Observatório Alviverde

27/02/2019

NÃO GOSTEI DA CONTINUIDADE DE DEYVERSON NO ELENCO DO PALMEIRAS!!!



Os anos passam, o tempo passa, os jogadores passam e tudo passa, mas o Palmeiras não perde a velha característica (ou melhor seria dizer a mania?) de jogar, exclusivamente, para o gasto. 

É assim  desde a década de 50, desde quando comecei a me entender por gente e passei a acompanhar o futebol: o Palmeiras entra em campo, faz um ou dois gols, se acomoda e passa a "jogar displicentemente para ver o tempo passar". 

Quantas vezes perdeu jogos, torneios e campeonatos em razão disso?

Contra o Ituano, ontem, aconteceu de novo, com a diferença que, desta vez o Verdão ganhou o jogo. 

Em vez de se impor em campo e liquidar a fatura preferencialmente através de uma goleada, o Palmeiras abriu a contagem, ampliou a contagem e ficou nisso quase tomando respectivamente uma reversão e uma inversão.

Quando se esperava que aplicasse uma goleada histórica sobre o adversário, o time, pelo contrário, passou a jogar modesta e essencialmente para o gasto, sem empenho, sem raça e sem garra, ressalvadas uma ou outra exceção individual.

Confirmou-se, plenamente, o que eu desconfiava já estivesse ocorrendo da parte de muitos jogadores que jogam contrariados o PP (Paulistinha Preparatório) e sem valorizá-lo. 

São, justamente, os jogadores (quase todos) que estão de olho -exclusivamente- na Libertadores e que não querem correr riscos de contusões. Só não vê quem não quer ou não está interessado em ver.

Agora, que fique claro uma coisa: não será por isto, porém, que vou fazer coro com aqueles que exageram e acham que o Palmeiras, anteontem contra o Ituano não jogou nada, não rendeu nada, não mostrou nada e que tudo o que mostrou e apresentou no jogo constituiu-se em  fracasso e que Felipão realiza um verdadeiro "trabalho de sísifo", isto é, sem resultados práticos!

Estou consciente dos muitíssimos erros e deficiências apresentados pelos atletas e, até, dos erros clamorosos de Felipão que, diga-se de passagem, jamais foi o técnico número um deste velho escriba que jamais escondeu a sua preferência por Luxemburgo. 

Embora reconhecedo, sempre, as capacidades inegáveis nos dois treinadores vou criar uma imagem  a fim de que você que me lê entenda porquê prefiro e sempre preferi o trabalho profissional de Luxemburgo.

Fossem, ambos, cozinheiros e Felipão, gauchão fincado, só saberia fazer arroz, feijão e churrasco.

Luxa, carioca da gema, seria um chefe de cozinha de restaurantes "chics" no melhor estilo frances e, certamente, nos brindaria com pratos de muito maior sofisticação. 

Em resumo, você pode entregar nas mãos de Scolari um elenco sofisticado, completo (é o caso deste de 2018/2019, ressalvadas algumas posições carentes, ainda assim por culpa do próprio Felipão que preferiu não indicar ninguém) e ele o fará jogar de maneira bem simples.

Em compensação você pode entregar um elenco simples nas mãos de Luxa e ele o fará jogar sofisticadamente. Isto é líquido e certo!

Já que estou fazendo uma digressão, apreciaria muito saber o que acontece com Luxa que - permitam-me a imagem forte - em qualquer lugar que chegue faz a dispersão e põe todo mundo a correr dele feito um portador de hanseníase

Na hora das renovações e contratações de técnicos por parte dos clubes Luxa é sempre esquecido ou, invariavelmente, descartado, preterido até por principiantes e desconhecidos. 

O que haverá por trás disso? Apenas e tão somente o "demodismo" de Luxa?  Ele estaria tão fora de moda a esse ponto? Duvido!

Seria, então, falta de dedicação do (hoje) velho treinador? 

Ou formação de "panelinhas" nos elencos que administra?

Corretagem de jogadores? 

Caixa dois? 

Propina?

Coisas piores?

D-U-V-I-D-O! 

Há algo envolvendo esse mistério que pode ter como causa primacial a forma irresponsável como -dizem aqui em BH- ele teria se comportado quando dirigiu o Atlético Mineiro, locando até aviões para viajar e se divertir no Paraguai em dias de folga.

Alguma coisa deve existir (SIM) porque (notaram?) a própria mídia já não o convoca mais sequer para entrevistas de rotina em que ele, invariavelmente, dá um show de palavras e de conhecimento? 

Vocês não acham estranho que o técnico mais badalado do futebol brasileiro nos últimos anos sequer ter seu nome sugerido pela imprensa quando os clubes mudam de treinadores? 

Por que será que a crônica esportiva não faz nenhum esforço ou sugere a contratação daquele que, em seu auge, foi o melhor técnico brasileiro e um dos poucos, até hoje, a trabalhar em alguns dos maiores times da Europa?

Voltando à realidade, sei, perfeitamente, que esta não é uma hora adequada ou propícia para se falar em Luxa ou em qualquer mudança de treinador no Palmeiras. 

Apesar de algumas bobagens perpetradas por Scolari, dentro e fora de campo, principalmente dentro esse assunto não existe, até porque o Palmeiras tem um dos mais respeitados treinadores do Brasil e de todo o planeta Bola.

Voltando a Scolari, não o critico, por exemplo, por sua insistência em Carlos Eduardo ou Felipe Pires, bons jogadores e muito promissores, pelos quais o Palmeiras gastou um bom troco e agora vai ter de esperar que amadureçam, embora o ideal fosse (nesse caso) fazer subir a garotada da base.

Não o critico por sugerir as improváveis renovações de Dracena e Prass entendendo que, com a ação, ele impediu que os adversários diretos do Palmeiras se reforçassem além da conta.

Critico-o, sim, por não ter exigido da diretoria as contratações pontuais de que o time precisava para a complementação do elenco com vários "buracos negros" em tantas posições.

Critico-o, sim, pela maneira monocórdica e exclusiva como encara o futebol, e, sob quaisquer circunstâncias, tendo ou não as peças (o esquema sempre depende das peças e não o contrário)  não muda a maneira "previsibilíssima" de seus times jogarem.

Critico-o, sim, por ter mantido Diogo Barbosa no time titular sem ter proporcionado suficiente tempo e condições para Vitor Luís tentar provar que é melhor. Por que ele não exigiu a contratação de um lateral melhor do que os dois atuais?  Há dezenas no mercado!

Critico-o, sim, por ter tirado Borja no jogo contra o Ituano, tão logo o colombiano desencantou e fez o gol que pode levá-lo a recuperar a necessária autoconfiança tanto e quanto a própria mediocridade (no verdadeiro sentido da palavra) de seu futebol. 

Critico-o, sim, por aquela alteração que culminou com a entrada desnecessária de um volante de contenção, Thiago Santos!  Aquela alteração foi covarde demaaaaisss. 

Thiago é volante "ladrão de bola" e aquele meio-campista de maior e melhor pegada do Brasil! 

Entretanto, no quesito da entrega é previsível e só consegue trabalhar a bola curta. Sua aproximação ofensiva é fraca e, talvez, ele seja apenas um quarto zagueiro deslocado para uma posição diferente!

Quando vi a alteração perpetrada por Scolari, confesso-lhes,  não acredite naquilo que via. 

Parecia até que o Palmeiras disputava a finalíssima do mundial de clubes e se fechava para garantir o resultado. 

Esse "blá-bla-blá" de que Felipão efetuou a alteração porque "desejava testar" Goulart como centroavante de ofício é uma ilação que as pessoas mais inteligentes ou de melhor visão de vida não vão admitir. 

Na verdade Felipão errou mesmo e estou convencido de que ele próprio sabe que errou. Por muito pouco o Ituano não chegou ao empate!

Mas o erro maior de Felipão, nos últimos dias, foi o perdão a Deyverson que até inscrito para a Libertadores já está.

Sou convicto de que Felipão só ficou bravo com Deyverson aparentemente, ou, como se diz na gíria, de fachada . Esse foi o seu mais formidável erro de início de temporada!

Houvesse o Palmeiras há tempos se livrado desse jogador que, várias vezes, já houvera provado, comprovado e ratificado que é problemático e o Verdão, de há muito, poderia ter contratado um outro atacante de mais técnica, amadurecimento e eficiência .

Quero deixar muito claro duas coisas:

Primeira: 
Não gostei da continuidade de Deyverson no elenco palmeirense.  
Considero que o Palmeiras -faz tempo- perde tempo com esse jogador. 
Fica lavrado o meu protesto!

Segunda: 
Deyverson vai continuar defendendo o Palmeiras. Respeitá-lo-ei do ponto de vista profissional. 
Sob palavra de honra quero deixar muito claro que jamais o criticarei gratuitamente ou moverei qualquer campanha visando a tirá-lo do time.

Enfim:
Mesmo que eu não considere Deyverson (ao menos até agora) um craque ou, sequer, no estágio de um jogador acima da média em sua posição, reconheço que ele tem algumas virtudes e pode colaborar -muitíssimo- para o sucesso do Verdão nos diversos torneios que disputará este ano.

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