ESSE NEGÓCIO DE TORCIDA TER UM TIME, DE MANDAR NO TIME TEM DE SER LÁ PELO LADO DOS GAMBÁS! AQUI É VERDÃO, "MEU"!

Torcida que tem um time, é lá na Marginal sem número. O Corinthians, de fato, é menor do que sua torcida. Muito menor.
Mas aqui é Palmeiras, "meu". A nossa torcida também é grande e apaixonada, mas o Palmeiras sempre foi, é, e será muito maior do que ela.
Belluzzo e Cipullo parecem não entender isso. Continuam satisfazendo os caprichos e apetites de pessoas que não merecem o time que têm.
Assim,  o futebol, carro-chefe da sociedade esportiva, vem sendo administrado, há anos, de forma indireta,  pela turma implicante das cobertas e pela turma violenta das organizadas, nem sempre em simbiose. O clube, para essa gente, é mera massa de manobra de interesses pessoais e grupais, mormente os pessoais.
Uma diretoria de respeito, não pode sucumbir da forma como sucumbiram Belluzzo, Cipullo e companhia, diante dessa gente.
Na verdade não tiveram elan, ânimo e moral para peitar os almofadinhas das cobertas e nem a horda de feras que invade as arquibancadas. Pelo contrário, exerceram papel de cumplicidade e foram lenientes com os desmandos e transgressões desses palmeirenses desequilibrados.
Há anos que, no Palmeiras, tudo é feito ao sabor do desejo dessas pessoas , que se arvoram em ser mais palmeirense dos que os outros palmeirenses e que são as responsáveis pelo estigma que pesa sobre todos nós de "torcida mais exigente do Brasil".
O interessante nisso tudo é que a expressão, ruim e pejorativa, pois pressupõe arrogância e intolerância, os deixa orgulhosos e presunçosos, inflando-lhes um palmeirismo doentio, incontrolável que os leva, em muitas das vezes, inconscientemente, a trabalhar contra o próprio clube.
É essa gente que, em meu modo de entender,  tem sido a grande responsável pelos sucessivos insucessos do time do Palmeiras. Além da aura de auto-suficiência e de antipatia que transmitem, vaiam tudo no estádio, até o hino nacional e o minuto-de-silêncio.
Quantos jogadores nossos foram sumariamente linchados moral e futebolisticamente pela torcida!
O último foi Diego Souza que, incomodado e provocado pela "turma do amendoim", respondeu com gestos obscenos.  Estupidamente, irresponsavelmente foi defenestrado do clube pela exigência da diretoria em que ele pedisse desculpas públicas à torcida.
Ora, foi um episódio sem tanta relevância, ao qual, como essa diretoria de amadores sempre faz, atribuiu-se importância extremada. Resultado: por questão de vaidades diretivas perdemos o nosso (queiram ou não) principal atacante. Na semana seguinte, por outro episódio perfeitamente contornável e administrável, perdemos, concomitantemente, o outro atacante de que dispúnhamos e, de quebra, o treinador.
Em ambos os episódios havia recursos jurídicos a serem adotados como admoestação verbal, suspensão e multa, mas nada mais agradável para esses "amadorzões" de nossa diretoria do que ir para a imprensa e à frente de câmeras e microfones, comunicar uma dispensa.
Sei que há muitos dos nossos satisfeitos com as dispensas. Elas poderiam vir a ocorrer, sim, mas de forma mais discreta e conveniente, sem o escarcéu que se formou diante de fatos tão banais e que acontecem, recorrentemente, em todos os clubes. Expuseram o clube e o elenco à retaliação pública sem a menor necessidade. Mas quem conhece, como conheço, a imensurável vaidade do cartola palestrino, sabe que não se poderia esperar nada melhor. Apenas e tão somente autocracia!
" En-passant"  lembro-me da conspiração de Palaia e Edmundo, quando demitiram Tite, com o respaldo criminoso das organizadas. O tempo passa, mudam os nomes dos diretores, mas as práticas da cartolagem e da  parte influente da torcida do Palmeiras não mudam nunca.
Vêm aí mais uma série de medidas em detrimento do clube. Anotem!
Kléber, a peso de ouro, pode voltar. Por que não o mantiveram quando ele pouco custaria ao clube? Por que pagar um caminhão de dinheiro por esse jogador. Por que ele é amigo e freqüentador da mancha? Para agradar essa organizada? Para fazer média com a turma do Serdan?
É verdade que ele vai ganhar um salário igual ao de Marcos? Vale a pena? E o problema no púbis, ele já resolveu? Ou o Palmeiras, como de hábito vai financiar o tratamento que pode envolver cirurgia e um longo afastamento?
Anunciam, também, a provável contratação de Deivid, ex Santos e Gambás. A diretoria tem certeza absoluta de que ele está bem técnica e fisicamente? Ou ele vai chegar nas mesmas condições do Lincoln e vai ter de ficar mais dois meses treinando para readquirir a forma. Um jogador na idade dele readquire, realmente, a forma?
E o grossíssimo Ernesto Farias, reservão do brasileiro Hulk no Porto e colocado em lista de dispensas por incompetência, virá a peso de ouro? Não tem gente melhor do que ele no Brasil? Contem outra!
Vejam, meus amigos, que ninguém fala em contratações pontuais de jogadores sem marketing para o Palmeiras. Os gambás vão buscar  Paulinho no Braga e Bruno César no Santo André. A torcida deles, aplaude. Ambos estrearam bem contra o Grêmio e Bruno fez até gol. Se eles tivessem vindo para o Palmeiras haveria um descontentamento geral e eles seriam vaiados ao primeiro erro cometido.
Todos os clubes fazem subir gente da base (o melhor caminho na atualidade para qualquer clube) menos o Palmeiras. O garoto Gabriel Silva disputou o seu primeiro clássico contra o SPFW. Não jogou o que sabe, mas não comprometeu. Ontem ele foi alvo de críticas que o colocam como um atleta sem condições de vestir a camisa principal do Palmeiras. Quem não sabe que Armero, hoje, é melhor do que ele, mas quem, também, não sabe que ele tem um potencial técnico superior ao colombiano?
Nossa diretoria tem de parar de ser guiada pela torcida. Antes disso, tem de se impor aos caprichos e ingerências daqueles que pouco ou nada sabem de futebol, a não ser cornetar.
Que a diretoria tenha força e personalidade suficientes para  contratar técnicos e jogadores que estejam no Brasil, desde que preencham os requisitos exigidos pelo profissionalismo atual. Ninguém é melhor por jogar no Real Madrid, no Manchester, na Inter de Limão ou em qualquer time famoso.
Estão, na contratação de talentos garimpados no interior, o chamado bom e barato e na promoção dos atletas da base, as melhores soluções para qualquer clube. Sobretudo, creiam, clubes que vivem um mau momento, como o Palmeiras.
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