PALMEIRAS DÁ BANHO DE BOLA E DERROTA O BOLÍVAR E A ALTITUDE!
O jogo do Palmeiras, ontem em La Paz, passou-me, no 1º tempo, a impressão de que o Palmeiras era o time da altitude e o Bolivar o time do nível do mar.
Com uma atuação espetacular e uma exibição ímpar de Flaco Lopes, o Palmeiras se impôs ao Bolívar, abriu 2 x 0 no primeiro tempo, perdeu várias chances de fazer mais gols e só por isso não goleou.
Repito que a atuação de Lopes foi inimaginável, a melhor, aliás, desde que chegou ao Palmeiras. Para isso, necessário se torna reconhecer a postura tática irrepreensível do time que, diga-se de passagem, até fez chover, ontem, na capital boliviana. Méritos de Abel!
Há de se registrar, acima de tudo, a inventividade do português, que, até onde a altitude permitiu, montou um time não para brincar, mas para vencer.
Após estabelecer 2 x 0 com ampla facilidade, eis que o Palmeiras, premido pelo cansaço decorrente da altitude, levou o empate na sequencia do jogo, mas, ainda assim, teve forças suficientes para buscar dentro de si a força e a moral para chegar à uma vitória que, em meu entendimento, já o classifica em seu grupo para a próxima fase da Libertadores/25.
Em relação ao jogo, há de se registrar outra maravilhosa atuação do goleiro Everton (onde estão agora seus detratores e aqueles que o chamavam de braços de jacaré?), a subida assustadora de produção de Giay, a visível falta de ritmo de Gustavo Gomes, o esforço de Fuchs, e a aula de futebol do professor Piquerez.
No meio de campo, a luta de Anibal Moreno para voltar a jogar o que jogava e render o que rendia, a categoria de Emiliano cada dia melhor, a desenvoltura surpreendente de Vanderlan em nova posição, atuando como se fosse um veterano...
No ataque, atuação apenas mediana de Estevão, muito marcado e vigiado. Facundo Torres esteve impecável mas correu tanto que teve até de ser substituído por exaustão. Flaco Lopes, quem diria, mais do que a personagem e a personalidade, foi, disparadamente, o melhor em campo. NOTA 10 para ele, quem daria, quem diria?
Todos que saíram do banco para entrar em campo (Evangelista, Alan, Benedetti e Maurício), saíram-se muito bem, mas o destaque maior entre eles foi Felipe Anderson.
Hoje, atribuo nota 9 a Abel e sua comissão técnica. A invectiva dobra Vanderlan e Piquerez que deu tanta solidez à defesa e tanta força ao ataque (no primeiro tempo, no primeiro tempo) quando o adversário, acostumado à altitude estava cheio de gás, deixa claro que, em um jogo em condições climáticas normais, o Palmeiras venceria com facilidade.
O que, em meu entendimento, faltou ao Palmeiras, foi cobertura a Giay (Gomes não esteve o mesmo)no flanco direito. O argentino teve seu trabalho sobrecarregado pois esteve sempre isolado para marcar muitos adversários (pelo lado esquerdo que surgiram 90% ou mais das chances criadas contra o Palmeiras) e daí surgiram os dois gols que quase alteraram o desfecho de um jogo que parecia, muito cedo, definido nas mãos do verdão. Não estava!
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