Observatório Alviverde

06/04/2014

O PALMEIRAS TEM DE MUDAR DE ATITUDE E PASSAR A INVESTIR EM ATACANTES!




Assisti ao Palmeiras x Flu, sexta, pelas semifinais do Brasileiro sub-17 e não gostei do que vi.

Não porque perdemos outra decisão e fomos desclassificados (já estamos acostumados a essas coisas) mas pela formação, postura, forma de atuar e, principalmente, pela atitude da equipe.

Para não fugir ao costume e à tradição, o Palmeiras Sub 17 que vi em campo, foi o mesmo, isto é, uma reprise, uma repetição -sem tirar e nem por- do que tenho visto no decorrer o tempo, em quase todos os times que formamos, da base ao profissional.

O Palmeiras, outra vez, apresentou um time tosco, duro, sem imaginação, muito mais defensivo, sem destaques individuais, sem criatividade, sem toque de bola, sem categoria e, principalmente, sem atacantes eficientes. 

Em resumo, parece que montamos outro time daqueles times comuns que classifico como SF, isto é, sem futuro!

Não, não me chamem de impulsivo, precipitado, pessimista de não ter paciência com os garotos ou coisa assim.

Da mesma forma, não me tachem de analista de resultado por conta de minha franqueza e sinceridade! Compreendam que, antes de tudo, estou, sendo realista..

Na verdade, os "entendidos" responsáveis de nossa base continuam montando times defensivistas e fracos, sem atacantes rápidos, insinuantes, dribladores, chutadores, (que eles parecem incapazes de garimpar) daqueles que, na maior parte das jogadas, demolem as defesas adversárias e marcam gols...

Não, não venham me dizer que já não existem mais jogadores dessas características no mercado do futebol de base! Pelo contrário, é, exatamente aí e somente aí que se encontra -de graça ou quase- jogadores desse tipo.

Exemplifico: Copa São Paulo 2014. Tinhamos um  jogadoraço,  um atacante cearense de nome João Pedro, habilidoso, driblador, insinuante, improvisador que vinha arrebentando em nossa base. 

Chegou a competição. Quem que a diretoria mandou para ocupar o espaço que seria de João Pedro? 

Nada mais, nada menos que o poderoso Vinicius, cuja atuação na competição foi pífia, (quem é que não sabia) mas nem assim a diretoria se convenceu - definitivamente- de que ele não passa de um jogador comum, apenas razoável e que pelo que demonstra nos jogos, não reúne condições para ser jogador profissional no Palmeiras. 

Seria ele, como se dizia antigamente, um leão de treinos, isto é, jogador que é sempre o melhor em campo nos treinos mas não corresponde nos jogos? Só isso explica a teimosa escalação no time principal de um jogador inexperiente e improdutivo!

Onde está João Pedro? Eu soube que o CU-ríntia o levou! É preciso dizer mais?

Voltando à base, para que se tenha bons atacantes, basta, apenas,  garimpar, saber escolher os melhores e juntá-los em times, sem interferência de política ou interesses, visando apenas ao clube se beneficiar deles, sem a  interferência diretores interesseiros ou de empresários cúpidos e gananciosos.

Faltou, também, ao time Sub-17 do Palmeiras, nesse jogo contra o Flu, aquilo que nos falta, sempre, em quase todas as decisões a que chegamos, seja em qualquer categoria, e, principalmente, em relação ao time profissional: raça, alma de vencedor, e, espírito de superação! 

Um dos motivos pelos quais -em minha opinião- as nossas categorias de base não deslancham é o mesmo que ocorre em nosso profissionalismo.

O Palmeiras, por tradição, é um clube acumulador de zagueiros, volantes e jogadores de defesa, que nunca teve interesse em ter no banco bons reservas para o ataque porque gosta de economizar. Isso nos tem matado de temporada a temporada. 

Passou da hora de se dar um basta e promover uma reviravolta nessa política equivocada. 

Chega de o Palmeiras colecionar tantos  jogadores de defesa e de meio campistas marcadores, apresentando uma verdadeira aversão por atacantes. Isso é surreal! 

Perdemos mais um Paulista pela falta crônica de atacantes. Será que a lição não será considerada e compreendida por Nobre, Brunoro e diretoria?

Como se nota, o Palmeiras continua fiel à filosofia daqueles que têm a coragem de exaltar como um grande feito do clube a existência de uma suposta escola de goleiros, que desde que foi anunciada só conseguiu fazer dois acima da média, Veloso e Marcos. Os demais, só meias-bocas, ou medíocres! 

Entretanto, quando precisamos de um goleiro capaz de assumir a titularidade, que é de, que, a escola funcionou?  Funcionou nada, valeu nada! 

Tivemos de investir em Prass, que, em razão da excrescência - a tal escola-, chegou sob suspeita! Como são conservadores alguns setores palmeirenses, na vitória ou na derrota!

O Palmeiras parece seguir -perdoem-me pela franqueza- as palavras superadas de nosso hino, cuja linha melódica é muito bonita, mas certas palavras da letra, são um desastre e funcionam como um mantran às avessas, como, por exemplo, quando diz:

"...no gramado onde a luta o aguarda, sabe bem o vem pela frente e que a dureza do prélio não tarda" (expresões que pressupõe medo) ou a tal expressão "defesa que ninguém passa" (Uma falácia)!

Muita coisa poderia ser acrescentada a esta crônica, da mesma forma que muita coisa tem de ser mudada, o que não significa que esteja tudo ruim em nossos pagos.

Em relação às categorias de base o Palmeiras precisa parar de correr atrás de defensores e meiocampistas, -facilmente encontrados- e dedicar-se a garimpar e procurar atacantes, muito mais valorizados e que representam lucratividade certa para o empreendimento, desde que sejam providos de competência. 

O que tem nos faltado, sempre, (os anos passam e nada se modifica) é uma contundência ofensiva como aquela de nosso time profissional, montado por Otacílio e desenvolvido por Luxa, no início da década de 90. Aquilo é que é Palmeiras!

Com um time repleto de atacantes eficientes, cuja filosofia seja, sempre, voltada ao gol e à goleada, árbitro nenhum deste mundo terá condições de nos parar ou derrotar.

E, no entanto, seguindo a risca um verso do hino, o Palmeiras continua querendo montar - da base ao time profissional - as tais "defesas que ninguém passa", se esquecendo que o objetivo essencial do futebol é o gol e que sem ele, por mais que ninguém passe por nossas defesas, as vitórias e os títulos ficam cada vez mais longe.

Perder faz parte do jogo, o que não pode existir é a acomodação! O Palmeiras precisa voltar a privilegiar o gol e a contratação de atacantes!

12 Comentários:

  • Às 6 de abril de 2014 às 10:30 , Anonymous VICTOR TREDENSKI disse...

    ATÉ NA BASE A JUIZADA FODE COM O PALMEIRAS

    CONTRA O TAPETEN-C FOI ASSIM

    NÃO FOI UM ROUBO DESCARADO E ABISSAL

    MAS A MÁ VONTADE DA JUIZADA NO SUB-17 É GRITANTE.............

    ACORDARAM PARA A VIDA JÁ, PSEU-ITALIANOS OU ESTÃO DORMINDO AINDA??

    ACORDEM VADIOS

     
  • Às 6 de abril de 2014 às 12:17 , Anonymous Marco disse...

    Não basta contratar atacantes, tem que colocar para jogar.
    Jogador em casa ou no banco, não faz gols.
    Quero saber como é esse Rodolfo, que veio como primeira contratação e entrou em um pedaço de segundo tempo. Mostrou qualidade no pouco tempo em campo e não jogou mais.
    Pode ser que não dê certo, mas para saber se serve ou não serve, tem que jogar.
    O mesmo raciocínio se aplica do lateral esquerdo Vitor Luís, que fez um jogo e foi bem.
    Vamos contratar, contratar, contratar, mas é preciso jogar!

     
  • Às 6 de abril de 2014 às 12:20 , Anonymous Marco disse...

    Jogador que pertence ao elenco profissional deve reunir condições técnicas para jogar, caso contrário não pode pertencer ao elenco.
    Nesse sentido, qualquer que seja o treinador tem que ter coragem de escalar.
    É um absurdo fazer improvisação de jogador tendo no elenco opção para a mesma posição.

     
  • Às 6 de abril de 2014 às 12:35 , Anonymous Marco disse...

    O comentário do Vitor resume o Palmeiras de hoje.
    Não é uma questão de discutir um ou outro lance, mas de perceber a má vontade das arbitragens.
    O jogador em campo sabe quando o apitador está de má fé, mesmo quando não erre em nenhum lance capital. O relacionamento dos atletas com o árbitro e sua conduta em campo interfere no desempenho do time.
    Vejam o que aconteceu em Palmeiras e Vilhena, na reação cínica do quarto árbitro respondendo ao Kleina, o mesmo quarto árbitro que permitiu ao Ituano bater à vontade e quebrar o Kardec.
    A diretoria do Palmeiras ainda não percebeu que o time vai fracassar em qualquer competição enquanto esse problema cultural em relação ao clube não for enfrentado.
    Observem também a vigilância dos meios de comunicação por meio de jornalistas ligados a outros clubes. Basta que aconteça qualquer marcação favorável ao Palmeiras que seja passível de interpretação para lançarem insinuações sobre favorecimento ao nosso time. Isso é trabalho de pressão, da mesma forma que omitem quando somos prejudicados.
    Quando a bancada santista pensou que seu time iria enfrentar o Palmeiras começou com criticas ao Valdívia, cobrando ação enérgica dos árbitros contra ele
    Somos amadores enfrentando malandros do esporte. Infelizmente, na Mídia Palestrina onde esse problema deveria ser denunciado e cobrado da diretoria uma atuação decisiva, são poucos os blogs que abordam essa questão.

     
  • Às 6 de abril de 2014 às 13:44 , Anonymous Alcides Drummond disse...

    Marco

    Quando eu digo contratar atacantes significa, implicitamente, colocá-los em campo para jogar. O

    Valdívia ficou seis meses no come e dorme, sem jogar porque o Leão não o escalava. Kleina faz o mesmo com Rodolfo!

    Falo, no comentário, da cultura do clube em só atribuir valor a meio campistas.

    Tradicionalmente, nas raras vezes em que contratamos centroavantes de ofício e goleadores, os nossos técnicos não fizeram, nunca, esquemas especiais para eles.

    Leia e verifique a lista de artilheiros do Paulista, do Brasileiro, da Copa do Brasil e veja quantas vezes o Palmeiras conseguiu fazer um artilheiro. É uma vergonha!

    A questão, repito, é cultural e o Rodolfo, citado por você, é vítima disso pois não é escalado.

    Noves fora Valdívia e, talvez, Wesley, o Palmeiras tem um time inteiro de meiocampistas e volantes de porte médio, mas tem só um atacante de verdade, Kardec.

    Não seria melhor ter um elenco balanceado com dois ou três meiocampistas a menos e dispor de mais dois ou três atacantes?

    Em Tempo;
    Com todo o respeito ao Vitor, o juiz de FLU e Palmeiras (sub 17) atuou muito bem ao menos depois dos 35 do primeiro tempo quando eu comecei a assistir ao jogo.

    O pênalti contra nós existiu. Foi muito visível e não há como reclamar.

    O árbitro deu cinco minutos de acréscimo. Se ele estivesse com más intenções teria encerrado o jogo, no máximo aos 47.

    Aquela cena dos jogadores do Palmeiras partindo para cima do juiz foi patética, completamente imotivada.

    O que esse juiz, que apitou tão bem o jogo, vai fazer quando voltar a apitar outro jogo do PALMEIRAS depois daquela palhaçada dos meninos que, seguramente, nem advertidos devem ter sido.

    Precisamos parar de contratar jogadores bonzinhos como tantos que temos.O Eguren, aquele Felipe, meio campista que veio de Portugal e outros tantos dos profissionais
    são exemplos entre tantos que o Palmeiras não sabe contratar.

    As arbitragens nos arrebentam. Sei disso. Mas uma forma de evitar isso é montar times de categoria, coisa que o Palmeiras não tem sabido fazer! Abs a todos (AD)

     
  • Às 6 de abril de 2014 às 19:09 , Anonymous Anônimo disse...

    Fugindo um Pouco do contesto do Texto o Allianz Parque ta ficando Muito Lindo.
    Pela estrutura física e patrimonial
    o PALMEIRAS se enquadra sem dúvida como um gigante do futebol Mundial.
    O que Falta ao PALMEIRAS pra acompanhar essa evolução e futebol Campeão com títulos de expressão.

    As. J.J

     
  • Às 6 de abril de 2014 às 19:17 , Anonymous Anônimo disse...

    Voltei pra relatar!... Puta Q. P.!
    to Pasmo! ITUANO vence o Santos no primeiro jogo e fica com vantagem pra final.

    Eu achava que tinha visto tudo!

    As.J.J

     
  • Às 6 de abril de 2014 às 20:00 , Anonymous Edson disse...

    O Ituano bailou a sardinhada no Pacaembu, e só não fez 2x0 porque o centroavante foi fominha e não passou a bola para o Esquerdinha.
    Esquerdinha, nome a ser cogitado - Joga muito.
    Vemos que não foi só o Palmeiras que perdeu do Ituano, e com uma diferença: o Palmeiras sufocou o time de Itu, mesmo sem ser o time titular, e o Santos foi sufocado o jogo todo.
    Esse resultado expõe a ansiedade da parte mais exigente da nossa torcida, que acha que perdemos porque o time é fraco, o Kleina não presta etc...
    O time do Ituano é o melhor do campeonato, e depois dele é o do Palmeiras, embora estejamos fora das disputas finais. Fomos muito prejudicados nos jogos das semifinais, a começar pelo jogo contra o próprio Santos. Bater nos jogadores do Palmeiras é liberado, tirar da partida ou das partidas posteriores também. Observaram que nessa partida do Santos não houve violência e jogadas mais duras?
    O torcedor palmeirense precisa contar até 10 antes de achincalhar, coisa que infelizmente não acontece, até por conta da atuação da imprensa.
    Talvez o Santos venha a reverter o resultado, mas se fosse um jogo só, já estaria no embornal.
    Se o Paulo Nobre quiser ser vencedor, tem que trabalhar, urgentemente, os bastidores do futebol.

     
  • Às 6 de abril de 2014 às 22:20 , Anonymous Marco disse...

    Alcides,

    Já escrevi aqui, por diversas vezes que a prioridade nas contratações deve ser para jogadores que decidam, diferenciados e jogador desse tipo é de meio de criação e atacantes. Concordo com sua avaliação.
    Quanto a não colocar para jogar, não testar o atleta que foi contratado, é um absurdo e uma situação desse tipo jamais poderia existir.
    Contrata-se um jogador e depois ficam com medo de escalar? Então, não contrata!

    Quanto as arbitragens nos arrebentar e para neutralizar isso devemos montar times muito acima da média, seria o ideal, mas não é o correto.
    O Palmeiras, como qualquer clube, deve ter seus resultados em campo de acordo com o seu desempenho. Quando temos uma equipe igual ou apenas pouco superior temos que ter o direito de competir sem que o time seja prejudicado.
    A direção do Palmeiras tem obrigação de mudar esse quadro, pois o torcedor, os jogadores e os próprios dirigentes não podem ser tratados como palhaços.

     
  • Às 7 de abril de 2014 às 10:35 , Anonymous Anônimo disse...

    Foi justamente isso que quis dizer sobre a base no outro post e o Alcides soube detalhar muito bem.

    A culpa não é da pivetada, é de quem comanda a base, dos olheiros, da diretoria. Mas não é culpa de presidente A, B ou C. Virou um lance cultural.

    Eu sempre ouço que a base do Palmeiras não funciona, não serve. Não é SOMENTE porque queimamos a molecada, mas é que realmente ela tem problemas.

    Não estou me referindo a problemas de formação dos atletas, mas sim de problemas estruturais, estratégicos do clube.

    E pensar que nós, o pior time grande pra revelar jogadores, tínhamos o Palmeiras B, que sabemos muito bem a quem servia. MEDO!!!

     
  • Às 7 de abril de 2014 às 11:39 , Anonymous Marco disse...

    Essa discussão sobre a base não resume tudo em relação a não ter coragem de lançar jogadores.
    Vejamos: Rodolfo foi contratado junto ao Rio Claro. Não é formado pelo Palmeiras e não foi colocado no time, nem para enfrentar o Paulista de Jundiaí.
    Entre os jogadores, sempre tivemos garotos com condição de jogar, mesmo em número inferior ao desejado, mas tivemos. Os jogadores com condição de jogar, não jogam, são preteridos pelas comissão técnica e queimados pela torcida.
    Apontar a necessidade de ter uma base com estrutura não anula a discussão sobre a mentalidade retrógrada das comissões técnicas e da torcida.

    São situações paralelas que podem e devem ser discutidas ao mesmo tempo.

    Não é porque o trabalho na base deixou a desejar ao longo do tempo, que vamos ignorar a cultura atrasada que no atrapalha.
    Observem nos blog os comentários a cada início de competição, sobre a necessidade de contratações. Nunca, um jogador da base é citado como opção, mesmo que esse jogador tenha condição técnica e em outro clube teria espaço no time principal com naturalidade.
    Pedimos a contratação de jogadores para determinada posição e não exigimos que o clube teste jogador da base que já está lá.
    O exemplo desse lateral esquerdo Vitor Luís é típico. O jogador pode sair do Palmeiras sem a torcida saiba como ele é.
    Estamos sem lateral direito e o garoto Luís Gustavo foi emprestado ao Vitória em 2013. Agora, em 2014, o clube baiano se apressou em garantir novo empréstimo.

     
  • Às 7 de abril de 2014 às 12:29 , Anonymous Anônimo disse...

    O Sr Edson tem razão o Time do
    Palmeiras eliminado pelo Ituano jogou bem e o treinador fez o que o que pode na ocasião, O time e o treinador não são ruins.
    O que faltou foi apenas aquela pegada forte do início do campeonato
    Basta o time ir ao ataque na booa e voltar todos pra defender.

    As. J.J

     

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