INOPORTUNA A ESTRÉIA DE VALDÍVIA
As precipitação e pressa de Felipão por colocar o chileno para jogar merecem um reparo crítico.
Quando o próprio Luiz Felipe declarou após o jogo de ontem em Campinas ter constatado que Valdívia ainda precisa de uns quinze dias para alcançar a condição de jogo ideal, foi réu confesso do erro que cometeu.
Se um jogador só vai se recompor fisica e tecnicamente em quinze dias, o bom-senso impõe que ele não pode e não deve ter a estréia antecipada, por mais tentadora que seja essa alternativa.
Além do risco de lesões sérias, o jogador, sem o indispensável respaldo físico, corre o risco de fracassar também do ponto de vista técnico.
Todos têm consciência de que uma coisa é decorrente da outra. Até os leigos sabem disso. Felipão também sabe, mas não considerou e, como castigo, quase perdeu o jogo.
Muito longe de mim, porém, de censurar Valdívia e afirmar que o Mago tenha sido peça decorativa ou que tenha fracassado, no meio tempo de sacrifício do qual participou.
Pelo contrário. Enfiou três ou quatro bolas espetaculares para os companheiros, o chamado último passe, a sua especialidade, mas não encontrou ninguém com quem pudesse trabalhar satisfatoriamente em campo, em igualdade de QI.
Kléber não estava em tarde inspirada e, com uma contratura, pedu para sair. Luan, extenuado após inútil correria foi substituído pelo fraquíssimo Ewerthon.
Tinga, sobrecarregado pela necessidade de marcação, pouco rendeu ofensivamente.
Além disso, com a expulsão de Marcos Assunção e a entrada de Patrick, este um meio-campista ofensivo, mas com mínima capacidade de combate, Valdívia, que também é fraco no quesito, viu-se na obrigação de ajudar na marcação, ainda que inferiorizado fisicamente em relação aos companheiros e adversários.
Um segundo erro de Felipão tem de ser ressaltado e sublinhado: o momento inoportuno da entrada do chileno, justamente no intervalo de um jogo em que o Palmeiras estava mais bem postado do que o Guarani e que, apesar do aparente equilíbrio nas ações, levava certa vantagem.
O correto seria continuar com o time que começou o jogo por mais uns dez ou quinze minutos também na etapa complementar. Só depois, então, já com o adversário mais cansado, fazer entrar o Mago.
Entrando logo no intervalo, em um jogo extremamente difícil de zero a zero, Felipão colocou exclusivamente sobre os ombros do chileno uma enorme carga de responsabilidade, aquela de mudar o panorama e a sorte do jogo sem se preocupar em saber se o jogador reunia condições ou estava preparado para tal.
Do ponto de vista teórico, Felipão acertou na alteração. Não acertou, sob o aspecto prático, em razão das precaríssimas condições físicas do mago, muito abaixo de qualquer expectativa mais pessimista, em seu retorno após a copa.
Resumo da ópera; Foi discreta a volta de Valdívia. Não tão apagada quanto apregoou a maior parte da mídia, nem tão brilhante quando pressupunha e imaginava a otimista e entusiasmada torcida palmeirense.
E VOCÊ, COMO VIU O RETORNO DE VALDÍVIA?
Quando o próprio Luiz Felipe declarou após o jogo de ontem em Campinas ter constatado que Valdívia ainda precisa de uns quinze dias para alcançar a condição de jogo ideal, foi réu confesso do erro que cometeu.
Se um jogador só vai se recompor fisica e tecnicamente em quinze dias, o bom-senso impõe que ele não pode e não deve ter a estréia antecipada, por mais tentadora que seja essa alternativa.
Além do risco de lesões sérias, o jogador, sem o indispensável respaldo físico, corre o risco de fracassar também do ponto de vista técnico.
Todos têm consciência de que uma coisa é decorrente da outra. Até os leigos sabem disso. Felipão também sabe, mas não considerou e, como castigo, quase perdeu o jogo.
Muito longe de mim, porém, de censurar Valdívia e afirmar que o Mago tenha sido peça decorativa ou que tenha fracassado, no meio tempo de sacrifício do qual participou.
Pelo contrário. Enfiou três ou quatro bolas espetaculares para os companheiros, o chamado último passe, a sua especialidade, mas não encontrou ninguém com quem pudesse trabalhar satisfatoriamente em campo, em igualdade de QI.
Kléber não estava em tarde inspirada e, com uma contratura, pedu para sair. Luan, extenuado após inútil correria foi substituído pelo fraquíssimo Ewerthon.
Tinga, sobrecarregado pela necessidade de marcação, pouco rendeu ofensivamente.
Além disso, com a expulsão de Marcos Assunção e a entrada de Patrick, este um meio-campista ofensivo, mas com mínima capacidade de combate, Valdívia, que também é fraco no quesito, viu-se na obrigação de ajudar na marcação, ainda que inferiorizado fisicamente em relação aos companheiros e adversários.
Um segundo erro de Felipão tem de ser ressaltado e sublinhado: o momento inoportuno da entrada do chileno, justamente no intervalo de um jogo em que o Palmeiras estava mais bem postado do que o Guarani e que, apesar do aparente equilíbrio nas ações, levava certa vantagem.
O correto seria continuar com o time que começou o jogo por mais uns dez ou quinze minutos também na etapa complementar. Só depois, então, já com o adversário mais cansado, fazer entrar o Mago.
Entrando logo no intervalo, em um jogo extremamente difícil de zero a zero, Felipão colocou exclusivamente sobre os ombros do chileno uma enorme carga de responsabilidade, aquela de mudar o panorama e a sorte do jogo sem se preocupar em saber se o jogador reunia condições ou estava preparado para tal.
Do ponto de vista teórico, Felipão acertou na alteração. Não acertou, sob o aspecto prático, em razão das precaríssimas condições físicas do mago, muito abaixo de qualquer expectativa mais pessimista, em seu retorno após a copa.
Resumo da ópera; Foi discreta a volta de Valdívia. Não tão apagada quanto apregoou a maior parte da mídia, nem tão brilhante quando pressupunha e imaginava a otimista e entusiasmada torcida palmeirense.
E VOCÊ, COMO VIU O RETORNO DE VALDÍVIA?
11 Comentários:
Às 23 de agosto de 2010 às 04:29 , Edson disse...
Bem apropriado o termo Reis da abobrinha para o LIno e Jota Jr. Sempre respeitei muito o trabalho do Jota, mas contra o Vitória ele realmente me pareceu muito infeliz pelo resultado alcançado pelo Palmeiras. Quando a torcida mais festejava e deixava o espetáculo bonito, ele, ao invés de exaltar a beleza do espetáculo, cravou o seguinte: se o Vitória fizer um gol, 80% dessa torcida vai embora.
Ficou muito desagradável.
Quanto ao Lino, sem comentários. O Palmeiras estava desarrumado em campo, mas bastou o Tadeu cabecear uma bola na trave e "o time havia se encontrado". Também torceu e distorceu, como mandava o coração. Esse é dose, já não é a primeira vez.
Quanto ao Rivaldo, só se for por um salário não exorbitante. Caso contrário, que ele continue como nosso eterno ídolo e torcedor.
No jogo de hoje: como podemos ter um jogador do nível do Eweton? Melhor o Washington genérico, que está no Ceará.
22 de agosto de 2010 20:46
Às 23 de agosto de 2010 às 09:01 , Antonio Mirandola Bastos disse...
Tudo o que voce falou do Mago é verdsde. Felipão se precipitou. Tinha que esperar mais 15 dias antes de por o Mago pra jogar.Mas a torcida ia aguentar esperar? Outra coisa até quando vamos ter que tolerar esse Everton inventado pelo Cipulo? Jogadorzinho ruim, não? Sobre o que vc falou da tv eu senti a mesma coisa e assino embaixo. No jogo contra o Vitoria a turma do Sportv tava na cara que torcia contra o Palmeiras. Só foi ruim porque eu fiquei muito nervoso. Eu tinha raiva do locutor e não pudia mudar de canal porque só tinha eles fazendo o jogo.Ontem foram um pouco mais discretos mas o locutor era tão papagaio quando o locutor de 5ª feira e parava de cantar o jogo para falar abobrinhas que nada interessavam para a gente. O Palmeiras precisa chamar a diretoria da TV para uma conversa senão não vai mudar nunca.
Às 23 de agosto de 2010 às 10:30 , Mestre dos Magos disse...
BOM DIA.
Bom, sobre Rivaldo, sou a favor, pois pelo menos teríamos certeza de que um tempo jogaria ele e o outro Lincoln, que está com anemia ou falta de potássio, pois não é possível ter tanto desgaste muscular.
Com um salário compatível com as finanças do clube e contrato até o fim do ano, para encerramento da carreira.
Se Rivaldo quiser uma fábula de dinheiro, NÃO.
Sobre Valdívia, cabe um prefácio, acho que ele tinha que ir pro pau mesmo e acho até que deveria ter entrado de titular, pra se ter uma idéia melhor e poder substituí-lo corrigindo a falha tática que acabou evidenciando no segundo tempo e não tendo Felipão, condições de mudar o panorama.
Ainda sobre Valdívia, acho que quem deveria ter saído era o Rivaldo (ou seria Ruimvaldo?), que pra mim até agora, só fez número em campo.
Com a saída de Fabrício, Vagner Mancini, forçou as jogadas pela esquerda e o Palmeiras se viu obrigado a recuar o Tinga para ajudar o Ruimvaldo, tirando seu ponto fórte (Tinga) que é o apoio.
O Guarani teve um grande volume de jogo em cima do Ruimvaldo. O Palmeiras foi em certos momentos encurralado na esquerda.
Até Valdivia voltou em certos momentos e roubou bolas dos adversários.
E mesmo assim, com sua visível falta de ritmo de jogo, Valdívia ainda deu a "bola do jogo" para mais uma barbaridade de nossa base, chamado Patrick, o qual nem preciso dizer o resultado.
Patrick já jogou praticamente todas as partidas do Palmeiras esse ano e infelizmente NADA. Não mostrou sequer uma fagulha de futuro.
Não tem como ter paciência com um cara nosso da base, que só joga na base.
Não mostra nada, não produz nada.
Somente corre corre corre, assim como Pierre bate, bate, bate.
Sinceramente, não tem como ter paciência.
Vejam o Tinga por exemplo, chegou, nem tomou conhecimento da grandeza do Palmeiras e joga um bolão.
Felipão vai ter que cavar uma vaga para Tinga no time.
Já o Patrick, socorrooooo.
Põe treinar chute a gol com bola em movimento pô.
É sempre "acuela futebol clube", não vai nem com bomba.
Não dá pra ter paciência.
A gente precisando de atacante e vê o Flamengo contratar dois em dois dias.
Ontem todo mundo viu.
Quebrou Kléber, não tinha ninguém.
O Tadeu, embora esforçado e fórte, não é o atacante ideal, mas fez falta por incrivel que pareça.
E quando você chega ao ponto de perceber que um Tadeu fez falta é porque as coisas definitivamente não estão corretas.
Bom vou parando por aqui, pois estou bravo.
Mas entendo que o time aparentemente estava cansado, pois acredito que o desgaste pra ganhar do Vitória foi imenso.
Não é qualquer time que vira em ciam do Vitória em desvantagem de dois gols.
O Cruzeiro perdeu em casa pra eles ontem.
E mesmo nosso foco sendo Sulamericana, precisamos de mais um atacante, até dois se aparecer algum pelo menos.
Saudações.
Às 23 de agosto de 2010 às 20:22 , Anônimo disse...
Prezado Edson, sinto muito se não o agradei na transmissão. É do jogo. Nào sou o melhor, nao tenho a pretensão de se-lo e de agradar a todos.
Se você me critica, a torcida do Vitória também me criticou.
Entendo perfeitamente essas reações dos torcedores.
Quanto à minha colocação sobre a possibilidade do Vitória fazer um gol e a torcida palmeirense deixar o Pacaembu, foi porque estava 2 a 0 e um gol baiano praticamente inviabilizaria a classificação palmeirense, pelo saldo de gols e naquele momento pelo tempo de jogo.
Só por isso.
Nada contra Palmeiras, Vitória ou quem quer que seja.
Passei da fase de torcer à favor ou contra alguém.
Devo ter o triplo da sua idade e as coisas mudam em nossos conceitos, amigo.
Um dia você constatará isso.
'
Seja feliz!!!!!
jota júnior
Às 23 de agosto de 2010 às 20:29 , Anônimo disse...
Prezado Alcides.
Perdão pelas abobrinhas.
Não sou nenhum Galvão Bueno, portanto cometo duzentos erros e falhas à cada transmissão.
Nem sei como a emissora ainda me dá essa oportunidade de trabalho.
Mas um dia devo melhor pelo menos um pouquinho.
Quanto à torcer contra o Palmeiras, como colocas, não vejo nenhum motivo para tal. Faz muito tempo que o futebol não mexe com as minhas emoções pessoais. Logo devo parar e sentirei um grande alivio, acredite.
Isso tudo tem me cansado muito.
Já estou velho para ouvir tantas abobrinhas, inclusive as minhas.
Faz tempo que meu clube é o FAMILIA FUTEBOL CLUBE.
Por esse eu choro, luto e me debato.
gde abraço.
SEJA FELIZ!!!
jota junior
Às 23 de agosto de 2010 às 21:19 , Edson disse...
Jota, agradeço a atenção da sua resposta. Você pode não ser o melhor, porém gosto do seu trabalho.
Entendo que, como torcedor, e no calor da torcida, podemos também cometer alguns excessos. Entendo também, que quem lida com emoções, tem que ter cuidado redobrado, coisa que a imprensa esportiva faz questão de ignorar, em sua maioria, tripudiando em excesso a paixão do torcedor .
A torcida palmeirense vive como nenhuma outra essa situação, pois nenhuma notícia positiva ou encorajadora sai da mídia, em relação ao Verdão. Esse fato, com certeza, teve peso na minha avaliação. De qualquer forma, aceito as suas argumentações e desejo que continue a realizar um bom trabalho.
Saudações, Edson.
Às 23 de agosto de 2010 às 23:27 , Alcides Drummond disse...
RESPOSTA AO JOTA JÚNIOR (PARTE 1)
Prezado Jota
Não fiz crítica direta ao seu trabalho.Não o citei nominalmente. A crítica é geral e define o meu ponto de vista como ouvinte e assinante do PFC, responsável por um modestíssimo blog. Nada tenho de pessoal contra você ou qualquer locutor. Ouvi falar de seu caráter retidão e religiosidade e sei, que você é um cidadão de primeira. Porém vc exerce uma função pública e, como tal, está sujeito a observações e críticas ao seu trabalho. Já que vc individualizou e encampou uma crítica geral, quero dizer-lhe com proverbiais sinceridade e franqueza, sem querer ser o dono da verdade, que você voltou a exagerar, sim, na dose das estatísticas furadas e das retrospectivas desinteressantes lamentável marca do Sportv e do PFC. Embora narre muito bem, pois vem da escola do rádio e quem veio do rádio (de seu tempo) sabe das coisas, PARA O MEU GOSTO, vc tem mais enrolado do que narrado. Quem precisa fazer isso é o Galvão que perdeu a voz e não aguenta mais narrar o jogo todo.De segundo melhor narrador do país que sempre foi nas décadas passadas, hoje é um dos piores e mais irritantes. Se você narrasse como o Galvão, creia, eu baixaria o som da TV e colocaria o som do rádio. Há anos não ouço mais o Galvãoa a não ser en-passant. Ligo o rádio quando não tenho meios de fugir da abominável transmissão comentada do Galvão, que narra futebol como se fosse fórmula 1.
(continua)
====================
Às 23 de agosto de 2010 às 23:31 , Alcides Drummond disse...
RESPOSTA AO JOTA JÚNIOR (PARTE 2)
Quando assisto a um jogo pela TV quero saber apenas quem está com a bola. Pouco ou nada me interessa se o Palmeiras jogou com o Vitória em mil novecentos e guaraná com rolha e perdeu por 3 x 1 ou ganhou por 4 x 0. Para que essa bobagem se os jornais do dia e a Internet já mostraram?
Não significa, entretanto, que por eu gostar de um trabalho assim você deva mudar para me agradar. Sei que há orientações advindas da produção que têm de ser seguidas pelo profissional quer ele goste ou desgoste. Reservo-me, porém ao direito de protestar contra aquilo que dói em meus ouvidos e que não representa o procedimento preferido da maioria dos telespectadores. Entre centenas pessoas que ouvi sobre o assunto, não há quem goste. É uma boa mostragem. Imagino que seja mais cômodo para o narrador mas não agrada. Domingo o Odinei Ribeiro levou-me à beira de um ataque de nervos pois abdicou de narrar em várias oportunidades, dando uma de galvãozinho. Foi o fim da picada!
O que os narradores parecem não se dar conta é que o Galvão comenta o tempo todo porque já não tem mais garganta pra narrar. Abra vc a sua garganta, Jota, solte essa voz bonita que Deus lhe deu e narre apenas o jogo. Estatísitca ou informação, só com a bola parada. Vai ficar muito mais bonito e será melhor para o Sportv, para vc e para todos nós. AD
Às 23 de agosto de 2010 às 23:38 , Alcides Drummond disse...
CONCLUSÃO
Agradeço ao Jota pela postagem em nosso blog. Ele poderia não tê-lo feito em razão da limitada audiência deste espaço e, no entanto, o fez. Ele expôs os seus pensamentos e nós expusemos os nossos, da mesma forma como o fizeram o Edson e o Mirândola. Da discussão nasce a luz. Tomara que ela ilumine os nossos caminhos. Paz e alegria a todos!
Às 24 de agosto de 2010 às 19:55 , Marcelo disse...
Olá Palmeirenses,
E o nosso centroavante vem ou não vem?
Tentaram contratar o Ciro do Sport, a Traffic só tenta.
O Cipullo em vez de defender o Felipão mete o pau também, disse que o Felipão deu uma declaração inadequada.
Inadequado é ele que não sabe contratar atacante.
E o nosso centroavante vem ou não vem?
Abraços,
Às 25 de agosto de 2010 às 10:24 , FUTNEWS disse...
NÃO VEM ATACANTE.
Ao invés disso, estão tentando outro zagueiro, o Rodrigo ex-bambi e grêmio.
Parece que está por uma liminar.
"Vote no tiririca. Pior que tá não fica"
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