SE PERDER PARA O CAPIVARIANO O PALMEIRAS VAI, INAPELAVELMENTE, PARA A ZONA DO DESCENSO!

FALTA UM DEZ HABILIDOSO NO MEIO DE CAMPO DO PALMEIRAS!

Eu acho estranho que quando se fala na necessidade do Palmeiras contratar um armador clássico, habilidoso, preferentemente canhoto e especialista na posição, alguns torcedores discordem.

Vão além, torcem o nariz, retrucam, protestam e argumentam que não há necessidade disto, pois o Palmeiras dispõe de vários jogadores capacitados a exercer a função. Não é verdade!

Penso que um clube que se propõe a alçar grandes voos e recobrar a sua grandeza no cenário esportivo, não pode continuar se sujeitando a arranjos, improvisos e, enfim, de adotar o conhecido jeitinho brasileiro para a economia de alguns trocados. Tem, antes de mais nada, de investir! A necessidade o obriga! 

Até temos, reconheço, jogadores que quebram bem o galho na posição, mas um especialista competente, desde que Valdívia foi estupidamente demitido, está provado que não.

Robinho, por sua versatilidade e ótima condição técnica, tem sido escalado na função, mas está bem longe de ser esse jogador desequilibrante que a torcida gravemente espera, conquanto tenha sido de razoável a bom na maior parte das vezes em que foi obrigado a exercer a difícil tarefa de armar o jogo.

Entre os recém contratados, Moisés nem começou e já está contundido, fora de combate. 

Régis ainda não jogou um só jogo completo, mas a julgarmos pelo pouco que mostrou, não convenceu. 

Resta saber como retornará Cleyton Xavier após quase um ano de estaleiro, conquanto  se saiba que pelas suas características ele não encarna a figura desse jogador do qual o Palmeiras tanto necessita!

Assim, conclui-se que o Palmeiras não dispõe de um único jogador para exercer as funções de assistência e armação. Tá mais provado que vestido de madame.

Ou será preciso que o Palmeiras seja rebaixado no Paulistão e desclassificado na Libertadores para que Mattos e Nobre reconheçam a situação, gravíssima? Prevenir é, sempre, o melhor remédio!

Outros desafiam-me a identificar e indicar um jogador das características que aponto e que esteja disponível no mercado. 

Eu, particularmente, conheço muitos, mas quem ganha salário de craque para desempenhar essa função é Mattos e a obrigação da procura e da contratação só a ele cabe e pertence.

Sobretudo, repito, após a paquidérmica estupidez da dispensa de Valdívia, atendendo a  "encomendação" expressa da Mancha! Cada porco em seu chiqueiro, até quando as facções vão ser donas do Palmeiras? É preciso romper com isso!

Fique claro, os jogadores que eu indicaria pertencem a equipes de menor expressão e se eu declinasse-lhes os nomes a torcida, certamente, iria desatar a rir, desacreditar e até debochar de minhas indicações.

Fiéis, ou, melhor, leais ao velho, arrogante, doentio e agressivo orgulho palestrino a galera palmeirense rejeitaria todos os meus nomes, por mais lúcidos e competentes que fossem ou que possam ser.

Infelizmente ainda perdura no imaginário da torcida alviverde o arcaico pensamento e a mentalidade superada, segundo os quais a camisa do Palmeiras é pesada.

Pesada p... nenhuma. O que pesa, mesmo, é a intolerância e a arrogância de grande parte da torcida do Palmeiras, aquela impaciente e discriminadora. Viram o que fizeram com Márcio Araújo? O que fazem com Luan? Com Egídio?

Lembram-se, por acaso, todos, de quando Thiago Santos chegou, contratado junto ao América Mineiro? É mole? Ou querem mais?

Outro dia mesmo eu vi jogar um meia da URT de Patos de Minas, Carlos Magno, 29 anos experiente, raçudo, espetacular, habilidosíssimo, ex-Audax, que acabou com o meio de campo do Galo com Dátolo, Rafael Carioca, Robinho e outros na vitória da URT sobre o Galo, por 1 x 0.

Como ele, jogadores existem, espetaculares, em tantos clubes de menor expressão, mas o Palmeiras  jamais vai querer saber deles devido ao desinteresse e às críticas da torcida e à desinformação ampla, completa e total da maioria de seus dirigentes. Nem TV parece que eles vêm. Quem sabe deixaram de pagar a mensalidade do pay-per-view?

O Verdão, aliás, chegou ao desplante de contratar, em passado recente, o zagueiro uruguaio Vitorino, que estava há dois anos encostado no Cruzeiro, sem jogar e curando uma contusão crônica. Detalhe: Alexandre Mattos à época diretor de futebol do Cruzeiro empurrou o mico uruguaio para o Verdão.  

Infelizmente a maior parte da torcida palmeirense é metida a elitizada e cultiva discriminar jogadores mais humildes, sem nome e marketing, principalmente aqueles egressos de times interioranos ou de menor expressão, tanto e quanto alguns palmeirenses existem que não valoram e desprezam os jogadores formados na base.

Esse segmento de babacas desconhece que, no tempo das "vacas gordas"( década de 70), daquele time mais vencedor que o Palmeiras teve em sua história todos os jogadores, praticamente, foram contratados junto a times interioranos.

Emerson Leão veio do Comercial, Eurico do Botafogo, times de Ribeirão Preto, assim como Baldochi campeão do mundo em 70, vendido depois ao Cu-ríntia porque Luis Pereira, contratado junto ao São Bento de Sorocaba era muito melhor do que ele e pedia passagem. Passou! 

Nelson, quarto zagueiro, veio do América de Rio Preto e Ferrari, do Paulista de Jundiaí. Dudu, Ney e Pio foram egressos da Ferroviária de Araraquara e Fedato, o melhor reserva do futebol brasileiro em todos os tempos foi contratado junto ao Noroeste de Bauru. De Rosis era da Portuguesa Santista.

De times intermediários o Palmeiras contratou Edu e  Leivinha à Portuguesa (Leiva tinha vindo do Linense), Ademir da Guia, do Bangu e Minuca, do América carioca.

Junto a times grandes, o Palmeiras apenas foi buscar o lateral esquerdo Zeca do Grêmio e César Lemos, o César Maluco, um dos maiores artilheiros do Verdão em todos os tempos, que veio do Flamengo.

César foi apelidado de Maluco porque festejou um gol do Palmeiras arrancando a peruca do repórter Roberto Silva, o olho vivo, grande palmeirense da Rádio Bandeirantes, exibindo o seu escalpo artificial debaixo das arquibancadas, para o delírio da torcida alviverde presente ao Parque Antártica.

Do exterior o Palmeiras trouxe Luís Artime, artilheiro consagrado, do Independiente da Argentina, tanto e quanto o apoiador Héctor Silva contratado ao Peñarol do Uruguai.

Vejam portanto que, daquela geração espetacular que vestiu a camisa do Verdão na década de ouro, de 70 a 80, todos aqueles jogadores se tornaram importantes a partir do momento em que passaram a jogar pelo Palmeiras. É assim que tem de ser e que deve ser!

Eram, 95% deles, ilustres desconhecidos e se tornaram, todos, astros do futebol brasileiro, sul-americano e internacional, tão logo vestiram a camisa do Verdão.

O Palmeiras precisa resgatar essa política de contratações mas com um pequeno detalhe: colocar os contratados para jogar assim que chegam ao clube, como se fazia antigamente a fim de deixá-lo à vontade e acostumar-se aos novos colegas.

Nas atuais circunstâncias muitos jogadores -por exemplo- desse grupo excessivo de 33 atletas, ao final de seus contratos, sequer sentirão o gosto e o prazer de dizer que um dia jogaram no Verdão pois com o técnico conservador que o Palmeiras tem, a maioria deles só vai entrar em campo, mesmo, antes dos jogos para reconhecimento de gramado e para brincar de "bobinho"!.

Assim como ocorreu no ano passado, quase todos eles farão um ou dois jogos e serão recolocados no ostracismo permanecendo no banco e sem oportunidades.

E o Palmeiras, além de pagar-lhes os milionários salários ajustados, verá os lugares reservados aos garotos da base ocupados por "comes-dormes" sem a menor identificação com o clube.

Não foi isso o que ocorreu em 2015 e tem tudo para repetir-se agora em 2016?

PALMEIRAS X CAPIVARIANO

O perigo que o Palmeiras corre esta tarde na Arena é o Capivariano ser o lanterna do Paulistão com 4 pontos em 7 jogos, já candidato ao descenso.

A necessidade de vitória será o combustível do time interiorano em busca dos três pontos. O Palmeiras, que se cuide!

Sem Robinho, suspenso e sem Zé Roberto, poupado, o Palmeiras repete, na medida do possível, o time que derrotou o Rosário, o que considero de bom tom.

Antigamente os times jogavam sem essa preocupação de poupar o jogador tal ou qual e, apesar disso, não havia tantas contusões quanto as que se verificam hoje. Parece, até, que os jogadores não são mais feitos de carne e osso, mas de vidro!

Sem Zé Roberto, com Egídio o time ganha muito em velocidade, toque de bola e posse de bola, em razão da juventude, ousadia e capacidade desse atleta em apoiar o ataque. É preciso, porém, que a torcida acabe essa estupidez de vaiar o jogador antes mesmo dele entrar em campo!

Alias, en passant, faço uma digressão. Fosse Marcelo Oliveira mais observador e mais criativo, já teria tentado Egídio como armador. 

Essa experiência pode, perfeitamente, ser útil,  proveitosa e, quem sabe, resolver o problema da ausência de um armador qualificado. Egídio tem todas as qualidades para ser esse jogador de que o Palmeiras tanto precisa: é canhoto, habilidoso, tem classe e boa técnica para dar-se muito bem nessa função. É preciso, porém, tentar, por pra jogar na função e materializar a tentativa... Para isso serve o Paulistão!

Fosse MO, além de observador e criativo, também determinado e ousado, escalaria Egídio opcionalmente pelo lado direito, como fazem muitos técnicos, invertendo os jogadores de lado de campo. 

Assim, Egídio cumpriria também a função de lateral direito ou de ponta direita, fazendo as passagens pelo setor. Além de cruzar bem, ele chuta muito bem e poderia ser uma arma mortal contra defesas retrancadas. Mas esperar o que de um técnico conservador como MO? Apenas o trivial e olhe lá!

Caberá ao habilidoso porém carregador de bola Allione a função da armação e das assistências. Como os jogadores argentinos são muito altruístas e adeptos, muito mais, do jogo coletivo, quem sabe possa dar certo. Esperamos que sim!

Gosto do ataque com o trombador, ou, vá lá, o nove alto e forte de referência para o jogo aéreo ou para fazer a parede e a proteção para quem chegue de trás. Esse sistema depende, porém, da chegada dos meias, das enfiadas precisas para o centro avante e da chegada dos laterais em apoio.

Como, porém, o Palmeiras anda pobre taticamente e sem condições de exercer a contento essas funções, creio que o jogo com um nove como Cristaldo, jogador baixo mas de muita mobilidade e que se desloca o tempo tirando os zagueiros da área e encostando nos meias para tabelar é uma fórmula de jogo mais compatível e mais racional com as atuais individualidades palmeirenses.

Espero que o Palmeiras consiga sair jogando, que equilibre a meia cancha e que tenha agressividade e profundidade ofensiva para impor-se ao Capivariano e conquistar uma vitória, esta tarde mais do que necessária, impositiva.

Como este ano são seis os times que vão cair, a situação do Verdão na tabela é muito incômoda e o Palmeiras é o primeiro time fora da lista dos ameaçados pelo descenso.

Com 9 pontos ganhos, empata com a Ponte e com o São Bernardo que também têm 9, só os superando no saldo de gols (3) contra, respectivamente, (-2) e (-3).

Em pontos, supera o Rio Claro que tem 8 pontos ganhos, o Novo Horizontino e o Mogi-Mirim que têm 7 e o lanterna Capivariano que tem apenas 4 e  seu adversário desta tarde às 16 H no Allianz.

O time:
Fernando Prass; Lucas, Thiago Martins, Vitor Hugo e Egídio; Thiago Santos e Jean; Dudu, Allione e Gabriel Jesus; Cristaldo.

MARCELO FEZ BEM EM REPETIR O TIME PARA O JOGO DO PAULISTÃO?

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