MESMO QUE GANHE O CAMPEONATO ESTA TARDE, O PALMEIRAS NÃO SERÁ DECA-CAMPEÃO!
O decorrer dos anos e das temporadas ensinou-me que não existe fraternidade alguma entre os clubes do futebol brasileiro.
Daí aqueles mitos de o time A entrega para o B e C para D e vice-versa, serem totalmente incompatíveis com a realidade, menos em certas situações que representam, exatamente, as violações e nada mais são do que as exceções que confirmam a regra.
O que vou dizer agora refere-se, exclusivamente, ao extracampo, que, claro, acaba por exercer direta ou indiretamente um certa influência sobre o intracampo.
Fora de campo é maravilhoso ver momentos como aquele em que o Palmeiras, solidarizando-se com a Chape, que perdera um time inteiro em um desastre aéreo, ofereceu jogadores gratuitamente ao time do interior catarinense que, aliás, inspirou-se no Verdão para lançar-se no mundo da bola.
De um ponto de vista prático qual outro time brasileiro foi capaz de imitar o gesto da italianada alviverde? Pelo que sei, nenhum! Só doaram à Chape promessas, "faz de conta", "bla-bla-bla" e nada mais!
Os nossos italianos paulistanos podem ser acusados de briguentos, presunçosos, orgulhosos, e de "metidos a besta", sim, mas, ninguém pode negar que nas horas incertas sempre foram e serão, sempre, muito mais solidários do que os dirigentes dos outros clubes. Simples assim!
É óbvio que o que estou afirmando da ausência de respeito entre os clubes, tem tudo a ver com o mundo de hoje, de muita disputa e de extrema competitividade, haja vista que, antes da década de 50, as coisas não eram à imagem e semelhança daquilo que se vê hoje.
O maior exemplo foi o São Paulo FC, fundado no início da década de 30 do século passado, por um grupo de dissensão do aristocrático Paulistano, que desejou aventurar-se no mundo da bola e após 5 anos, simplesmente, faliu em face das dívidas acumuladas.
Para não alongar muito a explanação, os futuros Bambis iriam ceder ao Tietê (Clube) o patrimônio em troca do pagamento da dívida, mas estavam certos de que, nessa desditosa circunstância, não retornariam às lides da bola.
Refundado em 1938 o SPFC reiniciou suas atividades e, de início, começou a mandar seus jogos na Mooca, no Estádio do Estudantes e, endividado, estava à pique de uma segunda falência.
Foi nesse momento que Palmeiras, Corinthians e Portuguesa, mirando o desenvolvimento do futebol paulista, intervieram no problema a fim de que o SP não voltasse a fechar as portas.
Unidos em torno do objetivo comum, organizaram um torneio, realizado no antigo Parque Antártica, rogando aos seus sócios (eles não pagavam) para, que nesse dia, pagassem os ingressos pois a renda seria revertida ao endividado SPFC.
A Liga de Futebol do Estado de São Paulo, antecessora da FPF também abriu mão da taxa e disponibilizou toda a estrutura para o torneio, mas ficou por aí.
Além disso, em frente ao estádio do Verdão foram colocadas duas barricas para que os torcedores colaborassem com qualquer soma que pudessem e o jogo do SP com o Curica ficou sendo conhecido como "o jogo das barricas"!
Até Porfírio da Paz, presidente tricolor daquela época, um político que, depois, em 1954, foi vice-governador de Jânio Quadros, circulou entre as torcidas adversárias (naquele tempo era possível) segurando uma bandeira tricolor a fim de recolher mais contribuições de palmeirenses, corintianos e dos torcedores da Portuguesa de Desportos.
Em compensação, quando o Palmeiras foi Campeão do Mundo em 1951, torcedores sãopaulinos foram gratos e expuseram ao cinema e às "objetivas" uma placa saudando e reconhecendo o Palestra como o time número um do planeta.
Naquele tempo era assim. A rivalidade só existia dentro de campo e nas batalhas verbais entre os torcedores no dia a dia da então sossegada capital paulista, cujo slogan era "A Terra da Garoa" que já considerada, naquele tempo, como "A cidade que mais cresce no mundo"!
Ocorre, porém que ao final da década de 50 surgiu a torcida uniformizada do Curica, bando incontável e incontível de vândalos. O respeito entre os clubes acabou exatamente ali.
Contando com o aplauso, conivência e apoio de alguns setores retrógrados da imprensa dessa época, foram esses torcedores curicanos que, uniformizados e agindo em magotes, iniciaram o processo de violência que se instalou inicialmente em São Paulo e que, hoje, toma conta do Brasil.
Se mal pergunto, por que a imprensa paulistana não tem coragem de afirmar que a primeira torcida uniformizada do futebol de São Paulo, a "Gaviões da Fiel" foi a que introduziu a violência nos estádios brasileiros?
Os confrontos entre as torcidas (inexistentes àquela época e restritos a algumas brigas individuais) recrudesceram e minaram o próprio ambiente entre os clube até de outros estados.
Até o tempo em que frequentei com assiduidade os estádios, a torcida do Palmeiras, se dava bem, com as torcidas do Galo Mineiro e do Vasco da Gama. Hoje, já não sei!
De qualquer forma, pelo que pude observar no último Palmeiras x Galo em BH, não houve qualquer incidente grave ou algo que merecesse registro.
Ao mesmo tempo eu quero dizer que supunha perdurar uma amizade antiga entre os clubes, mas, confesso, me enganei.
Depois que o Galo vendeu Pratto para os Bambis, por muito menos, e alegou que não o venderia ao Palmeiras, simplesmente para evitar que o Verdão se reforçasse para a Libertadores (li, vi e ouvi isto na mídia daqui) não acredito em mais nada desse tipo, se é que um dia acreditei.
Em relação ao Vasco com quem o Palmeiras joga hoje definindo o Brasileirão, trata-se de um clube que, guardadas as proporções, passa pelo mesmo processo vivido pelo Palmeiras antes de Nobre assumir a presidência do Verdão e revolucionar o clube, tirando-o do endividamento e do caminho da insolvência.
Tudo deles, exceto a camisa, se parece com o Palmeiras de cinco anos atrás. Até um Mustafá eles tem e o Mustafá deles é o Eurico.
É por isso que ainda nutro um certo respeito e consideração por esse clube e torço, sinceramente, para que não caia para a segundona e se recupere plenamente, para a grandeza maior do futebol brasileiro.
Mas que me desculpem os vascaínos (tive grande amigos que torciam pelo Gigante da Colina) hoje estarei torcendo, sádica e exclusivamente para que o Verdão os derrote e chegue ao título.
Faço, no entanto, uma ressalva:
Se o Cruzeiro estiver derrotando o Flamengo por boa diferença de gols (é possível porque a freguesia é antiga) e Palmeiras e Vasco empatarem, confesso-lhes que, por incrível que pareça, ficarei duplamente satisfeito.
Primeiro porque o Palmeiras manterá a invencibilidade e, ao mesmo tempo, será campeão.
Segundo porque o Vasco (um dos maiores fregueses palmeirenses da história) vem apoiando o Verdão na luta contra o massacrante domínio Global.
Da mesma forma que o Palmeiras, boicotado pela Globo, o Vasco, a exemplo do Verdão, também um time de massa do futebol brasileiro, haverá de NÃO cair para a segunda divisão em 2019.
Mas, fique claro, se for para o Palmeiras perder o campeonato, melhor que perca o time amigo e que ele se vire na rodada final em Fortaleza contra o surpreendente Ceará. (AD)
POSSÍVEIS DADOS TÉCNICOS
Data e Local: São Januário (RJ) em 25/11/18
Horário: 17 H
Árbitro: Rafael Traci (PR)
Assistentes: Ivan Carlos Bohn (PR) e Rafael Trombeta (PR)
Árbitro: Rafael Traci (PR)
Assistentes: Ivan Carlos Bohn (PR) e Rafael Trombeta (PR)
PROVÁVEIS TIMES:
VASCOFernando Miguel (Martin Silva), Luiz
Gustavo, Werley, Castan e Henrique;
Desábato, Andrey e Thiago Galhardo;
Yago Pikachu, Kelvin e Maxi López.
Técnico: Alberto Valentim.
Desfalques: Breno, Marcelo Mattos, Rildo e Bruno Silva (machucados)
Pendurados: Thiago Galhardo, Ramon, Maxi López e Rafael Galhardo
Pendurados: Thiago Galhardo, Ramon, Maxi López e Rafael Galhardo
PALMEIRAS Weverton, Mayke, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa;
Felipe Melo, Moisés e Lucas Lima;
Dudu, Willian e Deyverson. Técnico: Luiz Felipe Scolari
Desfalques: Não há.
Pendurados:
Pendurados:
Borja, Diogo Barbosa, Lucas Lima, Thiago Santos, Edu Dracena, Antonio Carlos, Hyoran, Jailson, Marcos Rocha e Willian
Onde acompanhar: Premiere, Globo (menos RJ)
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ELEIÇÕES:
Preferi manter-me à margem das eleições palmeirenses, por simpatizar-me com os dois candidatos.
Se eu fosse votar, sufragaria Paulo Nobre por questões de coerência, competência e gratidão.
Não critico a carta por ele divulgada que, muitos dizem, o foi de maneira intempestiva e, segundo as más línguas, para atrapalhar a conquista do Brasileiro.
Não houve nada disso e tenho certeza de que Nobre, tanto e quanto todos nós, está e estará torcendo, sim, para que o Palmeiras conquiste o título, independentemente da presença ou não de Galiotte na presidência.
Entendo que ele quis, apenas, libertar as suas verdades visando a recuperar cia Genaro a presidência do clube e não poderia fazê-lo depois que as eleições terminassem.
Quer o vencedor Gagliote queira ou não, ser presidente depois de Nobre qualquer ser humano dotado de inteligência mediana teria condições de ser e de realizar um grande trabalho.
Sem querer entrar no mérito das divergências Nobre/Gagliote eu quero dizer que pela amostragem de seus dois anos de presidência, Gagliote, entre erros e acertos, esteve acima da média e das expectativas nele depositadas.
Mas, falando frqancamente, repito, sou muito mais Nobre e, se pudesse, votaria nele.
Não significa que esteja me opondo a Gagliotte (nem sócio do clube social eu sou) ou que esteja insatisfeito pelo fato de Gagliotte haver sido eleito!
Hoje, sob Gagliotte, se Deus quiser (ELE haverá de querer), haveremos NÓS de ser, pela décima vez, campeões brasileiros.
Chame a conquista de Deca quem quiser neste Brasil do vale tudo, mas tentarei respeitar o dicionário e a gramática e chamarei o Verdão de dez vezes campeão Brasileiro. Será que vou conseguir?
Foi o ufanismo da imprensa em 70 e dos locutores de TV (inclua-se o finado Do Valle e Galvão) que consagraram o erro simplesmente para aparecer, fazer média com a torcida e valorizar as suas transmissões.
O Brasil seria Penta (não é!) se ganhasse cinco copas seguidas e ininterruptas tanto e quanto o Palmeiras que não ganhou dez títulos seguidos e não será um "deca-campeão", mas um recordista e conquistador de dez títulos, ampliando a sua hegemonia de "o maior campeão brasileiro"!.
Por analogia, apesar do equivocado bordão, de que o Brasil é penta-campeão mundial, a canarinha nunca passou de um bi, fruto das conquistas sequentes de 58 na Suécia e de 62 no Chile.
Assim como a Seleção Brasileira, a da Itália, que ganhou seguidamente as Copas de 34 e 38 e seu terceiro título só veio ocorrer na Copa da Espanha, em jogo final que narrei direto do Santiago Bernabeu e deu Itália na cabeça, também não é tri.
As outras conquistas do Brasil, não se pode dizer que nos deram o Tri, em 70, pois, como foram espaçadas, em 70, 94 e 2002 temos de dizer que o Brasil tem a exclusiva marca de time cinco vezes campeão do mundo.
E, se querem saber mesmo, só existem dois times deca-campeões no Brasil e, ainda assim, apenas em circuitos regionais.
Um é o ABC de Natal que desde a década de 70 nunca mais disputou um Brasileirão da série A e o outro é o América Mineiro, este ano na Série A do Brasileirão e seriíssimo candidato ao descenso!
Ah, se querem saber, mesmo, vou rasgar o verbo e proclamar "Palmeiras deca-campeão brasileiro"!
AVANTI VERDÃO!
(AD)
9 Comentários:
Às 25 de novembro de 2018 às 08:42 , Boca dura disse...
Bom dia Alcides com certeza vão lembrar que o campeonato brasileiro começou em 71 portanto o Palmeiras e só hexa e não Deca. A pergunta que fica é qual campeonato o time deles estavam disputando antes de 71 a Premier ligue
Às 25 de novembro de 2018 às 08:45 , Boca dura disse...
Ganhar dois mundias só com uma libertadores ai vale imprensa hipócrita
Às 25 de novembro de 2018 às 12:19 , Libertad disse...
O homão não deveria mudar, devia ser manter o time que goleou o America, com entrada desde o inicio de F. Mello, Deyverson e Scarpa, esse time esta mostrando ser muito mais solido e ajustado que esse que estão escalando para hoje, tem que fazer o resultado hoje, caso contrario a pressão vai ser imensa contra o Vitoria.
Felipão, chega de dar sopa para o azar, falta só dois jogos, por essa sua teimosia já fomos salvos varias vezes pelo gongo.
Luan e Gomes estão infinitamente melhores que A. Carlos e Dracena, V. Luiz esta em melhor momento que Barbosa, Scarpa quer jogo, e Deyverson mais ligado que Borja.
Weverton
Maike
Luan
Gomes
V. Luiz
F. Mello
B.Henrique
Scarpa
Dudu
Deyverson
Willian
Às 25 de novembro de 2018 às 12:44 , ester abea disse...
amigos
a. nosso Camisa 10 tem razao ao falar que hepta é um time que ganha 7 vezes seguidas...funciona assim no mundo todo... exceto na terra da RGT, recheada de Faustoes, Xuxas, Buenos, Criança Esperança, "Jornalista Doutor" nao-sei-o-que e outras pataquadas, que só fazem "sucesso" nesta terra de analfabetos. Povelho que mal assina o proprio nome, mas "se acha". Já dizia um falecido (e genial) Professor que 90% da humanidade é fraca.
b. CONTUDO:
Seremos DECA!!!!
Às 25 de novembro de 2018 às 13:59 , Fernando disse...
“A INVEJA É A EXPRESSÃO MAIS COMPLEXA DE ADMIRAÇÃO".
Avanti Palestra!!!
Às 25 de novembro de 2018 às 14:00 , Fernando disse...
Aos nossos adversários:
“É TÃO NATURAL DESTRUIR O QUE NÃO SE PODE POSSUIR, NEGAR O QUE NÃO SE COMPREENDE, INSULTAR O QUE SE INVEJA”.
Palmeiras, literalmente incomparável!!!
Avanti Palestra!!!! Avanti Sócio Torcedor!!!
Às 25 de novembro de 2018 às 14:01 , Fernando disse...
"QUEM AFIRMA QUE NÃO É FELIZ, PODERIA SÊ-LO COM A FELICIDADE DO PRÓXIMO, SE A INVEJA LHE NÃO TIRASSE ESSE ÚLTIMO RECURSO."
AVANTI PALESTRA!!!
A CADA DIA MAIS PALMEIRENSE!!!
Às 25 de novembro de 2018 às 14:03 , Fernando disse...
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
Chico Xavier.
Avanti Palestra Campeão!!!!!
Às 25 de novembro de 2018 às 14:05 , Fernando disse...
Respeito e humildade são as virtudes de um verdadeiro campeão, em assim sendo, joguemos o jogo como final de campeonato.
Na certeza teremos êxito e confirmaremos como o melhor time do brasileirão.
Avanti Palestra!!!
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