Observatório Alviverde

06/04/2012

A EXTINÇÃO DO PALMEIRAS B, UMA IMPERIOSA NECESSIDADE ADMINISTRATIVA!

 

Dos grandes, apenas o Palmeiras mantém um time B, profissional, que milita nas divisões inferiores do futebol de São Paulo.

Ao custo de 350 mil reais mensais, o Palmeiras B  é um vexame em campo, ao mesmo tempo em que é um sorvedouro de dinheiro.

O time B está longe, muito longe mesmo, de atingir o objetivo para o qual ,supostamente, foi criado, de revelar novos valores para o time principal.

Aliás, há quem diga que o time B passou a existir muito mais para atender às demandas pessoais e financeiras de alguns dirigentes.

Mancomunados com empresários gananciosos e espertalhões, estariam envolvidos, até o gogó, em negociatas, digo, em negócios de compra e venda de jogadores mediante gordas comissões.

Se é verdade, não sei, mas grande parte do elenco do Palmeiras B pertence a empresários e quotistas.

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A criação do Palmeiras B remonta os tempos do turco, nos chamados anos de chumbo da ditadura que arrasou a S.E. Palmeiras dentro e fora do campo..

Nessa época, não se sabe a pretexto de que, foram criadas, também, várias franquias do Palmeiras pelo país, visando a revelação de jogadores.

A principal delas foi o Palmeiras da Bahia, mas houve, também, o Palmeiras de Alagoas.

Além desses “Palmeiras” o Palmeiras chegou a patrocinar pequenos centros de treinamento e escolinhas de futebol em várias cidades.

A idéia do Palmeiras B e das franquias até que não seria má, fosse o Palmeiras um time revelador de talentos, e promotor de atletas das categorias de base, mas esta, infelizmente,  não é a nossa praia.

Uma das razões para os fracassos sucessivos do Palmeiras através dos anos e o endividamento do clube é a de querer adotar mesmo com os reiterados fracassos, a política de contratações dos anos 60s.

Apesar de todo o investimento na base, o Palmeiras não abre espaços para promover a garotada e continua tendo como prioridade a contratação jogadores de nome e fama, os conhecidos medalhões, a maioria em fase final de carreira..

O que os dirigentes atuais não conseguem perceber é que aqueles anos eram completamente diferentes dos dias de hoje, em que vivemos outra realidade..

O Palmeiras, na década de 60, dispunha de caixa suficiente para investir pesado no mercado.

Respaldado pelas Indústrias Matarazzo, tinha condições de contratar um Julinho Botelho, um Vavá, um Djalma Santos, um Germano, um Djalma Dias, todos jogadores de seleção, três deles campeões do mundo.

E, melhor, na flor da idade, na melhor forma, no auge da fama!

Da mesma forma, o Palmeiras dava-se ao luxo de contratar as maiores e melhores revelações do futebol brasileiro investindo em outros centros, mesmo os mais desenvolvidos fora do eixo Rio/São Paulo.

No futebol gaúcho, por exemplo, o Palmeiras foi buscar, inicialmente, Valdir Joaquim de Morais, Ênio Andrade e Chinesinho, que chegaram todos de uma vez.

Depois, foi buscar Tupãzinho e Zeca.

Do futebol pernambucano importou dois destaques da chamada “seleção cacareco”, a seleção de Pernambuco, trazendo alguns jogadores que brilharam intensamente vestindo a nossa camisa.

Primeiro vieram Zequinha e Aldemar. Depois, Gildo e Rinaldo. Todos se tornaram ídolos

Do futebol carioca o Palmeiras trouxe, entre tantos,.Romeiro, o maior batedor de faltas de pequena distância da história do futebol paulista, a partir dos anos 50s aos dias de hoje.

De quebra, adquiriu o passe de um garoto do Bangu que viria a se tornar o maior ídolo o clube,  Ademir da Guia, o Divino!

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Com o declínio da Matarazzo. a maior potência da indústria brasileira na época e que tanto ajudava o clube, o Palmeiras teve de  mudar um pouco a sua política de contratações.

Para implementá-la contratou, de cara, um olheiro, Godê, ex-zagueiro do Guarani.

Grande conhecedor de futebol, com trânsito livre em todos clubes regionais, Godê passou a garimpar as grandes revelações do interior de São Paulo a serviço do Palmeiras..

Godê desempenhou um trabalho espetacular e o Palmeiras conseguiu, sempre, antecipar-se, contratar e ter os melhores jogadores da hinterlândia paulista, formando verdadeiros esquadrões ano a ano..

Como maior exemplo, citamos o time da longa série invicta dos anos 70, a segunda academia, bi-campeã brasileira.

Essa equipe vencedora dos brasileiros de 72 e 73, só não foi tri-campeã nacional porque, no auge do Brasileiro de 74, Zagalo convocou seis jogadores palmeirenses para o grupo que foi à Copa da Alemanha e acabou com as nossas chances das três conquista consecutivas.

Dirigida pelo saudoso “caçamba”, Osvaldo Brandão, aquele timaço do Palmeiras do início da década de 70, que jogava no estilo do Barcelona de hoje, era um time de base essencialmente interiorana.

Leão (Comercial de Ribeirão, Eurico (júnior do Botafogo de Ribeirão), Luís Pereira (São Bento) Nelson (América de Rio Preto) e Ferrari (Paulista de Jundiaí.

Dudu (Ferroviária de Araraquara) e Ademir (Bangu do Rio).

Edu Bala (Portuguesa de Desportos, Leivinha (Portuguesa de Desportos e Linense) César (Flamengo) e Ney (Ferroviária de Araraquara).´

Essa é a verdadeira política do bom e barato, lamentavelmente posta de lado pelos dirigentes que assumiram a presidência do Palmeiras através dos anos.

Pressionados pela cobrança exacerbada da mídia e de nossa inquieta e intolerante torcida paulistana. não modernizaram o clube e partiram para contratações suicidas de medalhões superados, a maioria  veteranos em final de carreira.

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É óbvio que o futebol do interior de São Paulo naquela época era muito mais rico e importante do que nos dias de hoje.

Os clubes eram bem estruturados, fortíssimos, repletos de grandes jogadores e celeiros de grandes talentos.

O futebol interiorano existia de janeiro a dezembro levando milhões e torcedores aos belíssimo estádios construídos nas principais cidades.de São Paulo e de todo o país. 

Hoje os clubes do interior são montados com rótulo de validade para três meses. Quando muito, seis meses e “c`est fini”!

Os estádios, construidos com luta e sacrifício pela brava população interiorana estão se deteriorando, apodrecendo e a maioria transformou-se em autênticos elefantes brancos.

Este, é o “grande” legado de Juca e seguidores ao futebol brasileiro.

Isto sem falarmos da estupida Lei Pelé que entregou numa bandeja os clubes e os jogadores aos empresários, a ser debitada na conta desses incompetentes. 

Eles, os mesmos que apesar do estrago irreversível causado ao futebol brasileiro têm a desfaçatez de se vangloriar, bater no peito  e se autodenominar “cronistas de vanguarda”.

Essa gente levou o futebol do interior de São Paulo e do Brasil à falência, à insolvência, ao cáos e ao ostracismo. 

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Na época das vacas gordas, os clubes dos pequenos e médios centros, tinham condições de abastecer com folga e sobejo as demandas e necessidades de todos os grandes de São Paulo e do Brasil.

Com isso, sobreviviam com dignidade vendendo dois ou três jogadores por ano e ajudando no processo de renovação do futebol brasileiro.

Tudo ia bem, funcionando dessa forma, até que o futebol interiorano  foi destruído pelas idéias elitistas, megalomaníacas e corrosivas de Juca e sua “trupe” de parlapatões.

Ocupando as melhores tribunas da mídia brasileira, cartelizando as opiniões sob o pretexto de reformular e modernizar o futebol, essa “tchurma”  conseguiu mudar o “status quo” vigente daquela época de ouro.

O  futebol de nosso país, a parftir de então, nunca mais foi o mesmo e virou o que virou.

Essa gente assassinou, fulminou, cremou e pulverizou os clubes que compunham a classe média do futebol brasileiro.

E o fizeram com a conveniência das Federações e da CBF, em conluio com os interesses da Rede Globo.

À Globo interessava elitização do futebol e a sua simplificação em um único torneio de âmbito nacional. de maio a dezembro, a fim de impor o seu domínio de audiência e esmagar a concorrência deixando-a sem opções no segmento esportivo..

Foi uma ação planejada, muito bem implementada, que liquidou inconsequentemente, irresponsavelmente, criminosamente, o terceiro mais importante mercado do futebol brasileiro.

Que moral tem, agora, essa turma de doidivanas, para continuar a dar palpites, deitar falação inútil afirmando que não existe suficiente renovação de valores no futebol brasileiro e “cagar regras” para orientar “novos rumos” ?

A falta de renovação tem como causa primária o esvaziamento do futebol interiorano e regional que eles mesmos destruiram. Quem desconhece isso?

Regras e orientações desses apedêutas, só se for para levar o futebol brasileiro, ainda mais, ao fundo do precipício!

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Vivemos, hoje, uma nova ordem no futebol, ditada pela televisão, mais especificamente pela Rede Globo.

Essa rede televisiva já mostrou, por A + B, que não tem um grama de simpatia ou de respeito pela S.E. Palmeiras, mesmo sabendo que se trata do clube mais vencedor do futebol brasileiro e dono da terceira maior torcida do país.

Essa nova ordem prevê a expansão e valorização dos chamados clubes de massa, tornando-os cada vez maiores e mais importantes;.

Mediante generosas verbas de direitos para a cobertura de seus jogos, muito superiores às pagas aos demais, a Globo proporciona a esses clubes a possibilidade de aumentar, brutalmente, os seus investimentos no futebol, em detrimento dos demais.

Como consequencia, verifica-se o encolhimento e a depreciação técnica dos clubes que possam se constituir em empecilhos para as conquistas dessas equipes detentoras das maiores torcidas do país.

É um fenômeno que o solerte jornalista Odir Cunha identificou e alcunhou de espanholização do futebol brasileiro,  Com justa razão, brilhante constatação!

O que a Globo deseja, por própria conveniência, é bipolarizar o futebol brasileiro entre Flamengo e CU-ríntia, nos mesmos moldes que ocorrem no futebol espanhol, entre Real Madrid e Barcelona.

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A abominável implosão do clube dos 13, que distribuía o dinheiro do televisamento dos jogos de forma equitativa, por importância e meritocracia clubística, tem as digitais da Globo e da CBF.

O trabalho sujo, isto é as bombas destrutivas foram colocadas por um ex-presidente das galinhas, também conhecido como “cara-de-areia”!.

Aliás. quem mais poderia ser?

Quem ainda não percebeu que onde tem desmando ou traição tem cu-rintiano na jogada!

Não é à toa que dizem por aí que nem todo cu-rintiano é marginal, mas todo marginal é cu-rintiano.

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A esta altura, muitos vão perguntar, o que tem a ver tudo isso com a extinção do Palmeiras B?

Tem muito a ver.

Como a esmola, digo, a verba da Globo destinada ao Palmeiras é, consideravelmente, mais baixa em relação aos dois clubes ungidos, o nosso orçamento no futebol não nos permite concorrer com os tais em igualdade de condições quando o assunto é contratações;.

Por isso, sem o mesmo poder de compra, deveríamos adotar a política de promoção de jogadores da base em  quotas semestrais ou anuais 

Assim, qualquer treinador que assumisse já saberia de antemão que teria a obrigação de escolher até cinco jogadores da base e promovê-los. Devagarinho teriam de ser lançados no time principal;

Nessa hipótese, até que valeria a pena a manutenção de um time B profissional.

Mas, a nossa realidade é outra! Perdemos o jato da história e pagamos um preço altíssimo por isso!

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O Palmeiras, diante da situação atual de agravamento de dívidas, dificuldades financeiras e baixo fluxo de caixa, tem de tapar a sangria decorrente da manutenção do inútilissimo time B.

Tirante Vagner Love, Edmilson e, recentemente, Patrick, o B não revelou nenhum jogador de recursos suficientes para que.fosse promovido ao time principal,

A julgarmos pelas declarações de Felipão e pelas atitudes repulsivas de outros treinadores que passaram pelo clube, exceto Marcelo Villar, a nossa base é fraca e incompetente. Será que é mesmo?.

Entretanto revelou Bruno César e Elias mas para o nosso maior adversário, posto que ambos jamais tiveram nenhuma chance de, sequer, treinar com o time principal;

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O dinheiro gasto, inutilmente, com o Palmeiras B pode ser, em parte, revertido para estruturar melhor as nossas categorias de base e outra parte para contratar  jogadores.

Tirone, que vem acertando mais do que errando à frente da presidência, já notou a esterilidade do Palmeiras B e está cogitando, seriamente, em extinguir a equipe. Tomara que o faça! Hoje, agora, Já!

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Para alguns “porcos pingados” que defendem a manutenção do time B eu lembro que não compensa, principalmente pelo fato de a SE Palmeiras insistir no erro crasso de não valorizar a base e de não aproveitar jogadores jovens.

Diante disso, nem a relação custo benefício se pode estabelecer, visto que só temos custos a contabilizar e nenhum benefício.

Ademais, o Palmeiras B vem pagando vexames nas competições, das quais participa, contribuindo para desgastar, ainda mais, a imagem da equipe principal. Este ano foi melancolicamente rebaixado à série A-3!

Um outro aspecto sacramenta a estupidez da manutenção da categoria: o o time, legalmente, não poder ser promovido à primeira divisão.

E, como se não bastasse tudo isso, se o time principal tiver urgência no recrutamento de algum jogador do time B, não pode fazê-lo de imediato, tendo de esperar a tramitação dos documentos na Federação e na CBF.

Por tudo o que foi dito, o Palmeiras B é um tiro em nosso próprio pé!

VOCE CONCORDA COM A EXTINÇÃO DO PALMEIRAS B?

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8 Comentários:

  • Às 7 de abril de 2012 às 09:36 , Anonymous Bartolomeu Soares da Silva disse...

    Concordo praticameno em tudo que foi dito por você, parabêns, realmento conhece o que acontece nos bastidores, gostaria que tivessemos alguns dirigentes para colocar essas idéias em prática.

     
  • Às 7 de abril de 2012 às 17:43 , Anonymous Anônimo disse...

    Palmeiras B, o problema não está em baixo, esta em cima.


    Não há dúvidas de que o Palmeiras não cumpre seus objetivos, mas a razão seria a existência do time B ou a política e a mentalidade da direção e a falta de valorização por parte das comissões técnicas do time principal?

    Comparo a situação do Palmeiras B com uma piada, aquela em que o marido chega em casa e surpreende sua mulher o traindo com o vizinho no sofá da sala.

    A providência que o marido toma para resolver a situação é queimar o sofá.

    Não vai adiantar fechar o Palmeiras B, se as práticas administrativas continuarem as mesmas, mudará apenas o endereço dos erros.

    A extinção do Palmeiras vai ajustar comportamentos e condutas dentro da direção palmeirense?

    Os custos divulgados para o Palmeiras seriam altamente justificáveis se o time revelasse apenas um jogador por ano.

    Nesse ano, apesar do rebaixamento que teve muita coisa estranha, tivemos uma equipe onde nenhum jogador tinha mais de 21 anos, uma média muito baixa para a série A-2, praticamente um time recém promovido do sub-20 para jogar a segunda divisão do Estado.

    Temos jogadores da base e do time B que podem fazer parte do elenco e ter muito mais condições de aproveitamento do que tiveram Rivaldo, Tinga, Dinei, Tadeu e tantos outros. Nadson, Caio Mancha, João Arthur e Patrick Vieira são alguns nomes que podem subir sem problema algum.

    O Palmeiras deve reintegrar o meia Felipe. Que passou pelo Palmeiras B e nesse campeonato fez sucesso pelo Mogi Mirim.

    Essa história que se espalhou e se tornou uma verdade de que a base do Palmeiras é fraca também não se sustenta quando se conhecem os resultados de todas as categorias. Um exemplo: nos últimos anos os times do Palmeiras têm levado vantagem na maior parte dos confrontos contra os times do Santos, mas no Santos o pessoal da base é melhor aproveitado. Por que isso ocorre?

    Hoje, infelizmente a realidade do futebol mudou e as explicações desse processo foram muito claras no texto do editor. Acabaram com a base de sustentação do futebol brasileiro, com o celeiro formador de atletas em nome de uma elitização burra. Diminuiu o mercado de trabalho e aumentaram demais os custos. O Palmeiras, queira ou não, terá que se adaptar e para isso deveria estruturar cada vez mais a sua base e deixar o time B cumprindo a função de um sub-21 como tentou fazer este ano. Ajustar e não exterminar, pois isso seria se render aos esquemas errados.

    Marcelo Luiz

     
  • Às 7 de abril de 2012 às 17:53 , Anonymous Anônimo disse...

    Outro fator preponderante para a falta de aproveitamento de jogadores do Palmeiras ou da base é a mentalidade de parte da torcida paulistana do Palmeiras, especialmente daquela que forma opiniões pela internet. Trata-se de um tipo de torcedor Avalônico que pretende ver seu time somente com jogadores de nome e não têm a mínima paciência com um garoto que suba dos times de base.
    Hoje, cheguei a ler em um blog a manifestação de um desses torcedores querendo a vinda do Ronaldinho Gaúcho, considerando que ele está para deixar o Flamengo.
    O custo anual do boêmio Ronaldinho Gaúcho no Palmeiras pagaria um Palmeiras B bem estruturado e cumprindo sua função por quantos anos?
    Essa torcida segue a filosofia kfouriana de futebol, muito bem detalhada neste tópico e responsável pela decadência do futebol brasileiro, um pensamento elitista, míope e de baixa competência esportiva.

    A discussão em torno da continuidade do Palmeiras B é excelente e oportuna, pois obrigará a avaliação de outros fatores como a mentalidade da torcida, da diretoria e também a total falta de incentivo de esforço da comissão técnica em relação ao pessoal da base.
    Será que o Caio Mancha é inferior ao Dinei e o Nadson é pior do que o Rivaldo?

    Marcelo Luiz

     
  • Às 7 de abril de 2012 às 18:06 , Anonymous Anônimo disse...

    O rebaixamento do Palmeiras B foi surpreendente para quem acompanhou o campeonato desde o seu início.
    Até a metade da competição o time brigava pela classificação, mesmo jogando com uma equipe sub-21.
    A inexperiência da equipe ficou evidente em vários jogos onde o time sofreu o empate ou a derrota nos minutos finais.
    Tivemos a insistência do treinador Luís Reis para não trocar o goleiro que não vinha bem. Deveria até ser preservado.
    Algumas contusões de jogadores importantes foram determinantes para a queda de rendimento e para a classificação.
    Tivemos aquela estranha arbitragem em Santa Bárbara do Oeste um jogo que o Palmeiras vencia até os 41 minutos do segundo tempo e o árbitro fez todo aquele circo que pode ser visto pela internet.
    No final, a derrota esquisita e em casa do Audax, o melhor time da A-2, para a Santacruzense. O time dirigido pelo Antônio Carlos Zago perdeu um jogo que não perderia se jogasse vinte vezes contra o mesmo adversário.
    A parte triste da história é que o rebaixamento ocorreu justamente no ano em que o time se tornou inteiramente um sub-21, ou seja, quando passou a cumprir o seu papel que era de aproveitar, dar experiência e avaliar os jogadores que estouraram a idade no sub-20.

    Marcelo Luiz

     
  • Às 8 de abril de 2012 às 11:47 , Anonymous Edson disse...

    Mais uma brilhante exposição, com um texto pertinente e atual, que foge dos padrões de alguns blogs da mídia palestrina, que se restringe a criticar o técnico ou jogadores.
    A sua visão tem a amplitude necessária para discussão em alto nível.

    O Palmeiras B, ainda que fundado com o preceito de revelar e suprir o time principal com jogadores de bom nível, teve na prática, um destino bem menos nobre.

    De lá não saem jogadores para o nosso time. Os poucos que saíram foram para outros clubes, e pior, falando "enormidades" do Palmeiras.

    Qual seria a causa dessa revolta? Infundada não deve ser.
    Wilsinho, Marquinhos, Bruno César, Elias, todos deitaram falação. É tão frequente essa revolta, que não pode ser gratuita.

    Aqui entre nós, qual o estímulo que um jogador tem de jogar no Palmeiras B? Não ascende a divisões superiores, mesmo sendo campeão. Nenhum jogador ganha oportunidade no time principal e então dá para imaginarmos quanta tesão um atleta tem para vestir essa camisa.

    Li, há algum tempo, que o Palmeiras é o time brasileiro que mais exporta jogadores, em tempo, JOGADORES DESCONHECIDOS, que vão para a Bélgica, Russia, Leste Europeu e etc... Os meninos vão, ganham algum dinheiro, os empresários mais ainda, e quem mais ganha só Deus sabe.

    Eu penso que o Palmeiras B deve ser um "celeiro" de empresários. Recentemente o Felipão deixou isso no ar, quando inclusive teve uma queda de braço com uma empresa que detém direitos de jogadores.

    Uma das razões que admiro no Felipão é o seu estoicismo em resistir a coisas que ele não aprova. Estou convencido de que essa passagem dele pelo Alviverde será um divisor de águas para o futuro. Podemos não concordar com escalações e substituições, mas que o verdão está mais organizado, como um todo, não há como negar.

    Enfim, que se acabe o Palmeiras B. Há empresas interessadas em comprar esses direitos. Não precisamos desse atraso e os garotos, ao invés de irem para esse cemitério, devem subir direto ao grupo principal.

    Parabéns pelo blog, leitura obrigatória.

     
  • Às 8 de abril de 2012 às 11:54 , Anonymous Anônimo disse...

    Para finalizar
    A tese de extinção do Palmeiras se justifica por toda expectativa criada e não concretizada.
    As criticas hoje recebidas pelo time são acumuladas de todo o período de sua existência, mesmo nos aspectos já superados.
    Hoje o Palmeiras B não tem mais atletas de idade avançada e mesmo assim esse erro cometido ainda afeta sua imagem junto aos torcedores.
    Nos comentários que fiz acima tentei colocar outro ponto a ser analisado. O problema seria apenas o time B ou a mentalidade e procedimentos das direções do clube? Extinguindo o Palmeiras qual seria o novo foco de problemas, caso as práticas continuem as mesmas?
    Entretanto, mesmo sendo o Palmeiras B o tema central desse tópico do OAV, o editor escreveu e descreveu com muita clareza problemas graves do futebol brasileiro, chegando às causas. Problemas que não são restritos ao Palmeiras, mas que afetam o clube profundamente, da mesma forma que afeta outros times.
    A elitização do futebol promovida pela Lei Pelé, pela destruição dos estaduais, pela “kfourização” do futebol, já foi implantada, tudo para atender os interesses de grades de TV. Agora, corremos sério risco de ver esse “trabalho” concluído com o processo de “Espanholização” do futebol brasileiro promovido pela mesma rede de TV e a maioria dos clubes e dos torcedores parece não ter acordado para a verdadeira sabotagem que está sendo armada contra eles.
    A decadência da seleção brasileira e o fracasso provável para 2014 não será mero acaso.

    Marcelo Luiz

     
  • Às 8 de abril de 2012 às 12:06 , Anonymous Anônimo disse...

    Edson,

    A disputa recente com uma empresa ocorreu com jogador do time sub-17, o Bruno Dybal, que está no Palmeiras desde os 10 anos.
    O Palmeiras acaba vendendo parte dos direitos de atletas da sua base para ter dinheiro e depois é pressionado por essas empresas para negociar os atletas.
    Muitos jogadores não aproveitados saíram da base.
    Considero que a discussão deva ser sobre a base do Palmeiras. O Palmeiras B deveria ser visto como uma categoria dela, um sub-21.
    A discussão sobre a manutenção do Palmeiras deveria ser técnica. Devemos ou não ter a categoria sub-21?
    Tudo o que você comentou e o editor descreveu é correto e deveria ser resolvido, mas em relação a toda a base do clube e não se restringindo a uma categoria dela, que é o Palmeiras B.
    Esse foi o sentido das minhas observações.
    O Palmeiras B é extinto e tudo continua como está?
    Não pode contratar um Rivaldo e emprestar um volante melhor do que ele que estava no B ou na base.

    Marcelo Luiz

     
  • Às 8 de abril de 2012 às 12:11 , Anonymous Anônimo disse...

    Mestre Alcides.

    Elogiar esse brilhante texto é desnecessário.

    O que era para ser uma solução tornou-se há muito tempo uma mina de dinheiro para os conselheiros aproveitadores de plantão.

    Existem sim muitos jogadores que poderiam vestir a camisa titular, desde que lhes dessem o tempo necessário para que não sentissem o peso da responsabilidade da camisa alviverde.

    Títulos! É o que falta há muito tempo, com eles poderíamos ter uma base reveladora e rentável, mas primeiro teríamos que acabar com os feudos lá dentro e infelizmente é máis fácil eles acabarem com o Palmeiras do que retomarmos o caminho da luz.

    Abraço Drummond e Feliz Páscoa a você, família e a todos os amigos e famílias do blog.

    GJ

     

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