UM TIME DE BOLA COMPRIDA E RÁPIDO NOS CONTRATAQUES. ESSA SERÁ A TÁTICA DE PARRAGA AMANHÃ CONTRA OS BAMBIS.

Eu disse na última postagem que o grande mérito de Parraga na goleada sobre o Grêmio, havia sido o aproveitamento dos jogadores em suas reais características e a vocação ofensiva mostrada pelo time do Palmeiras  naquela partida.
Senti, noves-fora o resultado, que o time houvera mudado acentuadamente a sua forma de jogar e pensei, embora sem ter escrito aqui no blog, que o Palmeiras, do ponto de vista tático, adotava um esquema semelhante aos times dirigidos por Cilinho.
Constatei, após a coletiva de Parraga que não havia nenhum exagero em minha comparação mental inicial, quando ouvi, do próprio Parraga, que ele houvera sido auxiliar- técnico de Cilinho, quando de uma das passagens desse treinador pela Ponte Preta.
Ontem, quando ele treinou o sistema de três zagueiros,senti plena convicção de que a minha comparação é verdadeira e que jogaremos num 3/5/2 diante dos bambis, ainda que com o retorno do fisicamente limitado Lincoln, mas dotado de uma técnica espetacular e que pode decidir o clássico em favor do verdão.
Começando pelo santo goleiro que temos, Marcos, estará em ação, na provável hipótese do 3/5/2, um trio de zagueiros de respeito. Danilo, Maurício Ramos, esses nós conhecemos e Leandro Amaro, que se jogar metade do que jogou com a camisa do Botafogo de Ribeirão Preto, vai ajudar muito a nossa defesa.
Nas laterais estarão dois exímios apoiadores, Vitor e Gabriel Silva, que terão a incumbência não só de marcar os laterais bambis, como de apoiar o ataque palmeirense quando time detiver a posse de bola, alternando-se no apoio ao ataque. Acredito que, a exemplo do jogo contra o Grêmio, eles atuarão mais defendendo do que atacando, em razão do esquema do adversário.
No meio de campo teremos Márcio Araújo ou Edinho, certamente Edinho, titularíssimo, pegando, marcando, e combatendo a  peça chave do ataque adversário, Dagoberto,  só avançando na boa.Márcio entra na eventualidade da ausência de Lincoln, de outro esquema ou de Edinho voltar para a zaga;
Cleiton Xavier vai ter de se equilibrar na marcação inicial sobre o melhor jogador adversário, Hernandes, a quem deve acompanhar na maior parte do jogo e o municiamento ao ataque. Certamente, do outro lado, Hernandes terá também a incumbência de vigiá-lo. Vai ser um grande duelo.
Lincoln, com pouca condição física deve atuar em faixa restrita de campo, de intermediária a intermediária, procurando mais apoiar e atacar do que defender, tentando as tabelas curtas na entrada da área, as enfiadas curtas e inteligentes  e os arremates a gol à média e curta distância. Mas a falta de ritmo, pode levar Lincoln a entrar apenas no transcorrer do jogo.
Nossos atacantes, certamente, procurarão tirar Pirulito e Xandão de dentro da área para abrir brechas na fechada defesa adversária. Ambos vão procurar ajudar na marcação e Vinicius, pela juventude, deve colaborar mais do que Éwerthon que será explorado tal e qual um "sprinter", em velocidade, principalmente nos contrataques.
Gosto desse novo formato adotado por Parraga no time do Palmeiras. Ele dá ao adversário a falsa impressão de que está com o jogo controlado e parte para cima, abrindo grandes brechas para o contrataque. É por aí que podemos ganhar o choque-rei.
Com espírito de luta garra e determinação e inteligência, o Palmeiras tem tudo para surpreender os bambis, ainda que o jogo seja travado no reduto que eles mais adoram, o Morumbi, onde exercem forte pressão sobre os trios de arbitragem que costumam sucumbir, psicologicamente, às ameaças e apitam, invariavelmente, para o time da casa.
O árbitro escalado, jovem e inexperiente, será que vai agüentar a pressão? O Palmeiras precisa, assim como eles fazem, ir à mídia e irradiar a sua preocupação em face do árbitro central, haja vista que os bandeiras escalados são da Fifa e dois dos melhores do país.
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