Observatório Alviverde

24/10/2019

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O TÍTULO DO FLAMENGO EM RELAÇÃO AO PALMEIRAS!


Falando de Libertadores, não nos resta alternativa alguma que não seja aplaudir o representante do Brasil na final da Libertadores, o Clube de Regatas Flamengo, malgrado o auxílio discreto e luxuoso (royalties para Luiz Melodia) outra vez, mais uma vez -até quando será assim?- do argentino Loustau.

Após coibir com rigor as jogadas mais fortes do Grêmio (era justo) não usou dos mesmos critérios em relação aos jogadores do Flamengo (foi sumamente injusto!). 

De cara, amarelou e intimidou o zagueiro gremista Kanneman aplicando-lhe cartão amarelo no chamado lance interpretativo que poderia ter sido contemporizado e contornado, tanto e quanto contemporizou e contornou para vários jogadores do Fla, William Arão e Rodrigo Caio, principalmente.

Aos 31 do primeiro tempo amarelou Cebolinha por uma disputa mais ríspida de bola dividida em que não houve nenhuma agressão a William Arão que prendia a bola faltosa, insistente e perigosamente sob o corpo. 

Como diz Gaciba em seu blog,

(sic) 

"Esta é a falta de quem “joga deitado”, ou seja, o atleta deve ser punido se o árbitro considerar que o jogador está jogando de maneira considerada perigosa. Por este motivo, o reinício do jogo é através de um tiro livre indireto". 

O próprio Arão se colocou em risco ao ser pressionado e ao tomar aquela atitude que provou a reação do jogador gremista.

À luz da regra, deveria ter sido marcado um tiro livre indireto contra o Fla, ou, caso o árbitro julgasse o lance normal, das duas uma: não amarelava Cebolinha ou, caso amarelasse, que também o fizesse em relação ao volante flamenguista. Foram dois pesos e duas medidas!
 
O pênalti que assinalou de Geromel sobre Bruno Henrique foi absurdo, um erro crasso, imperdoável e, por incrível que pareça, foi o evento que tirou completamente o Grêmio do jogo, ao proporcionar a feitura dos 3 x 0 para o Fla. 
DETALHE: Apesar da dúvida Loustau sequer recorreu ao VAR como seria a sua obrigação já que houve contestação dos jogadores gremistas. 

Não, não estamos, definitivamente, retirando os méritos do Flamengo, que mostrou, "por Y mais Z, isto é, em última instância e derradeira análise ser mais time do que o Grêmio. 

Eu disse tudo isso porque aprendi em tantos anos de militância no mundo do futebol, que qualquer time, para ser campeão, necessita ao menos, que as arbitragens não o prejudiquem mas, que, preferencialmente, na maioria das vezes os ajudem.  Tem sido assim!

A exceção dessa regra é o Palmeiras que, para ser campeão, necessita montar times no mínimo dez vezes melhor do que os adversários porque as arbitragens, isso é histórico, trabalham contra. Se não for assim não chega mesmo! 

Com a vitória do Fla, o palmeirense, agora, tem de passar a torcer não para o River (nunca se torce para argentino) mas para que o River não perca o jogo que, efetivamente, decide a Libertadores e vale uma passagem para o mundial de clubes.

Justo é reconhecer, porém, que o Fla foi um time que, se por um lado foi bastante ajudado pelo chamado apito amigo e pelas ações do VAR , por outro lado soube se impor na competição e é merecedor de todos os encômios, sobretudo da parte daqueles que, muito mais do que resultados, gostam do bom futebol.

Como o assunto neste espaço é o Palmeiras, agora que tudo se esvaiu, que as nossas esperanças se estiolaram e os nossos sonhos se desvaneceram, só nos resta lamentar o tempo perdido em 2019, irrecuperável! Coloquem, por favor, os débitos nas contas de Gagliotte e de Mattos!

Da mesma forma, façamos, todos, um exame de consciência profundo que nos leve a analisar os erros crassos cometidos na temporada atual.

Vamos divulgá-los, sim, na esperança de que a autocrítica nos levará percepção exata dos fatos, possa induzir os nossos dirigentes a não incorrer nos mesmos erros em 2020, o ano derradeiro de um lustro em que o Palmeiras mostrou a sua força e, menos, poucas vezes, as suas deficiências, em todas as competições que disputou.

Embora tenhamos de reconhecer que o time tenha participado com relativo brilho das principais competições de 2019, como houvera feito a partir do segundo ano da administração de Paulo Nobre, maior presidente da história recente do Palmeiras e um dos maiores de todos os tempos, temos de admitir que dava para fazer melhor.

Em relação à Libertadores, tudo conspirou contra o Verdão, a partir da mudança do jogo final contra o bom mas limitado,"batível" e vencível time do Grêmio.

Uma série enorme de ocorrências e coincidências estranhas nos bastidores, como a habitual má vontade dos árbitros, a campanha de descrédito da mídia que influencia tantos palmeirenses de pouca personalidade, a mudança do mando de jogo do Allianz para o Pacaembu, e, principalmente a suspensão de Felipe Melo que não jogou a semifinal contra os gaúchos.

Sem seu principal jogador de defesa e meio de campo, que num elenco tão numeroso não tem sequer um substituto à altura, o time "não pagou placê" e nem poderia, nesta Libertadores. 

Da mesma forma, reconheça-se, porém, houve justiça e apesar das desnecessárias ajudas dos árbitros e do VAR o Flamengo é um campeão de fato e (quase) de direito.

Na qualidade de observador e ex-cronista esportivo cheguei a me animar quando vi o cantado e decantado em prova, verso e  rimas Renato Gaúcho colocar seu time para marcar o Flamengo no nascedouro das jogadas, embora o desânimo tenha advindo muito antes quando vi o "sapientíssimo" treinador colocar em campo o limitadíssimo André, o "Borja dos Pampas"!

O que um jogador desse naipe poderia fazer senão correr o tempo todo atrás da bola, sem, no entanto, alcançá-la? O Grêmio de Renato conseguiu começar o jogo com dez jogadores.

Para não ir mais longe eu quero reafirmar o que disse há tempos. 

Qualquer time que queira equilibrar o jogo contra o Fla tem de ter um centro avante habilidoso (pode ser até um meio campista de qualidade) enfiado para segurar o avanço dos zagueiros de área do Fla, ter um primeiro combate eficiente aos dois laterais e marcação pessoal e colada o tempo todo para acompanhar o melhor jogador e fator desequilibrante do Fla, Bruno Henrique, o tempo todo.

Ah, e antes que eu esqueça, marcar só o pé esquerdo de Gabigol. Esqueçam o direito dele que só serve para subir ou descer escada). O resto, por si só se encaixa. Mas ainda assim é difícil.

Há muitos anos criei uma frase que, na maioria das vezes, tem se materializado a partir da conquista de um título por parte de qualquer time. 

"O time campeão costuma perder o jogo subsequente à comemoração do título". 

Vamos ver se ocorre com o Fla domingo, em Maceió, contra o desesperado CSA.

E antes que eu esqueça porque todo mundo da mídia está "pagando pau" ao o português como se ele houvesse descoberto a pólvora, fique bem claro:

Este blog (o editor e muitos comentaristas deste espaço) já dizem há tantos ANOS, que poupar jogadores preparados para jogar, minimamente, duas vezes por semana é atirar contra o próprio pé! 

COMENTE COMENTE COMENTE

11 Comentários:

  • Às 24 de outubro de 2019 às 12:59 , Blogger Alysson disse...

    Penso que se pra nós que somos atuais campeões brasileiros já tá difícil engolir e aceitar essa fase do Flamengo imagine para os vascaínos, botafoguenses, tricolores.....

     
  • Às 24 de outubro de 2019 às 13:49 , Blogger A Verdade Nua e Crua disse...

    Desculpa Alcides mas o cheiro de recalque está forte
    Montaram um time com o mesmo orçamento nosso, só que 10x melhor

     
  • Às 24 de outubro de 2019 às 14:07 , Blogger MestredosMagos disse...

    QUE FAAASSSEEEEE DESSE FLAMENGO.

    ONTEM SÓ NÃO FOI MAIS PORQUE O PORTUGA PEDIU PRA PARAR.

    O problema já não é mais torcer por tropeço deles, mas sim de fazermos nosso resultado.

    Saudações.

     
  • Às 24 de outubro de 2019 às 14:14 , Blogger VERDE INSUPERÁVEL disse...

    Eu acho que, em termos absolutos, o PALMEIRAS gastou ainda mais, pois contratou pencas de parasitas, supostamente formando um grande elenco, que não conseguiu transformar-se em um time de futebol. Mattos foi um Vagabundo, sim, Vagabundo, ao torrar o dinheiro do Palmeiras em jogadores sabidamente sem nenhum mercado. Vagabundo e incompetente. E pode me processar que eu provo tudo isso. Quem no mundo queria contratar Ramires, Goulart, Deividison, Carlos Eduardo, Dourado, e tantos outros que vieram sem nenhuma condição técnica ou física, mas apenas para engordar as burras de um diretor inepto e mal intencionado ????

     
  • Às 24 de outubro de 2019 às 14:18 , Blogger VERDE INSUPERÁVEL disse...

    Galiotte, ou demite esse cidadão, ou a cana vai sobrar para vc. Não basta ser honesto. É preciso parecer honesto. E, nós casos dessas estapafúrdias contratações, o cheiro podre da maracutaia está exalando por todo o Brasil.

     
  • Às 24 de outubro de 2019 às 14:25 , Blogger VERDE INSUPERÁVEL disse...

    Nobre não foi um dos maiores. Para mim, foi o maior Presidente, acima até de Paschoal Walter Byron Juliano, o multi campeão dos tempos da Academia.

     
  • Às 24 de outubro de 2019 às 14:26 , Blogger VERDE INSUPERÁVEL disse...

    Giuliano.

     
  • Às 24 de outubro de 2019 às 14:35 , Blogger VERDE INSUPERÁVEL disse...

    Quanto a torcer pelo River, eu o farei com o mais desmedido prazer. Uma, porque sou apaixonado pelo estilo maravilhoso do Futebol argentino. Duas, porque considero a Argentina, e os argentinos, um povo com muito mais história e cultura do que o Brasil e os brasileiros. São patriotas por convicção, e nunca por ocasião. Três, porque somente eles tem aquela carne e aquele tango. Além dos grandes escritores e do Papa Francisco. Assim, é sempre bom torcer para a Argentina. É o que farei.

     
  • Às 24 de outubro de 2019 às 14:38 , Blogger VERDE INSUPERÁVEL disse...

    Entre Anita e um MC PQP e Carlos Gardel e Piazzolla, fico com os segundos. Sempre.

     
  • Às 24 de outubro de 2019 às 16:32 , Anonymous Justo e Franco disse...

    Flamengo contratou um técnico que não tem nada de Guardiola, apenas pensa o mínimo de futebol. JJ tem dois neurônios que fazem sinapses entre si e isso é quase que um doutorado nesse Saara de ideias que é hoje o futebol brasileiro. JJ nao fica no lugar-comum igual aos treineiros daqui, muito menos vomitando futebolês como fazem os pavões aqui. Linha alta, marcação não sei o que, 4-4-3 adaptado, leitura de jogo, terço médio do campo, toda esse perfumaria, essa cascata proferida pelos gênios da raça pra enganar jornalista metido a intelectual e torcedor deslumbrado que cai no conto do primeiro vigário que aparece. Todo esse blá blá blá pra no final das contas jogarem no erro do adversário, chuverada na área e quando for jogar fora de casa "fechar a casinha e rezar por um contragolpe". Fora a frescura de poupar jogadores bem pagos, bem assistidos e alguns bem sem vergonhas. O Renato Gaúcho, tido por muitos como expert, o "melhor" dos treinadores na terra de Macunaíma, tomou um passa-moleque ontem. Precisou um lusitano vir aqui pra mostrar quanto estamos atrasados, a pé e descalços. No mais, Flamengo contratou jogadores que decidem. E os nossos? Os caras até borram as fraldas na hora de bater pênalti, imagine decidir alguma coisa. Sem contar os turistas do Resort Inn da Barra Funda.

     
  • Às 25 de outubro de 2019 às 00:24 , Blogger VERDE INSUPERÁVEL disse...

    O melhor treinador da terra de Macunaíma, e do berimbau, e da lava jato, e das prostitutas modelos, e dos puxadores de saco, quando convém, é Luxemburgo. Aliás, o único. O resto é sobra de bosta alimentando quem merece.

     

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial