A IMPORTÂNCIA DE UMA VITÓRIA SOBRE OS BAMBIS!

 
 Vale tudo no "choque-rei", até blefar!

O Palmeiras precisa vencer, tem de vencer, e há de vencer os bambis amanhã na Allianz Arena. Auguro que sim!

Por isso, concordo, plenamente, com as declarações de Oswaldo de Oliveira, segundo as quais se o Verdão, não vencer o jogo de amanhã, não terá nenhuma importância. Explico porquê!

Assim disse Oswaldo:

"É um jogo que não decidirá nada. São Paulo e Palmeiras se classificarão, tenho de me preocupar é com a confecção da minha equipe"

E completou: 

"Vencer o São Paulo é muito bom, dá raça e moral, mas ninguém morrerá se houver um empate ou se acontecer um resultado que não seja uma vitória"!
 
Quando afirmo que concordo com as palavras de Oswaldo, o faço, porque entendo, perfeitamente, onde quer chegar o treinador. 

Trata-se, sem qualquer dúvida, de uma jogada psicológica que, se não é capaz de fazer gols, pode ajudar a decidir o clássico.

Ninguém, mais que Oswaldo, sabe da importância técnica, numérica, financeira, psicológica e emocional de uma vitória alviverde sobre os bambis, amanhã na Allianz Arena, nem que seja por meio a zero.

As declarações de Oswaldo, aparentemente descabidas, evidenciam a sua sagacidade, inteligência, vivência e tirocínio em relação ao jogo de bastidores, aquele que é jogado antes do jogo e fora dos gramados. 

A finalidade das declarações de Oswaldo não é outra, senão aquela de tirar dos ombros de seus comandados o peso da responsabilidade do clássico, relaxar elenco para tirar o melhor, em campo, de cada jogador.

Estudioso, observador e muito profissional, o técnico palmeirense já deve ter se inteirado do bloqueio mental que toma conta dos jogadores palmeirenses quando dos clássicos, sobretudo nos choques-reis.

Ele já deve ter ciência de que, nos confrontos do Palmeiras contra os Bambis,  estamos em desvantagem: Foram 293 jogos, com 103 vitórias dos bambis, 95 vitórias do Palmeiras e 95 empates. Precisamos, urgentemente,  reverter para, depois, inverter esse quadro!

Um medo crônico que o Palmeiras, -há muitos anos, não se sabe porquê-, vem apresentando nos clássicos, principalmente contra o São Paulo, tem sido e é um fator psicológico negativo que se repete indefinidamente...

Tem o poder de traumatizar, mental e psicologicamente, os jogadores, gerando em todos eles um comportamento de submissão aos adversários. É preciso romper com isso!

Esse clima de negativismo, que atormenta o Verdão há tanto tempo, é um fator desencadeante de performances ruins, conduzindo os atletas verdes ao nervosismo, ao desequilíbrio, ao erro e, muitas vezes, ao terror.

Oswaldo sabe, perfeitamente, que mesmo o seu time novo, que nada tem com o passado, está contaminado por tudo isso e, ao mesmo tempo, bloqueado psicologicamente, pela implacabilidade dos números. 

Quando a mídia divulga a estatística e afirma que o Palmeiras não leva vantagem e nem dá sorte contra os Bambis, provoca, mesmo entre os novos jogadores, o medo de ganhar que, como disse Luxa, tira a vontade (eu diria a motivação) para vencer.

Ao blefar em relação aos próprios interesses, Oswaldo, por incrível que pareça, desarma os espíritos, areja o ambiente mental, melhora o astral, o psicológico, minimiza as responsabilidades, desmitifica o jogo e desmobiliza o adversário, retirando do jogo o estereótipo de guerra.

Além disso, retira de seus atletas a carga de responsabilidade, que tanto faz subir a adrenalina, rebaixando-a a um patamar bem próximo de zero. Isso é bom para o Palmeiras

A jogada psicológica de Oswaldo, (não creio que tenha sido mera coincidência, considerando-se o bom nível intelectual do treinador)  aparentemente banal, é muito significativa e importante, haja vista que o time que mantiver os nervos no lugar, terá maiores possibilidades de ganhar o "choque-rei".

Tudo o que foi dito, acredito, Oswaldo deve ter declarado, exclusivamente, da boca pra fora.

Não levo fé em seu desinteresse pelo jogo de amanhã, que pode representar o encaminhamento do Palmeiras para jogar em casa ou, no máximo, em São Paulo algumas partidas decisivas deste Paulistão.

Da mesma forma, acho improvável que Oswaldo não esteja interessado em derrotar o SPFC time que, entre os grandes, é o único paulista que supera o Verdão em relação ao número de vitórias nos confrontos diretos.

No recôndito dos vestiários, sou convicto de que, mais do que nunca, Oswaldo deve estar motivando os jogadores..

É evidente que ele deve estar discursando que, independentemente de todas as vantagens que o Palmeiras, poderá obter, ultrapassando um concorrente direto, o time, por questões morais, tem de  vencer ao menos um dos três clássicos da fase classificatória, nem que esse adversário seja o fatídico tricolor.

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