Observatório Alviverde

27/04/2014

KARDEC NÃO FAZ TANTA FALTA! FAZEM FALTA, SIM, UM BOM CENTRO-AVANTE E ALGUNS ATACANTES!


 
O problema é secular. O Palmeiras é um clube que, decididamente, parece não se interessar e gostar de ter atacantes!

Exceção feita à primeira academia, na década de 60, jamais o Verdão teve fartura de homens de área, tendo-os, sempre, em número suficiente, apenas, para os modestíssimos gastos de um time que não tem a cultura do gol e nem dos ataques mais eficientes.

Em 1996, quando o Palmeiras disputou as finais da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, o atacante Miller, forçou a diretoria por uma renovação de contrato, e, como não houve acordo recusou-se a jogar a decisão. 

Para solucionar o problema, o Palmeiras, à última hora, foi convencido a vir buscar aqui em BH, um negro muito ruim de bola Reinaldo, com pouco mais de 18 anos, que houvera feito alguns gols na base do Galo Mineiro!

Na verdade, Mustafá, que nunca soube nada de bola, foi persuadido e convencido de que a contratação desse atleta reverteria a situação causada pela ausência de um craque. O fracasso foi amplo, total e irrestrito! O cara, sequer, pegou na bola!

Consequência: fomos derrotados em pleno Palestra Itália e perdemos o título em casa para um time tecnicamente inferior!

Ontem, antes do Palmeiras x Flu, ao receber a comprovação de que Kardec (com gastrite???) HAHAHA) não entraria em campo, veio-me à cabeça,  não sei porquê, aquele lamentável episódio, retrato fiel, aliás, do primarismo constante  e do amadorismo sem fim (ora vigente) que vai passando de mandato a mandato, de uma a outra administração palmeirense, sem interrupção ou solução.

Antes de mais nada, (já falando a respeito do Palmeiras x Flu)  quero conclamar aos amigos que frequentam este espaço, para que não imaginem que, com Kardec, teríamos feito, muito mais e bem melhor do que fizemos. 

Na verdade, o time de Kleina mostrou, ontem, que não tem sistema, não tem esquema e não tem mais nada a exibir, senão o futebolzinho minguado que já vem apresentando há tantos jogos!

Lembrem-se que, domingo passado, em Criciúma, com Kardec em campo, o time também não rendeu nada. A rigor, jogou, apenas os últimos dez minutos e ganhou o jogo "na bacia das almas" mesmo sem ter merecido!

Sem ficar em cima do muro, vou mais além e garanto- lhes que, a partir de ontem, fosse eu o presidente do Palmeiras, não compraria mais a liberação de Kardec junto ao Benfica, e nem renovar-lhe- ia o contrato,

Da mesma maneira, partiria, de imediato, para o acerto imediato com um técnico de maior lastro, vivência, representatividade e conhecimento do que Kleina que, em meu entendimento, nem deveria ter sido contratado! 

Kleina tem se portado de forma ridícula em face dos últimos acontecimentos e mostra, cada vez mais o seu primarismo e despreparo para dirigir um clube do estofo do Verdão!

Acrescento que, quanto ao mediano Kardec, o Palmeiras não deveria mais ficar preocupado se ele vai para os bambis, para qualquer outro clube ou, até, para a "caixaprego"! 

Fiquem todos cientes, sabendo que o Palmeiras é muito maior do que Kardec ou do que qualquer outro! Que papel grotesco e mercenário esse de Kardec! Imperdoável!

Ademais, creiam, todos, firmemente, no que digo: "há dezenas de jogadores bem melhores e mais baratos do que Kardec no mercado brasileiro. Basta garimpar, descobrir e proporcionar-lhes a chance, a esperada oportunidade"!

Sei que o que eu publico neste post vai receber a reprimenda irada e a retaliação de muitos, sob a alegação de que estou sendo precipitado e comentando sob emoção e em função de uma derrota, para o "todo poderoso rebaixado, quer dizer, Fluminense, a que chamarão de normal, em um campeonato difícil como o Brasileiro.

Mas, creiam ou não vocês, nunca estive tão calmo, tranquilo e tão fleumático como hoje, embora seriamente preocupado com os rumos que Kleina tem dado a esse time do Palmeiras que não consegue jogar bem, ultimamente, nem contra um time "dopo labore" e  de calibre modesto como o desconhecido Vilhena de Rondônia!

Entretanto eu não estou nem aí para tais manifestações, haja vista que sinto-me livre para manifestar o meu pensamento, procurando o melhor para o Palmeiras que, ontem, passou-me pelo vídeo de meu televisor uma imagem sugestiva de segunda divisão! 

Por isso, esta é a hora mais indicada para correção de erros e de rumos! Nobre precisa saber disso! Está soando o sinal e já pisca, sem parar, a luz vermelha de alerta!

Assim, quero lhes dizer a todos e ao mundo que, embora pareça que o problema do Palmeiras seja, exclusivamente, Kardec, eu lhes assevero que transcende Kardec (jogador razoável, às vezes bom, nada mais que isso) e está, muito mais, ligado aos nossos bastidores administrativos.

Resumindo: Falta-nos ousadia (fora de campo) para certos investimentos, -impositivos e necessários- em que pesem as nossas atuais circunstância econômicas! Da mesma forma (em campo) submetemo-nos aos adversários em razão de nossa fraqueza moral, timidez e covardia. É preciso acabar como isso!

Analisando, friamente, a situação, quero dizer que Nobre está tentando se achar e se encontrar, e vem se conduzindo de forma certa e errada, tudo a um só tempo. 

Está certo na medida em que implementou um sistema de remuneração no clube e não pode abrir exceções (nem a Kardec nem a ninguém) sob a pena de desmoralizar-se perante o grupo e desvalorizar e desconsiderar quem já acertou com o clube. 

Mas, ao mesmo tempo, Nobre está errado, em função de sua falta de previsão administrativa! 

Se ele sabia que iria haver dificuldades na hora da contratação ou da renovação de Kardec, por que ele ele não se antecipou e contratou alguém em condições de substituí-lo na posição mais importante em um time, depois da do goleiro?

A perda da possibilidade do Palmeiras ir -este ano- para as finais do Paulistão no jogo contra o Ituano, justamente em decorrência da contusão de Kardec não foi um fator suficiente para mostrar ao presidente a realidade da contratação de um outro atacante  ? 

Ou Nobre, Brunoro, alguns sonhadores e tantos apedêutas da diretoria acreditavam e ainda acreditam que Miguel seria ou é a solução? Kleina os teria convencido dessa impropriedade?

Será que (todos eles) acreditam, mesmo, nessa absurdíssima (para que não se diga impossível) hipótese de Miguel sofrer uma tal metamorfose, a ponto de vir a se transformar em um atacante efetivo e goleador? 

Kleina, por tudo o que se tem visto, parece, acredita em Miguel, fator que não o recomenda como um grande conhecedor de futebol, ao menos em meu critério de análise!

O interessante é que Kleina, na proporção exata, justa e perfeita em que não acredita em Rodolfo, -individualmente muito mais jogador do que Miguel- acredita, também em outro jogador limitadíssimo, Josimar, cuja contratação recomendou, pediu e, de certa forma, até exigiu, ainda que soubesse que o time do Palmeiras, tem como ponto mais vulnerável a falta de atacantes.

Se Kleina desconhecia que Miguel, (não um grande centro-avante, só um centro-avante grande, de mais de 1,90 m), egresso de nossa base, nunca foi e nem é um jogador à altura das necessidades do Palmeiras e o aceitou no elenco, das duas, uma: 

Ou foi obrigado a tal ou enxergou alguma virtude durante os treinamentos que ninguém mais consegue enxergar nesse jogador!

Sem exagero ou erro, pode-se dizer que Miguel é inferior ao fraquíssimo Caio, aquele garoto da base a quem Kleina concedeu inúmeras oportunidades, sem a menor sombra de sucesso, até cedê-lo à Portuguesa, clube no qual ele também não conseguiu se firmar.

Quem se dispuser a desencravar os arquivos deste OAV de três anos atrás, verificará que, conforme publicamos várias vezes, Miguel, era o único jogador fraco daquele supertime de nossa base, que foi eliminado pelo Santos na semifinal da Copa São Paulo, em São Carlos, justamente pela pela falta de um homem gol! 

Se o Palmeiras (Nobre, Brunoro, Kleina, Comissão Técnica e diretoria) acredita que Miguel tenha algum futuro, (eu não acredito) que o empreste a um time menor para efeito de aprendizado e aprimoramento, embora eu receie que, no caso específico desse atleta, o melhor que o Palmeiras pode fazer é tentar ganhar algum dinheiro em cima dele enquanto ele ainda não for conhecido no mercado!

Fique claro, não estou culpando Miguel por nada e, menos ainda, pela debacle de ontem, em jogo no qual ele atuou por 20 minutos e tocou, no máximo, cinco vezes na bola! É mole? Querem mais? Ou nem é necessário!

Algumas perguntas pertinentes:

Por que Kleina inverteu as prioridades de contratação?

Por que encheu o elenco de volantes e de zagueiros?

Por que pediu tantos laterais que não jogam e, pelo visto, nem vão jogar, já que Gilson Kleina não consegue tirar Wendel e Juninho do time, que parecem homens de sua irrestrita e completa confiança? 

Infelizmente, Wendel só tem feito o óbvio e Juninho tem sido, defensivamente, vulnerabilíssimo, com a maior parte da pressão e dos gols que sofremos ocorrendo exatamente pelo lado dele!

O Palmeiras está precisando, (para anteontem) de dois atacantes e de um meia de criação criativo, preferentemente canhoto. Estão falando em Alex do Coritiba, será? 

Duvido! Ele não aceitaria um contrato de produtividade e Nobre não se atreveria a mudar o esquema, ainda que fosse para Alex!

Da mesma forma, Nobre e Brunoro precisam chamar Kleina para uma última conversa, exercendo sobre o técnico uma salutar e necessária cobrança interna, -a derradeira- apresentando-lhe (sigilosamente, secretamente) um ultimatum sem alvoroços ou publicidade ou estardalhaço. 

Se Kleina, em mais dois ou três jogos não conseguir equilibrar o time, ra,ré,ri,ró, rua! 

Deixo claro que não estou comentando só o resultado negativo de ontem contra o Flu, mas a reincidência constante de más atuações, isto é, o trabalho de Kleina que, como um todo, que não vem, de há muito, agradando!

Do jeito que o time se portou, (desde as últimas apresentações no Paulistão e na Copa do Brasil), ontem, contra o Flu, sem um desenho tático definido, sem cara, sem corpo, sem alma, sem meio de campo, sem linha, sem lenço, sem documento e sem nada de positivo, já está soando o sinal de alarme! Que Nobre e Brunoro saibam interpretá-lo! 

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