SERÁ QUE AGORA VAI SER POSSÍVEL FALAR SÓ DE FUTEBOL?

 

Não será hoje que vamos falar, exclusivamente, de futebol.

O desdobramento do caso Reinaldinho me faz lembrar uma peça de teatro que fez muito sucesso no tempo em que morei no Rio de Janeiro.

A peça, engraçadíssima, falava sobre Greta Garbo, uma das maiores divas da história do cinema e tinha por nome: “Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá”.

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Adaptando o nome daquele espetáculo teatral ao caso Ronaldinho, uma autêntica chanchada esportiva, pode-se dizer: “Ronaldinho Gaúcho, quem diria, acabou no Atlético, em Minas Gerais”.

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Sem nenhum desdouro ao famoso “galo das alterosas”, creio que não seria este o clube pelo qual Ronaldinho gostaria de jogar após adquirir tanto nome e ter ganhado tanta fama..

Apesar de sua grandeza e importância, o Atlético tem prestígio estritamente regional.

Com isso, não quero dizer que Ronaldinho tivesse preferência em atuar pelo Palmeiras, o primeiro clube, aliás, que o procurou e valorizou.

Se Ronaldinho fosse menos mercenário, teria dado preferência ao Palmeiras pois, tanto Grêmio como Flamengo só se interessaram pela negociação a partir da proposta palmeirense e se apresentaram a reboque do interesse do Verdão.

Ronaldinho, então radicado em Milano, estava em baixa, com prestigio e auto-estima reduzidos e, ainda, não houvera, sequer, cogitado em retornar para o Brasil.

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O erro crasso de Ronaldinho foi sua opção, não por um clube de futebol mais sério e acreditado, mas, por uma imagem (ou seria miragem?) chamada CR Flamengo.

Milionário e com “a tropa toda na sombra”, Ronaldinho colimou muita coisa em sua volta ao Brasil entre objetivos profissionais e pessoais.

No Flamengo o time de maior torcida e apelo popular do país, ele imaginou que estaria com um pé na seleção sem precisar fazer tanta força;

Ao mesmo tempo, moraria na Rio de Janeiro dos pagodes, do samba, do chope gelado, do mar, das praias, do sexo fácil, da luxúria,  do mulherio esculpido e bronzeado, e de um povo festivo e festeiro.

Tudo isso o seduziu e pesou na decisão da escolha do clube e da cidade.

Na cabeça pequena de Gaúcho, era como se o Rio de Janeiro fosse o próprio éden.

Ledo engano! Só quem morou lá sabe dos espinhos pontiagudos que acompanham essa rosa. Eu sei! 

Ronaldinho, agora, também sabe!

Pelo incerto e desacreditado Flamengo e pelo quimérico e ilusório paraíso carioca, ele rejeitou o convite do Palmeiras e outro do clube que o revelou, o Grêmio porto-alegrense.

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Se os conselhos e advertências que recebeu foram insuficientes para abrir-lhe os olhos em relação ao futebol carioca e ao Rio de Janeiro, o tempo encarregou-se de faze-lo.

Ronaldinho é outro jogador que sentiu na carne e agora sabe que,  no Rio de Janeiro o inferno e o paraíso estão separados por um simples passo.

GRETA GARBO, QUEM DIRIA, ACABOU NO IRAJÁ!

RONALDINHO, QUEM DIRIA, ACABOU NO GALO, EM MINAS GERAIS!

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SERÁ QUE A DIRETORIA DO PALMEIRAS VAI DAR UMA RESPOSTA AO FLAMENGO ALÉM DE UMA BUROCRÁTICA NOTA OFICIAL NA INTERNET?

OU, COMO DE COSTUME, VAI BOTAR O GALHO DENTRO E PERDER A OPORTUNIDADE DE UMA AÇÃO POR DANOS MORAIS CONTRA UM CLUBE DECLARADAMENTE INIMIGO QUE TEM CAUSADO TANTOS DANOS AO PALMEIRAS?

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O FLAMENGO, SIM, ALICIA JOGADORES.

QUEM ALICIOU VAGNER LOVE?

QUEM ALICIOU KLÉBER?

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UMA PEQUENA AÇÃO POR DANOS MORAIS, PERFEITAMENTE CABÍVEL, COLOCARIA O “OESTE CARIOCA” E SEUS PREPOTENTES DIRIGENTES EM SEUS DEVIDOS LUGARES.

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O PALMEIRAS DEVERIA PROCESSAR O “FLA-CASSADO”?

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