Observatório Alviverde

28/09/2010

AMOR, ÓDIO E TRAIÇÃO EM "LA CAVALLERIA PALAIANA", A NOVA ÓPERA DO PALMEIRAS.

Uma trama repleta de ódio, oportunismo, autoritarismo, vingança e traição.
O resumo de mais uma ópera bufa na vida do clube mais confuso e conturbado do planeta, a S.E. Palmeiras:

LIBRETO SINÓPTICO
Local da exibição: Sede da S.E. Palmeiras em São Paulo
Autor: Salvador Hugo Palaia
Atores: Luiz Gonzaga Belluzzo, Salvador Hugo Palaia, (tenores)///Gilberto Cipullo e Seraphin Del Grande (barítonos)/// Genaro Marino, Savério Orlandi, (Baixos) Vozes femininas (Não há), Acompanhamento da  grande Orquestra e Coral da Oposição, sob a batuta do maestro Mustaphá Contursi.

1º ato
CENA – o REI submete-se a uma cirurgia cardíaca nesta 3ª feira,  entra em licença oficial por 40 dias.
Aria 1, A RETIRADA – CANTA BELLUZZO (TENOR) em dueto com PALAIA (TENOR PRINCIPAL)
CENA – O VICE-REI assume. Salvador Hugo Palaia passa a ser o presidente legal da SE Palmeiras.
Aria 2, A MARCHA TRIUNFAL – CANTA PALAIA (TENOR PRINCIPAL)

2º ato
CENA – Já com o epíteto assumido de Dom Palaia, o louco, nem bem assume e dá um golpe de estado. Demite todo o Departamento de Futebol. Seu desafeto, Cipullo, volta a ser, como sempre foi, apenas e tão somente  o vice-presidente geral do clube, sem mais nenhuma ingerência no Departamento de Futebol.
Aria 1, A VINGANÇA – CANTA PALAIA (TENOR PRINCIPAL)
CENA – Perplexidade e alegria. Muitos não acreditam no que vêem, consideram um desrespeito,  mas aplaudem a saída de Cipullo
Melodia 1 – NÃO MEREÇO SAIR (CANTAM CIPULLO (BARÍTONO EM TRIO COM GENARO MARINO E SAVÉRIO ORLANDO (BAIXOS)
Melodia 2 – O REGOZIJO NO REINO (COM ORQUESTRA E CORO DE MUSTAPHÁ CONTURSI

3º ato
CENA – Também conhecido agora como "Il capo di tutti capi", Palaia cria um conselho de gestão para cuidar do futebol e das obras da arena.
Aria 4 – A GRANDE MUDANÇA, AQUI MANDO EU  (CANTA PALAIA, O TENOR PRINCIPAL)
Aria 5 – AQUI MANDO EU (CANTA PALAIA, O TENOR PRINCIPAL)

4º ato
CENA - Dom Palaia marca para terça-feira, (hoje) uma reunião para a escolha dos nomes dos novos componentes do conselho. Seraphin Del Grande, convidado, declinou do convite.
Melodia 3 – A RENÚNCIA (CANTA SERAPHIN, BARÍTONO)
Aria 6 – A MARCHA TRIUNFAL 2 (CANTA PALAIA, O TENOR PRINCIPAL)
E assim termina, por hoje, o inesperado e tragicômico espetáculo, que terá seqüência, certamente, no decorrer dos próximos dias.

Reação do público e da crítica: 1) surpresa, 2) choque 3) Incredulidade 4) espanto 5) pasmaceira e perplexidade 6) desconfiança, 7) receio 8) medo 9) horror 10) terror.
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AGORA, FALANDO SERIAMENTE!
A irreflexão, a impulsividade, a falta de tato, a vingança, o individualismo, o excesso de amor próprio, e o desrespeito desafiante e explícito aos companheiros, têm sido a prática corriqueira na política vil e rasteira que, há anos, grassa no Palmeiras.
A inabilidade da elite que comanda o clube,  na condução das relações humanas e sociais e a imposição constante do direito da força sobre a força do direito, vão transformando o nosso Palestra, a cada dia,  em um cadinho de ódios e de ressentimentos.
Quem não sabe que Cipullo e os seus comandados do Departamento de Futebol são fracos, muito aquém de nossas necessidades?
Quem desconhece que eles precisavam ser substituídos?
Até os meninos da natação da patinação, da ginástica  e das escolinhas sabiam disso.
Todo mundo, enfim,  já sabia, mas é inadmissível e inaceitável que saiam por força do primeiro ato de um presidente que está interino e que, por dever de lealdade, não deveria agir de forma tão atrabiliária e precipitada, traindo a confiança do presidente enfermo.
Uma atitude dessa natureza, além do mencionado desrespeito a Belluzzo, incide e reflete diretamente sobre o rendimento do time.
Sou convicto de que a atitude impulsiva, intempestiva e autoritária de Palaia (uma constante em suas ações anteriores quando diretor de futebol), deve ter chocado até o próprio Felipão, quanto mais o grupo de atletas.
E isso, numa hora em que o time se acalmava, se arrumava, se ajustava e já conseguia encontrar um rumo tático e técnico dentro das quatro linhas.
Sei que, às vezes, é necessário um toque de loucura para o ajuste de um clube ou de um time, mas assim já é demais.
Sem querer, Palaia atirou no próprio pé, na medida em que, conforme Seraphin Del Grande, era o candidato natural da situação para a sucessão de Belluzzo.
Respaldado pelo mesmo grupo que levou Belluzzo ao poder, tinha tudo para obter sucesso na empreitada e ficar por muitos anos como o presidente do clube.
A sua falta de cuidado e de previsão fez com que ele dividisse a própria situação, com prejuízos não apenas para a sua natural candidatura, como também para o próprio ambiente do Palmeiras.
O inferno, que era grande e agora vai ficar muito maior. Será que ele dará conta de administrar?  Quem planta fogo tem que apagar grandes incêndios.
Quero deixar claro que nada tenho contra o Palaia, cujo grande feito como diretor de futebol foi a primeira contratação de Valdívia.
Acho que ele tem ousadia  e gosta de futebol,  requisitos básicos para um grande presidente.
Ele tem tudo para sê-lo, mas precisa agir mais friamente com a cabeça, do que através de impulsos ou de temperamento.
Sua primeira amostra como presidente, não foi positiva. Sobrou impulsividade e coragem, mas faltaram tato e inteligência e isso é muito grave!.
Como diretor de futebol, repito, presenteou-nos com Valdívia.
Em compensação, caiu na conversa de Edmundo e demitiu Tite, nas mesmas circunstâncias em que Cipullo, mais tarde, demitiu Muricy. O roto não pode falar do mal-vestido.
Ah como ferve em nossas veias verdes esse sangue italiano,  à menor contrariedade!
Como somos intolerantes!
Como somos carentes de calma e serenidade nos momentos de decisão para a melhor resolução dos problemas!
Como somos inábeis para acomodar situações sem desafiar frontalmente ou ferir os nossos semelhantes!
Como somos impulsivos, como somos vaidosos, como somos orgulhosos, como somos vingativos, como somos imediatistas….
O Palaia é tudo isso, mas o palmeirense que não for que atire a primeira pedra!
Nele e em mim!

COM PALAIA, AGORA VAI ?
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