UM CLÁSSICO NEM SEMPRE É RESOLVIDO APENAS DENTRO DE CAMPO!
Clássico é sempre clássico! Tudo pode acontecer em um clássico, até porque um clássico nem sempre é decidido exclusivamente dentro de campo.
Ainda mais quando esse clássico é um jogo de tal jaez, importância e rivalidade que tem o epíteto de "derby", colocando frente à frente os dois clubes que representam o ápice, o apogeu da rivalidade do futebol brasileiro, Palmeiras e Corinthians, muito maior que qualquer outra.
Repare, quem me lê, um pequenino detalhe acerca deste jogo!
Muito poucos se referem ao "derby" como Corinthians x Palmeiras, mas sempre como Palmeiras x Corinthians, ainda que o jogo seja no (literalmente) terreiro deles?
Essa maneira de referir-se ao clássico não deixa de ser uma forma subconsciente de respeito ao clube de maior representatividade e grandeza, inquestionavelmente o Palmeiras.
Desde a década de 50 que acompanho este jogo que tantas vezes fez-me derramar minhas lágrimas infantis pela dor da derrota.
Testemunha (graças a Deus) viva e lúcida de meu sentimento é a minha jovem mãe do alto de seus 92 anos de saúde, lucidez, sabedoria e inteligência que sempre me consolava nesses momentos amargos e difíceis.
Fui menino na década de 50 e testemunha de inúmeras migrações de garotos palmeirenses de menor personalidade para outras camisas, em face da década quase perdida em que o Palmeiras ficou 13 partidas seguidas sem vencer e quase 10 anos sem conseguir derrotar o maior rival.
Perseverei como palmeirense pois sempre tive têmpera forte, persistência e personalidade, legados invisíveis que alcancei de forma inconsciente seguindo o exemplo de meu velho pai, palmeirense muito mais de alma e coração do que de presença, que só viu o Verdão jogar nas poucas vezes em que a família viajava à casa do cunhado corintiano em Campinas onde já havia TV em preto e branco.
Fui testemunha da segunda "Grande Arrancada palmeirense", iniciada em 1958 que começou com uma espetacular goleada de 4 x 0 sobre o Corinthians na chamada "quebra do tabu". Lavou-me a alma!
Na ocasião, entre 58 e 59, mais ou menos nos termos da reformulação atual promovida por Alexandre Mattos, o Palmeiras contratou em série muitos dos grandes jogadores daquele tempo, recrutando-os, principalmente, nas Seleções Estaduais.
Na Seleção Cacareco, como era conhecida a Seleção de Pernambuco, o Palmeiras contratou Aldemar, Zequinha , Gildo, Géo e Rinaldo .
Na Seleção Gaúcha foi buscar Valdir Joaquim de Moraes, Enio Andrade e Chinesinho, o melhor meia de armação que vi jogar, mais até do que Ademir da Guia de quem foi mestre e professor.
Entre tantos outros contratados o Palmeiras foi buscar Paulinho no Flamengo, Geraldo Scotto e Formiga no Santos e Nardo, no próprio Corinthians.
Isso sem falar na maior de todas as contratações. Julinho Botelho muito, mas muito mesmo, melhor jogador do que Garrincha e um dos melhores do futebol brasileiro de todos os tempos. Vi N vezes os dois em campo e sei, perfeitamente, o que estou afirmando!
Daí em diante foi só alegria, e, muito pouco, tristezas.
Na verdade o Palmeiras só começou a perder no para o Corinthians no atacado quando Mustafá e alguns presidentes armaram times incompatíveis com a tradição e a grandeza palmeirense e o político Lula, subliminarmente, foi o presidente invisível, mas, de fato, daquele clube.
Lembram-se do que eu disse no início desta postagem de que um clássico não é decidido apenas dentro de campo?
Desde que esse político calhorda (só não tenho mais nojo dele do que tenho de o outro curicano FHC, ainda pior) perdeu o espaço e o poder e obrigou-se a afastar e esquecer o Curica que o Palmeiras não perde mais para eles.
Há exatos dois anos que eles não vencem o Verdão!
Que continue assim daqui a pouco!
FICHA TÉCNICA MAIS PROVÁVEL:
CORINTHIANS X PALMEIRAS
Local: Estádio de Itaquera, em São Paulo (SP)
Data: 22 de fevereiro de 2017, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto (SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP)
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Romero, Rodriguinho e Marlone; Kazim
Técnico: Fábio Carille
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Mina, Vitor Hugo e Zé Roberto; Felipe Melo; Michel Bastos, Raphael Veiga, Guerra (Keno ou Thiago Santos) e Dudu; Willian
Técnico: Eduardo Baptista
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11 Comentários:
Às 22 de fevereiro de 2017 às 17:40 , Unknown disse...
Repetindo o comentário da postagem anterior, com adendos entre colchetes:
O maior clássico do Brasil (talvez do mundo inteiro) é um campeonato à parte.
Não existe essa de tanto faz [o resultado para o campeonato, nesta fase de classificação].
Em termos psicológicos, vencer o curica é uma injeção de ânimo e moral fantástica para todo mundo, jogadores e treinador incluídos.
Ainda mais vencer na casa do adversário e sem nossa torcida!
A propósito, hoje o Veiga vai realizar o sonho de toda sua família palmeirense.
O moleque vai arrebentar!!!
Tem que sair jogando.
[Jaílson também é palmeirense desde criança e merece jogar o clássico!]
Às 22 de fevereiro de 2017 às 18:21 , VERDE INSUPERÁVEL disse...
Eu, menino, estava nos 4x3, em 1971, quando Adãozinho arrebentou, e eu saí do estádio chorando. E também no 1x0 para nós, em 1974, quando Ronaldo tirou o título tão esperado pelos curicanos, que saíram do Morumbi jogando paus e bandeiras no fosso, silenciosos. E o timaço do Palmeiras, da segunda academia, ganhava mais um Paulista. Estava também naquele da Libertadores, com Marcos defendendo pênalti de Marcelinho. Lembro-me também daquele, em 2011, de virada, por 2x1, quando entramos todo de branco, por ordem de Felipão, na quentíssima Presidente Prudente.
Fui a vários outros, mas sempre com a mesma tensão. Nunca se pode antecipar o resultado, nesse clássico centenário. Normalmente, quando pensamos que vamos ganhar, perdemos ou empatamos. Por isso jamais, digo, jamais, dou o meu palpite. Neste aspecto, sou muito supersticioso. Mas ganhar do Curica me faz perder o sono. E perder, não me deixa dormir. E isso vale também para jogos contra os cervídeos. Entretanto, contra o Curica, confesso, eu fico diferente, sempre com um pé atrás, por certo devido à dimensão histórica desse jogo, dos dois maiores times paulistas. Centenários. Se ganhar do Sunpaulo é ganhar, antes, do inimigo figadal, ganhar dos marginais, acima de tudo, é ganhar do nosso maior adversário. E vencer o adversário, e não o inimigo, é a essência da disputa no Futebol.
Às 22 de fevereiro de 2017 às 19:36 , Doente(verdão) disse...
Não ví jogar, mas tive a honra de participar de inúmeros churrascos com Chinezinho na casa do seu sobrinho, de apelido 'Gaucho"(que é Colorado), na praia de Peruíbe-SP! Sempre aparecia vestindo uma camisa do Palestra! Ouvi muitas histórias sobre ele, inclusive que o valor da venda foi preponderante para a construção do antigo Palestra Italia.
Chinezinho faleceu há poucos anos, mas sempre levou o Palmeiras no coração...
Abraço do Doente(verdão)
Às 22 de fevereiro de 2017 às 21:14 , Unknown disse...
Alcides, grande texto que espelha um passado tão próximo. Mas, tenha a certeza de que, independente do resultado de hoje, face a nova estrutura do verdão é de sua modernidade, nada irá abalar nosso time, caso haja um resultado adverso. Hoje temos os pés no chão e buscamos títulos, como todo time de primeira grandeza deve fazer, e não resultado imediato de jogo após jogo. Esse conceito vai demorar pra muitos torcedores entender, visto que pra eles o que importa é o resultado imediato, sem pensar no ano planejado. Eles não sabem o que diz. Tentam sempre, motivados pela imprensa que os induz ao erro, que a cada derrota deve trocar tudo, inclusive o planejamento feito. Eles não têm capacidade de raciocínio natural e sim emocional. Garanto a vc, que se o verdão perder hj, vai existir esses tipos de torcedores que querem a cabeça do técnico e a contratação de novos reforços. São os pelegos da imprensa marrom. Pobres coitados.
Às 22 de fevereiro de 2017 às 22:42 , Adriano Freire disse...
Esse árbitro destruiu jogar o clássico... Palmeiras não joga bem, e quem tem dois a menos somos nós que não temos Jean e William que esqueceram de vir para o jogo...
Às 22 de fevereiro de 2017 às 22:43 , Adriano Freire disse...
Destruiu o clássico *
Às 22 de fevereiro de 2017 às 22:53 , Elcio disse...
Eu ia usar o intervalo para falar de uns 4 que nem pegaram na bola, mas o juiz cagou.
Segura o juiz no segundo tempo, Felope Melo que se cuide.
Às 22 de fevereiro de 2017 às 22:55 , Unknown disse...
Querem apostar que vão contar para o juiz sobre o erro e ele vai expulsar um do Palmeiras pra compensar?
Felipe Melo que se cuide...
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curica tá numa crise tão brava que não consegue lotar o estádio nem em dia de clássico, hahaha.
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Perdi a conta dos chutões.
E não foram só do Prass.
Com tanta gente boa, pra que rifar a bola toda hora?
Às 22 de fevereiro de 2017 às 22:57 , Elcio disse...
Willian e R.Veiga nao pegaram na bola.
Keno e Jean horríveis.
Às 22 de fevereiro de 2017 às 22:59 , Elcio disse...
Os caras estão xorrendo e marcando muito, os chutoes sao inevitaveis.
Às 22 de fevereiro de 2017 às 23:52 , Unknown disse...
Vão reclamar do Baptista?????????
Jogadores sem vontade nenhuma.
Especialmente guerra Michel Bastos Jean
Salva somente Zé Roberto Dudu (mais ou menos) v. Hugo e Mina
Guerra já começou se queimando , espero que Borja seja melhor, não adianta ter um grande time no papel e não ter caráter, cambada de vagabundo......
Na boa , detesto perder pra esses malditos e juhz ajudou o Palmeiras......
Muitos jogos dá Libertadores vai ser assim, não adianta jogar com o salário jogadores lixos.
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