Observatório Alviverde

29/04/2014

O DISCURSO DE NOBRE JÁ FOI AO AR! FALTAM, AGORA AS AÇÕES!



 O Palmeiras espera que cada um faça a sua parte


Ontem eu cobrei, com a maior veemência possível, uma palavra, um pronunciamento público do presidente Paulo Nobre, a fim de que fossem dirimidos e esclarecidos todos os fatos que cercavam um embrulho cognominado Kardec.

De fato, o presidente se pronunciou em entrevista coletiva que, tenho certeza, atendeu, apenas em parte, os anseios da coletividade alviverde.

Mesmo com pouca contundência ao criticar o procedimento -pra lá de desleal- do novo presidente bambi, Nobre evidenciou, ao menos, uma faceta positiva de sua personalidade, a coragem.

Sem dar bola para as consequências do que dizia, teve a coragem suficiente para apontar, publicamente, a falta de ética de nossos inimigos, embora se saiba que os discursos, per si, de nada valem se não forem acompanhados de ações. 

Será que Nobre vai agir? Vai ou não vai? Esta é a grande questão!

Uma coisa é líquida e certa e tem de ser colocada, valendo como advertência à diretoria palmeirense: 

O episódio Kardec não teria tomado tal vulto e tão catastróficas repercussões, tivesse nobilíssimo presidente palmeirense vindo a público, a partir do momento em que recebeu a declaração de guerra do pai e empresário do jogador e esclarecesse, definitivamente, os fatos!

Fiel ao ditado "roupa suja lava-se em casa", Nobre (como tem feito sempre e com sabedoria) adotou o procedimento, imaginando que todos os problemas seriam solvidos internamente, desconhecendo, talvez, o complemento da máxima: "(mas) se a roupa estiver muito suja ou manchada, atira-se pela janela, fora"! 

No mesmo momento em que recebeu a confirmação da saída de Kardec, Nobre deveria ter convocado uma coletiva, posto a boca no mundo, já anunciando a chegada de Henrique, (tão obscuro quanto era Kardec antes de chegar ao Palmeiras), como uma espécie de antídoto à investida dos veados! 

Fazer o que, porém, se Nobre não tem vivência ou malícia para interpretar os fatos, entendê-los, medir-lhes as consequências, definir a situação e acertar uma estratégia defensiva que possa salvaguardar o clube e ele próprio? 

Aliás, no momento em que a situação de Alan foi deflagrada e decidida, a diretoria deveria ter vindo a público -imediatamente- e pronunciar-se de forma oficial, devido a importância do atleta envolvido.

Houvesse sido assim e Nobre, então, poderia ter se dado ao luxo de evitar o desgaste de sua presença física na coletiva. em um momento de tantas tribulações, passando a incumbência a Brunoro. 

Mas o desdobramento dos fatos e a gravidade da situação, fez com que sua presença na entrevista de 2ª Feira se tornasse inevitável

Queiramos ou não, o Palmeiras (pode-se dizer simbolicamente) ao perder mais uma para os traiçoeiros bambis, morreu, (por incúria, desleixo e descuido), de metralhadora em punho, sim, mas com uma adaga enterrada nas costas!

Não gostei -nem um pouco- de Nobre ter direcionado a coletiva, única e exclusivamente, para tratar do problema Kardec sem permitir que fossem abordados outros assuntos. 

Além de ter proporcionado ao jogador que sai a satisfação de assumir a importância e a marra que ele não merece (nunca teve, não tem e nem terá), perdeu a oportunidade de esclarecer muitos pontos importantes de sua administração que precisam ser divulgados, sobretudo no que tange às contratações pontuais que ele revelou estar sendo feitas.

Seria, mais do que tudo, uma forma de minimizar o estado de crise que toma conta do elenco, admitam ou não aqueles que me leem.

Uma entrevista abrangente, com resposta à altura em relação às perguntas e sempre em alto astral, teria o condão de aplacar a imensa fúria de tantos palmeirenses inconformados.

Mais do que isso, principalmente, reverteria esse estado de melancolia e torpor que tomou conta de nossa torcida, ainda em estado absoluto de perplexidade como que não compreendendo bem como tudo aconteceu.

Não seria necessário revelar quem ou para que posições o Palmeiras está contratando, mas afirmar, enfaticamente, que a diretoria está atrás de reforços! Nobre, timidamente, balbuciou "entredentes" aquilo que era para ser feito com ênfase e o maior entusiasmo!

Tudo o que disse Nobre teria valor dobrado, fosse, dito com otimismo, veemência, sublinhado por dicção forte e voz para fora! 

Sem revelar tudo o que os repórteres desejavam, Nobre teria de ter anunciado que contrataremos tantos jogadores para a defesa e tantos outros para o ataque. É assim que funciona, só assim!

Isso daria ânimo à torcida que, embora a mais passional, é, entre todas e sem qualquer dúvida a mais escolarizada.

Faltou vivência e capacidade ao nosso presidente, para que ele, lidando melhor com as palavras, aproveitasse a presença da maior parte dos grandes veículos mídia paulistana, para uma divulgação global que viesse a serenar os ânimos de nossa coletividade e acalmar a mais exigente e sofrida entre todas as torcidas!

Que falta faz ao Palmeiras um assessor de imprensa competente, que tenha o dom da palavra e a inteligência suficientes para  transformar um momento ruim e grave na vida do clube em uma situação mais amena, controlável e que pudesse devolver a esperança no coração de toda a nossa coletividade!

De qualquer forma, se o discurso -fraco, inconsistente e de pouco conteúdo- de Nobre (quase que uma desculpa à nação verde) puder transformar-se em ações o Palmeiras tende a ganhar esse jogo pesado sobre os nossos maiores inimigos, bambis, CBF, arbitragens e etc.

Teremos de dar em futuro muito breve um "trôco" nos bambis, temos de tornar mais céleres e menos cansativas as renovações e ações da diretoria, e, principalmente, apresentar respostas imediatas através de coletivas quando vierem a ocorrer problemas como esse de Kardec e, outros, similiares.

Principalmente, tem de haver uma cobrança forte e constante sobre Kleina ou, quem sabe, a esta altura, com a apresentação de um ultimato ao treinador! Kleina sobreviverá a uma derrota para o Fla domingo no Maracanã? 

Se essas primeiras providências forem materializadas, já será de bons tom e tamanho!

E a nós, palmeirenses verdadeiros, que temos o orgulho de fazer parte da LEAL torcida (contraponto à Fiel) cabe-nos, agora, o mais rapidamente possível, encerrar o assunto debatido, esquecer tudo o que aconteceu e voltar a apoiar o time, sem retornar aos assuntos enfocados, a não ser em caso de absoluta necessidade! 

Criticamos muito o técnico, os jogadores, o elenco e a diretoria de uns tempos a esta parte, embora cobertos de razão,  sempre visando a melhoria do clube.

Esta, porem, é a hora da LEAL mostrar a sua força, o seu extraordinário poder de arregimentação e recomposição visando ao bem do Verdão!

Pergunta final dirigida ao hesitante Kleina, a propósito do novo contratado, o centro-avante Henrique, ex-lusa: 

" Ele vai direto para o jogo, ou você, Kleina, vai escondê-lo, da mesma forma que procedeu com Rodolfo?"

Até quando seremos o único time brasileiro que contrata, cria expectativas na torcida, mas demora uma eternidade para colocar em campo os novos contratados, ainda que, tanto, deles necessite.

Rodolfo, em míseros vinte minutos, fez muito mais do que Leandro e do que outros em vários jogos, mas, misteriosamente, voltou para o banco e jamais teve uma nova oportunidade!

Que venha, agora, o Flamengo!

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