O LOBO E O CORDEIRO!

Como pode alguém dizer que está "dando um tempo" a Eduardo Batista se o malha impiedosa e incessantemente e não o deixa trabalhar com tranquilidade! 

É um contrassenso, para que não se diga "uma sandice, uma loucura", sobretudo antes de um clássico importantíssimo em que o Palmeiras enfrenta não um adversário, mas um inimigo, os bambis. 

Quem conhece a história do Palmeiras sabe que não estou exagerando. E depois acham ruim quando eu escrevo que algumas postagens parecem ser provenientes das entranhas do Juqueri.

Jamais vi tanta pressão sobre um treinador (nem Bonamigo sofreu tanto) cujos resultados ainda não são exatamente aqueles que a  "tchurma" do quanto pior melhor esperava e desejava.

Quando me lembro que Felipão passou por isso e que tantos pediram a contratação de Sérgio Vieira da Ferroviária a quem chegaram a chamar de estrategista, joguei a toalha e peço para que me incluam fora do fulcro dessa discussão.

Só não tenho o receio de afirmar que sob o meu ponto de vista, considerando que EB só me decepcionou (muitíssimo) "ao conseguir perder o "derby" mais ganho da história". 

Ao final dessa hecatombe vexaminosa perdi as estribeiras e até pedi a saída do treinador. E eu tinha moral para fazê-lo porque fui um dos primeiros a protestar contra a sua equivocada contratação.

Isso, porém, não significava ou significa que eu o considerasse ou o considere um burro, um idiota ou um incapaz...

Eduardo Batista, professor de educação física e técnico diplomado, em meu entendimento,  era (é) um treinador neófito, inexperiente e de pouca vivência, sem estofo (ainda) para estar à frente de um clube de tanta grandeza, tradição e responsabilidade quanto o Palmeiras, ainda mais após a conquista de um brasileiro considerando-se o aspecto de o alviverde ter o melhor elenco do Brasil. 

Uma coisa me causa estranheza e espécie nessa mixórdia...

Os caras não entendem, PÔ, ou se entendem não querem admitir que o erro decorrente da presença de EB à frente da equipe é do "jênio" mineiro Alexandre Mattos que passa ao largo de todas as críticas como se nada tivesse a ver com isso.

Infelizmente aqueles que criticam tanto o treinador palmeirense o fazem com tanto ódio que ainda que Eduardo ganhe o clássico e o time arrebente em campo, voltarão a cravar que o time não jogou nada e que tudo é culpa do treinador.

Faz-me lembrar a fábula de Ésopo, do lobo e do cordeiro que se encontraram para beber em um rio, o lobo acima e o cordeiro em baixo, a vários metros de distância.

O lobo perguntou ao cordeiro: Por que turvas a água que estou bebendo?

Respondeu o cordeiro: Como posso turvar a água que bebes se estou rio abaixo e a vários metros de distância? 

Retrucou o lobo: se não foi você foi seu pai, sua mãe seu irmão ou alguém de sua família. Por isto vou devorá-lo!  Assim o fez!

Não fosse o apoio (o visível apoio que os jogadores têm mostrado nas comemorações dos gols e ao final dos jogos) e de há muito a ferocidade leporina da torcida já teria devorado outro treinador que se não é o melhor também não é o pior da história de um clube que já teve Bonamigo, Villar, Jorginho Cantinflas, Antonio Carlos e tantos outros do mesmo nível.

O grande teste de EB será hoje contra os bambis.

Se o time for mal não haverá mais condições de apoiamento ao treinador posto que ele perderá totalmente a credibilidade junto à torcida e talvez ele próprio peça para sair.

Em tempo: negarei o apoio apenas porque não haverá mais condições psicológicas para que ele continue à frente da equipe...

Entretanto, por questão de justiça, sempre direi sempre que a prevenção e a rejeição da torcida foram os fatores determinantes de sua derrocada no Palmeiras!

Esta não foi, não é, e nem será a primeira vez que isso acontece no Palmeiras!

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