O ASSUNTO AINDA É VALDÍVIA, MAS A PALAVRA, AGORA, É DE UM LEITOR DO OAV!

Por sugestão do grande palmeirense Dinho Maniasi, habitué deste blog, transformo em post, para a leitura de Paulo Nobre, Mattos e demais dirigentes palmeirenses, os comentários do Marco, que, como todo o palmeirense provido de bom-senso e que ama o clube, continua trabalhando, desinteressadamente, pela renovação do contrato de Valdívia, o único craque de que dispõe o Palmeiras em seu elenco atual!


Assim disse Marco, "ipsis litteris" e sem "copydesk":

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"A continuidade de um jogador como o Valdívia jamais poderia ser avaliada por questões emocionais ou pessoais, por parte de quem possui o poder de decisão.

 

A análise fria da situação deveria e precisaria considerar determinados aspectos

 

1 – Trata-se de um jogador diferenciado, que atua em uma posição carente de opções. Não existe mais no futebol brasileiro jogadores de qualidade para a função e até na seleção brasileira essa ausência é sentida. Passou o tempo onde a seleção tinha todo seu meio e ataque composto por jogadores camisa 10 em seus clubes. Jairzinho, Gerson, Tostão, Pelé, Rivelino e o reserva Paulo César Caju eram todos camisas 10. Faltava ainda nessa lista, o divino Ademir que só não foi para a seleção em 70 pela bronca pessoal do “Seo Zagalo” com o pai dele, Domingos Da Guia.

 

2 – No futebol brasileiro, quem tem esse tipo de jogador, segura e, se puder, jamais o entrega aos rivais. A escassez de talentos para o meio de campo de criação fez os times brasileiros buscarem na América do Sul jogadores para a função. D’Alessandro, Montillo, Conca e Valdívia vieram do futebol sul americano e o Botafogo recorreu ao aposentado Seerdorf, que após encerrar a carreira na Europa veio ao futebol brasileiro fazer a diferença 

 

3 – A parte clínica e física do jogador é um fator fundamental para o Palmeiras fazer a opção de mantê-lo ou não. Para isso, o clube deve contar com a avaliação técnica dos profissionais da área e não ficar dando a atenção para curiosos desinformados que se julgam no direito de formar opinião sem conhecimento de causa. Caberá aos Departamentos Médico, de Fisioterapia e Físico do Palmeiras dizer se o jogador é apto ou não para seguir sua carreira.

 

4 – Em relação à parte disciplinar, item onde somente quem conhece o dia a dia e o ambiente do clube poderia opinar, cabe ao gerente de futebol, ao treinador e ao diretor remunerado, todos muito bem pagos, saber administrar situações envolvendo jogadores, quando elas existirem. O que não pode acontecer é diretor de futebol virar estrela, começar a “se achar a última bolacha do pacote”.

 

5 – No aspecto esportivo, constituiria enorme amadorismo colaborar para o reforço de um forte concorrente na competição nacional mais importante. O prejuízo técnico e esportivo seria enorme com esse rival vencendo a competição tendo sido reforçado pelo Palmeiras.

 

6 – Existe também o aspecto financeiro, especialmente para um clube que tornou seu programa de Sócio Torcedor o seu carro chefe. O abalo que o programa sofreria com a perda de um título para um rival reforçado pela sua diretoria. Não só o abalo financeiro, mas o político. O caso Kardec é memória recente e os estragos que ele causou ao time, aos cofres do clube e politicamente para a diretoria foram enormes, quase nos levando à segunda divisão. O caso Kardec deveria ter sido lição suficiente.

 

7 – O Palmeiras como instituição, deveria pesar muito todos os aspectos, deveria levar em conta o que pensa a maioria esmagadora de sua torcida e não uma ala localizada que por questões pessoais não gosta do jogador. Deveria perceber que há algo estranho quando jornalistas notadamente anti palmeirenses, inimigos históricos do clube se empenham com um entusiasmo fora do normal para que não ocorra a renovação de contrato com esse jogador. Deveria também desconfiar porque tanta gente que é torcedora de outros times se envolve tanto na situação desse jogador, ajudando na campanha para que ele saia do clube. Será que tudo isso não é motivo suficiente para pelo menos desconfiar dos interesses dessas pessoas tão preocupadas com o melhor para o nosso clube?

 

8 – Outro ponto que levaria a desconfiança para uma direção mais “antenada” ao mundo do futebol é que sem que clube e jogador tivessem se manifestado publicamente até a última segunda feira, até o Sr. Matos fazer uma declaração inoportuna e o jogador responder, também de maneiras inoportuna, a polêmica já estava criada de fora para dentro. Enquanto isso, clube vizinho estava com direitos de imagem atrasados e nada se falava pela mídia esportiva. Seria coincidência?

 

9 – O jogador mais de uma vez manifestou o interesse em renovar com o Palmeiras e o Palmeiras precisa do futebol dele. Então, que façam logo essa negociação, terminem essa novela e que o Sr. Matos pare de frescura e tire seu salto e justifique o ótimo salário que recebe para montar o time do Palmeiras. Deveria se lembrar de que não é mais diretor do Cruzeiro, é diretor do Palmeiras. Caso não tenha nenhum impedimento clínico, a não renovação do contrata seria a oficialização da condição amadora do nosso clube. Lembrando ao Presidente Paulo Nobre que já são mais de cem mil sócios torcedores. Não faça besteiras e não jogue tudo fora!

 

10 – O Palmeiras vive sem Valdívia, jogadores de enorme qualidade já passaram por aqui, saíram e o clube continuou. Porém, se for possível contar com o futebol dele, se for possível não reforçar um concorrente direto, muito melhor.

 

OBS: Curiosidade, o flamenguista fanático, disfarçado de jornalista, Renato Maurício Prado detona o Valdívia em seus comentários, colocando o jogador com um entrave para o Palmeiras. 

 

Porém, quando se fala da possibilidade do Flamengo o contratar, o cara muda até de fisionomia e o discurso muda radicalmente. Mais uma para se pensar!

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