EU NÃO DISSE QUE DEPOIS DE JUCA DO PT, FÁBIO SORMANI É O JORNALISTA QUE MAIS ODEIA O PALMEIRAS?

Conheci Fábio Sormani na década de 80 no Estádio do Pacaembu, não sei se na entrada ou na saída de um jogo noturno, mediante a apresentação de um amigo comum e muito querido, Sérgio Cunha. Era um jogo do Santos, naturalmente!

Sormani, muito jovem e recém chegado do interior, não me lembro se de Bauru ou de Araraquara, engatinhava na imprensa escrita mas já era um garoto falastrão, teimoso, obstinado em suas ideias e metido a dono da verdade.

Eu, que não me preocupo tanto em analisar as pessoas (costumo aceitá-las da forma como são ou se apresentam), confesso-lhes, tive dificuldade para absorver o Sormani, não o cidadão, mas aquilo que ele, com empáfia e orgulho, carregava para a profissão, o "Sormani Ways (of) Life". 

Na qualidade de um jornalista um pouco mais velho, mais vivido e respeitador dos cronistas antigos,  impressionaram-me, demais, a ousadia, a imponência, a arrogância e a prepotência daquele jovem por aspectos de relacionamento que iam além dos normais mas inevitáveis choques de gerações.

Atirado e ousado, ele não se importava em estabelecer discussões ou contendas com quem quer fosse da mídia, desde que passassem pelo tema Santos FC. Detalhe: só o vi e cruzei com ele em estádios.

Após faiscantes escaramuças verbais logo no primeiro encontro passei a evitar as conversas e a vida seguiu seu curso, cada qual seguindo a sua direção nos roteiros impostos pelo próprio destino.

De quando em vez lembrava-me dele, de seu discurso e postura altamente clubísticos e fora de meus preceitos, até que um dia, passando por São Paulo, tive o ensejo de reencontrá-lo virtualmente no dial de meu rádio de viagens, sintonizado no AM-620, Jovem Pan.

Atento ao programa (parece-me que se chamava Fim de Jogo) ele foi acionado por alguém para um comentário sobre o Palmeiras o que aumentou a minha expectativa, em relação ao teor do que diria.

No entanto, nem bem ele  iniciou a abordagem do tema, desviou, num átimo, o teor do assunto para abordar temas do Santos. Desliguei! Fui ver TV.

Só então, tantos anos decorridos, eu pude compreender que o clubismo era o objetivo final desse profissional que, imaginei, pudesse vir a tornar-se um expoente na profissão desde que viesse a tomar tento, amadurecesse e aprendesse a viver a partir das refregas da vida.

Ledo engano! Sormani, pelo que observei neste quase um ano em que incluí a FOX em meu pacote da NET, continua teimoso, autossuficiente, sectarista e acredita tanto em suas resenhas mentais fantasiosas que não irá mudar. Nunca!
 Quando, o vejo, hoje, na FOX, lotado de razões e tentando impor as suas dogmáticas verdades nem sempre verdadeiras sobre os companheiros de programas, concluo facilmente e sem a necessidade de tantos tratos à bola, justamente aquilo que observara nos tempos em que eu o conheci:

Sábio Sormani é portador congênito de uma doença esportivo-degenerativa, letal em se tratando de jornalistas esportivos e conhecida como "clubismo".

Em cinquenta anos de carreira, nunca vi jornalista algum portador dessa incurável moléstia, autêntico carcinoma moral, ser respeitado, considerado ou reverenciado, apenas, criticado.

Assim é Sormani alguém que sequer a torcida do Santos, clube que ele mesmo escolheu para torcer, tolera, atura, respeita, venera, considera, ou tem em alta conta. Dá dó!

Em razão do que afirmo, sem ódio e sem medo, que não venha ele (caso se de ao trabalho de responder a esta crônica - o espaço está aberto-) me acusar de "porco falando mal do toucinho" por manter um site do Palmeiras.

Jubilado por própria opção, encerrei, definitivamente, a minha militância midiática há mais de 15 anos e, de lá aos dias de hoje, sou exclusivamente, um torcedor comum. Não, não estou violando a ética! Nunca violei e jamais hei de violar os preceitos sacratíssimos de minha profissão!

Quanto a mim, orgulho-me em poder asseverar àqueles que me leem que nunca, jamais e em tempo algum (em meus tempos de militância na imprensa) analisei quaisquer fatos sob a ótica de interesses do Palmeiras, tanto e quanto de qualquer clube dos múltiplos estados nos quais tive a subida honra de exercer a minha profissão, sempre com probidade, honradez e grandeza.

Ademais, independentemente de uma ou outra mera simpatia por clubes de outros estados, as quais jamais contei ou divulguei a quem quer que fosse, fique bem claro e explícito que torço -exclusivamente- por um único e exclusivo time neste mundo, a SE Palmeiras! Por nenhum outro mais, consequentemente!

Voltando a Sormani, percebo claramente que desde o tempo em que o conheci na chamada "flor-da-idade", ele continua, sob o aspecto p-r-o-f-i-s-s-i-o-n-a-l, repito, sob o aspecto p-r-o-f-i-s-s-i-o-n-a-l sem evoluir nada década de 80 aos dias que vivemos, sem tirar e nem por. Lamentável desperdício!

Não concorda com nada ou ninguém que contrarie os seus conceitos ainda que tacitamente reconheça que está errado e, da mesma forma, não acata argumentos contrários aos seus.

Em meu tempo quem agia assim era alcunhado de "o espanhol da anedota" pois um chiste em voga naquela época falava de de um espanhol que quando chegava a qualquer lugar já ia perguntando de imediato: Hay gobierno en esta tierra? Si hay soy contra! Sormani tem sido o espanhol da FOX.

Sem perder o vício, continua cultivando falar mais forte e mais alto do que os seus interlocutores visando a abafá-los, impor as suas ideias e ganhar (ainda que no grito) as discussões em pauta nas chamadas "batalhas verbais".

Da mesma forma nunca está disposto a ouvir ou admitir uma consideração ou um pensamento mais longos e que demande mais tempo, da parte dos companheiros. Está sempre apressando ou pressionando o argumento dos outros ignorando outro vetusto ditado que diz que "falar é prata, ouvir é ouro". Ele, definitivamente, é papagaio. Só sabe falar! Periquito é que ele, definitivamente, não é!

Eu que o tolero em suas diatribes esportivas diárias via o Fox Sport Rádio, posso depreender de suas atuações que ele pode (deve) ter evoluído material e espiritualmente -acredito que sim pois todos nós, humanos, evoluímos- sob todos os aspectos, exceto o profissional.

Hoje, quando ele disse na TV que Neymar não evoluiu nada, do ponto de vista pessoal e que não é um atleta respeitado em seu "metier" por múltiplas atitudes infantis, Sábio Sormani ainda que sem querer ou perceber, acabou  fazendo sua própria auto-crítica, escancarando o grande problema que o acomete enquanto cronista esportivo: a infantilidade profissional.

Fique bem claro, antecipo, que não o analiso sob qualquer aspecto moral ou pessoal, porquanto não o conheço suficientemente para tal e até porque o considero um cidadão correto e do bem.

Então, é assim: "nada tenho contra a forma de sua comunicação, mas tenho, sim, (quase) tudo contra o conteúdo doentio e equivocado de seus juízos de valor e da  maioria de suas opiniões".

Do ponto formal , não vejo nada de errado ou de ruim em a relação a sua voz, dicção, emissão vocal (boa sem ser excepcional), aparência, postura diante das câmeras (antipático porém autêntico) e, o considero um bom profissional mas longe da sumidade que ele possa pensar que seja! 

Do ponto de vista do conteúdo, trata-se de um incoerente cujas opiniões navegam ao sabor das suas simpatias pessoais e dos interesses do Santos FC, clube de sua idolatria e razão precípua de seu fracasso como jornalista esportivo.

Cessasse Sormani de falar tanto no Santos, diversificasse mais os assuntos e assumisse uma postura natural de neutralidade e imparcialidade e ele seria muito maior do que o apenas mediano profissional que encarna, hoje!

Mas, me digam por favor, me mostrem, me ensinem...

Como acreditar em um jornalista que não consegue empreender um único comentário, sem incluir "cacos, causos, informações e exemplos" (só) de seu time de coração?

Como levar a sério um jornalista incapaz de ir ao ar sem pronunciar o nome do Santos FC?

Como justificar à opinião pública que ele não tem motivação suficiente para comentar sobre outros clubes, mormente o Palmeiras, e que fica provocando a todo o instante o retorno de temas do Santos FC aos debates, mesmo quando o noticiário do clube já tenha sido divulgado?

Como acreditar em um jornalista que parece odiar os clubes que não são aquele de sua preferência, entre os quais avulta o Palmeiras?

Como acreditar em um jornalista que morde e assopra? Detalhe: morde no principal e assopra no supérfluo, visando a se preservar e a parecer imparcial, assim:

"o pênalti que originou o gol não existiu (morde para desqualificar a vitória do clube) mas naquela jogada anterior, (soprando) pode até reclamar uma penalidade.

Como acreditar em um jornalista que, após o Palmeiras ganhar o Brasileiro em vez de elogiar manifestou repúdio e tentou diminuir a fantástica conquista alviverde?

Limitou-se a dizer que foi merecida e justa, nada mais que isso, deixando transparecer o imenso ódio que nutre contra o Palmeiras, e, por conseguinte, contra a própria torcida do Verdão.

Cadê que ele falou que o Palmeiras ganhou o brasileiro com folga e de maneira antecipada, batendo quase todos os recordes?

O estrabismo profissional de Sábio Sormani e o seu incorrigível facciosismo clubístico conduziram-no à constatação única no mundo em grande furo de reportagem que o título Brasileiro não era o objetivo maior do Palmeiras e que, em razão disso, a torcida estava "frustrada"!

E a torcida do Santos (ele, inclusive, estaria como? Satisfeita, realizada porque seu objetivo não era ganhar do Palmeiras, mas do Atlético Mineiro?

Como acreditar em "Sábio Sormani", o único jornalista que disse que o Palmeiras ganhou o Brasileiro "sem necessidade de ganhar"?

Que mesmo desmentido frontalmente pelas contestações dos companheiros de programa, ele seguiu dando vazão ao seu ódio mortal contra o Palmeiras mediante subterfúgios de argumentação que nada tinham a ver com o que minutos antes disssera?

E seguiu assim, sustentando (teimosa e infantilmente) que o título do Brasileiro não era o que a torcida mais queria, imaginando ou, melhor, delirando e acreditando na estupidez que a inveja lhe ditara tentando impor a estupidez que os times e os torcedores escolhem os títulos que preferem e o fazem de maneira organizada e estratificadamente.

Tudo o que Sormani falou, ontem, contra o Palmeiras, a mim me soou é como papo desconexo, daqueles de bêbado  em botequim conversando com outro bêbado. Um horror!

Não dá para aceitar que uma pessoa de razoável cultura (o considero assim, talvez menos do que ele se julga) profira impropriedades dessa natureza, como se todos nós que estamos além das câmeras e microfones e do outro lado da tela, fôssemos todos, otários, estúpidos, retardados, bobos ou coisa assim!

Mas quem sabe ele esteja certo e eu errado por ter persistido em assistir ao seu show de impropriedades sem mudar de canal ou desligar o televisor. (AD)