Observatório Alviverde

18/12/2014

A ALEXANDRE MATTOS O QUE FOR DE ALEXANDRE MATTOS!



 
 Alexandre Mattos

Só porque o Cruzeiro foi bi-campeão, em dois dos mais fracos e modorrentos Brasileiros de todos os tempos, parte da crônica esportiva paulistana catapultou o jovem dirigente Alexandre Mattos, à condição de gênio, elevando-o aos píncaros da glória.

Ao exagerar na dose das loas, não imaginavam, nunca, os jornalistas paulistanos, contumazes incensadores dos outros clubes, que os fatos e o destino conduzissem Mattos ao clube que tanto detestam, combatem, apequenam e abominam, a S.E. Palmeiras.

Foi um duro golpe no ego desses indivíduos, os mesmos que, subliminarmente, acordaram e, tacitamente, decretaram, que o Palmeiras jamais terá gênios, talentos, craques, méritos ou coisa assim, dentro ou fora de campo!

Agora, por um bom espaço de tempo, por questão de coerência, não poderão criticar o novo diretor de futebol do Palmeiras, ao qual emprestaram, afoitamente, o status de gênio.

Quanto a Mattos, só depois que sentar-se na cadeira verde, estofada, que o espera no Palmeiras, recheada de pedras, arame farpado, cacos de vidro, agulhas, espinhos, detritos afiados, de molas pontiagudas e cortantes, é que o novo dirigente vai acordar para a dura realidade que o espera.

Daí por diante, terá o desprazer de vivenciar um fenômeno de comunicação interessante, inédito, inconcebível e impensável (para ele, para ele) do desmanche e desconstrução de sua própria imagem.

A partir de suas primevas ações como diretor de futebol ele verá a sua aura de gênio, aos poucos, ser desbastada, desgastada, dissipada, esmaecida, subvalorizada pelas bocas que o adularam e pelas mãos que o afagaram, as mesmas, certamente, que haverão de condená-lo e apedrejá-lo, futuramente, como se fosse ele a reles prostituta bíblica. Quem viver, verá!

Enxadristicamente, prevenindo o salto do(s) cavalo(s) e evitando especulações, faço questão de antecipar-me aos fatos.

Por isso, coloco em discussão os parâmetros reais da verdade verdadeira acerca de Mattos, que, do ponto de vista ético e profissional, deveriam nortear os comentários da mídia!

Fique claro que Mattos, verdadeiramente, não montou, sozinho, time nenhum excepcional no América MG, clube de mísero orçamento onde aprendeu a trabalhar, se revelou e permaneceu por cinco anos. 

No Cruzeiro, time de elevado orçamento, onde esteve por três anos foi feliz, muito feliz, competentíssimo em dois trabalhos nos quais ele foi importante, mas longe da autoria exclusiva. 

Esse equívoco, segundo o qual Mattos, individualmente, sozinho e sem a a ajuda de ninguém foi tudo e fez tudo no Cruzeiro, em termos de formação dos times campeões de 2013 e 2014 tem de ser reparado.

Basta de afirmar que, ele, na visão estreita e restrita de muitos, em Sampa, em Sampa, em Sampa, tem sido considerado, mais do que qualquer outro dirigente cruzeirense, até do que o presidente Lemos, seu patrão e abrigo, digo, amigo, como cidadão detentor exclusivo de todos os méritos de formação do time bi-campeão. 

Então quer dizer que Marcelo Oliveira chegou, cruzou os braços não indicou ninguém e ficou esperando, passivamente que Mattos, apenas, negociasse e trouxesse os jogadores?

Vejam que tudo não passa de inútil retórica, de uma falsa imagem, indevidamente construída, fruto da imaginação ou conveniência de jornalistas doidivanas, que só conseguem apreciar ou valorar qualquer trabalho se acompanhado de um título.

Essa avaliação mitômana e irreal de Mattos é mais um desserviço da maior parte da crônica esportiva, mormente a paulistana, vaziíssima, uma profunda desconhecedora dos meandros do futebol dos outros estados, ressalvadas as suas infrequentes exceções.

O interessante é que aqui em BH, berço e palco do esplêndido trabalho de Mattos, o reconhecimento desse profissional, é proporcional, simplesmente, restritamente, exclusivamente,  à importância das tarefas que realizou. Por isso, é alto!

Não há, por aqui, nenhuma supervaloração, como em Sampa, decorrente dos exageros daqueles que avaliam um automóvel pelo brilho da lataria, não, pela qualidade do motor. 

Isso tudo foi dito para que, amanhã, caso não haja êxito no trabalho de Mattos, não venha a crônica alegar que ele era um Pelé na função e que o Palmeiras não lhe proporcionou condições suficientes e compatíveis para realizar o seu trabalho.

Sem medo de errar, considerando a falta de conhecimentos, o primarismo e o amadorismo de Nobre e chegados, tenho certeza, absoluta, de que muito mais liberdade de ação terá Mattos no Palmeiras do que teve, até hoje, no Cruzeiro!(AD)
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Numa análise fria, (respeitando às analises de todos, o espaço está aberto a quem quiser se manifestar), entendo que a melhor contratação detonada pelo Palmeiras, (leia-se Alexandre Mattos) até agora, foi a de Oswaldo de Oliveira!

Como gosto, sempre, de antecipar as minhas opiniões, reputo a aquisição de Oswaldo como espetacular, pois, sou convicto de que ele terá boas performances e desempenho de alto nível à frente do Verdão. 

Se partiu (vá, lá, saber) de Mattos a ideia de contratar Oswaldo, aplausos a ele pela boa escolha. Foi, ao meu sentir, uma ideia luminosa! 

Se havia, ou não, opções de maior, mais e melhor qualidade para o cargo, essa discussão é morta, absolutamente desnecessária.

Àqueles que continuam estigmatizando Oswaldo de cu-rintiano, respondo que a boa aura, a personalidade marcante desse profissional, sua educação pessoal, seu nível cultural, sua moldagem social, são sinais evidentes de que, em pouco tempo, ficará provado que ele se identifica, mais, com o Palmeiras do que com nossos inimigos! 

Mas, para tal, necessário se torna, primeiro, viver com, e, conviver!

Se ele vai ganhar títulos ou não, nem eu e nem ninguém tem condições de garantir, mas ouso afirmar que, se lhe derem um bom material humano, brigar pelas conquistas, ao menos, ele vai.

No Palmeiras, todos os títulos de que me lembro, de 80 para cá, foram consequências da montagem de verdadeiros esquadrões, muitos furos superiores aos adversários, o que, nem sempre, mormente nos dias de hoje, é possível que se consiga. 

Como eu disse, certa vez, o Palmeiras, pela limitada força atual de sua marca, pela insignificância e desmoralização crônicas a que o levou e submeteu a Rede Globo e pela falta de prestígio de seus dirigentes, se quiser ser campeão, tem de ter um time, no mínimo, dez vezes melhor do que os seus adversários. Se não for assim, não chega!

A exceção dessa regra foi a opaca conquista da Copa do Brasil/2012 pelo medíocre e retrancado Palmeiras de Tirone, Frizzo e Felipão, que, concomitantemente, pagou um preço altíssimo pela ousadia e, no mesmo ano, baixou de divisão!

Ganhar campeonatos, tarefa difícil para os clubes desprovidos da promoção e da blindagem da mídia, em termos de Palmeiras, é uma tarefa ainda mais difícil e problemática, em face de tantos fatores de influência negativa, endógenos e exógenos que o clube tem de enfrentar.

O Palmeiras, há anos, luta nessas duas frentes, premido, internamente, por uma oposição política odienta e deletéria que, sequiosa de poder, atenta contra o clube em seus efervescentes bastidores, nas mesmas proporções em que, externamente, setores radicais da imprensa, há anos, trabalham diuturnamente contra o clube. 

Quero esperar, um pouco mais, para analisar os reforços anunciados e aqueles que estão chegando, mas, em relação a Diego Cavalieri e Zé Roberto, dois jogadores muito conhecidos, vou antecipar o meu ponto de vista. 

Sobre Cavalieri, como já disse, repito, eu discordo, porém em termos, de sua contratação. 

A não ser que o Palmeiras disponha de verba suficiente para contratá-lo sem sacrificar outras contratações para as posições mais carentes. 

Quem não gostaria, em qualquer time do planeta, de ter uma dupla de goleiros, Prass/Cavalieri, disputando a titularidade e se revezando no banco?  

Como diz um velho ditado, quem tem três, tem dois; quem tem dois, tem um; quem tem um, não tem nada! 

Não foi assim, em relação à Valdívia? O Palmeiras tinha só ele para a posição e na ausência dele, não teve nada. Tão claro quanto a mais clara clara!

O Verdão tem, hoje, sem que se conte Vinicius, Pegorari e outros jovens de nossa escola, cinco goleiros vividos, experientes e aptos a entrar no time, se necessário, malgrado justificadas e injustificadas críticas de nossa exigente torcida a todos eles, exceto ao craque Prass e a Jailson, que ainda não estreou!

Além de Prass, o Palmeiras tem Deola, Bruno, Fábio e Jailson, que, pelo trotar da carruagem, sequer vai estrear. 

Uma pena porque seria o primeiro goleiro negro a vestir a nossa indefectível camisa um. Se eu estiver errado, por favor, corrijam-me no espaço dos comentários!

Para ficar com Cavalieri, o Palmeiras tem a opção de negociar Deola, Bruno, ou, até, Jailson. Deve fazê-lo!

Entretanto, seria uma estupidez se viesse a se desfazer de Fábio, em quem enxergo um imenso potencial e para quem prevejo um belíssimo futuro!

Quanto ao veteraníssimo Zé Roberto, se vier, chegará ao Verdão com uma defasagem de, no mínimo, dez anos e, simplesmente, confirmará o que eu já disse tantas vezes e que se torna, uma tônica a cada temporada; O Palmeiras é o clube INSS do futebol brasileiro. Todos o procuram na hora de aposentar!

Mas eu concordo com a contratação de Zé Roberto estritamente por um ano, mediante um salário compatível, mesmo em sua condição atual de veterano que o entusiasmo de alguns quer transformar em garoto, o que ele não é, há muito tempo. 

Trata-se de um jogador magro, enxuto, de ossatura resistente e compleição física favorável.

Mas, se reconheço-o, como, tecnicamente, excepcional, tenho, também de reconhecer que, de há muito, é um jogador limitado do ponto de vista físico, embora, a sua alta qualidade técnica mascare a deficiência que o tempo está a lhe impor.

De qualquer forma creio que Zé Roberto seja medianamente compatível com o nível de exigência física do futebol que se pratica no Brasil. 

Em resumo: dá pra aceitar, sim, em termos de composição de elenco, de aprimoramento técnico e em nome de um toque de classe refinado e especial para o time. 

Mas, farão com Zé, jogador maduro, mignon e de físico frágil, os nossos adversários, tudo o que fazem com Valdívia, sob os olhares cúmplices e sádicos da mídia e compassivos e masoquistas de nossa diretoria?

Depois do que eu falei acerca de salários, tenho certeza de que lá vem, de novo, aqueles que acham que não se deve falar em dinheiro em relação a jogadores contratados pelo Palmeiras. 

Até concordo que, em certas circunstâncias, sim, em outras, não! Depende de uma série enorme de fatores.

Mas, seria inteligente pagar 500 mil mensais ou mais e fechar um contrato de dois ou três anos para ter um veterano, ainda que fosse Zé Roberto, o jogador mais técnico DO Brasil, que, nem se sabe se terá uma sequência de jogos compatível com o investimento?

Penso diferente! Se o jogador for bom e o técnico tiver certeza de que ele vai resolver os problemas do time, ainda que o salário seja alto, contrate. Se a pedida for exagerada, não! 

O torcedor precisa compreender essa faceta do futebol e, se, insistir em não entender, que se lixe.

De uma forma ou de outra, apoio, integralmente, a contratação de mais um arqueiro (não um goleiro, mas um lançador, no literal significado da expressão), desta vez, canhoto, embora tenhamos outro, para mim, até, melhor, o destro Valdívia, o melhor jogador NO Brasil!


A presença de um armador como Zé Roberto, que tanta falta fez ao Palmeiras no último Brasileirão, terá o pendor, se necessário,(tomara que não e que Deus nos livre das pragas), de lançar, com perfeição e precisão, até as flechas cegas e rombudas de que ainda dispomos, as piores marcas, aliás,  que se conhece no mercado, tipo Cristaldo, Mouche, Henrique, Diogo, Leandro, Bruno César e outras!

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5 Comentários:

  • Às 18 de dezembro de 2014 às 17:53 , Anonymous MestredosMagos disse...

    Eu contrataria Cavalieri e renovaria com Prass. Manteria o negão como terceiro goleiro, emprestaria Fabio pra pegar experiência jogando (ele precisa jogar) e dispensaria os demais goleiros.

    Osvaldo já falou que trabalhará com 4 goleiros e talvez por isso Fábio não saia e fique com Joilson.

    ====

    Zé Roberto vai ter salário fixo e mais produtividade.

    Jamais chegará perto dos 500 mil que andam falando.

    2 ou 3 jogador caçamba que mandar embora já paga 1 que vale a pena.

    Foi eleito o bola de prata na lateral esquerda, mas bom mesmo será se usar ele no meio.

    =====

    Saudações.

     
  • Às 18 de dezembro de 2014 às 19:43 , Anonymous Marcelo Palestra disse...

    Estou com o Alcides!!

    Por mais talento que Zé Roberto tenha, vai pesar sua idade, e a violência com que será caçado( exatamente como fazem com o mago), sob a complacência dos retardados de nossa diretoria, capitaneados pelo imbecil chefe!

    Nossa experiência com jogadores velhos e consagrados foi de certa forma frustrante no passado recente( tirando um título da Copa do Brasil que saiu dos pés de Marcos Assunção com ajuda do mago)

    Será que vale a pena pagar uma fortuna por um jogador que pode não conseguir atuar em todas as partidas?

    Ninguém discute a qualidade de Zé Roberto, mas sim sua idade elevada!

    Se temos pagar salários elevados que seja para jogadores jovens, fortes, craques e em condições de nos levar a disputar títulos!

    É o que penso!

     
  • Às 18 de dezembro de 2014 às 20:24 , Anonymous MestredosMagos disse...

    GABRIEL DO BOTAFOGO

    Palmeiras está agindo de forma inteligente.

    Abandonou a disputa, ou melhor, o leilão pelo Thiago do Goiás e esta contratando um volante muito melhor, sem precisar gastar uma fortuna, pois o jogador se desligou do clube via judicial.

    Saudações.

     
  • Às 18 de dezembro de 2014 às 21:27 , Anonymous Edson disse...


    Andrei Girotto.
    Bom jogador. Chuta bem de meia distância e bom passe,

    https://www.youtube.com/watch?v=sYi12E5nzN4

     
  • Às 18 de dezembro de 2014 às 23:55 , Blogger Nailton Pimentel disse...

    Tá faltando contratar atacantes e meia atacantes

     

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