RECADO À TORCIDA PALMEIRENSE!

 


A maior parte da torcida do Palmeiras, reconheço,  é mesmo ímpar, inigualável, espetacular, ou numa única palavra mais atual, fantástica!

Como negar seus dotes de mais inteligente, escolarizada e em média, muito mais bem preparada intelectualmente do que as outras?

A prova real de nossa tese está materializada nos comentários inteligentes que a galera verde deixa em sites e blogs, tanto e quanto em suas brilhantes e lúcidas participações em rádio e TV.

A síntese de tudo é a "Mídia Palestrina" que, dos pontos de vista jornalístico e intelectual, nada fica a dever à chamada mídia profissional e, em certas circunstâncias, até a supera.

Fique claro e explícito que a razão de tudo isso, fundamenta-se no fato de a torcida do Palmeiras estar embasada sobre as raízes profundas das famílias italianas (que começaram a emigrar para o Brasil em 1870) e os seus descendentes, secularmente ciosos e zelozos pela educação de seus filhos.

Foi essa gente, entre todos os emigrantes europeus que aportaram ao Brasil, a que, com  trabalho e sacrifício, mais ajudou na construção da grandeza deste país.

O time do Palmeiras, que preexistiu por alguns anos a sua legalização, foi fundado oficialmente só em 1914.

De lá até hoje, o antigo Palestra só cresceu e floresceu, ainda que tivesse de enfrentar todo ódio, inveja, ira, perseguição, deboche e discriminação da classe dominante, a maior parte de origem portuguesa, que não suportava o sucesso e a ascensão social daqueles desprezíveis "carcamanos", reconhecidamente inteligentes e trabalhadores . 

Vejam se até hoje não é assim...

Pode-se dizer que após tantas discriminações e perseguições, o Palmeiras, que foi obrigado, até, a mudar de nome, só não morreu em face de ter sido o time das famílias, com os seus torcedores se renovando de geração em geração, haja vista que o processo de liquidação externa do clube, desde iniciado, não fechou mais e perdura até os dias de hoje.

Parafraseando o poeta Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (será que as escolas vermelhas de hoje ao menos estão deixando ensinar quem foi Olavo Bilac, o autor do hino à bandeira?), eu quero dizer à torcida palmeirense, sobretudo aos jovens torcedores:

"Ama com fé e orgulho o clube que escolheste. Criança, não verás nenhum time como este"!

Por isto, não há como deixar de reconhecer ou ocultar, como tenta há anos a parcial, intolerante, injusta e discriminatória mídia convencional, as  inegáveis qualidades da torcida palmeirense, apaixonada, fenomenal, fora de série, um portento, que faz jus a todos os encômios, gabos e louvores, tanto e quanto a todos os adjetivos laudatórios possíveis e imagináveis!

Fiquem sabendo os torcedores mais novos, não existe torcida alguma como a nossa, a qual este velho palestrino batizou e nominou, um dia, de "Leal" em contraponto àquela outra que a crônica esportiva incensa e chama de fiel.

E, no entanto, por incrível que pareça, torcedores palmeirenses existem, mormente entre os organizados que, se torcessem para Curicas, Bambis ou Sereias, o Verdão seria o maior clube do pais e teria o melhor time do mundo!  

Só não é porque essa gente não deixa e sempre estraga tudo, posto que se alimenta do ódio e da rivalidade interna do clube, procurando fazer de tudo para beneficiar-se da política rasteira que grassa nos bastidores da Sociedade Esportiva em face da luta interna e eterna que objetiva, exclusivamente, o poder. 

Fazendo, agora, uma digressão, os curicas agradecem à Mancha todas as suas conquistas mais recentes. 

Não, não se trata de implicância deste velho jornalista contra essa facção de torcedores, mas, exclusivamente da menção exata de uma indesmentível realidade.

Vocês se lembram de que a Mancha, à época de Palaia, queria porque queria o então ex-jogador em atividade Edmundo, no time sem mediar as consequências dessa bobagem?

Visando a favorecer Edmundo, a Mancha abriu uma guerra interna de enormes proporções, influenciando diretamente o fraquíssimo Palaia, também contaminado pela personalidade forte de Edmundo.

Após um jogo em Recife, Palaia, além de desmentir, humilhar e desautorizar uma coletiva de Tite em outra entrevista minutos depois, forçou a demissão do treinador que nem bem começava um trabalho revolucionário de renovação do time. 

Para que não seja mudada a verdade histórica, eu registro, de forma bem clara, que esse lamentável episódio perpetrado pela "Mancha" não apenas ajudou, mas, foi a maior responsável por todos os últimos títulos conquistados pelos Curicas, que, na sequência, contratram Tite.

Quem é, eu pergunto, que foi esperar Tite no aeroporto na volta de Recife, atirando-lhe injusta e irresponsavelmente hortaliças, legumes e ovos porque, simplesmente, ele barrava Edmundo, que cumpria o triste papel de Zé Roberto daquele tempo? 

E ainda tem gente que tem raiva do treinador por achar que ele não suporta o Palmeiras. 

Tite não suporta, sim, é essa facção tenebrosa da torcida palmeirense, simplesmente a exceção que confirma a regra da excelência da torcida palmeirense.

Em nome de seus interesses particulares, nem sempre os mesmos do clube, ela interfere negativamente no dia a dia palestrino e altera a sequência natural dos fatos.

Uma das questões mais graves que atravancam o Palmeiras é essa mania de atacar, perseguir e agredir adotada por esses maus  torcedores que já provaram, tantas vezes, que nada entendem de futebol.

Isso faz do Palmeiras um time odiado pela maioria dos técnicos e, principalmente, pelos boleiros que passam pelo clube, nem sempre tratados com a dignidade e respeito que qualquer ser humano faz por merecer.

Isso explica porque qualquer timeco que jogue contra o Palmeiras entra em campo motivado, com raça, com sangue nos olhos e com uma disposição que jamais mostra ao enfrentar os nossos maiores rivais.

Quando se diz que tudo é muito mais difícil para o Verdão do que para os seus maiores rivais, acreditem porque é verdade. 

É voz corrente e consenso entre os boleiros que o Palmeiras é um "cemitério de jogadores" e, por isto muitos se recusam a trabalhar no Verdão.

É óbvio que eu sei, você sabe e todo mundo sabe que há um acentuado exagero na afirmação, mas quem é que vai tirar isso da cabeça dos jogadores tanto e quanto convencê-los de que tal não existe?

A torcida (aquela parte que exerce um poder paralelo dentro do clube), se deseja, realmente, ajudar o Verdão, precisa se conter, parar de implicar, passar a ter paciência e a ser tolerante com os jogadores e só reivindicar, a tempo e hora,  aquilo que, de fato, seja útil para o time.

Da mesma forma a torcida tem, muito mais, de cobrar forte as instituições que, historicamente, prejudicam o Palmeiras, como os departamentos de árbitros, os tribunais esportivos injustos e, principalmente, à mídia parcial e "anti", sem se aliar a ela como vem ocorrendo, mas combatê-la veementemente em seus excessos, omissões e perseguições.

Da mesma forma, o palmeirense precisa deixar de ser impaciente e aprender, por exemplo, a esperar pelo término dos jogos antes de fazer o que mais sabe, isto é, reclamar contra o time e desancar os atletas, como acontece há muitos anos.

É preciso, paralelamente, acabar com a cultura da exigência do excesso de contratações, a fim de que o time possa aproveitar a base ter grupos mais compromissados e identificados com o clube.

Domingo passado, após toda a gozação, escárnio e humilhação a que o time foi submetido por alguns jogadores santistas, entre os quais o pastor Ricardo Satanás, João Pedro e outros atletas, alguns jogadores palmeirenses, em vez de se indignar, mendigavam uma troca de camisas, como se a camisa do Santos fosse maior e mais importante que a do Palmeiras.

A doída derrota para um dos maiores adversários parecia não ser sentida por alguns jogadores do elenco que deveriam se espelhar em Prass, um dos poucos que deixou o campo aborrecido e com cara de poucos amigos, sinal evidente de que sentiu o peso da derrota.

Estão vendo e percebendo, todos os que trabalharam pela dispensa do Mago, porque a imprensa paulistana fez questão de orquestrar a saída do melhor jogador palmeirense da última década, sem solicitar dos torcedores paciência para esperar que ele se recuperasse? 

Agora que Valdívia se recuperou e passou a jogar todas as partidas será que esses palmeirenses não sentem, ao menos, uma ponta de arrependimento pela bobagem que ajudaram a consumar?

O Palmeiras, infelizmente, escolheu erradamente o seu diretor de futebol. Optou por um indivíduo inexperiente, tão inexperiente e amador, que mesmo com cerca 90 dias de contrato vigente para aproveitar o talento do Mago não o fez.

Como se fosse ele o dono do dinheiro, Mattos preferiu pagar para que Valdívia não jogasse, ainda que o jogador houvesse declarado que estava à disposição do clube e que gostaria de jogar

Detalhe: Valdívia tinha o respaldo do treinador e a simpatia de 90% dos companheiros de elenco. 

Foram incalculáveis os prejuízos decorrentes da atitude do "reizinho" não apenas para as finanças do clube, mas, principalmente para a parte técnica da equipe. 

Seu orgulho não permitiu que antevisse que com três ou quatro vitórias a mais, que certamente viriam em face da presença do craque Valdívia, e o Palmeiras já estaria, a esta altura,  classificado para a Libertadores.

Porém o ódio da Mancha -implacável e imperdoável- dirigido a um jogador ao qual alguns componentes da organizada infantilmente agrediram no aeroporto de Buenos Aires, aliado ao oportunismo de um diretor de futebol despreparado e ao orgulho de torcedores que colocam as suas opiniões como mais importantes do que os interesses do clube, fizeram com que o Palmeiras, amadoristicamente, prescindisse de seu único e exclusivo craque.

Quem não sabia que o Mago era quem fazia a diferença e tinha personalidade suficiente para dar o troco em todos aqueles adversários que amavam espicaçar, detratar, diminuir e humilhar o Palmeiras tipos como Rogério Ceni, alguns jogadores do Curica, e até o pastor sereia, aquele para quem a humildade é apenas um subterfúgio justificante de sua real personalidade.   

Há algum tempo levantamos, por este blog, o tema referente à necessidade de a torcida do Palmeiras conceder ao time e ao técnico, neste final de temporada, um tempo, a fim de que o time se ajuste, se acerte, dê total tranquilidade aos jogadores e que não entre na pilha das listas de dispensas e das contratações que tanto tumultuam o ambiente das concentrações.

Ontem, por exemplo, a Fox Sports divulgou, simultaneamente, uma lista de dispensas e outra de possíveis contratações do Palmeiras para 2016.

Sabem quantas listas referentes ao Santos e quantos jogadores  anunciados como prováveis contratações santistas? 

Simplesmente nenhum, mas sem esquecer de acrescentar que o time santista só está focado no retorno de Geovânio (razão maior do pedido de adiamento dos jogos) e nas "DUAS" possibilidades que tem de ganhar vaga na Libertadores, via Brasileirão ou Copa do Brasil.

Lembram-se do que a esmagadora maioria dos jornalistas dizia em relação ao Palmeiras, quando a pontuação palestrina no Brasileirão era inferior, apenas, aos três ou quatro primeiro colocados?  

Eles diziam que o Palmeiras deveria optar apenas pela Copa do Brasil e deixar de lado o Brasileiro.

Marcelo Oliveira acreditou no blá-blá-blá e caiu como um patinho, passando a escalar times mistos.

Lembram-se do que eu dizia?  "Quem tem três tem dois, quem tem dois tem um e quem tem um não tem nada". 

Agora que a porta do brasileiro está (quase) arrombada, Mattos e Oliveira querem colocar a tranca, mas o Palmeiras passou a depender, muito mais, dos outros times do que, propriamente, de sí. Se os outros não tropeçarem, o Verdão, per si, não chega.

Resta-nos, na prática, apenas a Copa do Brasil, mas se o time jogar como jogou domingo, adeus viola!

Para encerrar (sei que escrevi demais) eu quero pedir à torcida uma trégua em relação ao time deixando a abordagem das contratações e dispensas tanto e quanto as críticas, para depois das decisões que vão nortear a vida do Palmeiras em 2016.

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