Se as estatísticas não servem como parâmetro absoluto, têm o condão de nos proporcionar a leitura de aspectos múltiplos do comportamento de um time de futebol em relação aos adversários.
Quando as estatísticas colocam o Palmeiras como o antepenúltimo time do brasileirão em acertos de passes, sugere que o nosso time anda disperso, fora de foco e muito longe da eficiência que se espera e se exige de um líder de campeonato. Por aí se conclui que a queda de rendimento verificada nos últimos jogos não foi mera coincidência, mas inflexível consequencia da conduta de um time cambaleante, indeciso e que parece , às vezes, ter medo de jogar.
No quesito acerto de passes, conseguimos ser, apenas, o 10º colocado o que, convenhamos, é quase nada para quem ambiciona conquistar o título brasileiro. Muricy, o responsável maior por esse estado de coisas, em decorrência das constantes mudanças táticas e individuais que imprimiu ao time do Palmeiras, tem procurado exgir mais dos jogadores, exagerando e isso é bom, nos bitoques, nos treinos em espaços reduzidos, nas movimentações táticas ataque x defesa e tudo aquilo que obriga o profissional e o time a aprimorarem o passe.
É salutar que Muricy aproveite todo o tempo disponível para acertar o time. Já perdemos toda a poupança de pontos amealhada no decurso do campeonato e estamos com o Inter e os Bambis em nossos calcanhares. Como diziam os antigos: "cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém". Só com a volta do passe eficiente podem voltar os bons resultados.