a paralisação do jogo, ou orientar que com aquele vento, não iria adiantar o esquema do homão, chutão aéreo, que foi só o que o Palmeiras fez, ao invés de perceber que naquele momento o que foi ensaiado tinha que mudar, o ambiente era outro, era hora de rodar a bola, coloca-la no chão, passes curtos, agrupamento, mas ridiculamente fizeram tudo ao contrario, e da lhe chutão contra o vento, isso somados ao nervosismo de alguns jogadores que não acertaram nada...!!! eu disse nada!!!, no primeiro tempo, destacou-se F. Mello pela sua vontade e Dudu pelas tentativas de por a bola no chão e tentar alguma coisa individual, e L.Lima é claro pela falta de coragem, animo, esse foi o destaque negativo, num time negativado.
    -Segundo Tempo, imaginamos, agora vem mudanças, de boleiros e de comportamento, Willian veio no lugar do morto, mas não mudou em nada, pelo contrario, o Parana voltou mais organizado em sima do seu proposito, colocou os onze atrás da linha da bola e deu a posse de bola para o time do homão, que em 50 minutos (segundo tempo), não conseguiu acertar três passes seguidos, só chutão e casquina, numa visão geral do campo, via se o Paraná muito mais organizado para aquilo que projetou, chamava o Palmeiras e saia no contra ataque, com rapidez e passes certos, chegando num determinado instante a torcida que apoiava se calou, assim como eu já estávamos achando que o jogo deveria acabar logo, pois diante as circunstancias o empate já era vitoria, nossa sorte foi que nos quinze minutos finais o Paraná passou a fazer cera, e se conformava com o empate.
    Sobre as mudanças, entrada de Borja e B. Henrique, não resolveu nada, nesse esquema nem Messi e Neymar adianta alguma coisa.
    A decepção foi total, todos comentavam três palavras " não jogou nada", realmente foi frustante, time mal escalado, esquema tático ridículo, jogadores se achando que o jogo já estava ganho antes de jogar, ou estavam com a famosa diarreia em jogos decisivos, para a tamanha da diferença que tem entre os dois clubes, com vento, sem vento, com chuva, sem chuva o Palmeiras tinha por obrigação ter jogado melhor, em cinquenta minutos sem vento, gramado bom não fez nadica de nada.
    Ah antes que eu me esqueça, tinha também a favor do Palmeiras, 30 mil torcedores, contra meia duzia do Paraná...
    Esse foi o jogo que eu fui.

    O homão é teimoso, escalou errado, demorou a tirar o morto L. Lima, tirou Scarpa erroneamente deixando Moises se arrastando em campo.
    Chega de dois times, chega de dar moral a boleiro com beiço, escala o que tem de melhor, do contrario, a diarreia vira novamente e mais uma eliminação.
    E não vamos esquecer que os pênaltis que tanto nós reclamávamos esta nos salvando nos últimos jogos.
    Se tivéssemos ganhado, a diferença era de sete pontos em nove a se disputar, é muita sopa para o azar, é de detalhes que saem os campeões, PALMEIRAS O CLUBE AMADOR DE SEMPRE.
    Nei.

     
  • Às 20 de novembro de 2018 às 16:42 , Anonymous Alcides Drummond, o editor disse...

    Caríssimo Ney

    Vc, simplesmente, repetiu a maioria dos argumentos que coloquei. Em resumo é isto:

    No primeiro tempo não houve jogo de futebol mas de um esporte diferente que a gente desconhece. Ou estou errado?

    O time, com dez jogadores, Lucas Lima não entrou em campo e não jogou, teve de correr duplicado, triplicado, quadruplicado ou sei lá, decaduplicado (não estamos buscando o Deca?) e em razão disso a turma cansou e muito.

    Ademais,tem muito sentido a abordagem do pouco rendimento do time em face de ter de enfrentar em condições muito ruins o Paranazinho e a tempestade.

    Pense que "se em condições normais time algum consegue manter uma simples marcação alta o jogo todo, imagine ter de correr dobrado contra um rival e contra uma tempestade.

    Não não o coloquei naquela relação colocada por você, haja vista que se o fizesse eu também estaria no meio dela.

    Assim como eu, você detetou os erros(é claro que houve erros, sobretudo do comandante)

    A diferença reside na forma de abordagem e da conclusão do tema.

    Por seu temperamento você conduz o seu sentimento para uma dramaticidade e uma "drasticidade" com as quais não concordo.

    Acho que você acerta no diagnóstico mas erra no tratamento.

    Como argumento de que o time não foi tão mal assim e que não esteve nulo basta que se apresente os 70% de posse de bola do Verdão.

    O que faltou ao time, vou encerrar o assunto, foi profundidade de jogo.

    Mas como ter profundidade de jogo se o adversário passou a jogar na tática 1/10 e está plantado na defesa.

    Reconheço que foi uma tarde infeliz de muitas más atuações individuais, de excessiva ansiedade e de extremo cansaço em face da luta contra a natureza no 1º tempo.

    O pênalti (segundos antes houvera um em cima de Dudu chutado no rosto na hora do arremate) foi salvador. Não fosse ele e a categoria de Scarpa na batida e a invencibilidade de Felipão teria ido pro brejo.

    Aí ele (inteligentemente, hahahahaha) tira o único canhoto de que dispunha no ataque, de chute forte, bom batedor de faltas e escanteios, um dos poucos que conseguia correr um pouco mais para fazer entrar quem deveria ter sido escalado logo no primeiro tempo em lugar de Lucas Lima. É claro que estou falando de Bruno Henrique.

    Agora, Ney, chegou a hora de darmos moral à rapaziada para o jogo difícil e decisivo de amanhã que sem fenômenos climáticos, me leva a crer que levará o Verdão ao "Deca".

    Valeu! (AD)

     
  • Às 20 de novembro de 2018 às 16:52 , Blogger ester abea disse...

    amigos queridos

    por falarem em jogadores mortos, sem brio, sem vontade e que se arrastam em campo, nao sei porquê lembrei de Carlos Alberto Borges

    Esse era um moço que tinha as marcas mais espetaculares de resistência aeróbica(medidas pela tecnologia dos anos 80)
    Mas, em campo baixava uma terrível fraqueza, uma vontade de nao fazer nada que o impedia de correr e o desanimava totalmente. Lembro-me que em jogos no antigo Palestra o torcedor o chamava de "morto". Era uma negaçao física e futebolística.
    A imprensa, claro, percebia isso. Até o gandula percebia. Mas como era um peso morto para a SEP, a imprensa marrom o chamava de "muito técnico", "de alta capacidade tecnica, mas ainda escondida", "vai desabrochar" etc., etc.
    Depois descobriu-se uma giardíase combinada com amebíase intestinal das bravas, que explicava todo o desânimo que o moço mostrava em campo...ah tempos duros...

     

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