PALMEIRAS ESMAGA O CORINTIANS NA DATA DE INAUGURAÇÃO DO NOME DA NOVA ARENA DO RIVAL

Meus amigos, eu que critico tanto aqueles palmeirenses que vivem criticando o time e acham que as coisas nunca estão bem (ainda que estejam) e que "choram de barriga cheia", quero fazer hoje uma crítica direcionada a Luxemburgo, ainda que fora do contexto tático-individual do jogo.

Antes de fazê-la quero, antes, dar uma de Hitchcock e fazer suspense enquanto falo sobre o time... 

Antes e em primeiro lugar obrigo-me a reconhecer o grande jogo jogado, elogiar o treinador e a comissão técnica, o grupo e realçar o grande resultado obtido em cima, justamente, do maior rival! 

Mas não era exatamente isso o que mais queríamos?

Do ponto de vista tático, quero ressaltar que, apesar da ótima jornada e de o time ter atuado muito bem, o Palmeiras não mudou. 

Ficou bem claro o esquema, lastreado numa defesa forte, num meio de campo pegador e em um ataque que recua para ajudar o meio de campo e a defesa.

Como se percebe,  o time continua jogando do mesmo modo reativo que vinha jogando, isto é, deixando para o adversário a posse de bola e subindo para o ataque a partir dos erros do adversário ou quando consegue recuperar a posse de bola. 

A diferença do jogo de ontem para os anteriores foi que, a partir da boa performance de Lucas Lima (aleluia!) o time teve velocidade sobretudo nos contra-ataques.

Há de se registrar, porém, que nas vezes em que teve a bola no pé e precisou criar as situações de ofensividade indo para cima do adversário a fim de tentar construir as jogadas, o time apresentou limitada capacidade de criação!

Na realidade o time de Luxa optou por contra-atacar e parece que essa é a única e definitiva tática de que ele dispõe para colocar o time em campo. 

Como esse cuidadoso jogo de espera está dando muito certo e o time está invicto por que criticar?

A diferença do confronto de ontem para os outros jogos realizados até agora, foi a de que -neste- contra o Curica o Palmeiras jogou com um meio campista a menos e com um atacante a mais e o time melhorou!

Além desse aspecto, há que se registrar de que nós, torcedores -vou repetir-,  fomos surpreendentemente brindados com uma atuação expressiva e em nível de titularidade da parte de Lucas Lima. 

Depois de quase quatro anos esse jogador, finalmente, conseguiu realizar uma segunda partida de qualidade. A única até então, foi aquela da vitória obtida em plena Bombonera contra o Boca, há alguns anos.

Em relação ao derby, o Palmeiras, ontem, esteve sempre melhor que o Corinthians, do início ao final do jogo, embora o adversário tenha tido um percentual de posse de bola muitíssimo superior ao do Palmeiras durante o jogo inteiro. 

Repito: o Palmeiras vinha atuando como um time reativo já há algum tempo, com a diferença de que, ontem, foi um time mais bem arrumado e que procurou -sempre- contra-atacar com velocidade e na vertical.

Todos os encômios à Luxa e à equipe, num jogo no qual ninguém pode dizer que qualquer jogador do Verdão tenha atuado mal, desmotivadamente ou que tenha sido um irresponsável tático ou técnico.

Para mim o grande destaque do Palmeiras e -disparadamente- o craque do jogo foi Luiz Adriano que, como eu disse a meu irmão depois do jogo, apesar de centroavante, tem capacidade plena para jogar vindo de trás e enfiando aquelas bolas que só Valdívia sabia enfiar.

Agoram terminado o suspense a minha crítica construtiva ou, vá lá, a minha restrição direcionada a Luxemburgo:

Por que, mesmo ganhando por 2 x 0, exercendo o domínio amplo do jogo e atuando com um homem a mais, o Palmeiras ficou medrosamente resguardado na defesa tocando bolas para os lados e para trás?

Tenho certeza de que se fosse o Curica que estabelecesse o 2 x 0 e vivenciasse a circunstância que vivemos, viria com tudo pra cima do Palmeiras a fim de tentar golear e desmoralizar o maior rival!  

Mas o Palmeiras, ainda que precisando melhorar os números e seu saldo de gols (importantíssimo nas decisões) continua sendo um time "ético, bonzinho, politicamente correto e cultiva não praticar esses atos"!

Quando será que teremos o subido prazer de dominar um clássico e golear os nossos adversários, se nem com um homem a mais (posteriormente com dois), somos capazes de ousar?

Isto me lembra um derby em que o Palmeiras estabeleceu 4 x 0  sobre o Curica em apenas meia hora de jogo e Felipão em vez de mandar o time pra cima, o recuou, mandou tocar de lado e não atacar nunca, só contra-atacar.  

O que chateou nesse jogo que terminou em 4 x 0 foi que em vez de os corintianos sofrerem e ficarem preocupados com uma goleada histórica, nós palmeirenses foi que ficamos no sofrimento e nos preocupamos porque eles atacaram sempre e criaram múltiplas situações de gol, felizmente não completadas, durante o jogo todo.

Ontem, guardadas as devidas proporções, aconteceu de novo! Até quando será assim?

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