VERDÃO PASSA PELO FORTALEZA E AGORA ESPERA O CSA!
Se, de um ponto de vista prático errei em minha previsão da perspectiva de uma vitória palmeirense em Fortaleza sem tanta "sofrência", o jogo em si ao menos mostrou que, em tese, eu estava com a razão.
Consoante com as minhas expectativas, o time do Fortaleza, creio que ficou bem claro, é fraco e tem seriíssimas vulnerabilidades e deficiências. Mas não fica por aí.
O Leão do PC é carente, tanto e quanto o Palmeiras e a maioria absoluta dos times brasileiros, de um meio-campista criativo, que abasteça suficiente e corretamente o seu ataque insinuante e veloz com Romarinho e Osvaldo.
Sem estender-me tanto em minúcias e pequenos detalhes de um jogo pegado e extremamente disputado, quero deixar registrado o seguinte: se algo me encantou, ontem em Fortaleza, foi o espírito de luta dos dois times, em um jogo no qual as defesas predominaram e reinaram absolutas do primeiro ao último minuto, ressalvado, claro, o lance do gol palmeirense.
Prefiro analisar a contenda (*royalties para a mídia dos anos cinquenta(s)) pelo viés da luta e empenho dos atletas em campo, tornando-a um verdadeiro jogo de xadrez no qual William conseguiu dar o xeque-mate logo no início da etapa complementar, mais exatamente aos dois minutos.
Claro que após a abertura do placar eu torci para que o resultado fosse ampliado, mas por tudo o que os times haviam apresentado na etapa inicial e por tudo que apresentavam na segunda parte do jogo, tive a convicção interior de que o placar definitivo seria aquele magro 1 x 0. Foi!
É óbvio que em um jogo tão disputado, truncado e picado, em que ambas as equipes estavam muito mais, preocupadas em se defender do que em atacar, não se poderia ver a beleza do jogo.
O atrativo maior ficou, então, justamente por conta da garra dos jogadores, do empenho dos times e das inúmeras tentativas de ataque frustradas por duas defesas sólidas e combativas.
Esse duelo constante entre as incursões constantes das linhas e a supremacia absoluta das defesas foi o que, em meu entendimento se não fez a beleza do jogo tornou-o muito interessante.
Um empate, sejamos verdadeiros, refletiria melhor a realidade do Fortaleza 0 x 1 Palmeiras de ontem.
Apesar de tudo não se pode, absolutamente, deixar de registrar que a vitória palmeirense decorreu, em parte, da melhor condição técnica de sua equipe -mais consciente e organizada que o adversário- aliada à capacidade individual inequívoca de William, o autor do gol solitário, pouco a pouco voltando à velha forma depois da cirurgia que o tirou do time por muito tempo.
Taticamente o Palmeiras de ontem, ressalvados uns poucos momentos de toque de bola com lucidez, não mudou nada e parecia o time de Felipão;
Era muito sólido na defesa, marcando forte com o auxílio de todos os atacantes exceto Luís Adriano, e, em razão disto, desprovido de qualquer força ofensiva.
Zé Rafael, Bruno Henrique e Scarpa cumpriram atuações que podem ser definidas não como abaixo da crítica como querem alguns, mas como abaixo da média deles, embora não se possa acusá-los de corpo mole ou coisa assim, pois todos se esforçaram. O que faltou foi criatividade e, sobretudo, inspiração ao trio.
Já Luis Adriano atuou sempre de costas para os zagueiros para tentar fazer o pivô. Até fez! Mas sua atuação, ontem, não convenceu e ele, que passou a semana enfrentando uma forte gripe, deveria ter sido sacado no intervalo do primeiro para o segundo tempo.
Nas bolas disputadas pelo alto com os zagueiros do tricolor cearense Adriano ganhou a maioria, mas nunca, em tempo algum do jogo, qualquer companheiro encostou para "dialogar" com ele e aproveitar aquelas tantas bolas em que o centroavante palmeirense levou vantagem sobre os defensores adversários.
Mano demorou muito para mexer no time do Palmeiras, não sei se por excesso de responsabilidade (ele sabia da importância da vitória) ou se pelo fato de ainda não conhecer suficientemente o elenco e as individualidades para proceder a substituições mais arrojadas.
Dos que entraram, repito, muito tarde, Deyverson -outra vez, mais uma vez- não esteve bem, Lucas Lima entrou apenas para garantir u'a maior e melhor posse de bola e, a rigor, apenas e tão somente Carlos Alberto acrescentou algo positivo ao time.
Por falar em Carlos Alberto, hoje eu tive a certeza de ele vai dar certo com Mano Menezes em face da maneira inteligente que atuou, partindo em velocidade no costado dos beques, prendendo a bola com categoria e suficiência nas horas cruciais e jogando para o time.
Resumo final:
O Palmeiras precisa melhorar muito mas esta não é a hora de se cobrar exageradamente o invicto Mano Menezes à frente do elenco há apenas quatro jogos.
Claro que vamos criticar pontualmente o trabalho dele apontando-lhe alguns erros que em nosso entendimento vierem a ocorrer, da mesma forma que apresentaremos as nossas sugestões com confiança e educação.
OS DADOS TÉCNICOS DO JOGO?
EI-LOS!
FICHA TÉCNICA
FORTALEZA 0 X 1 PALMEIRAS
Local: Arena Castelão, em Fortaleza (CE)
Data: 22/09/2019, domingo
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Não verificou no Var um penal pro Verdão. NOTA 5
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa (Fifa-RJ) e Silbert Faria Sisquim (RJ)
Cumpriram razoavelmente suas funções. NOTA 7.
VAR: Rodrigo Carvalhaes de Miranda (RJ)
Não verificou um penal contra o Fortaleza. Erro grave, NOTA 4.
Gol: Willian, aos 2 do 2ºT (Palmeiras)
Cartões amarelos: Marcos Rocha (Palmeiras); Felipe Alves, Felipe, André Luiz, Carlinhos (Fortaleza)
FORTALEZA: Felipe Alves (Marcelo Boeck); Tinga, Quintero, Jackson e Carlinhos;
Gabriel Dias (Juninho) e Felipe;
Osvaldo, Edinho (Kieza) e Romarinho;
André Luiz.
Técnico: Zé Ricardo
PALMEIRAS:
Weverton - Assistiu ao jogo e foi pouco exigido. NOTA 7
Marcos Rocha - Outra excelente atuação. NOTA 8.
Gustavo Gómez - Firme, forte e decidido. NOTA 8.
Vitor Hugo - Esteve perfeito o jogo inteiro, principalmente pelo alto. NOTA 8,5
Diogo Barbosa - Melhorou muito sob Mano. NOTA 8.
Bruno Henrique - Só defende. Perdeu a impetuosidade ofensiva. NOTA 6.
Scarpa - Atuação fraca. Perdido em campo. NOTA 5.
Willian - Valia pelo empenho. Fez o gol que decidiu. NOTA 7.
(Carlos Eduardo) - Entrou bem, com senso de grupo e maturidade. NOTA 7.
Luiz Adriano - Razoável. Mesmo fora de forma tem agradado. NOTA 6.
(Deyverson) - Surpresa a entrada de Deyverson. Não o subestimem. Mano sabe que ele tem potencial para entrar em determinados jogos. Ontem, mal. NOTA 5.
Zé Rafael - Depois de Bruno Henrique, a grande decepção de ontem. NOTA 5.
(Lucas Lima) - Vai acabar titular com Mano. Aguardem! Ontem, NOTA 6.
O CRAQUE DO JOGO:
Felipe Melo -
Continua sendo o melhor do país em sua posição! Comandou o time em campo ontem em Fortaleza e não falhou em nenhuma jogada. Ontem, NOTA 9.
Técnico: Mano Menezes
Demorou demais para alterar o time, mas temos de dar o desconto, haja vista que ele ainda está conhecendo o elenco.
Dentro de campo: NOTA 8
Fora de campo, na coletiva: NOTA 10
Nenhum treinador, nem Tite, nem Parreira e ninguém fala melhor ou esclarece o jogo como Mano.
Que venha agora o CSA!
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2 Comentários:
Às 23 de setembro de 2019 às 11:26 , Alváro Martins disse...
Alcides só vc mesmo pra achar algo de bom na pelada de ontem. Uma porcaria de jogo sem técnica, sem emoção e sem mais nada. O Palmeiras não jogou p. nenhuma. A única coisa que a gente aproveita é o resultado. Olha. Vi na tv o jogo dos bambis com o CSA. O time do Argel tá muito bem. É duro na queda. Se bobear o Palmeiras perde pontos pra eles mesmo jogando na nossa Arena. É bom ter cuidado. Um abraço a todos.
Às 23 de setembro de 2019 às 19:19 , Cláudio de MG disse...
Mais uma vez o Palmeiras se destaca em relação a TODOS os outros clubes do planeta.
A história da Sra Silvia Grecco, mãe do Nikollas, aquele garoto cego que é torcedor palmeirense como nós.
Aliás, permita-me "desrespeitar" um pouco a estes grandes palmeirenses que este blog ilustram, más o Nikollas é o MAIOR palmeirense da história.
Sua paixão Alvi Verde superou os limites da pátria e ganhou o mundo.
Sim, o mundo conheceu e reconheceu hoje, durante o evento The Best, da FIFA, este ilustre palmeirense. O maior de todos.
PARABÉNS NIKOLLAS!
PARABÉNS NIKOLLAS!
PARABÉNS NIKOLLAS!
Por justiça, parabenizo também com TODAS AS HONRAS, a Sra Silvia Grecco, mãe exemplar. Cidadã de honra.
Parabenizo também o Sr Marco Aurélio Souza, jornalista do Grupo Globo, que deu o passo inicial e apresentou ao mundo esta história maravilhosa.
Messi mereceu o sexto título do The Best, embora minha torcida fosse para o zagueirao holandês. Torci só pra sair um pouco da mesmice Messi/Cristiano.
Más o MAIOR vencedor do evento foi nosso Nikollas.
O maior palmeirense da história!
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