O PALMEIRAS CONTINUA MATANDO MOSCA COM MARTELO!
A compreensível indefinição do time, visivelmente -ainda- em formação, leva o Palmeiras a passar por situações de dificuldade, mesmo diante de adversários, tecnicamente, muito mais fracos. Ocorreu, novamente, ontem, em Penápolis.
Mas já acontecera em jogos anteriores, quando o Palmeiras, mesmo atuando melhor, foi surpreendido em pleno Allianz Parque e derrotado pela Ponte.
Semana passada, em Sorocaba, o Verdão sofreu o indizível e teve de se desdobrar para se impor ao São Bento, pela contagem mínima.
Ontem, contra a Penapolense, em escala, acentuadamente, menor, repetiu-se a situação, embora o resultado final de 2 x 0 mascare e minimize a situação de aperto.
Apesar do domínio territorial que impôs em mais de 90% do tempo de jogo, os palmeirenses (jogadores, comissão técnica e a torcida) só tiveram a certeza da vitória e respiraram com alívio, a partir da marcação do segundo gol, aos 33 minutos do segundo tempo.
E, se houve completas imposições tática e técnica, comprovadas pelo fato de Oswaldo só ter mexido na equipe a partir do terceiro terço do segundo tempo, o Palmeiras, ofensivamente, outra vez, deixou -muito- a desejar!
Não se iludam, continuará sendo assim ainda por vários jogos, até que o time se defina, amadureça e se estabeleça.
A irregularidade, a aparente deficiência de algumas peças de bom potencial que a torcida, impaciente, começa a rejeitar e a falta de confiança de muitos jogadores, continuarão entrando em campo até que se imponham as regras naturais de definição e de consolidação desse grupo.
Mas tudo isso só virá, sem dúvida, assim que as melhores individualidades sejam escaladas, que o time ideal entre em campo e que cada jogador tenha ciência e consciência do status e do papel que exerce em face do elenco.
Psicologicamente, o Palmeiras, ainda paga, infelizmente, um alto preço pela montagem do time de forma inconsequente e sem metodologia por um Alexandre Mattos recém-chegado, afoito, deslumbrado com o cargo e querendo mostrar serviço.
Nossa crítica, nesse sentido, antecede os fatos consequentes de hoje e explica o flagrante desequilíbrio que, inegavelmente, existe no elenco, e a consequente indefinição.
Não é preciso ser catedrático ou especialista para saber que a indefinição, no futebol, gera, nervosismo, desconforto e falta de confiança, induzindo os jogadores ao erro.
O Palmeiras, quem não nota, passa por esse processo, haja vista que o próprio treinador, além de desconhecer -ainda- o potencial técnico e individual de seus jogadores, continua hesitante e indeciso, sem saber se escala quem ele próprio indicou ou aqueles que vieram através de Alexandre Mattos.
Conclusão: enquanto Oswaldo não eleger seus titulares e definir, terminantemente, decisivamente e definitivamente o time, o Palmeiras continuará tendo problemas desse teor.
O que o técnico deveria ter feito, há muito tempo, é seguir uma das poucas coisas sensatas que João Saldanha (mito de trouxas) deixou como legado, ao afirmar que tinha na Seleção de 70, vinte e duas feras e um time titular.
A definição é a pedra angular da construção e do acerto de qualquer time de futebol. O Palmeiras não é a exceção!
Se Oswaldo não definir, claramente, o time principal e anunciar a medida pela mídia, a fim de deixar bem explicada a sua ação, terá dificuldades para montar um grande time, ainda que com o farto material humano de que dispõe.
E terá dificuldades, mormente, em relação aos atletas tímidos e de personalidade mais fraca, que, sem qualquer dúvida, existem no contexto de um elenco tão seletivo e numeroso quanto este, montado em 2015.
Embora a maioria possa não concordar com a minha tese -respeito as opiniões contrárias, mas sustento o meu ponto de vista -, entendo que esse elenco, repleto de jogadores de qualidade, dotados de um certo status, dispostos a não abrir mão do protagonismo e da titularidade, já está se constituindo em um problema para Oswaldo de Oliveira.
Não sei até quando o político, o polido e o articulado técnico conseguirá caminhar sobre a corda bamba e segurar esse rojão sem deixá-lo explodir, mas sei, perfeitamente, que, enquanto o time trilhar pelo caminho das vitórias as queixas serão minimizadas. Também, por isso, é necessário vencer!
Quando -antes e durante as contratações por atacado detonadas por Mattos-, eu frisei que o processo de renovação do time palmeirense, pouco ou nada ortodoxo, fugia, completamente, dos parâmetros da correção, da normalidade e do bom-senso, fui criticado por muitos neste blog (aqui não se tem o mau costume de deletar as críticas dirigidas ao blogueiro)...
Mas o tempo, o senhor da razão, encarregou-se de provar que o Palmeiras, neste momento, mesmo vencendo, parece afogado em um mar de egos, muitos deles hipertrofiados, e apresenta, além desse aspecto negativo, deficiência distributiva.
Há muitos jogadores para alguns compartimentos e poucos para outros, o que fica sensível e visível quando se focaliza o ataque.
Nosso ataque, constatadamente, é débil, com pequeno repertório de jogadas, e arremata muito pouco contra o gol adversário.
Daí a minha expressão, segundo a qual o Palmeiras continua tentando matar moscas com martelo. São duas ou três marteladas isoladas em noventa minutos contra os adversários e tem sido só.
Quando acerta, -ontem acertou-, vêm as vitórias. Quando não acerta... Adios Muchachos! É muito pouco para um time que almeja por títulos.
Embora respeitando a raça, o profissionalismo, a determinação, a aplicação, o empenho e até a sorte de Cristaldo, continuo cético em relação á hipótese desse jogador se tornar decisivo como o foi nos últimos jogos e constituir-se em solução definitiva para o ataque do Verdão. Tem havido muita precipitação da torcida e da mídia, nesse sentido.
Faço a minha observação (como procuro fazer sempre) de forma antecipada e em um contexto de euforia, quando mais de noventa por cento dos torcedores estão colocando o argentino nas alturas, tendo-o como a panaceia para o ataque palmeirense.
Em minha avaliação, Cristaldo, apesar dos gols, está longe disso. O Palmeiras carece, também, de homens de área de características técnicas e individuais diferentes das de Cristaldo, simplesmente um jogador de pique e mobilidade.
O Verdão necessita, prementemente, de um centro avante mais técnico, de maior habilidade pessoal, capaz de quebrar um sistema defensivo através de dribles e penetrações (quem sabe seja Gabriel de Jesus), que imponha o jogo tocado, pelo chão, sobretudo quando o Palmeiras contra-ataca.
Mas a necessidade mais premente do alviverde é a de um atleta de maior presença física, daqueles que conseguem mobilizar dois zagueiros para marcá-lo.
É necessário que o time tenha, também, o jogo de pivô e preparação, tanto e quanto o jogo aéreo e de finalização. Essas são duas armas importantíssimas, com as quais não contamos em nosso repertório ofensivo.
O Palmeiras não tem no elenco, um único jogador que enseje ao time adotar esses procedimentos, ao menos a julgarmos pelo que Leandro e outros que ocuparam a posição, mostraram até agora!
Ontem, essas carências foram claras e se repetiram, apesar do progresso determinado pela improvisação de Robinho (jogadoraço e a melhor entre TODAS as contratações, ao menos até o momento) na função de amador.
Para quem está encantado ou por demais entusiasmado com Cristaldo, sinto dizer que o nosso ataque, com ele no comando, esteve fraco, à beira da esterilidade.
Sei, perfeitamente, que, sem um armador de ofício, fica tudo muito mais difícil, principalmente quanto se tem, apenas, atacantes só um pouco acima de meias-bocas, caso típico de Cristaldo! Com a volta de Valdívia, porém, até os que temos no elenco podem melhorar.
Que falta está fazendo o Mago chileno, o melhor armador em atividade no futebol brasileiro! Com ele no time, até Henrique foi artilheiro!
Concordo que, ontem, perdemos um pênalti cobrado com excessiva violência e nenhuma consciência por Dudu, desperdiçando-o, tanto e quanto o lance fortuito de uma cabeçada desferida pelo pequeno Allione, em que a bola, caprichosamente, chocou-se contra a trave.
Mas, convenhamos: em um jogo no qual o Palmeiras envolve e domina de forma completa o adversário, aluga o meio de campo e só consegue criar quatro ou cinco situações de gol em mais de noventa minutos, é porque o ataque não está funcionando a contento.
O fato de Cristaldo ter assinalado dois gols é alvissareiro, embora, não signifique, necessariamente, que já temos ou que tenhamos encontrado o centroavante ideal.
Louve-se a raça e a disposição do argentino no primeiro gol, mas ele foi bafejado pela sorte e pela coincidência de ter alcançado a bola, após ter perdido a passada em direção ao gol, em um primeiro momento.
Ainda bem que o árbitro não interpretou o lance como um carrinho faltoso, alegando jogo perigoso contra o goleiro, como sói, sempre, acontecer nos jogos e nos gol dos Palmeiras.
No segundo gol, faltou a Cristaldo altruísmo suficiente para servir Dudu, muito mais bem colocado. O argentino optou pelo individualismo, chutou forte do goleiro do Penapolense, que chegou a tocar na bola, mas foi incompetente para dete-la ou desviá-la do gol.
Cristaldo está indo bem, mas é muito cedo para que se crave que ele já resolveu os problemas ofensivos e a necessidade de gols do ataque do Palmeiras.
Para encerrar quero dizer que espero João Pedro e Zé Roberto nas laterais e Arouca, Cleiton Xavier e Valdívia no meio de campo, na composição do time principal.
Ao mesmo tempo eu fico pensando quem será o jogador sacrificado nesse meio de campo para que esses três craques possam atuar juntos.
Não, não pode ser Robinho, atualmente o melhor jogador da equipe.
Mas será Gabriel, um jogador que se multiplica em campo e cada dia melhor na função de volante de contenção?
Quem terá de resolver será Oswaldo, regiamente pago para isso.
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NA TV
Poucas restrições à boa transmissão de Milton Leite, locutor que, apesar de egresso do rádio, consegue narrar em linguagem e ritmo de TV.
No primeiro tempo esteve muito bem, mas no segundo tempo, quem sabe por influência do calor, deixou cair o tom de voz, abdicou da vibração e abusou do papo furado em detrimento do audiovisual que os narradores nem parecem ter consciência de que é a essência do trabalho que empreendem.
Como ele aprecia falar a respeito do Cu-rintia! Ele não consegue realizar qualquer transmissão sem embutir uma notícia ou notícias sobre tal clube. É uma doença!
O que ele finge ignorar é que, com o atual sistema de grupos do Paulistão, não interessava, definitivamente, à torcida do Palmeiras, nenhum noticiário do Cu-ríntia, a não ser, exclusivamente, o andamento do placar contra o Ituano.
Sua maior falha (ele transmitia um jogo do Palmeiras) foi a de não destacar, em momento algum, a presença massiva da torcida palmeirense em Penápolis.
Toda a vez que as câmeras focalizavam a torcida verde ele apenas registrava-lhe ,discretamente, a presença, o que, convenhamos, é muito pouco.
Imaginaram o discurso que ML faria fosse a torcida dos bambis ou dos mulambos assassinos que houvesse lotado e tomado o Tenentão?
Noriega esteve perfeito, na análise tática do jogo, mas, como de hábito procede em jogos do Palmeiras, tem conduta draconiana nos lances de arbitragem! Na ânsia de atingir a imparcialidade, parcial se torna, sempre contra o Palmeiras.
Aconteceu, ontem, no primeiro tempo, após uma falta comum de João Paulo na lateral do campo em que ele, indevidamente, pediu cartão ao palmeirense, o que não ofusca a boa performance de seu trabalho, ontem, em Penápolis. (AD)
8 Comentários:
Às 23 de fevereiro de 2015 às 12:53 , Fernando disse...
Alcides, concordo plenamente com sua posição em 100%, acredito que das contratações e sem nenhum glamour a do Robinho para mim foi a melhor surpresa, não deve sair do time pelo que vem apresentando, seria injustiça, também tenho minhas dúvidas referente ao Cristaldo, é empenhado, dedicado, más o que o faz dar certo é a sintonia para com os torcedores, que a muito não tinha um guerreiro que o fizesse representar. Nosso técnico demora muito em fazer alterações necessárias, se não tivesse opções vai lá!! Não me iludo também em função da situação dos clubes do interior sem exceção, sem patrocínio, receita e carência de atletas, conseguiram matar o futebol interiorano, é uma pena!!! Viu como temos torcedores no interior paulista?? Alguém duvida que somos a maioria?? Levamos mais torcedores do que o clássico carioca!!! Avanti Palestra.!!!
Às 23 de fevereiro de 2015 às 13:54 , Anônimo disse...
Quando o Palmeiras entrar com CX, Arouca e Valdívia o time vai jogar muito, em relação ao Alan Patrick, acho que tem que ser sacado para entrada do Arouca, portanto adiantaria o Robinho que tem sido uma grata surpresa. Só digo uma coisa tem gente comparando o Alan com o Menezezzzzzzz, muita calma gente, o cara é muito mais técnico, bate muito bem na bola, acho que ele e o Robinho vão ser ótimos reservas para o brasileiro, apesar que O.O poderia colocar o meio assim: Arouca, Robinho, CX, Valdívia, Dudu e Cristaldo, teríamos muita qualidade no passe e se o Valdívia não ficar Allione pode fazer essa função tbm. Enfim o brasileiro promete!
Às 23 de fevereiro de 2015 às 13:57 , Anônimo disse...
Como dizem que sou corneta, tenho que discordar em apenas uma posição: CA. Não temos um CA do nível dos nossos rivais, mas acredito que o Cristaldo vai "quebrar o galho" por enquanto. Gostaria mesmo que o garoto Gabriel Jesus tivesse uma oportunidade.
Às 23 de fevereiro de 2015 às 13:59 , Anônimo disse...
Pô sem essa de vaiar o Alan Patrick ruim de bola ele não é outra coisa é começo do trabalho, temos que dar tempo ao tempo para nossos jogadores, agora a torcida mandando vaias em cima do cara é brincadeira.
Verdade seja dita se o Palmeiras contratar o CR7 o primeiro passe errado que ele der vai ser vaiado.
ACORDA MEU POVO
Às 23 de fevereiro de 2015 às 18:21 , Anônimo disse...
Acho que a ansiedade dos torcedores, agravada pela escassez de títulos nos últimos 15 anos em oposição aos rivais, e do drama do final do ano passado, pode criar um clima dificil de administrar. Muita pressão em cima do time.
Essa renovação em massa foi necessária. Mas não garante, de forma alguma, que dará a "liga" necessária para ganharmos algum título esse ano.
Temos que ter paciência.Algumas peças podem funcionar, outras não.
A ultima vez q me lembro de uma renovação em massa que deu certo foi a dos gambás na serie B. 4 jogadores acabaram sendo campeões mundiais 4 anos depois. Mas muitas peças tb deram errado.
Vamos torcer, sem pressionar em excesso.
Ezequiel
Às 23 de fevereiro de 2015 às 20:35 , Marco disse...
Considerando as três últimas rodadas, podemos até dizer que o Palmeiras já começa ter um time titular dentro dos jogadores disponíveis:
Prass – Lucas – Tobio – Vitor Hugo – Zé Roberto
Gabriel – Robinho – Alan Patrick – Allione
Dudu – Cristaldo
Tobio e Zé Roberto, não jogaram uma dessas três partidas por avaliação clínica. Com novos jogadores adquirindo condição legal ou física, entrarão na equipe, dentro dessa base. Arouca, provavelmente no Lugar de Alan Pratick e Valdívia no lugar de Robinho ou Allione. No caso de Kleiton Xavier, seu aproveitamento no time ficará para o mês de abril, na fase final do Paulistão. Será a entrada de um titular em um time definido. No restante, outros jogadores poderão ganhar a condição de titular dentro das situações normais do futebol.
Às 23 de fevereiro de 2015 às 21:24 , Anônimo disse...
Não vejo essa indefinição toda na escalação. É claro que alguns tiveram chance e podem voltar ocasionalmente: Amaral, Leandro Pereira, ML.
Espero que seja só entrosamento, mas tive essa impressão que ainda não encaixou. Acho que o Arouca vai equilibrar mais o time.
Me parece que os jogadores ainda não sabem qual função devem exercer. Temos vários meias, nenhum que demonstra faro de gol. Isso deve ser trabalhado, até pra facilitar a vida do CA.
A coisa vai engrenar lá na fase final do Paulista com quase todos disponíveis.
Às 23 de fevereiro de 2015 às 21:49 , Alexandre disse...
Leandro Pereira, João paulo, Renato são jogadores nota 4, o João Denoni é melhor que esse infeliz, o tal de Giroto do América MG, não foi escrito no Paulistão, o O.O não testou em nenhum jogo.
Analisando o Palmeiras, o Zé Roberto não jogará todos os jogos, até agora a melhor contatação do Verdão, jogador que sabe jogar o fino da bola.
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