O FUTEBOL BRASILEIRO CRESCE PRA BAIXO FEITO RABO DE CAVALO! O FUTEBOL DO INTERIOR ESTÁ NO FIM. A LEI PELÉ E A CLT INVIABILIZAM CADA VEZ MAIS OS CLUBES
Tão logo sejam apurados os campeões estaduais, o futebol do interior, com raríssimas excessões, vira urso e hiberna até a próxima temporada.
Clubes de importantíssimas cidades, vão dispensar os elencos profissionais, guardar os uniformes, e por em campo, apenas, as categorias de base.
******
Parte considerável da crônica esportiva, ressalvadas as exceções, vai ter muito o que comemorar por aquilo que chamam de modernidade e que, por injunções mais políticas do que midiáticas conseguiram instituir e implementar no futebol do Brasil...
Os que se auto-denominam "Cronistas de Vanguarda", leia-se "Juca, sua trupe & amestrados" alçarão, certamente, um brinde em companhia de empresários, agentes Fifa e políticos afins.
Beberão à saúde da desavisada massa de manobra, cartolas subservientes-incompetentes, ouvintes e leitores de pouca compreensão e de poucas letras.
Mas, comemorarão o que?
A ineficácia da Lei Pelé, a extinção prática dos estaduais, o monstrengo "Brasileirão por pontos corridos", de maio a dezembro?
Ou, comemorarão tudo de "bom e moderno" que construiram e implantaram no futebol deste país?
No auge do festim, convidarão a falar o chefe da máfia que os une, para a desgraça e o mal cada vez maior do futebol brasileiro.
E ele, o grande delator, mentor intelectual de tantas atrocidades cometidas contra o desorganizado e indefeso futebol brasileiro, será aplaudido de pé, às pamparras, ao final de seus "bostejos" orais ditados por sua voz de gralha, aguda, fina e irritante.
Na certa, mirando-se ao espelho do palco dirá em voz bem alta para todos os discípulos ouvirem: "espelho meu, existirá jornalista mais importante, influente e honesto do que eu?".
Na sequencia do discurso condenará colegas que, por questão de sobrevivência, fazem "merchandising" em programas de rádio e tv, mas, certamente, não terá a hombridade de propalar publicamente que não as faz porque não consegue vender uma agulha e que, ainda assim, faz muito pior do que eles.
Sabem por que? Porque se utiliza do condenável mecanismo do engajamento político, o maior de todos os "merchans", para atingir objetivos que "per sí" e de acordo com a valoração de suas palavra, personalidade e influência, jamais conseguiria nesta vida.
Vão aplaudí-lo, seus discentes, pelo seu maior legado, a Lei Pelé, redigida por ele, "capo di tuti capi", míope, de parcos conhecimentos da realidade do futebol brasileiro, cujo espectro de visão dista da poltrona em que senta à parede mais próxima de seu escritório, nada mais que isso.
Não dirão, certamente, que a Lei Pelé trouxe funestas consequencias aos clubes, no processo de corrosão, destruição e miséria que se instalou, desde ela, no futebol brasileiro.
Ninguém dirá que a hedionda lei apequenou os grandes, empobreceu os medianos e aniquilou os pequenos clubes em proporções geométricas, seguramente, em plano nacional.
Muitos jornalistas comemorarão o término do que chamavam da escravidão dos jogadores em relação aos clubes, em alegre tilintar de taças com os empresários e agentes Fifa.
Baterão no peito e dirão "sim, fomos nós, os baluartes da mídia, que libertamos a classe oprimida dos profissionais de futebol no Brasil, da guante e do jugo opressor dos famigerados clubes".
Mas nenhuma palavra vão proferir quanto à segunda fase escravagista do futebol brasileiro à qual servem, muito pior e sub-humana, a da submissão dos atletas a inescrupulosos empresários.
Comemorarão as inúteis compatibilidades do calendário brasileiro com o europeu que, por pressões e injunções políticas, deles próprios "et camorra" conseguiram impor aos clubes, às federações e a própria CBF.
Comemorão o brasileirão de maio a dezembro, um tiro disparado contra o próprio coração do futebol brasileiro, cuja existência em período tão longo, aniquilou completamente o futebol do interior de São Paulo e do Brasil.
Comemorarão o turismo de trabalho, garantido de maio a dezembro, via aérea e em hotéis de primeira, à custa de suas empresas.
Em "tournée" pelas melhores capitais brasileiras, viajarão despreocupados com as consequencias advindas de seus atos, verdadeiros trabalhos de sapa contra os alicerces do futebol brasileiro.
Não venham me dizer que, nessas eventualidades, só se dedicam ao trabalho porque sou do meio e conheço, muito bem, esse baralho.
Comemorão a predominância e a eternização dos grandes na elite do futebol brasileiro. Muitos deles têm a petulância de sugerir publicamente que os grandes não sejam atingidos nunca pelo mecanismo igualitário e democrático do descenso.
Comemorarão o campeonato dos pontos corridos que, desde que foi implantado, proporcionou tanta sujeira, como entrega vergonhosa de jogos em cima e em baixo da tabela nos momentos cruciais da competição.
Pouca gente sabe, mas o Palmeiras foi para a segundona porque o Inter arrumou um resultado com o Paysandu em Belém, na rodada final e o Palmeiras, eticamente, recusou-se a pagar 3 milhões para que lhe entregassem o jogo derradeiro que decretou-lhe a degola. Vem sendo assim, ano a ano.
O Santos de Luxa em 2009, claramente, não se interessou em vencer o Cruzeiro, entregando-lhe, de mãos beijadas, a vaga da Libertadores. O Gremio fingiu que queria vencer o Fla facilitando-lhe o título. Isso eles não investigam...
******
Debochadamente, ironicamente, às vezes eles perguntam por seus meios de comunicação: "O que foi feito do América de Rio Preto? O que fizeram com o Santa Cruz? O que aconteceu com o Ferroviário do Ceará ou com a Ferroviária de Araraquara? Como é que conseguiram acabar com Inter de Limeira?
É muito oportunismo, muita cara-de-pau, muita desfaçatez e completa falta de caráter, pois o Brasil sabe que foram eles mesmos que conduziram o futebol brasileiro ao cáos, ao fosso e a fossa, impondo-lhe via politicalha de Brasília, irreversível crise existencial, levando-o à falência e milhões de torcedores de médios e pequenos clubes à orfandade e à perplexidade.
******
Será que essa gente imagina que o futebol brasileiro se resume a 13 únicos clubes ungidos pelas glórias do passado? Tirem a viseira, mirem o futuro. O futebol tem de ser honesto, transparente e democrático, tanto e quanto os comunicadores e formadores de opinião.
Essa fórmula colonizada de calendário, essa elitização, essa europeização do futebol brasileiro, não faz bem aos clubes e não tem razão de ser.
******
O futebol tupiniquim, hoje, tem donos. Não passa, simplesmente, de uma espécie de fazenda destinada a produção de jogadores, a serviço do mercado exterior.
Aí eles reclamam... Já não se tem mais craques no Brasil como antigamente. O futebol está muito pobre, muito igual e muito previsível. Nossos craques estão indo embora muito precocemente...
Mas quem, senão eles, criou essa atmosfera derrotista e essa crise sem fim no cenário do então rico, forte, vibrante e pujante futebol brasileiro, que era assim, principalmente pela riqueza e força do interior?
******
Mas os tempos, hoje, são outros em decorrência do mal que os tais "cronistas de vanguarda" causaram ao futebol brasileiro, promovendo, em mutirões midiático e político, tantas excrescências.
Se a família é a celula-mater da sociedade, os clubes são a célula-mater do futebol. Os clubes, aos poucos, vão morrendo e se eles morrerem morrerá o próprio futebol. E, no entanto, eles estão morrendo...
******
Essa gente nos fez perder a identidade, em nome de uma adaptação a outros costumes, outras culturas, outras necessidades e outros interesses.
Canais tipo ESPN, que colocam o futebol internacional em plano superior ao nacional, consolidaram esse golpe mortal contra o futebol brasileiro e estão criando uma nova geração de cronistas e torcedores que colocam em segundo plano as equipes e os valores nacionais.
A doença é crônica. Até a Rádio Bandeirantes outrora o templo do rádio, hoje uma radiozinha inexpressiva, aderiu aos novos tempos.
Com péssimas vozes, repleta de cronistas-moleques que vivem, constantemente, rindo, brincando, fazendo piadas uns com os outros, em pleno ar, a Band parece ter um triste fim.
Pode-se dizer, sem medo de erro, que a Rádio Bandeirantes, hoje, brinca de fazer rádio esportivo, com raras exceções em seu cast artístico-esportivo. O noticiário internacional corre solto pelo ar como se os clubes europeus fosssem clubes brasileiros. Quanto entreguismo e submissão cultural! Como eles adoram ser colonizados!
Quem diria? Até a velha Band, de tantas e maravilhosas tradições, aderiu aos modismos, às conveniências e a todas essas filosofias sazonais equivocadas e destrutivas que estão, em última análise, assassinando o futebol brasileiro.
Por osmose, isso já passou para a TV. Nem a Rede Globo, tv padrão do país, livrou-se disso. Que o diga o Globo Esporte com as abomináveis palhaçadas do intragável Sr. Tiago Leifert.
VOLTEMOS AO BRASILEIRÃO, TÚMULO DO FUTEBOL BRASILEIRO
Apesar de tudo, o Campeonato Brasileiro ainda monopoliza as atenções do público pois além de reunir a nata dos clubes do país, é exibido em sua totalidade pela TV, paga ou não.
Assim, quem irá assistir a um Rio Branco de Americana x Inter de Limeira, tendo na TV um Palmeiras, Corinthians ou qualquer dos grandes em ação?
Na série B, um Rio Claro X Ponte, um Botafogo RP X Portuguesa ou qualquer outro jogo dessa natureza, não teriam receitas de bilheteria suficientes para cobrir as despesas. Série B só motiva e interessa mesmo, na reta final para efeito de classificação, de promoção ou de rebaixamento.
As rendas são ridículas, exceto quando um pequeno enfrenta um grande que ocasionalmente transita por lá com já transitaram Palmeiras, Corinthians, Vasco, Gremio, Atlético Mineiro e outros.
Se na série B é assim, imaginem como são as séries C e D? Que clube pode sobreviver com dignidade em um quadro como esse?
Nem o meu Rio Preto, o meu Comercial, a minha Ferroviária, a minha Inter de Limeira, o meu XV de Jaú e outros clubes do interior pelos quais nutro uma enorme simpatia e que sucumbiram diante de tanta insensibilidade, tanta burrice e de tanto jogo de interesse.
Todos são, em última análise, vítimas dessa armação brutal de uma minoria da crônica esportiva, que muitos companheiros, infelizmente, apoiaram por estreitamento de visão e ignorância de conceitos.
Os vanguardistas adoram censurar os companheiros e ditar regras de conduta, mas fazem pior, porque são engajados, politicamente, a fim de auferirem prestígio e força para influirem diretamente no futebol, como o fizeram, de forma exclusivamente negativa até agora.
Perdoem-me se estou sendo extenso e excessivamente crítico, nesta análise, mas assim me permito proceder pela gravidade da situação do futebol atual, em todos os quadrantes do território nacional.
Há um outro aspecto a ser analisado. A Lei trabalhista, da forma como ela existe e está sendo aplicada, vai acabar, cedo ou tarde, com TODOS os clubes brasileiros, os grandes, inclusive. Ninguém vai escapar.
O futebol deveria ter uma legislação própria e resolver tudo por sí mesmo, sem ter de se render à outras esferas da justiça.
Quanto à CLT, é muito bom receber as benesses dessa lei, absolutamente paternal, facciosa e injusta.
Para quem está empregado ela é ótima, visto que o trabalhador tem direito a tudo e o patrão não tem direito a nada, nem a chamar a atenção de um empregado relapso, pois está sujeito ao pagamento de absurdas indenizações por dano moral.
A Lei Trabalhista e a Lei Pelé, apequenaram TODOS os clubes do interior do Brasil. Muitos até sucumbiram, fecharam as portas e tiveram de entregar o patrimônio construido por muitas gerações a jogadores inescrupulosos.
Por que não votam em Brasília uma lei semelhante a da inalienação da casa propria, para que os clubes não percam as suas sedes e continuem existindo?
A Lei Trabalhista, da forma como está colocada no Brasil, só favorece a quem está empregado, porque além de usufruir de todas as benesses decorrente da lei, o operário já aprendeu que há um segundo caminho para surrupiar à mão grande, mais dinheiro do patrão.
A Lei Trabalhista é um deboche, um atentado à moralidade, à decência, a integridade e a honestidade do homem de bem, na medida em que está consagrando o mau-caratismo e fomentando a vagabundagem.
Não existe mais demissão sem a correspondente ação na justiça, com raras exceções, ainda que o patrão tenha cumprido todos os seus compromissos e pactuações legais. Há sempre algo mais a ser cobrado em uma sem-vergonhice que não tem mais fim. Os boleiros são mestres nisso!
Os idiotas que aplaudem a Lei não passam de desavisados porque a CLT é, hoje, o maior fator de desemprego e de miséria no país.
Ninguém mais quer empregados porque a CLT é assim mesmo, injusta, paternalista e só olha um lado da demanda.
Os clubes do interior deveriam se unir, a partir de São Paulo, Paraná, Minas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que têm os melhores estaduais e, em conjunto, realizar um gigantesco movimento de protesto.
Tinha de ser um movimento de abrangência nacional, suspendendo as atividades por tempo indeterminado, protestando veementemente contra esse estado de coisas decorrente da Lei Pelé, da CLT e do calendário,que os mina e destrói a cada dia.
O número de desempregados decorrentes das consequencias de um movimento como esse, provocaria um grave problema social e obrigaria o governo, os políticos, as federações e a CBF a reverem conceitos, mudarem de atitude e tomarem providências para resolver a grave situação.
Terminando, quero citar a hipocrisia do Sebrae e de outros órgãos governamentais quando fazem campanhas pelo empreendedorismo, visando a formar e criar novos empresários e novas emrpesas em multiplos setores.
Com tanto imposto, tantas taxas, imposto de renda altíssimo, com tantas armadilhas legais, arrocho fiscal, com visitas constantes de fiscais prepotentes, opressores e incompreensivos, e, principalmente com o facciosismo explícito da CLT, eu não quero abrir porta empresarial nem para bancar bingo ou carteado. Muito menos, ainda, para ter um clube de futebol. Só louco!
Alcides Drummond
Clubes de importantíssimas cidades, vão dispensar os elencos profissionais, guardar os uniformes, e por em campo, apenas, as categorias de base.
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Parte considerável da crônica esportiva, ressalvadas as exceções, vai ter muito o que comemorar por aquilo que chamam de modernidade e que, por injunções mais políticas do que midiáticas conseguiram instituir e implementar no futebol do Brasil...
Os que se auto-denominam "Cronistas de Vanguarda", leia-se "Juca, sua trupe & amestrados" alçarão, certamente, um brinde em companhia de empresários, agentes Fifa e políticos afins.
Beberão à saúde da desavisada massa de manobra, cartolas subservientes-incompetentes, ouvintes e leitores de pouca compreensão e de poucas letras.
Mas, comemorarão o que?
A ineficácia da Lei Pelé, a extinção prática dos estaduais, o monstrengo "Brasileirão por pontos corridos", de maio a dezembro?
Ou, comemorarão tudo de "bom e moderno" que construiram e implantaram no futebol deste país?
No auge do festim, convidarão a falar o chefe da máfia que os une, para a desgraça e o mal cada vez maior do futebol brasileiro.
E ele, o grande delator, mentor intelectual de tantas atrocidades cometidas contra o desorganizado e indefeso futebol brasileiro, será aplaudido de pé, às pamparras, ao final de seus "bostejos" orais ditados por sua voz de gralha, aguda, fina e irritante.
Na certa, mirando-se ao espelho do palco dirá em voz bem alta para todos os discípulos ouvirem: "espelho meu, existirá jornalista mais importante, influente e honesto do que eu?".
Na sequencia do discurso condenará colegas que, por questão de sobrevivência, fazem "merchandising" em programas de rádio e tv, mas, certamente, não terá a hombridade de propalar publicamente que não as faz porque não consegue vender uma agulha e que, ainda assim, faz muito pior do que eles.
Sabem por que? Porque se utiliza do condenável mecanismo do engajamento político, o maior de todos os "merchans", para atingir objetivos que "per sí" e de acordo com a valoração de suas palavra, personalidade e influência, jamais conseguiria nesta vida.
Vão aplaudí-lo, seus discentes, pelo seu maior legado, a Lei Pelé, redigida por ele, "capo di tuti capi", míope, de parcos conhecimentos da realidade do futebol brasileiro, cujo espectro de visão dista da poltrona em que senta à parede mais próxima de seu escritório, nada mais que isso.
Não dirão, certamente, que a Lei Pelé trouxe funestas consequencias aos clubes, no processo de corrosão, destruição e miséria que se instalou, desde ela, no futebol brasileiro.
Ninguém dirá que a hedionda lei apequenou os grandes, empobreceu os medianos e aniquilou os pequenos clubes em proporções geométricas, seguramente, em plano nacional.
Muitos jornalistas comemorarão o término do que chamavam da escravidão dos jogadores em relação aos clubes, em alegre tilintar de taças com os empresários e agentes Fifa.
Baterão no peito e dirão "sim, fomos nós, os baluartes da mídia, que libertamos a classe oprimida dos profissionais de futebol no Brasil, da guante e do jugo opressor dos famigerados clubes".
Mas nenhuma palavra vão proferir quanto à segunda fase escravagista do futebol brasileiro à qual servem, muito pior e sub-humana, a da submissão dos atletas a inescrupulosos empresários.
Comemorarão as inúteis compatibilidades do calendário brasileiro com o europeu que, por pressões e injunções políticas, deles próprios "et camorra" conseguiram impor aos clubes, às federações e a própria CBF.
Comemorão o brasileirão de maio a dezembro, um tiro disparado contra o próprio coração do futebol brasileiro, cuja existência em período tão longo, aniquilou completamente o futebol do interior de São Paulo e do Brasil.
Comemorarão o turismo de trabalho, garantido de maio a dezembro, via aérea e em hotéis de primeira, à custa de suas empresas.
Em "tournée" pelas melhores capitais brasileiras, viajarão despreocupados com as consequencias advindas de seus atos, verdadeiros trabalhos de sapa contra os alicerces do futebol brasileiro.
Não venham me dizer que, nessas eventualidades, só se dedicam ao trabalho porque sou do meio e conheço, muito bem, esse baralho.
Comemorão a predominância e a eternização dos grandes na elite do futebol brasileiro. Muitos deles têm a petulância de sugerir publicamente que os grandes não sejam atingidos nunca pelo mecanismo igualitário e democrático do descenso.
Comemorarão o campeonato dos pontos corridos que, desde que foi implantado, proporcionou tanta sujeira, como entrega vergonhosa de jogos em cima e em baixo da tabela nos momentos cruciais da competição.
Pouca gente sabe, mas o Palmeiras foi para a segundona porque o Inter arrumou um resultado com o Paysandu em Belém, na rodada final e o Palmeiras, eticamente, recusou-se a pagar 3 milhões para que lhe entregassem o jogo derradeiro que decretou-lhe a degola. Vem sendo assim, ano a ano.
O Santos de Luxa em 2009, claramente, não se interessou em vencer o Cruzeiro, entregando-lhe, de mãos beijadas, a vaga da Libertadores. O Gremio fingiu que queria vencer o Fla facilitando-lhe o título. Isso eles não investigam...
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Debochadamente, ironicamente, às vezes eles perguntam por seus meios de comunicação: "O que foi feito do América de Rio Preto? O que fizeram com o Santa Cruz? O que aconteceu com o Ferroviário do Ceará ou com a Ferroviária de Araraquara? Como é que conseguiram acabar com Inter de Limeira?
É muito oportunismo, muita cara-de-pau, muita desfaçatez e completa falta de caráter, pois o Brasil sabe que foram eles mesmos que conduziram o futebol brasileiro ao cáos, ao fosso e a fossa, impondo-lhe via politicalha de Brasília, irreversível crise existencial, levando-o à falência e milhões de torcedores de médios e pequenos clubes à orfandade e à perplexidade.
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Será que essa gente imagina que o futebol brasileiro se resume a 13 únicos clubes ungidos pelas glórias do passado? Tirem a viseira, mirem o futuro. O futebol tem de ser honesto, transparente e democrático, tanto e quanto os comunicadores e formadores de opinião.
Essa fórmula colonizada de calendário, essa elitização, essa europeização do futebol brasileiro, não faz bem aos clubes e não tem razão de ser.
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O futebol tupiniquim, hoje, tem donos. Não passa, simplesmente, de uma espécie de fazenda destinada a produção de jogadores, a serviço do mercado exterior.
Aí eles reclamam... Já não se tem mais craques no Brasil como antigamente. O futebol está muito pobre, muito igual e muito previsível. Nossos craques estão indo embora muito precocemente...
Mas quem, senão eles, criou essa atmosfera derrotista e essa crise sem fim no cenário do então rico, forte, vibrante e pujante futebol brasileiro, que era assim, principalmente pela riqueza e força do interior?
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Mas os tempos, hoje, são outros em decorrência do mal que os tais "cronistas de vanguarda" causaram ao futebol brasileiro, promovendo, em mutirões midiático e político, tantas excrescências.
Se a família é a celula-mater da sociedade, os clubes são a célula-mater do futebol. Os clubes, aos poucos, vão morrendo e se eles morrerem morrerá o próprio futebol. E, no entanto, eles estão morrendo...
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Essa gente nos fez perder a identidade, em nome de uma adaptação a outros costumes, outras culturas, outras necessidades e outros interesses.
Canais tipo ESPN, que colocam o futebol internacional em plano superior ao nacional, consolidaram esse golpe mortal contra o futebol brasileiro e estão criando uma nova geração de cronistas e torcedores que colocam em segundo plano as equipes e os valores nacionais.
A doença é crônica. Até a Rádio Bandeirantes outrora o templo do rádio, hoje uma radiozinha inexpressiva, aderiu aos novos tempos.
Com péssimas vozes, repleta de cronistas-moleques que vivem, constantemente, rindo, brincando, fazendo piadas uns com os outros, em pleno ar, a Band parece ter um triste fim.
Pode-se dizer, sem medo de erro, que a Rádio Bandeirantes, hoje, brinca de fazer rádio esportivo, com raras exceções em seu cast artístico-esportivo. O noticiário internacional corre solto pelo ar como se os clubes europeus fosssem clubes brasileiros. Quanto entreguismo e submissão cultural! Como eles adoram ser colonizados!
Quem diria? Até a velha Band, de tantas e maravilhosas tradições, aderiu aos modismos, às conveniências e a todas essas filosofias sazonais equivocadas e destrutivas que estão, em última análise, assassinando o futebol brasileiro.
Por osmose, isso já passou para a TV. Nem a Rede Globo, tv padrão do país, livrou-se disso. Que o diga o Globo Esporte com as abomináveis palhaçadas do intragável Sr. Tiago Leifert.
VOLTEMOS AO BRASILEIRÃO, TÚMULO DO FUTEBOL BRASILEIRO
Apesar de tudo, o Campeonato Brasileiro ainda monopoliza as atenções do público pois além de reunir a nata dos clubes do país, é exibido em sua totalidade pela TV, paga ou não.
Assim, quem irá assistir a um Rio Branco de Americana x Inter de Limeira, tendo na TV um Palmeiras, Corinthians ou qualquer dos grandes em ação?
Na série B, um Rio Claro X Ponte, um Botafogo RP X Portuguesa ou qualquer outro jogo dessa natureza, não teriam receitas de bilheteria suficientes para cobrir as despesas. Série B só motiva e interessa mesmo, na reta final para efeito de classificação, de promoção ou de rebaixamento.
As rendas são ridículas, exceto quando um pequeno enfrenta um grande que ocasionalmente transita por lá com já transitaram Palmeiras, Corinthians, Vasco, Gremio, Atlético Mineiro e outros.
Se na série B é assim, imaginem como são as séries C e D? Que clube pode sobreviver com dignidade em um quadro como esse?
Nem o meu Rio Preto, o meu Comercial, a minha Ferroviária, a minha Inter de Limeira, o meu XV de Jaú e outros clubes do interior pelos quais nutro uma enorme simpatia e que sucumbiram diante de tanta insensibilidade, tanta burrice e de tanto jogo de interesse.
Todos são, em última análise, vítimas dessa armação brutal de uma minoria da crônica esportiva, que muitos companheiros, infelizmente, apoiaram por estreitamento de visão e ignorância de conceitos.
Os vanguardistas adoram censurar os companheiros e ditar regras de conduta, mas fazem pior, porque são engajados, politicamente, a fim de auferirem prestígio e força para influirem diretamente no futebol, como o fizeram, de forma exclusivamente negativa até agora.
Perdoem-me se estou sendo extenso e excessivamente crítico, nesta análise, mas assim me permito proceder pela gravidade da situação do futebol atual, em todos os quadrantes do território nacional.
Há um outro aspecto a ser analisado. A Lei trabalhista, da forma como ela existe e está sendo aplicada, vai acabar, cedo ou tarde, com TODOS os clubes brasileiros, os grandes, inclusive. Ninguém vai escapar.
O futebol deveria ter uma legislação própria e resolver tudo por sí mesmo, sem ter de se render à outras esferas da justiça.
Quanto à CLT, é muito bom receber as benesses dessa lei, absolutamente paternal, facciosa e injusta.
Para quem está empregado ela é ótima, visto que o trabalhador tem direito a tudo e o patrão não tem direito a nada, nem a chamar a atenção de um empregado relapso, pois está sujeito ao pagamento de absurdas indenizações por dano moral.
A Lei Trabalhista e a Lei Pelé, apequenaram TODOS os clubes do interior do Brasil. Muitos até sucumbiram, fecharam as portas e tiveram de entregar o patrimônio construido por muitas gerações a jogadores inescrupulosos.
Por que não votam em Brasília uma lei semelhante a da inalienação da casa propria, para que os clubes não percam as suas sedes e continuem existindo?
A Lei Trabalhista, da forma como está colocada no Brasil, só favorece a quem está empregado, porque além de usufruir de todas as benesses decorrente da lei, o operário já aprendeu que há um segundo caminho para surrupiar à mão grande, mais dinheiro do patrão.
A Lei Trabalhista é um deboche, um atentado à moralidade, à decência, a integridade e a honestidade do homem de bem, na medida em que está consagrando o mau-caratismo e fomentando a vagabundagem.
Não existe mais demissão sem a correspondente ação na justiça, com raras exceções, ainda que o patrão tenha cumprido todos os seus compromissos e pactuações legais. Há sempre algo mais a ser cobrado em uma sem-vergonhice que não tem mais fim. Os boleiros são mestres nisso!
Os idiotas que aplaudem a Lei não passam de desavisados porque a CLT é, hoje, o maior fator de desemprego e de miséria no país.
Ninguém mais quer empregados porque a CLT é assim mesmo, injusta, paternalista e só olha um lado da demanda.
Os clubes do interior deveriam se unir, a partir de São Paulo, Paraná, Minas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que têm os melhores estaduais e, em conjunto, realizar um gigantesco movimento de protesto.
Tinha de ser um movimento de abrangência nacional, suspendendo as atividades por tempo indeterminado, protestando veementemente contra esse estado de coisas decorrente da Lei Pelé, da CLT e do calendário,que os mina e destrói a cada dia.
O número de desempregados decorrentes das consequencias de um movimento como esse, provocaria um grave problema social e obrigaria o governo, os políticos, as federações e a CBF a reverem conceitos, mudarem de atitude e tomarem providências para resolver a grave situação.
Terminando, quero citar a hipocrisia do Sebrae e de outros órgãos governamentais quando fazem campanhas pelo empreendedorismo, visando a formar e criar novos empresários e novas emrpesas em multiplos setores.
Com tanto imposto, tantas taxas, imposto de renda altíssimo, com tantas armadilhas legais, arrocho fiscal, com visitas constantes de fiscais prepotentes, opressores e incompreensivos, e, principalmente com o facciosismo explícito da CLT, eu não quero abrir porta empresarial nem para bancar bingo ou carteado. Muito menos, ainda, para ter um clube de futebol. Só louco!
Alcides Drummond
4 Comentários:
Às 6 de abril de 2010 às 22:07 , SERGIO disse...
PARABÉNS, Capitão.
Bem, isto é apenas mais uma redundância de minha parte (parabenizá-lo).
Gostei muito do seu texto, que foi bem além das quatro linhas.
Para vc ter uma idéia, aqui em SP se questiona muito a importância do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil.
Há gente interessada que essas competições terminem, pelo simples argumento medíocre de que times fraquíssimos as disputam, e já se sabe com antecedência os possíveis finalistas.
ORAS, em partes isso é verdade.
Mas como ficariam os clubes menores, e milhares de empregos neste país? Terminariam?
Muita gente boa foi revelada através desses campeonatos, do "Oiapoque, ao Chuí".
O Brasil é uma máquina de fazer jogadores. E centenas de jovens deixam nosso solo em busca de oportunidades fora do país (como esse Paulo Henrique contratado), para auxiliar suas famílias, e sobreviverem de alguma forma.
Nação injusta a nossa.
Essa corja mafiosa, legisla em causa própria, e de seus pares.
Leis trabalhistas, tributárias, efim, o empregador sempre leva no r... e na outra ponta da "contabilidade" o pobre trabalhador sempre está na "berlinda".
Lei Pelé Kfouri, realmente, passaram-se muitos anos de sua edição, e muito pouco foi feito para salvaguardar o patrimônio dos Clubes. Tivemos exemplos negativos recentes dentro de nossa própria Instituição de coração.
Alcides, o jovem antes de mais nada precisa de educação e cultura, concomitantemente com suas atividades desportivas.
É MUITO INTERESSANTE para este governo atual, que continuemos tendo uma NAÇÃO DE BURROS e esfomeados (na fila do vale-coxinha federal mensal). Fica bem mais fácil manipular opiniões (e barrigas).
Agora, querem na Presidência, uma ex-terrorista (e ex-detenta).
Vc acha que estão preocupados com o futebol? A Copa começará daqui a 4 anos no Brasil e NENHUM estádio tem condições de sediá-la.
A farra do boi vai continuar...
Dinheiro público (BNDES e Governos) vai "voar".
A "SPORTING BEAT" está aí, na ilegalidade, atuando descaradamente...
Alianças mafiosas se formando no Clube dos 13...
Enfim, "COMPANHEIRO"...
Vamos falar do "Pré-Sal"?
Abraço - Boa noite.
..
Às 7 de abril de 2010 às 12:51 , Aversa disse...
Pra mim, já que tem pontos corridos no brasileiro, tinha que ser com 16 times na série A, B e C. Caem 2 e os 4 anteriores disputam com os 4 melhores que não subirem da série B. Assim iríamos ter uma série B com vários grandes e todo mundo ganhava dinheiro e acabava com as palhaçadas de armações pros grandes não caírem, muito embora, depois que o Palmeiras decidiu não virar a mesa, nesse quesito, as coisas melhoraram. E na série C os times teriam interesse pois poderiam subir até 6 de 16 e começar a ter lucro na série B.
Mais datas para os estaduais, séries D e E junto com os estaduais. Do jeito que é hoje, os times montam equipes caras para suas posses, jogam 6 jogos e estão eliminados. Ou então caem fora no primeiro mata-mata. Prejuízo total. No estadual as equipes já estão montadas mesmo.
Campeonatos regionais de volta. Rio São Paulo, Copa do Sul, do Norte, do Nordeste, uma Copa Minas, Copa Paulista. Muitos campeonatos. Quanto mais campeonatos, mais campeões. Hoje um time "grande" como o Paysandu ou Ceará só pode aspirar ser "só" campeão estadual. De que vale isso? Eles focam seus recursos nos estaduais e aí que os pequenos dos estados menores não tem mais chance mesmo.
E a lei Pelé, horrível. Do jeito que estava era cruel com os jogadores, mas aí acabaram com todo o poder do clube e deram aos jogadores que repassaram aos empresários. Tinha que continuar a lei do passe e se o time não entrasse em acordo com o jogador tinha que fixar um valor no passe e pagar um salário definido com base no passe, dando ao jogador um percentual do mesmo ao longo do tempo.
Do jeito que está hoje, os times só tem duas saídas. Ou revelam jogadores, como faz a maioria e que é caro e dificil, ou roubam jogadores revelados pelos outros e aí são elogiados como times modernos e que sabem atuar de acordo com o novo cenário. Até o dia em que começam a sofrer o mesmo assédio e ganham todo o espaço desejado para clamar por moralidade no futebol. Isso funciona até todos começarem a roubar de todos. Quando isso acontecer, aí poderemos começar a torcer pelos europeus porque aqui o futebol vai acabar de vez. Sobrarão 2 ou 3 médios e 10 ou 12 clubes fracos.
Às 7 de abril de 2010 às 14:20 , Alceu Gutierrez disse...
Alcides
Eu gastei quase uma hora para ler o que voce escreveu e acho que voce tem razão em tudo o que voce escreveu porque de fato o futebol brasileiro está acabando. Aqui onde eu moro tinha um time forte que disputava o campeonato mineiro e acabou. hoje ele não disputa nem o campeonato amador da cidade que tambem eu acho que nem campeonato mais tem. Eu me lembro do tempo que eu morava em São Paulo e o Palmeiras ia no interior jogar contra o Botafogo de Ribeirão, contra o América de Rio Preto contra o Noroeste contra o São Bento de Marília contra o Quinze de Piracicaba contra o
Comercial de Ribeirão e a gente não sabia se ia ganhar o jogo porque os times do interior naquele tempo eram todos muito bom.
Hoje esta tudo diferente e as equipes do interuior estão morrendo e perdendo as suas sedes e os seus campos de trei8no. Eu acho que a tendencia é a gente ter no máximo um 50 time no Brasil porque não compensa mais os times manter jogadores profissionais por tudo aquilo que voce falou e por não ter com quem jogar. Um abraço a todos
Às 7 de abril de 2010 às 19:02 , Anônimo disse...
A TÍTULO DE INFORMAÇÃO
PALMEIRAS ESTÁ QUERENDO CONTRATAR EDU
EU CONCORDO, APESAR DE SABER QUE ELE GANHA 220 MIL REAIS NO INTERNACIONAL
MAS TEM MUITA BAGAÇA PRA ENTRAR NO ROLO
VEJAM FICHA DE EDÚ
Nome: Luís Eduardo Schmidt
Data de nascimento: 10/01/1979
Local: Jaú SP
Partidas: 21 Gols: 3
Altura: 1m82cm
Estreia: 30/08/2009 (Inter 4x0 Goiás/Brasileirão)
ENTREVISTA
- Com qual pé chuta: direito.
- Tamanho da chuteira: 41.
- Um grande momento no Inter: partida de estreia.
- Um ritual pré-jogo: orar.
- Uma mania: não tenho.
- Lazer preferido: estar com a família.
- Um ídolo: Raí.
- Um drible: chapéu.
- Um gol: meu, da virada do Real Betis contra o Barcelona, em 2007.
- Um gol que gostaria de ter feito: qualquer um que seja decisivo.
- Um estilo musical: sou eclético, mas prefiro gospel.
- Um cantor: Bon Jovi.
- Uma cantora: Mariah Carey.
- Filme preferido: Homens de honra.
- Um ator: Denzel Washington .
- Uma atriz: Julia Roberts.
- Prato preferido: massa.
- Um animal: cavalo e cachorro.
- Não fica sem: família.
- Um sonho: cumprir metas e conquistar títulos.
- Hobby: cinema.
- Carro: Infinity.
- Qual profissão admira: técnico em eletrônica.
- Viagem inesquecível: Sidney – Olimpíadas 2000.
É ISSO.
SAUDAÇÕES.
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