A PÉSSIMA ARBITRAGEM DE ATLÉTICO PR 0 X 1 PALMEIRAS!

 Tivesse eu algum poder, lavraria um protesto contra a arbitragem de domingo passado, altamente lesiva aos interesses palmeirenses, como vem ocorrendo sistematicamente em 80% delas.

Infelizmente o clube não dispõe de um departamento de futebol à altura das demandas de bastidores do futebol moderno, cujo comando está entregue a um mineiro raízes ou vínculos com o clube.

Limitado às negociações e contratações -é assim que penso-, o responsável pelo setor não quer arriscar-se a ser queimado no mercado e, em razão disso, não dá, como se espera de um bom palestrino, a vida pelo clube! 

Esperto e prevenido, ele não atua porque sabe que o futebol alviverde não será o seu último endereço profissional.

O que está além de meu entendimento e de minha razão é por que o Palmeiras não destaca alguém das Relações Públicas para o mister? 

A presença de alguém com essa missão seria importantíssima, na medida em que ajudaria a aplainar o caminho do time no Campeonato Brasileiro.

Não, ninguém está querendo que o Palmeiras faça o que fez Belluzzo em relação a Simon, atitude corajosa, desprendida, mas de um ponto de vista prático, inútil, passível de críticas, retaliações, punições e até a processos por dano moral na justiça comum, como o que sofreu e perdeu o ex-presidente! Ah, essa justiça... .

O que se quer é alguém com lastro técnico, isto é, que entenda de arbitragem, vá à mídia e denuncie todas os erros, propositais ou não, tanto quanto as falcatruas arbitrais habitualmente cometidas contra o time, como uma forma de discordar da voz geral da mídia (sempre relutante em aceitar aquilo que favoreça o Palmeiras e sempre disposta a concordar e endossar tudo aquilo que prejudique o Palmeiras.

Na verdade, os árbitros aprenderam, no decorrer dos anos que apitar contra o Palmeiras, o único clube entre os grandes que não está aparelhado em entidade alguma relacionada com o futebol (A italianada, a partir da década de 80 sempre foi vaidosa e competitiva na política interna pelo poder dentro do clube e pouco atuante fora da esfera clubística) representa-lhes lucro e perspectivas de progresso e promoção.

As incursões do Palmeiras no sentido de coibir os abusos arbitrais são mínimas e, na prática, sempre decepcionantes. 

Isso é lamentável registrando-se que o Palmeiras é o único clube entre os de primeira grandeza do futebol brasileiro que já teve inúmeros gols anulados pela ação paralela da TV, que, se sabe, jamais se atreveria a fazê-lo contra os bambis, o curica contra o Santos ou contra qualquer outro clube desse porte e importância de qualquer região do país. 

Um desses gols, aliás, inesquecível, foi aquele de Barcos contra o Inter em Porto Alegre, no tempo em que a presidência palmeirense era ocupada por Tirone.

Por falar em Tirone, que, reconheço, teve ações administrativas internas muito ruins e foi muito prejudicado pelas idéias e ações retrógradas de Felipão, devo dizer que, no futebol, com seus erros e acertos, ele sempre procurou agir profissionalmente em relação ao futebol. 

Além de contratar quase sobre a hora da decisão da CPdB o centroavante Betinho que fez o gol que decidiu a competição, teve a dignidade de entrar com uma ação no STJD contra a indecência das circunstâncias que cercaram a anulação do gol de Barcos. Se não foi feliz, é outra história!

Tirone, ainda que campeão da Copa do Brasil, infelizmente soçobrou em 2012 e o Palmeiras deu com os costados na segunda divisão.

Seu erro palmar foi contratar Kleina, treinador então inexperiente e de pouco ou nenhum comando que nem saíra, enfim, da casca do ovo? Menos mal teria sido perseverar e continuar com Felipão até o fim!

É óbvio que para aquele rebaixamento muito contribuíram a contusão crônica de Valdívia e, depois, o fato dele ter se resguardado para a Seleção Chilena.

Outro aspecto também recorrente em relação ao chileno é que ele foi triturado e liquidado por Felipão que, mesmo sabedor de sua fraqueza e limitação física, o obrigava a marcar como se fosse ele um volante de contenção. Foi uma forma ignorante e vil do "gaúchão" de visível e constatável dilapidação do patrimônio do Palmeiras!

Por tudo o que vi, digo-lhes, sem medo de errar e apesar da enxurrada de críticas que vou receber, que Tirone, a exemplo de seu inesquecível pai, seria, sem nenhuma dúvida, um excelente diretor de futebol para o Palmeiras, embora eu jamais o reconduzisse à condição de presidente. 

Ele é esperto, malandro (no bom sentido da palavra) e, acima de tudo, criado dentro do Palmeiras, com DNA verde, filho de um dos maiores cartolas da história palestrina. Até da parte espiritual do elenco, em sua época, ele cuidou!

Só que quando se fala do "fracasso" da equipe em 2012 ninguém fala da campanha radical contra Márcio Araújo, jogando bem até hoje em time de ponta, da supervalorização de um jogador que era o ZR da época, Marcos Assunção (com a desvantagem em relação a Zé de correr pouco e comprometer a marcação do time. Só sabia bater faltas) tanto e quanto a perda dos dois craques da equipe, Barrios e Valdívia. 

Poeira baixada, pensem sempre um pouco mais antes de execrar Tirone (nunca o vi e não o conheço pessoalmente) que, a exemplo de Belluzzo e, agora, de Nobre, não contou com a assessoria de um diretor de futebol vivido e experiente no ramo.

Voltemos ao árbitro de domingo o gaúcho Jean Pierre:

8' Dudu bate a falta e o zagueiro do Atlético Pr abre os braços, triplica seu volume na pequena área, e evita a passagem da bola cometendo um toque voluntário. Pênalti não marcado! De caso pensado, claro porque foi um lance muito claro!

9' Cartão amarelo para Thiago Santos em lance normal de jogo e só aplicado porque aos 7' ele houvera amarelado o lateral Leo que empurrou Éric quando se preparava para entrar na área.

12' Falta de Egídio que não existiu.

13' Falta feia em cima de Lucas Fernandes em Róger Guedes sem a aplicação do cartão ao jogador atleticano.

12' Dudu foi seguro por Paulo André mas o Atleticano não foi punido como cartão-amarelo.

36" Falta grosseira sobre Egídio no ataque, não marcada.

38' Cartão amarelo para Cleiton Xavier em jogada sem maiores consequências.

43 Falta duríssima em Rafael Marques sequer assinalada.

O Palmeiras ganhou o jogo por 1 x 0, mas, e se perdesse? 

Esses erros -a maioria gravíssimos, sobretudo o pênalti- cairiam no esquecimento?

O Palmeiras tem de se prevenir reclamando (diplomaticamente porém de forma dura e reiterada) todas as vezes em que for prejudicado! 

Já chega de apanhar quieto e sem reclamar contra as viciosidades arbitrais!

Não fossem as nefastas arbitragens contrárias e o Palmeiras já estaria caminhando para a virtualidade do título do Brasileiro-16.

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