SEGUNDO MARCELO OLIVEIRA, O PALMEIRAS AINDA NÃO TEM UM TIME!

 
A declaração inoportuna de Marcelo muito me importuna!

Quer dizer que após quatro meses de trabalho, já na reta final da Copa do Brasil e no auge do Campeonato Brasileiro o técnico descobre que "o Palmeiras ainda não tem um time"?

Trata-se de algo preocupante, a ser pensado, ponderado, analisado e considerado, pois, ainda que não tenha, por que e para que divulgar?

Para uns soa como um "minha culpa", para alguns como atestado de humildade e, para outros, como prova de incapacidade. 

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, prefiro dizer, antes de tudo, que foi uma declaração amadora, desnecessária e intempestiva.

Sei, perfeitamente, que, às vezes, um time demora para pegar no breu e para engrenar...

Mas, cá entre nós que somos palmeirenses, quatro meses é  tempo suficiente para que qualquer técnico medianamente inteligente, ainda que não seja considerado um profissional de ponta, forme um time e o entrose, tática, técnica e individualmente .

Mormente quando esse técnico chega para dar sequência ao trabalho de outro técnico que, mesmo demitido e bem ou mal havia formado um time, levando-o ao vice-campeonato paulista...

Assim, não precisou começar do zero, dispondo, ao mesmo tempo de um elenco numeroso e de muitos bons jogadores para trabalhar e, teoricamente, sem compromissos com quem quer que fosse.

Este, porém, não foi, como deveria ter sido, o caso de Marcelo Oliveira, umbelicalmente ligado ao atual diretor de futebol que, a julgar pelo que fez até agora, parece, muito mais, inclinado a novas negociações e contratações do que, propriamente, a montar um time de respeito.

Tudo o que estamos dizendo é verdadeiro e pertinente, mas cairá por terra e seremos criticados caso o Palmeiras ganhe alguns jogos, encaminhe a classificação para o G4 ou levante o título da Copa do Brasil. Tomara que ocorra!

Aí os oportunistas virão e dirão com ares de triunfo: "Falou mal do Marcelo, criticou o Mattos mas eles são vitoriosos,sabiam o que diziam e, principalmente, o que estavam fazendo". 

O fato, meus amigos,  é que o Palmeiras já dentro do funil para a temporada de 2016, melhorou significativamente sob a administração de Paulo Nobre em muitos aspectos, principalmente fora de campo.

Em campo, verdade seja dita, melhorou também, mas não ao ponto de apresentar uma estabilidade técnica que tranquilizasse e desse confiança à torcida, e, principalmente renovasse-lhe a esperança de títulos.

A esta altura do ano, o maior objetivo da equipe, sem qualquer dúvida, é a classificação para a Libertadores em 2016.

Para atingir esse objetivo, o Palmeiras, com boas chances de chegar, das duas, uma: ou vence a Copa do Brasil ou chega entre os quatro primeiros do Brasileiro.

O caminho menos difícil seria vencer a "CdB" pois o Verdão dependerá, exclusivamente, de suas próprias forças para chegar.

Terá pela frente, apenas, mais quatro jogos, sendo dois em casa e dois fora de casa, embora contra adversários tradicionais, muito fortes,  complicados e difíceis de ser batidos.  

No Brasileirão está um pouco mais difícil, em decorrência dos sucessivos tropeços da equipe e do consequente aumento de concorrentes à única vaga disponível porque, a não ser que ocorram surpresas em profusão, Curica, Galo Mineiro e Grêmio parecem garantidos.

As dificuldades palmeirenses se multiplicam porque entre os vários times que brigam pela vaga, Santos e Bambis têm um ponto a mais do que o Verdão (46 X 45) e Flamengo e Inter, um a menos, (44 X 45).

O próximo adversário alviverde será a Ponte, que, se vencer, entra, praticamente, na disputa pela vaga, pois atingirá 44 pontos.

Como se vê, é time demais (com o Palmeiras, cinco e com a Ponte, pode virar seis) para uma única vaga disponível e a melhor saída para o Palmeiras será vencer o Flu e, depois, o vencedor de Santos x Bambis, pela Copa do Brasil.

Com o time peladeiro que tem, embora desprovido de zona de raciocínio, mas ofensivamente muito forte e com algumas individualidades de respeito, se colocar o coração na bicanca, o Palmeiras pode chegar lá.

Uma coisa, porém, muito me preocupa. 

Quando o próprio técnico palmeirense vem a público para dizer que "ainda não tem um time" eu começo a sentir que alguma coisa, além das contusões, do desinteresse de alguns jogadores, do trabalho destrutivo da mídia e do prejuízo constante causados pelos árbitros e pelas instituições que mandam no futebol, há algo preocupante nesses confusos bastidores alviverdes...

Marcelo Oliveira, em meu entendimento, perdeu uma grande chance de permanecer calado!

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