HÁ MALES QUE VÊM PRA BEM!

Se o exagerado 7 x 1 que o Brasil levou da Alemanha na última copa, pouco ou nada serviu para a revitalização do futebol brasileiro, que os 5 x 1 que o Palmeiras levou da Chapecoense sirva como o marco inicial de uma nova era palmeirense.

A goleada no oeste de Santa Catarina impõe uma reflexão séria acerca dos caminhos e dos destinos para os quais o (bem intencionado) presidente Nobre direciona esse clube gigantesco e descomunal chamado SE Palmeiras em sua trajetória futebolística.

Em primeiro lugar o Palmeiras não pode, absolutamente, fraquejar e nem perder o seu poder de reagrupamento da torcida e de reação em campo, em decorrência, simplesmente, de um resultado desastroso.

E não pode ainda que nas circunstâncias ocorridas, em um jogo importantíssimo e de afirmação, diante de um time teoricamente frágil, formado em suas maioria por jogadores tidos como de segunda linha, muitos dos quais rejeitados por outros clubes e alguns pelo próprio Palmeiras.

Em segundo lugar porque o resultado vexatório expõe tudo aquilo que este blog, elaborado por um palmeirense de Belo Horizonte, algumas vezes deu a entender (para não minar o ambiente) e em outras, quando houve clima para fazê-lo denunciou, do erro crasso decorrente de Nobre ter passado a um profissional absolutamente inexperiente a responsabilidade pelo departamento de futebol de um dos maiores clubes do mundo, sem que ele tivesse "know-how" ou qualquer ligação afetiva com o clube.

O trabalho realizado este ano, per si, evidencia que estávamos cobertos de razão e o corolário do que afirmamos é irrefutável, independentemente do que o Palmeiras vier a conseguir no Brasileirão ou ainda que levante o título da Copa do Brasil.

Ainda que o Palmeiras, vice-campeão paulista de 2015 logre êxito em seu objetivo de classificação no G4 (cada dia mais difícil) ou que levante o título da Copa do Brasil (plenamente possível haja vista que já ganhamos esse título até em ano de rebaixamento) o time não terá feito mais do que a sua obrigação.

Vou mais longe. Na relação custo benefício -a mídia adora esse parâmetro- considerando-se o montante gasto por Mattos e os salários praticados ainda que sob a égide da produtividade, ainda assim o Palmeiras estará defasado.

Há que se considerar, sobretudo, o investimento descomunal do impetuoso diretor mineiro (gastar a grana dos outros é muito fácil) em 24 jogadores, entre os quais os melhores investimentos foram aqueles indicados por Oswaldo de Oliveira, Lucas, Gabriel e Rafael Marques, mais Aranha e Fellype Gabriel. 

Aranha entrou em campo uma única vez, sem grandes compromissos e Fellype Gabriel, contratado com uma lesão no joelho esquerdo sequer estreou. Sabe muito esse Mattos, não?

Entre os contratados por Mittos (HAHAHAHA), a partir do técnico Marcelo Oliveira, passando por Andrei Girotto, Alan Patrick, Alecsandro, Amaral, Arouca, Cleyton Xavier, Dudu (a peso de ouro), Egídio, Jackson, Kelvin, João Paulo, Leandro Almeida, Leandro Pereira, Lucas Barrios, Thiago Santos,Victor Luís, Vitor Hugo, Robinho (indicado por Alex ex-jogador do Verdão), Zé Roberto quem se destacou?

Girotto, bom no chute e na entrega de bola tem se revelado um moleirão na marcação...

Alan Patrick e Leandro Pereira não esquentaram lugar e foram negociados, respectivamente, com o Fla e com a Bélgica. Se era para negociar, por que, então, contratar? Mas nenhum dos dois houvera aprovado integralmente...

Alecsandro contratado intempestivamente junto ao Flamengo, é, por incrível que pareça banco do improdutivo Lucas "Poste" Barrios (o substituto de Valdídia (Hein?) mas  está impedido de disputar a Copa do Brasil. 

Como pôde um diretor de futebol tão bem considerado e remunerado deixar seu time restrito a apenas um centro avante na única competição em que o Palmeiras tinha chances de ganhar? 

Por quê, se Alecsandro não poderia jogar a Copa, Mattos se desfez de Leandro Pereira?

Tanto e quanto ele estão Leandro Almeida (graças a Deus) e Thiago Santos (que chegou para substituir Gabriel. Mas o Palmeiras já não tinha Amaral, aquele que não disse a que veio?

Arouca e Clayton Xavier vivem no Depto Médico e, ao menos até hoje, só Arouca aprovou plenamente...

Egídio, por incrível que pareça, não foi uma contratação tão ruim, porque se ele é um mau marcador é, ao mesmo tempo, um excepcional cruzador de bola em movimento (um dos melhores do país) que deveria ser mais bem aproveitado. 

Por que todo o aparato cuidadoso no entorno de Zé Roberto quando ele joga de lateral, também não é praticado quando joga Egídio? Foi, principalmente, por isto que o Palmeiras foi goleado em Chapecó.

Por falar em Zé Roberto, reformar com esse atleta é um atentado violento aos cofres palmeirenses. 

Não reclamavam de Valdívia em função de um tal custo-benefício? De Zé Roberto, que posa de bom moço, concede entrevistas agradáveis mas que viaja e joga quando quer e quando bem lhe apraz, ninguém diz nada? 

Por que os detratores do chileno e a própria mídia nem, ao menos, tocam nesse assunto, tanto e quanto sequer mencionam a ausência total de Cleyton Xavier permanentemente em tratamento? 

Jackson já se acostumou a dar um gol por jogo aos adversários. Essa é a sua constante média, sempre tendente à progressão.

A considerar-se o seu riso, captado e registrado pela TV domingo em Chapecó, (de orelha a orelha), após troca de ideias jocosas com um adversário em pleno jogo, frio e indiferente a tudo e ao próprio desespero da torcida em face da goleada, fosse Nobre um conhecedor de futebol, no mínimo o chamaria para uma conversa bem particular e, dependendo das circunstâncias, até para as vias legais. Trata-se de outro zagueiro fraco, muito aquém das tradições e exigências do Palmeiras... 

Victor Ramos, em meu entendimento, é menos ruim e esteve sempre melhor na formação dupla com aquele que mostrou ser  melhor jogador entre os desconhecidos contratado por Mattos, Vitor Hugo...  

Leandro Almeida não foi, propriamente, uma contratação de Mattos, mas uma exigência de Oliveira, certamente por boas relações de amizade ou compadrio. O erro métrico do diretor de futebol foi o de haver referendado a inútil contratação, sobre a qual tantos alertaram neste blog entre os quais o londrinense Ney Verde. 

Como não conhecia o jogador preferi esperar mais um pouco pois se tratava de um jogador egresso de um clube de boa tradição na formação de jogadores, o Coritiba. Inútil espera...

Gostei muitíssimo da contratação de Kelvin, tanto e quanto da promoção de Gabriel Jesus. 

Por que, porém, Kelvin (com todo seu talento, fôlego, saúde e vontade de crescer pouco joga) tanto e quanto Juninho da base (mais jogador do que Jesus) jamais teve uma chance, embora o Palmeiras não tenha no elenco um único armador, especialidade, aliás, desse garoto muito bom de bola e melhor jogador do Palmeiras na última Copa São Paulo.

Ao final da análise referente às contratações de Mattos, Robinho, indicado e referendado por Alex, ex-meia do Palmeiras que atuou com ele no Coxa  foi uma ótima aquisição, tanto e quanto, sobretudo Dudu, jogador já consagrado, alvo da cobiça de outros clubes e, seguramente, a melhor entre todas as contratações de Mattos.   

Chegou a hora de Nobre chamar Mattos e Cícero para uma conversa muito franca de cobrança de resultados, mas não defendo a demissão da dupla, somente um aperfeiçoamento de trabalho.

Apesar dos múltiplos erros da dupla que comanda o futebol do Palmeiras, creio que deu para que ambos pudessem sentir o impacto da força descomunal dos bastidores do Verdão, tanto e quanto os sentimentos e exigências da Leal torcida e aprenderem muito.

Aprenderam quero crer, por exemplo, 
1) que não se monta um time de respeito a partir da dispensa completa de um elenco, mas, sobre uma base pré-existente
2) que não se faz mais futebol com times de reduzida estatura (baixote só se for craque ou muito superior ao jogador encorpado, já dizia Rubens Francisco Minelli), 
3) que os craques têm de ser preservados como referências dentro e fora de campo, 
4) que não se contrata veteranos a não ser em circunstâncias especialíssimas,
5) que os diretores de futebol têm de reclamar dos erros arbitrais, dos tribunais e brigar por seus times também nas entrevistas.
6) que as categorias de base têm de ser prestigiadas com a promoção constante de seus melhores jogadores.
7) que a mídia tem de ser cobrada, peitada e desmascarada em seus arroubos e campanhas destrutivas.
8) que qualquer jogador, pra ser contratado, tem de ter ficha limpa e vontade de vencer, revogando-se as disposições contrárias.
9) que os técnicos têm de ser respeitados, prestigiados e, principalmente, respaldados.
10) que os elencos têm de ser justos, isto é, pouco numerosos, mas na medida certa das necessidades dos campeonatos. 
11) que de nada adianta contratar em quantidade, mas contratar jogadores de qualidade que cheguem e resolvam.
12) que os times, hoje, têm de ser formados do ataque para a defesa, procurando-se primeiro os atletas que fazem os gols e só depois preencher as demais posições, muito mais fáceis.

COMO VOCÊ AVALIA O TRABALHO DE MATTOS DECORRIDO UM ANO DE TRABALHO?

VOCÊ ACHA QUE MATTOS QUE PASSOU A CONHECER O PALMEIRAS, AGORA COM MAIS EXPERIÊNCIA, TEM DE FICAR?

OU PREFERE QUE ELE SEJA SUBSTITUÍDO POR UM NOVO DIRETOR DE FUTEBOL?

VOCÊ MANTERIA MARCELO OLIVEIRA? OU TROCARIA DE TREINADOR?

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